Fez um ‘x’ garrafal no que tinha escrito na carta, amassando o papel logo depois, para então jogá-lo no pequeno montinho de folhas que já se formava no chão. O cravo vermelho no vaso sobre a mesa a observava com interesse.

– Carta não é uma coisa um pouco ultrapassada?

– Um pouco.

– Por que não manda um email?

– Porque quando eu era menor era o que usava pra falar com ela. E no hospital não tem computador.

– Hm, está apostando na nostalgia?

– Estou apostando em qualquer coisa.

– Seria interessante ter te conhecido nessa época.

– Discordo. – terminou a conversa, recomeçando outra carta.