Meu nome é Natasha, e essa é a história da minha vida. Eu nasci em uma pobre aldeia no sul de Kronfer, vivia com meus pais. Meu pai, Mark Stafin, era um simples pastor, e minha mãe, Jen Stafin, era uma dona de casa comum. Tínhamos uma vida próspera, éramos felizes em meio de tanta pobreza. Tudo era perfeito. Até quando eu fiz 16 anos, onde nossa história realmente começa.

Na aldeia onde morava estava ocorrendo estranhos assassinatos, tudo levava em conta que o assassino era o um homem velho, que todos desconfiavam por causa de seu silêncio. Nunca trocou palavras com mais ninguém da vila, a não ser sua neta, Tega. Era uma moça bonita, devia aparentar os 18, cabelos ruivos, olhos claros, estatura mediana.

Nunca havia trocado uma palavra com Tega, até o dia de meu aniversário. Estava eu andando até a venda, iria comprar farinha a mando de minha mãe. Quando estava saindo da pequena venda, Tega estava encostada em uma carroça vazia. Ela se aproximou de mim e disse que aquele dia iria marcar pra sempre a minha vida. Eu me afastei, nunca olhei nos olhos daquela garota, por que diabos ela foi falar comigo? E pior, porque aquele dia iria marcar pra sempre minha vida? Fiquei bem assustada, mas segui meu caminho.

Chegando em casa, fui procurar minha mãe para entregar-lhe a farinha que havia pedido, porém não a encontrei. Fiquei um pouco surpresa, mas depois ouvi um barulho de choro e olhei para a janela, minha mãe estava agachada em frente um corpo atrás de nossa casa, corri pra ver o que havia acontecido.

Era meu pai, sim, minha mãe estava agachada na frente de meu pai, e ele estava, bem, ele estava morto. Foi morto a facadas. Fiquei arrasada, eu amava meu pai, e o dia em que escolheram assassinar ele foi com certeza uma represália à mim. Não imaginava o porque.

Ninguém sabia quem tinha matado meu pai, mas todos pensaram que foi o Homem Velho, e eu também já que a neta dele disse uma coisa muito suspeita para mim. Decidi procurar mais pistas e tente descobrir quem tinha matado meu pai.

Fiquei umas 5 semanas tentando desvendar o mistério, porém não consegui nada. Já era noite quando estava indo dormir, fui até a cozinha e peguei um pouco d'água. Ouvi vários gritos vindo do quarto de minha mãe, logo fui lá ver o que havia acontecido. Chegando lá não vi nada, sim, exatamente nada, minha mãe não estava mais lá e a janela estava aberta. Eu fiquei morrendo de medo. Corri para meu quarto, tranquei a porta e fechei a janela, peguei um pedaço de pau e fiquei segurando-o para usá-lo como uma arma.

Passei a noite toda em claro, logo que amanheceu fui correndo para o escritório do xerife. Lá eu contei tudo que eu sabia e ele me disse que começará buscas pela minha mãe.

Eu estava destruída, meu pai estava morto e minha mãe desaparecida, ou até mesmo morta. Resolvi seguir meu instinto é fui até a casa do Velho.

Quem abriu a porta foi Tega, a encarei por milésimos de segundos e logo perguntei onde estava seu avô. Ela então respondeu que estava à minha espera. Fiquei um tanto surpresa, mas não disse nada. Entrei dentro da casa, era incrivelmente maior por dentro, achei aquilo bem estranho, mas pensei que pudesse ser algo da minha cabeça.

O velho logo me cumprimentou e disse que precisava me mostrar uma coisa. Ele pegou uma esfera de vidro e disse que aquilo poderia mudar minha vida. Ele mandou que eu segurasse a esfera, então fiz. Uma luz começou a sair da esfera e uma voz disse:

"A garota finalmente entrou no caminho predestinado a ela há séculos atrás. A Esperança chegou, a garota que mudará o mundo está no caminho certo para grandes feitos. Cabe agora ao mago Kon fazer dela uma poderosa bruxa da luz, que acabará de uma vez por todas com as forças das trevas. A paz irá começar a reinar".