Pirates Don't Fall in Love escrita por Marcy Woods


Capítulo 2
Possibilidades e Batalhas


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal!
Enfim, a história não teve muito progresso né? Tudo bem que era o primeiro capítulo.
Espero que gostem, me esforcei bastante para ficar legal pra vocês!



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Bem, a pequena garotinha que foi adotada pelo renomado pirata recebeu muito carinho, pois conquistava a todos com sua beleza e fofura, foi nomeada de Jessica, em homenagem à mãe de seu pai adotivo.
Digamos que ela foi bem mimada quando era pequena, ganhou o coração da tripulação e principalmente de seu pai, que se apegava cada vez mais ao ver sua menininha crescer.
Apenas quando ela tinha dez anos, já mostrou interesse em aprender a empunhar uma espada, ela vinha pensando nisso fazia muito tempo e adorava ver o seu grande amigo e considerado tio Will, o co-capitão, ensinar os novatos sobre a arte da esgrima em meio aos piratas.
Jessica então resolveu tentar e pedir para seu pai permissão para aprender com o senhor Solomon:
- Papai? - ela adentrou na cabine do capitão e procurou por ele.
- Entre Jessica, o que foi dessa vez? - perguntou Victor Jones acenando para a garotinha entrar, estava muito ocupada resolvendo estratégias possíveis de saqueamentos que só percebeu a presença dela quando a mesma sentou em seu colo, procurando atenção.
- Eu quero aprender... a mexer com a espada. - pediu Jessica hesitando, ela já imaginava a resposta.
O capitão somente olhou para ela com uma expressão de surpresa e logo depois já fechou a cara, ele não queria que ela aprendesse agora, ainda era cedo demais, e ela era muito frágil, sua preciosa filhinha.
- Que pedido mais absurdo! Você só irá aprender quando tiver idade o suficiente! - bradou Victor, já irritado.
Mas a pequena não desistiria tão fácil, ela sabia que só precisava insistir:
- Papai, mas eu quero aprender agora!
- Eu já disse não! - gritou Victor, tirando a criança de seu colo e a colocando no chão, logo se levantou e dirigiu-se à uma das janelinhas, aquela conversa não o levaria a lugar nenhum. Ele ouviu Jessica tentar lamuriar mais uma vez, mas já a interrompeu. - QUANTAS VEZES VOU PRECISAR DIZER NÃO, JESSICA JONES?
Agora quem estava ficando irritada era a menina, porque ela não podia? Sua mãe começou a treinar tão cedo quanto ela, então isso não era justo foi assim que ela se lembrou de uma das histórias que contavam sobre seus pais e enfim achou as palavras certas:
- Porque eu não posso? O senhor começou tão cedo quanto eu!!
Isso fez o capitão colocar a mão nas têmporas e respirar fundo, ela era muito espertinha, gritar não adiantaria mais. Ele se ajoelhou até ficar da altura de sua filha, e a olhou nos olhos, percebendo pequenas lágrimas brotarem no canto de seus olhinhos, então ele suspirou e lhe disse:
- Minha querida, é muito perigoso para uma garotinha de dez anos treinar esgrima, mesmo que seja com o tio Will e com muito cuidado você pode se machucar seriamente, entende? - tentou explicar Victor, ele conhecia o gênio da filha e quase conseguiu convencê-la.
Por uns instantes Jessica se aquietou, quase se rendendo ao raciocínio do pai, mas a sua vontade de aprender foi mais forte do que qualquer repreensão, e logo mostrou sua outra jogada.
- Mas papai, você não vive dizendo que a mamãe foi a "Mestra da Espadas", e que ela se interessou em aprender com a minha idade? - indagou ao pai, fazendo sua última jogada. Ele nada respondeu, só assentiu com a cabeça duvidoso, o que resultou em um sorriso de vitória estampado no rosto de Jessica, ela sabia que se falasse sobre a mãe seu pai cederia com mais facilidade. - Eu quero ser igual à mamãe... Se eu não aprender agora, vai ser difícil chegar ao nível de vocês, e não vou poder acompanhar o ritmo... - ela finalizou, fazendo seu olhar de cãozinho abandonado e pedinte.
- Argh, está bem, você tem razão... Mas tenha cuidado, agora pare de me encher e vá procurar o tio Will logo!
Jessica só sorriu mais ainda, abraçou o pai que ainda estava ajoelhado e saiu correndo para começar seu treino. Victor presumiu que estaria perdido, aquela garotinha conseguia tudo o que queria dele, a inteligência dela não era nem um pouco parecida com as crianças nobres e camponesas de sua idade.
Mais tarde no mesmo dia, Will recebeu Jessica para sua primeira lição, a mesma estava tão eufórica que mal conseguia parar quieta quanto mais segurar a espada!
- Jessie, preste atenção no que vou fazer e então você me copia, okay? - aconselhou-a Will, prendendo sua atenção.
Ele desferiu um golpe, cortando o ar, um simples movimento, porém foi o bastante para que Jessie ficasse boquiaberta. A pequena tentou, tentou tentou aplicar o golpe, mas mal conseguia levantar a espada, até que ela sentou em cima de barril pequeno e apoiou o rosto nas mãos, estava desanimada porque não conseguiu fazer nada do que seu tio tentou ensinar.
Will percebeu o desânimo da pequena e se aproximou, fazendo a menina prender sua atenção nele:
- Se você desistir agora, como vai se tornar a grande pirata que deseja ser?
- Mas eu não tenho jeito pra isso, tio Will, mamãe deve estar desapontada comigo... - ela respondeu com lágrimas nos olhos.
O co-capitão não sabia muito bem o que fazer, ficou olhando ela quasr cair no choro até que se lembrou de quando conheceu Mary e de como ela o ajudava, animando a tripulação quando todos estavam sem esperanças para tentar vencer outra vez. E enfim teve uma ideia:
- Jessie, sabe o que sua mãe faria se ela estivesse aqui? - a garota somente negou com a cabeça - Ela diria que você é uma mocinha muito corajosa, por ser tão valente a ponto de enfrentar seu pai! - ela sorriu, imaginando sua mãe de braços abertos para um abraço bem apertado, do jeito que ela gostava - E então eu te digo, pequenina, você tem um grande futuro à sua frente, basta ter paciência e verá, que bela e habilidosa moça irá virar!
Jessica secou as lágrimas e engoliu o choro, tio Will sabia como animá-la, então pulou do barril e empunhou a espada estava pronta para não desistir nunca mais.
Passados alguns meses, o treinamento fez efeito, a garota ficou mais confiante e seu pai cada vez mais lembrava de Mary, e como ela reagiria ao ver o que Victor fez, roubar uma criança, matar os pais dela e tomá-la para si, como a filha que nunca tivera, isto era mais que natural para um pirata roubar e matar eram coisas comuns de sua rotina agitada, porém isso realmente o incomodava então resolveu não pensar mais neste assunto. Também lembrou-se de um sonho antigo, de quando ainda era jovem, aquele de derrotar a marinha britânica e dar um golpe no palácio, no começo pensava que era impossível fazer tal coisa, já que ninguém jamais deu um golpe na família real, alguns por medo e outros ilusão de uma tentativa fracassada, mas ao analisar conscientemente o plano, se fosse bem arquitetado seria bem sucedido. A ideia lhe pareceu mais que ótima, Victor abriu um sorriso de orelha a orelha, pois via possibilidade de vencer, com seus homens bem treinados e algumas alianças as chances de dar certo eram altas, então assim se fez, observou por mais alguns instantes Jessie e viu que se ela continuasse assim seria uma grande espadachim. Mas com certeza não havia razão para colocá-la em seu plano, nunca faria sua menininha correr o risco de nunca mais ver a luz do dia, ainda não.
Então, quatro anos se passaram e a pequena Jessie não era mais tão pequena assim, acabara de entrar na adolescência e ficara mais rebelde do que nunca, não obedecia seu pai por que achava que mandava tanto quanto ele, não queria saber de nada que não fosse de seu interesse.
Em um dia que fizeram uma parada para os tripulantes descansarem e aproveitarem para saquear à vontade um marujo que era seu amigo mais próximo, Carlos, imigrante mexicano pouco mais velho que ela, a levou para conhecer o píer mais famoso do local onde pararam, ele a cortejou como uma donzela e ela mal sabendo o que era amor apenas rejeitou-o, chamando o coitado de imbecil, que ele cometeu um ato ultrajante, estava morrendo de vergonha e assim cortou o coração do rapaz, que mesmo dizendo a Jessie que estava apaixonado, ela pouco se importou, por passar por tanta vergonha o deixou sozinho no píer e juntou-se a seu pai, observando ele ameaçar pessoas inocentes e pessoas de alta classe, saqueando e roubando, achou tudo aquilo muito normal, mas mal podia esperar para entrar em ação também.
Seu tio Will continuou a ensinando tudo o que sabia e enfim a garota dominou totalmente a espada. Infelizmente teve a sorte de usá-la logo após um pequeno treino, um navio inimigo se aproximou e armou seus canhões, liberando seus homens para sair e atacar o Bloody Poison, Jessie teve de admitir que ficou assustada, até quando um dos inimigos se aproximou dela, com uma cara maliciosa o suficiente para saber tais pensamentos, a raiva tomou conta de si quando o homem tentou encostar sua mão no braço da menina, ela fez uma investida rápida e acabou cortando a mão do rapaz, que ficou desesperado e começou a gritar, o que chamou a atenção de Carlos, que se preocupou com Jessie e foi protegê-la, pois pensava que pelo menos isso poderia fazer, porém não deu muito certo, ele estava afobado demais para pensar direito:
- Jessie, ele te machucou? Me diz que ele não tocou em você! - Carlos gritava, tentando sobressair à bagunça da batalha sendo travada.
- Acalme-se, estou bem Carlos, sei me cuidar sozinha! - reclamou Jessie, achando que foi desprezada.
- Graças aos céus,vá se esconder, eu cuido do resto.
- Eu me recuso! Eu vou lutar até a morte se for preciso!
Jessie se sentia extremamente ofendida, e ficou brigando com Carlos ignorando tudo a seu redor. Por azar, e pela cegueira da raiva, não perceberam um outro pirata inimigo se aproximando, que aproveitou a discussão para acabar com o homenzinho a sua frente, o pirata fincou sua espada de súbito no coração de Carlos e riu de sua morte repentina. Jessie se chocou profundamente, ver seu amigo morto não é nada bom para quem já está irritado, tanto que ela murmurou:
- O que você fez... É imperdoável.
- Ora, ora, matei seu namoradinho? Que penininha! - zombou o pirata, gargalhando logo após.
- Morra...
- Ai que medinho dessa pirralhinha insolente! Até parece que ameaçar-me de morte irá mudar seu destino!
Jessie bufou, e reuniu coragem o suficiente para atravessar sua espada no coração do homem, ele não ia mais brincar com seu navio e nem com sua tripulação.
A batalha perdurou por mais alguns incontáveis minutos, pois pareceram uma eternidade para Jessie que cega pela raiva foi batalhar ao lado do pai, concluindo que para ser forte não poderia nunca se apaixonar, e se ela se tornasse fraca? E se ela não pudesse mais ficar ao lado de seu amado pai e tio? Não, ela não pensaria nisso agora, precisava urgentemente aprender mais técnicas de batalha.
Finalmente o capitão Jones derrotou o navio inimigo, e sem clemência comemorou a vitória, com muito rum e música a noite toda. Jessie não estava nada animada para a festa, sentia muito por seu amigo, então se isolou perto do mastro e ficou pensando em tudo o que havia acontecido, digerindo sua primeira batalha travada. O capitão sentia-se orgulhoso da filha e de suas habilidades, mas pensava em comemorar o quanto antes de começar a executar seu plano, pois estaria muito tenso e teria pouco tempo para farras. Ele percebeu a quietude da filha e se aproximou, perguntando:
- Jessica, o que houve?
- Nada, papai, absolutamente nada. - a morena respondeu sem desviar os olhos da espada que estava polindo, perdida em seus pensamentos.
- Ora, sei que está chateada pela perda de Carlos, ele era um bom marujo, porém esta festa também é sua. - ele ergueu a cabeça da filha delicadamente a fazendo olhar em seus olhos - Ei, você foi ótima hoje, sabia? Está quase tão boa quanto sua mãe era!
Jessie nada disse, somente deu um sorriso triste e pequeno, fazendo rolar uma lágrima por seu rosto, doía, mas ela podia superar.
- Está bem papai, vou dar o meu melhor daqui para frente, só não estou muito animada, posso treinar em meu quarto? - ela disse, levantando-se e guardando a espada na bainha.
- Está bem, só não reclame depois de perder a comemoração. - Victor suspirou, e logo concedeu o pedido dela.
Jessica foi para seu quarto com milhões de pensamentos em sua cabeça, estava tão cansada emocionalmente quanto fisicamente que mal conseguiu desferir alguns golpes e já estava exausta novamente, deitou em sua cama e fechou os olhos, talvez o dia seguinte fosse melhor


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?
Comentem e me digam o que acharam, até a próxima!
Beijinhos ♥



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