Estavam o mar e a lua encarando o fim do mês. Era o primeiro mês que eles haviam passado juntos, e parecia que tanta coisa havia acontecido... O mar achava que seu coração estava batendo mais forte. E, por coração, ele queria dizer ondas. Elas batiam na encosta da praia e voltavam, como sempre, mas agora lançá-las pela areia tinha um ar de felicidade.

A lua estava mais iluminada do que nunca. E isso não queria dizer apenas seu brilho, mas, de alguma forma, a sua alma. Quando via seu reflexo no mar, principalmente quando ele estava calmo, sabia que isso jamais deixaria de acontecer.

Na praia, um jovem caminhava sozinho. Ele achou lindo que aquela lua cheia estivesse refletindo no mar. Molhou os pés na areia, onde era raso, e achou que a lua estava chorando. Bobagem, pensou. De repente, viu uma gota brilhante atravessar o céu escuro e penetrar o azul. Como poeta, sabia enxergar um amor. E soube que, se aqueles dois se amavam e haviam encontrado maneiras de se aproximar, nenhum romance era impossível, bastava justapor as forças de vontade, e qualquer lua poderia refletir e chorar sobre qualquer mar, e qualquer casal poderia ser feliz.