Era uma vez um conto de Nonna escrita por Nonna


Capítulo 1
Era uma vez...


Notas iniciais do capítulo

De presente para as pessoas que recomendaram a fic "Amor à Moda Antiga", além de já comemorar o dia das crionças! Meu amores e minhas amoras, meu eterno agradecimento @s leitor@s (se eu estiver errada me corrijam!): Yuy, linda e Nena Namikaze. Muitíssimo obrigada e aproveitem essa fanfic, que além de tudo, é linda!
Musiquinha tema de um filme que eu amo profundamente para um começo encantado.



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Canção de Ninar de Mercedes

Era uma vez, num reino distante chamado Kon’oha, tão distante que acabou se perdendo no mapa, uma linda princesa chamada Naruto presa numa torre, que era vigiada por um dragão chamado Kurama, e esperava seu príncipe encantado chamado Sasuke para lhe salvar de seu destino terrível anunciado por uma bruxa malvada chamada Sakura...

Não, você realmente não veio ler esse tipo de história se veio parar aqui. Poderia até ser, mas não é. Você veio atrás de uma história com romance, aventura, desafios e humor. Eu sei, eu sei, afinal você continua lendo cada linha que eu escrevi, não é?

Antes de qualquer coisa, deixe-me apresentar: as pessoas me conhecem como Nonna-sama, a barda das histórias mais curiosas que já se passaram por esse mundo de faz-de-conta. Sim, eu sou uma contadora de histórias especialista em casos que vão prender sua atenção, ou pelo menos tentarei. Já devem ter lido contos de fadas por aí, certo? Eu tenho um também, um muito bonito por sinal. Vou lhes contar.

Eu nunca ouvi dizer de uma história de cavaleiros e princesas que não tinha uma cidade envolvida, mesmo que esta não tivesse um nome.

Então precisamos de um lugar. Minha história precisa de uma praça, bem no meio mesmo da cidade, para onde todas as ruas e os passos seguem como rios até seu desague. Uma praça.

Essa praça precisa de algo, como duas árvores especiais com significados especiais. Uma cerejeira, que significa Amor e Sabedoria, e um Carvalho, que podemos tratar como Força e Longa Vida. Ela precisa também de bancos em volta para que os namorados possam ficar e alguns vendedores ambulantes. Mas minha cidade não é feita só de praça. Têm casas, muitas casas, lojas, muitas lojas, escolas, um hospital grande, casas de pessoas ricas e todo tipo de coisa que se encontra uma cidade normal.

E agora, nossa cidade precisa ser batizada. Acho que aquele nome lá no começo serve. Pois bem, temos nossa cidade. Kon’oha.

Ela é bonita, principalmente depois de dias chuvosos e na primavera. É uma cidade linda, com certeza, ótima de se visitar. E antes que me perguntem, há uma torre sim, bem alta, mas não tem nenhum dragão vigiando, mas de vez em quando tem alguém lá. Uma pessoa, para ser bem exata, que gosta de ver Kon’oha lá do alto.

Ah, quase esqueço. Kon’oha fica perto do mar. Logo depois dos altos prédios comerciais, passando por um bosque pequeno, mas estranho, fica a praia, com suas areias amarelas e quentes e tão breve as águas calmas e brilhantes do mar azul. Lindo de se ver.

Essa história também precisa de personagens! Sim, pois toda boa história tem personagens bem marcados, não é? Claro que não! Toda boa história tem personagens que sabemos onde eles vão chegar, mas não sabemos como e é nisso que está à aventura. Muito bem, personagens: temos um príncipe, uma princesa e uma bruxa, para começar, e temos Naruto, que nem é uma coisa nem outra. Vão entender quando eu começar.

Eles precisam de nomes também, não é? Ok, eu vou reciclar os nomes anteriores, porque a verdade é que aqueles eram os nomes mesmo. O príncipe misterioso Sasuke, a princesa mágica Sakura, a bruxa perigosa Tsunade, a boa fada azul Hinata e um mordomo muito sério conhecido como Kakashi, o espantalho. Acho que já temos pessoas suficientes para começar, não é? Claro, claro, eu não me esqueci de Naruto, mas não falarei dele agora.

Outra coisa que todos os contos de fadas precisam é de uma tradição, sim, uma tradição. Algo que acontece todos os anos, como um baile ou uma festa, que possa permitir nossos personagens se encontrarem, ou pelo menos se apaixonarem.

Nesse conto, todos os anos, com o desabrochar da Cerejeira, um festival é feito em sua homenagem que dura uma única semana. Nessa época, todas as pessoas usam máscaras e não precisam se preocupar com quem são de verdade, pois uma vez que não se veem os rostos, não se precisa ter medo. Dizem os mais antigos que a Cerejeira, ao desabrochar, abençoa os casais que se apaixonam abaixo de seus galhos e que o Velho Carvalho garante que esse amor dure para sempre.

Nesse mesmo festival, sempre que na família real nascia um novo membro, a Cerejeira derruba as cinco primeiras pétalas de suas flores especiais, essas pétalas são sagradas, como dizem, e ao tocarem as mãos de algumas escolhidas, elas brilham tão intensamente que todas as pessoas que moram ali entendem que aquelas pessoas foram que escolhidas pela árvore para serem candidatas para se casar com esse novo membro.

Bonito, não é? Eu sei, essa parte sempre me encanta. Essa parte tem uma luz tão especial que me faz suspirar de deslumbramento.

Contos de fadas sempre começam com um drama, não é? Recordem-se de todas as histórias com princesas que já ouviram. Sempre começa com algo assim. Uma tragédia com lágrimas e parentes mortos, casas abandonadas, com crianças órfãs e pessoas malvadas cuidando dessas crianças. Vamos pensar numa boa tragédia, apesar de parecer estranho o que acabei de dizer, então me deixem melhorar: algo apropriado para a história. Que tal um misterioso acidente, provocando a morte de ambos os pais? Isso. Um acidente.

Acho que já tenho tudo o que preciso para começar a lhe contar essa linda história, pelo menos eu a acho linda. Comecemos, então, com a preparação para ela.

Há muito tempo, nesse belo lugar que eu lhes falei, naquela praia tão linda que descrevi, aportou um navio grande, um navio de ferro movido a vapor, com grandes e altas chaminés de ferros por onde saía o vapor. Era um navio cargueiro comercial e isso queria dizer só uma única coisa: era hora de fazer a cidade fervilhar, de fazer as lojas e as pessoas funcionarem. Todos os meses, pelo menos uma vez, aquele navio enorme chegava, descarregava tudo o que tinha em dois dias, enchia-se do que era necessário e voltava ao mar.

O capitão de seu navio era um moço jovem, que recebera essa árdua missão de navegar para todos os lados do mundo, abastecendo cidades como Kon’oha, com tudo o que sua terra amada poderia oferecer. A terra de seu capitão era próspera e muito louvável, muito para longe do além-mar. O nome daquele homem era Minato e seu navio era o Relâmpago Amarelo, sim, era e eu lhes contarei o motivo mais adiante.

Minato casou-se jovem, muito jovem, com uma moça vinda do chamado País das Forjas, um país conhecido por seus inventores e por suas incríveis máquinas. Diziam até que eles criavam aparelhos capazes de fazer o homem voar acima das nuvens, como só os pássaros poderiam fazer, ou aqueles que muito sonhassem. Os dois se conheceram casualmente durante o festival e se apaixonaram a primeira vista, com toda a mágica que o amor permite. Os dois se amavam e se respeitavam de tal forma que as pessoas se sentiam contagiadas por aquele amor tão puro e tão doce. Minato continuou como capitão, enfrentando todo tipo de adversidade que o mar poderia oferecer, além de seus portos, enquanto sua amada esposa, Kushina, trabalhava como uma inventora mecânica na cidade onde residia Minato.

Os dois eram tão felizes que a vida os agraciou com um filho, uma adorável criança sorridente que diziam ser filha do próprio sol. Kushina construía aparelhos especiais para o seu menino, ensinando-lhe conhecimentos tão antigos quanto às próprias árvores, enquanto Minato ensinava-o a dar valor ao trabalho e a vida como ela era.

Um sonho de vida, não? Mas o ruim de todo sonho, é que um dia temos que acordar. Minato e Kushina, quando seu bebê completou três anos de idade, decidiram viajar para Kon’oha para a pequena criança participar pela primeira vez do Festival da Cerejeira e assim receber as bênçãos das árvores. Acho que não havia família mais feliz do que aquele trio.

Houve o esperado momento da benção e então as cinco primeiras pétalas foram sopradas por uma brisa suave e perfumada pela noite. Os dois estavam longe, no alto de uma torre antiga usada para vigilância e proteção da cidade, mas mesmo assim uma pétala chegou até as mãos pequeninas daquela criança sorridente. O brilho daquela pétala era tão intenso, tão forte que todos na cidade avistaram aquela “estrela” no alto da torre de brilho rosa.

-Minato... – disse a jovem mãe assustada – Temos que ir, Minato, não podemos deixar que nossa criança fique nas mãos daquelas pessoas. Você soube o que...

-Sim, eu sei Kushina, eu sei. – ele respondeu suavemente afagando os cabelos do bebê, que ainda brincava com a pétala brilhante – Partiremos essa noite, agora mesmo... Não quero que nossa criança seja amaldiçoada pelo feitiço da bruxa.

Foram embora dali as pressas, por sorte o navio já estava preparado, no entanto, uma mulher vigiava aquela partida e gritou irritada ao perceber que seus desejos não se cumpririam. No alto de uma colina, em sua garbosa mansão, quase um castelo, ela ordenou aos seus e às nuvens que mandassem que a pior de todas as tempestades perseguissem aquele navio, ordenou aos mares e aos oceanos que engolissem aqueles que ela chamava de traidores. Amaldiçoou mais uma família por ser ver rejeitada.

Mas os deuses não estavam ao lado daquela mulher, pois não houve no mundo uma criança tão abençoada pelas árvores de Kon’oha do que aquela, não, não houve. Minato e Kushina fugiram por alguns meses até que, infelizmente como já devem imaginar, a tempestade e a ira das águas alcançaram os dois. O navio foi engolido pela maior de todas as ondas e no fundo do oceano mais profundo, jazia adormecido o túmulo de ferro daquele dito o casal mais feliz.

O que houve com o bebê? Ora, depois eu lhes direi. Por hora deixemos esse tão belo casal descansar em paz em seu túmulo aquático. Voltemos a Kon’oha, porque preciso terminar essa preparação. Além dessa maravilhosa praça, da misteriosa torre, da mansão sobre a colina, ainda mais um lugar que precisamos visitar e conhecer um pouquinho da história construída por aqueles alicerces. Ali vive uma família muito importante nesse conto.

Kon’oha é governada por uma antiga família real, uma família certamente feliz, preciso admitir, que cuidava dos seus com dignidade e respeito. A última fez que a Cerejeira derrubara as suas pétalas fora quando o filho mais velho do rei e da rainha nascera. Fora uma grande festa em homenagem a ele, eu preciso dizer, a cidade inteira passou vários dias comemorando aquele evento duplo. Mas nada se comparara com o nascimento do segundo filho.

Fora no inverno e seu nascimento me fez recordar a descrição de uma certa princesa muito conhecida por vocês. Cabelos negros como ébano, pele branca como a neve, mas eram os olhos que eram vermelhos como a rosa. Isso te lembra de alguém? Claro que te lembra de alguém, do nosso príncipe, é claro. O segundo filho daquele casal nascera sobre uma condição especial, numa noite iluminada pela maior de todas as luas cheias. Os deuses também foram gentis com aquele bebê, pois sabiam que algo de nefasto aconteceria com ele.

Na noite de seguinte ao seu nascimento, depois que todos os súditos e realeza lhe regalaram presentes, o pequeno príncipe recebeu a imperiosa visita de nada mais nada menos que do Dragão Mestre dos Céus. Sim, ele mesmo. Talvez não conheça seu nome, mas conheça seus feitos: ele traz a chuva no verão, os ventos frios do inverno, ele faz correr os rios e castiga os homens mal com tempestades. O senhor dos céus olhou para o menino e viu em seus olhos vermelhos a maldição que cairia sobre ele.

-Esse menino sofrerá em seu futuro, pois vejo a linha da inveja presa em seu destino. – comentou sabiamente aos pais.

-O que devemos fazer? Ou não terá futuro o nosso filho? – chorava a rainha.

-Não temas, majestade. Seu filho nasceu com os dons da Lua e por isso eu o abençoarei com um presente especial. – o dragão aproximou seu rosto e se permitiu ser tocado pela criança que estava no berço – Faço-te também filho meu, pequeno, eu dou-te parte de mim para que seja forte e supere suas adversidades.

O corpo do menino brilhou e do sopro pálido o espírito do dragão voou até entrar no corpo do menino, enroscando-se nele como uma tatuagem. O dragão foi embora tão misteriosamente quanto chegou, deixando os pais do menino preocupados.

Tal como previra o dragão, durante o sono do bebê uma estranha mulher invadiu o quarto e ali lhe aplicou uma maldição causada pela inveja e pelo coração ferido. Quando os guardas perceberam o que estava acontecendo, já era tarde demais para evitar.

-Ele será amado por todas! – proferiu flutuando no ar ao sair pela janela – Mas nenhuma delas ele irá amar! Assim amaldiçoo este menino com um coração frio de pedra! – e desapareceu.

Os pais teriam caído em total desespero se não se recordassem das palavras do dragão, esperaram que o próprio mudasse e que as árvores o abençoassem. Assim o nosso bebê cresceu e se tornou um jovem príncipe treinado nas artes mágicas, sim ele era o que se poderia chamar de Realeza Mágica. As proezas de Sasuke eram conhecidas por todo o reino de seu pai e muito para o além-mar.

Ele vivia no alto prédio espelhado que servia de castelo para seus pais, tinha um anel que usava para manipular o fogo, presente de um dos feiticeiros do reino, e uma espada de cavaleiro, pois todo cavaleiro de contos de fada tem uma espada, por mais que o meu use jeans e jaqueta ao invés de armadura brilhante e capa.

Já temos nossas tragédias, certo? Mas faltam apenas os detalhes finais para que possam entrar de cabeça nessa história. Vamos a eles.

O jovem príncipe Sasuke tinha como fiel escudeiro, pois todo cavaleiro tem um escudeiro, um mordomo muito esguio que outrora fora um espantalho, trazido por um furacão durante uma tempestade, e por isso recebeu o nome de Kakashi. Ganhara vida graças a um feitiço de Sasuke, tornando-se seu único amigo. Este o seguia para todos os lados, ensinando-lhe e aconselhando-lhe sempre que necessário.

E para terminar, recordam-se das cinco pétalas que caíram? Sendo que uma “sumiu”? Pois bem, aquilo ocorrera no aniversário de cinco anos do príncipe Sasuke e das quatro pretendentes que foram escolhidas, e de que se tinha conhecimento, apenas a Princesa Mágica Sakura parecia ser a mais apropriada para se casar com Sasuke.

Ok, já falei o que tinha para falar, vamos ao nosso conto, ok?


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram do presente?
O que acharam?
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