Se tinha um assunto em que Thomas era aprofundado, era em interpretar as coisas erroneamente.

Por isso, ele deveria ter suspeito que algo não estava certo quando derrubou seu café num garoto sem querer, e toda vez que Thomas desculpava-se — da sua forma rápida e desajeitada —, o loiro encarava seus lábios concentrado. Nem parecia se importar com o café em suas roupas.

Era estranho.

“Você quer me beijar?” soltou, sem pensar.

Ele não se importaria de beijar o garoto.

Porém, o menino encarou-o apavorado, com a boca em perfeito O, e foi aí que Thomas notou: ele era surdo.