Heróis de Cristal - Cidade em Chamas escrita por Ricardo Oliveira


Capítulo 3
Medo




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A cabeça doía assim como todo o seu corpo. Oliver já tinha sido baleado, esfaqueado e espancado. Tinha conhecido pessoas e lugares tão hostis que se perguntava como tinha sobrevivido àquilo. Mas, apesar de tudo, ele nunca tinha passado por uma erupção vulcânica. Por dentro, era pior. Ele quase era capaz de sentir a bagunça interna em seu interior. Ainda assim, estava vivo.


– Acredito que isso seja seu. – Um homem sentado ao seu lado comentou e Oliver se irritou de não tê-lo notado antes, especialmente pelo tamanho do lugar. A mão estendida na direção do rapaz segurava a foto abandonada no vilarejo, momentos após a erupção.


– Como você…? – Ele tentou se recompor e percebeu que estava deitado. Considerando que tinha se tornado o que era há dezessete anos, não se lembrava muito de como era ser normal, mas certamente era algo muito próximo do que sentia. Fraco, debilitado e desconectado do mundo, como um aparelho fora da tomada.


Não à toa, ele notou, se encontrava em algum tipo de ala médica. As paredes brancas estéreis do lugar eram tranquilizantes. Com o tempo, ele tinha aprendido a apreciar a simplicidade das coisas. Só aquela ausência de cor o fazia se sentir melhor do que qualquer remédio poderia fazê-lo.


– Jennifer Moore mandou lembranças. – O homem informou, fazendo Oliver estremecer e tentar se levantar para olhá-lo mais atentamente. Ele se vestia bem demais para ser alguém insignificante e, por mais que as roupas fossem predominantemente brancas, certamente não era um doutor.


Ele derrubou a cabeça no travesseiro novamente, aborrecido: - Vocês têm me seguido?


Claro que estavam. Era uma verdade não dita da sua relação com Jennifer Moore e tudo o que ela representava. Oliver imaginou se ela seguia todos os outros também, todos os outros com (e ele ainda se abalava em usar aquela palavra) poderes. Esperava que sim. Não queria ser o único a merecer vigilância, como uma criança malcriada.


– Não exatamente. – Respondeu, com uma sugestão de sorriso no canto da boca antes do tom da conversa mudar repentinamente, como se fossem amigos casuais. – Você tem sorte. Foi o único sobrevivente encontrado nas cinzas.


“Sorte.”, ele pensou com amargura. Ser o único de qualquer coisa nunca era sorte. Estar sozinho não era sorte, mas as pessoas que, por algum motivo, insistiam em olhá-lo como “superior” achavam que sim. Não tinha nada além de uma maldição e a alimentava cada dia mais enquanto permanecesse vivo.


– Não foi sorte. – Oliver explicou, recordando-se. A fumaça, o cheiro, a dor. Tudo voltava tão vividamente quanto no momento. – Eu ingeri uma quantidade excessiva de carbamazepina e entrei em um estado de letargia. Isso só me permitiu sobreviver um pouco mais de tempo, como um celular em economia de bateria. Embora, os efeitos colaterais…


E ele sabia que os efeitos não o deixariam tão cedo. “Talvez”, ele pensou, “me deixar morrer teria sido melhor”. Mas nunca o faria. Sua mente o conhecia, e não o contrário. E ela comandava: Corra. Faça. Viva.


– E conseguiu pensar nisso na hora. – O homem comentou, impressionado. – Até entendo porque Jennifer admira tanto de você.


– Admira? Sempre que eu a vi, ela estava em uma vibe meio sombria demais. – Oliver se levantou, embora as pernas parecessem purê. Ele tinha aprendido a ignorar a maioria dessas sensações. Na maior parte do tempo, era apenas o seu corpo tentando enganá-lo para que ele parasse. As câimbras nunca mais o tinham incomodado desde que aprendera aquele truque. – Não se incomode comigo, já estou de saída.


– E alguma vez você fica? – Ele perguntou astutamente, fazendo Oliver suspirar de desgosto.


– Me diga você, Wally. Espero que não se importe se eu te chamar de Wally. – Os associados de Jennifer quase nunca lhe diziam seus nomes, então ele sempre os chamava de Wally. – Vocês devem ter arquivos sobre mim. Quando eu decido ficar em algum lugar… Bum. Um vulcão inativo explode na minha cara. Ou a cinquenta quilômetros de mim, o que, cá entre nós, não é lá uma distância tão grande.


Ele arrancou a foto da mão de “Wally”, e se certificou de que ela estava intacta. Como sempre, era um de seus objetos sobreviventes. Ele não tinha esperança de encontrar o resto de suas coisas nos restos da mansão de Keiko. Uma boa mochila impermeável de um time de futebol brasileiro contendo algumas roupas, dinheiro e objetos de úteis como lupas e isqueiros. Tudo perdido.


O outro objeto indispensável era o cristal. Uma pequena lasca de pedra roxa tão brilhante quanto bismuto e muito parecida com quartzo, embora não fosse nenhum dos dois. Ele sempre o carregava consigo, não importava o quê. Tinha suas razões tão intrínsecas quanto uma memória racial.


– Então é isso outra vez? – O homem que não parecia se incomodar em ser chamado de Wally questionou, um tanto aborrecido. – Para onde vai fugir agora? Europa? Oriente Médio?


– A Europa é horrível. – Oliver fez uma careta, claramente não o levando a sério. – A menos que existam monstros se escondendo na Eurodisney, eu prefiro o Oriente Médio. Não me leve a mal, mas se a outra opção é ser uma arma humana trabalhando para a Moore, eu vou recusar. De novo.


Ele fez menção de sair quando Wally colocou a mão em sua frente, bloqueando a porta. Uma má ideia em qualquer dia, não que ele parecesse se importar:


– Na verdade, eu vim representando um assunto de seu interesse. Sua família tem procurado por você.


Le Bristol Paris. – Oliver recitou o nome do hotel. Era onde, supostamente, ele deveria estar. Certamente era de onde sua família recebia os seus postais. – Rua do Faubourg Saint-Honoré, 112. Eles podem mandar cartas quando quiserem.


– Exceto que eles descobriram que você não estava lá. Que você nunca esteve lá. – Wally sorriu diante da expressão dele. Socos e balas não o surpreendiam. Um vulcão talvez. Mas nada o surpreendia tanto quanto estar errado. – Então, eles tentaram outros lugares e descobriram que Oliver Young não esteve em nenhum dos lugares onde disse que esteve nos últimos sete anos. E, sinceramente, cartas? Você parou no século vinte?


Oliver ergueu uma sobrancelha. Esse não era o tipo de problema que ele queria. Uma luta mortal contra um urso feroz em algum lugar com condições climáticas e geográficas desfavoráveis? Ele topava. Mas aquela “pequena” enganação criada para lhe dar mais liberdade era garantia de problemas. Talvez a polícia já tivesse sido informada. Talvez ele já estivesse mesmo sendo considerado como um desaparecido.


Se sentiu um mentiroso, não que não o fosse, mas acima de tudo, sentiu raiva. Era como se tivessem lhe cortado as asas. Em casa, não era o Pensador. Não era respeitado, tampouco temido. Não podia agir como um bravo ou um guerreiro. As cortinas se fechavam, a máscara caía e ele voltava a ser Oliver Young.


– Imagino que vocês não tiveram nada a ver com isso. – Ele comentou ironicamente. Era uma coincidência boa demais para ser uma coincidência. – Que meus pais simplesmente decidiram checar se eu não estava inventando histórias.


– Sua mãe. – Wally o corrigiu e pela primeira vez, talvez pelo fato de seus sentidos estarem lentamente retornando, ele ouvia o pesar na voz do homem. – Seu pai morreu há duas semanas. Estão tentando achá-lo desde então.


Ele parou de vez. Com Oliver, não existia “perdão, pode repetir?”. Ele sempre ouvia e sempre entendia. Não havia engano. E isso, como ele tinha aprendido com o tempo, nem sempre era bom. Imediatamente, ele procurou por uma solução apenas para, um instante de segundo depois, notar que essa não existia. A morte era o único inimigo invencível. Ela não fazia barulho nem marcava horário.


– Sinto muito. – Wally completou, com sinceridade, fazendo Oliver se esquecer por um segundo com quem estava falando. Infelizmente, ele quebrou o momento lembrando-o. – Jennifer Moore suspeita que não tenha sido uma casualidade.


– E ela acha que eu vou investigar isso por vocês, porque envolveu alguém da minha família? – Oliver o encarou raivosamente. Sabia como controlar a raiva, mas também sabia que em alguns momentos, simplesmente tinha que deixá-la ir. – Vocês realmente não me conhecem.


– Porque é a sua cidade. Você conhece Perth. Tem o treinamento, a habilidade. – Ele argumentou. Esse Wally era bom nisso, Oliver tinha que admitir. O tom de voz, as expressões, os gestos. Um pacote de sedução e convencimento. Até funcionaria, se ele não tivesse perdido o pai alguns segundos antes. – Alguns até diriam, o dever moral.


– Se tem alguém matando pessoas, esse é o trabalho de vocês. O trabalho da…


– Não dizemos o nome da nossa organização! – Wally o advertiu, olhando para os lados, como se as paredes estivessem escutando.


Com a paciência no limite, Oliver abaixou o tom de voz: - Não é problema meu. Por mais que vocês queiram fazer parecer que é. Vocês têm satélites, espiões, carrinhos de sorvete disfarçados, podem resolver isso sozinhos. Eu vou rezar pelo meu pai bem longe de todos vocês.


– E depois? Vai voltar a brincar de aventureiro? Você está sendo procurado agora, Oliver. Uma criança tirando uma selfie para o instagram no momento errado é o que basta para você cair na rede. Aí eles te encontram porque esse é o mundo em que vivemos. Então você foge de novo? E de novo? Quanto mais?


– Você acha que eu quero isso? Isso não sou eu. Não posso me manter longe de problemas, mas não vou levá-los para Perth. Não para as pessoas que eu amo. – Ele se sentia frágil, debilitado e tonto. Em parte, por conta de sua manobra de sobrevivência desesperada. Contudo, tinha algo mais. Continuava tão impotente naquelas situações como sempre, e se Wally tinha razão em uma coisa, ele estava cansado de fugir.


– Esses problemas já estão em Perth. Você pode sentar e assistir de longe ou voltar e ajudar. – Ele deu uma volta pelo pequeno quarto de enfermaria, liberando o caminho para a porta. – Sim, temos satélites, espiões, sistemas de vigilância, mas não conseguimos chegar no responsável. Precisamos de alguém que esteja lá dentro. Alguém com seu círculo social, seus métodos.


Oliver se sentou na cadeira que Wally ocupava quando tinha acordado e colocou as mãos na cabeça. Era como aquelas verdades invisíveis. Como o medo de avião ser maior do que o de carro, ainda que as estatísticas provassem que o contrário era mais lógico. O amor não tinha lógica. Assim como o medo. Mas ele sabia que cederia, então tudo que lhe coube dizer foi:


– Prepare um avião e diga para Jennifer… diga que eu estou indo para Perth.

Agra, Índia
Junho de 2008


Oliver gostava da Índia. Embora estivesse na época mais quente da cidade de Agra, a chegada iminente das monções em breve aliviariam o clima. A cidade em si era linda, e possuía muitos turistas. A maioria se dirigia ao Taj Mahal, o Forte de Agra ou a outro ponto famoso e bonito qualquer, então não chegavam a ver a parte sangrenta e marginal da cidade. O submundo onde trabalhadores informais, os mais desprivilegiados no sistema de castas, testavam sua força.


O calor o fazia suar mais, embora a luta tivesse ajudado. Tinha tomado uns bons socos e talvez uma facada no braço. Oliver fez questão de olhar para confirmar. Sim, uma facada no braço. “Nada mal”, ele pensou, vendo exatamente o local onde tinha sido esfaqueado enquanto estava deslumbrado pelo frenesi da batalha. Seus três oponentes estavam no chão, então ele supôs que tinha valido a pena.


A plateia gritava entusiasmada na pequena versão de coliseu que estava armada ali. Embora muitos tivessem perdido suas valiosas e suadas rupias indianas nas apostas, tinham visto uma luta boa demais para reclamar de alguns trocados.


– Ei, você não me disse que eles estariam armados. – Oliver reclamou, em um hindi perfeito, com Kabir, o homem que o tinha recrutado para aquela pequena arena. Kabir se limitou a dar de ombros e sorrir entre o largo bigode. Tinha feito uma fortuna naquele dia, com certeza.


Tinha aprendido desde pequeno que o cristal em seu bolso traduzia tudo o que os outros falavam, ou ele falava com eles, aparentemente. Tinha sido muito útil nas aulas de francês. Ele não sabia muito bem como funcionava, bastava apenas tentar. Onze anos tinham se passado e ele entendia o cristal tão bem quanto o entendia no dia em que ele simplesmente apareceu, lhe dando aqueles “poderes”.


– Ele é um contrabandista, e organiza lutas ilegais no tempo livre. – Uma mulher falou bem alto, e ele soube que era inglês de verdade. Tinha uma pequena diferença, um zumbido a menos em seu ouvido quando não era traduzido. – Você não achou que ele ia ser o senhor sinceridade, não é, Oliver?


A plateia se calou e Kabir passou por eles correndo como um trovão, o que era difícil com o seu peso opulento. A expressão não era estranha para Oliver: medo. Em seguida, toda a multidão começou a debandar junto, restando apenas os lutadores desmaiados no ringue, e a mulher, que sorriu levemente dizendo “ops”.


– Quem é você? – Ele perguntou, deixando implícito o “como você sabe quem eu sou?”, e guardando para mais tarde o “por que eles têm medo de você?”. Tinha aprendido a separar seus pensamentos em prioridades, ou sua cabeça virava uma bagunça.


– Meu nome é Jennifer Moore. – Ela se apresentou, dando um sorriso jovial, embora tivesse o dobro da idade dele. – Aqui está quente, podemos ir para outro lugar?


Ele se limitou a continuar encarando-a de baixo da arena: - Eu estou confortável aqui. – Respondeu, de maneira defensiva.


– Não vou te machucar. – Jennifer prometeu, erguendo as mãos como um gesto de rendição. – Eu não conseguiria nem se tentasse. Ele, por outro lado…


Repentinamente, o cristal em seu bolso começou a brilhar. Não o habitual brilho roxo meio hipnotizante, mas um brilho intenso que ultrapassava o jeans de sua calça rasgada e machucava os seus olhos. Do outro lado de onde antes havia uma plateia, estava um garoto que tinha quase a sua idade. Um pouco mais, um pouco menos, ele não saberia dizer.


Em suas costas, uma aljava com apenas uma flecha e um arco. Cruzando sua camisa, jazia um cinto repleto de balas, que, com certeza, cabiam na pistola que ele levava no coldre da cintura. Na cabeça, um chapéu de caubói virado para cima. Ele parecia bem tranquilo e não era do tipo ameaçador, mas Oliver via além do que os olhos normais viam. No bolso interno do casaco do garoto, um brilho idêntico ao que saía do bolso de sua calça era emitido.


– Arno, Oliver. Oliver, Arno. Agora todos nos conhecemos. Podemos conversar em outro lugar? – Jennifer perguntou, dessa vez em um tom que não dava realmente opções.


Ele se viu forçado a concordar, mas não sem antes deixá-la ver o ferimento. Quando a faca saiu, sua pele sensível extraiu cada pontada de dor que podia, como se mais vozes se somassem em seu interior. Era o terceiro ferimento que tinha na Índia, e só Deus sabia quantos ao todo.


Como que lendo os seus pensamentos, ela escolheu um lugar público para irem, onde Arno só entrou após um tempo, tendo se livrado do arco, da flecha, das balas e do coldre. Sentaram-se então no balcão de um bar movimentado no último piso do Oberoi Amarvilas, um dos hotéis mais luxuosos de Agra.


– Explique-se. – Oliver se resumiu a dizer. Apesar da idade, tinha consciência de que a postura confiante era o melhor jeito de se impor. Não precisava ser durão, desde que a outra pessoa o visse assim. Infelizmente, aquilo não parecia intimidar Jennifer Moore.


– Não vai querer beber nada? Acredito que aqui eles sirvam muitas coisas que você nunca provou. – Ela sugeriu de modo casual, empurrando um menu pelo balcão para a sua direção. – Como você deve ter notado, não é a minha primeira vez aqui. Eu costumo viajar muito pelo mundo, semelhante ao que você está fazendo agora.


– Eu não estou viajando por viajar, eu… - Ele começou, mas foi interrompido.


– Está “se descobrindo”. Eu acho que já teve tempo o suficiente para se descobrir. Mais me parece que está fugindo. – Ela se aproximou dele, examinando-o com o olhar. – Me pergunto do quê, Oliver.


– Como me descobriu? - Perguntou. Aquilo estava raspando a sua garganta, ela parecia conhecê-lo bem demais.


– Faz algum tempo. Foi em 2003, quando você ganhou uma competição interescolar em Perth. – Ela explicou, deixando-o surpreso. Sentiu-se vigiado. Quase preso. – Crianças normais não fazem o que você fez.


– O que eu sou? – Ele perguntou, notando o cristal que ainda brilhava em seu bolso, reagindo à presença do que o garoto chamado Arno possuía.


Ela olhou ao redor, baixando o tom de voz. Ele sabia que suas falas não estavam sendo traduzidas em hindi, mas o inglês era uma língua muito comum. Especialmente entre os turistas, coisa que não faltava ali.


– Nós chamamos de neoser. Literalmente, como um novo ser. Uma nova… forma de compreensão humana. – Ela estendeu a mão para Arno, que lhe entregou o próprio cristal. Da mesma cor, do mesmo formato, do mesmo brilho. – Não entendemos muito sobre isso, mas… tudo sempre começa com o cristal. Ele surge para determinadas linhagens, ainda estamos pesquisando. Talvez vocês todos tenham um ancestral em comum, um ponto de partida no meio da história humana.


– Certo… Isso é esquisito. – Oliver recuou um pouco do cristal de Arno, como se seu próprio cristal não gostasse de ficar tão próximo dele. Ele se dirigiu a Arno. – Você também ouve? Sente? Vê? Mais do que as outras pessoas, eu digo.


– Na verdade, não. – Ele falou pela primeira vez. A voz grave destoava um pouco do chapéu de vaqueiro dele. Ele tocou em um copo no balcão, que imediatamente brilhou e se arrastou na direção de Oliver. – Telecinese tátil. Posso controlar qualquer coisa desde que eu…


– Toque. – Oliver completou, maravilhado e sentindo uma pontada de inveja. O poder de Arno parecia muito mais legal que o seu. Isso também explicava sua única flecha. Com seu controle, ele provavelmente nunca tinha errado um alvo sequer. – Isso é incrível.


– Podemos te ensinar muito mais, Oliver. – Jennifer ofereceu. – Como controlar seus poderes. Canalizar tudo isso para algo muito mais produtivo do que vadiar por aí, puxando brigas. Podemos te ajudar a atingir toda a sua capacidade.


Ele olhou para ela e depois para Arno. Era tentador. Estaria em um tipo de lar, junto dos seus. Não estaria sozinho: - O que eu preciso fazer?


– Apenas vir conosco. Nossa organização cuidará de você. – Ela se aproximou ainda mais dele, falando tão baixo que só alguém com uma audição muito apurada ouviria. – Não costumamos dizer o nome dela assim, mas no seu caso, podemos abrir uma exceção… Venha. Para. Pandora.


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