O silêncio reinou naquela clareira. Todos arregalaram os olhos e prenderam suas respirações, inconscientemente. Sabiam que com o Rei Sombrio não se brincava e tinham medo da reação do bruxo.
- O quê? - Questionou Carlito, com um ar ameaçador.
- E-eu estava a admoestar o senhor, de modo que possamos achar uma maneira de proceder com nossas vidas sem causar mais danos às pessoas ao nosso redor. Para corrigir os erros passados, eu propus que...
- Cale-se! - Berrou o Rei Sombrio. - Poupe-me de suas ladainhas sem fundamento! Como ousa? Você é apenas uma insignificante fuinha enquanto eu sou rei! Você não pode me dizer o que fazer. E mesmo se pudesse, eu não sairia deste lugar. Você não tem o direito de se sobrepor a mim!
Pinclyn se encolheu com as palavras violentas do homem e estava começando a se arrepender de toda essa sua idéia de expulsá-lo.
Foi nesta hora que a profecia entrou em ação. Alice, que gostava muito de Pinclyn e odiava vê-lo triste, deu um passo a frente e se colocou decididamente entre seu amigo e o bruxo. Ela estava furiosa pelas atitudes arrogantes do rei. "Mexeu com o Pinclyn, mexeu comigo!"