Crônicas de um Jovem Rei escrita por MisuhoTita, Vanessa Sakata, TommySan, Sally Yagami


Capítulo 63
Observando pombinhos


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Aqui é a Vanessa BR trazendo mais um capítulo pra vocês! Boa leitura!



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á que haviam tido suas aulas de teoria e prática, os dois jovens Lordes resolveram aproveitar a tarde livre para dar uma espreitada em como seria esse encontro entre Landon e a jovem Lady Catelyn. A uma distância segura, a dupla começou a seguir os passos do jovem casal, a fim de saber mesmo como seria esse noivado da realeza.

— Marden, daqui a gente não tem como escutar o que eles estão falando. – Robert murmurou, tentando se ocultar por trás de um arbusto.

— A ideia não é escutar nada, Robert – Marden respondeu no mesmo tom. – É apenas observar o que eles vão fazer. Não reparou na cara de bobo do Landon, quando ele tá ao lado da Lady Catelyn?

— É verdade... Realmente ele fica com uma cara de bobo daquelas!

— E você não reparou em como ele age diferente quando alguém menciona o nome da noiva dele e o quanto ele fica ciumento quando a gente fala que ela é linda?

— Agora que você falou, Marden... – Robert coçou o queixo pensativo. – Ele fica mesmo assim. E fica todo vermelho quando fala dela... Ou com ela.

— Já reparei, Robert. E tem outra coisa que eu estou notando que ele ainda não fez.

— O que ele ainda não fez?

— Talvez seja pelo fato de ser o primeiro encontro, algo assim, mas ele ainda não beijou a Lady.

— Mesmo assim, geralmente tem beijo em primeiro encontro, Marden. Se bem que o encontro ainda não acabou.

— Precisamos ter paciência. Até porque o encontro ainda não acabou, nem tá com cara de acabar logo... Tanto melhor, vamos poder observar por mais tempo os dois pombinhos!

— Perfeito, mas...

— Mas, o quê?

— Eles estão saindo de onde estão, vamos correr!

*

Daithi, com o seu dragão, desceu no pátio do palácio de Alkavampir após voltar de mais uma saída. E Ramsay já o esperava bastante exasperado, algo que já era esperado pelo príncipe-herdeiro alkavampiano... Já que ele cabulara mais uma reunião do Conselho.

— Ora essa, mas que comitê de recepção é esse? – o jovem ironizou. – Eu não sabia que era tão importante, a ponto de ter o rei de Alkavampir esperando por mim!

— Você está faltando a reuniões demais, seu irresponsável! – Ramsay foi direto.

— As suas reuniões são extremamente maçantes. – Daithi não se deteve diante do pai. – Você e seu bando de puxa-sacos não mexem seus traseiros para acabar com aquele idiota do Cassius! Pra que vou ficar numa reunião onde não há qualquer novidade e nada é feito para furar aquele bloqueio zardreniano?

— Deveria comparecer às reuniões justamente para deixar de ter esse pensamento simplista!

— Onde eu estou sendo simplista, velho? – os olhos gélidos do filho de Ramsay o encararam. – Eu estou sendo realista! Se você colocasse um ataque massivo com força total contra aquele bando de tolos, conseguiria derrotar a todos e conseguiria cortar a cabeça de Cassius de Zardren! Você está se tornando um idiota burocrata, pensando mais do que agindo e perdendo oportunidades preciosas!

— Para você tudo é muito fácil! – o rei alkavampiano rebateu. – Claro! Você tem uma boa vida, não tem responsabilidades governamentais e não tem uma pedra no sapato chamada Zardren! E ainda fica só passeando e, quando não é isso, fica com aquela sua mulher! Parece que ela é bem mais interessante do que a Esme! Talvez eu a prove!

Daithi logo agarrou seu pai pela gola, dizendo:

— O único que tem direito de fazer com aquela mulher o que bem entender sou eu! Vá arranjar uma vadia pra te saciar!

Ramsay acertou-lhe um poderoso soco no rosto e esbravejou:

— Mais respeito com o seu pai! Eu ainda sou o rei de Alkavampir e você me deve respeito, seu vagabundo! – assumiu um ar mais ameaçador. – E é bom que amanhã você compareça à próxima reunião do Conselho... Ou terei que puni-lo por rebeldia, e você sabe que não penso duas vezes se precisar punir o meu próprio filho!

Daithi limpou o sangue que escorria de sua boca por conta do soco recebido e, com frieza, encarou o seu pai. Queria muito revidar aquele golpe e até matá-lo por conta de sua petulância, mas ainda não era o momento.

“Vamos, Daithi”, ele pensou consigo. “Tente ser mais paciente e terá o que quer!”

— Está bem, velho...! – ele respondeu. – Amanhã comparecerei à reunião. Pelo menos espero, até lá, que haja algo que preste como assunto!

*

Landon e Catelyn estavam agora sentados em um banco do jardim, a alguns passos de distância de duas árvores cujos troncos eram bastante largos o suficiente para esconder uma pessoa por trás de cada um. E, de fato, atrás dessas duas árvores havia pessoas escondidas. Em uma, estava Marden e, na outra, Robert; ambos faziam de fato o que se propuseram a fazer: espionar o amigo no encontro.

— Isso está ficando cansativo, Marden... – o jovem Lorde da Terra cochichou. – Eles só ficam jogando conversa fora, não fizeram nem menção de dar um beijinho...!

— Paciência, Robert. – o jovem Lorde da Água respondeu no mesmo tom. – O encontro já deve estar terminando, não vai demorar a ter um beijo apaixonado entre os dois pombinhos... Não é possível que o Landon não vá aproveitar a oportunidade de se declarar à noiva dele e dar o primeiro beijo. Até porque sabemos que isso é como um ritual de passagem de um menino para se tornar um homem. Precisamos ter uma dose de paciência.

— Bem, então vamos procurar ter essa paciência... Mas que isso está cansativo, está, e...

— Shhh...! – Marden sinalizou para que Robert fizesse silêncio. – Eu acho que é agora!

A dupla continuou a observar o casal no mais total silêncio, ainda escondidos por trás das árvores. Viram Landon e Catelyn se levantando do banco e o jovem príncipe oferecendo à noiva o braço para saírem juntos. Trocaram mais algumas palavras e saíram dali sorrindo e conversando alegremente. Apesar disso, Robert e Marden perceberam que por várias vezes Landon ficava meio ruborizado, bem como Catelyn.

O jovem Lorde da Água conseguiu observar ainda mais. Tinha a sensação de que via que seu amigo tinha cara de queria dizer algo a ela, mas não havia conseguido. Isso não era bom. Mas ainda havia uma pequenina chance de dar certo, não é?

Errado!

Muito errado!

E frustrante!

De onde estava, Marden observou que Landon conduziu a jovem Lady até os pais dela. Antes de se despedirem, ele beijou-lhe a mão com carinho e a jovem se juntou aos pais e...

“... E aí?”, o jovem Lorde perguntou em pensamento, sem entender nada. “Ué? Não tá faltando nada aí, não...?”

Após mais uns cumprimentos e a despedida, a Lady e seus pais saíram do palácio, deixando Landon, Cassius e Astrid ali... E o jovem príncipe só olhando sua noiva indo embora. Os dois jovens Lordes se entreolharam incrédulos. Não queriam acreditar que seu amigo não havia feito a coisa mais primordial que deveria ser feita em um primeiro encontro.

— Robert, você viu o mesmo que vi?

— Fala do fato de o Landon não ter beijado a Lady, Marden?

— Exatamente! Eu não acredito que o Landon não fez isso! Era... Era o primeiro encontro!

— Pois é, no primeiro encontro os garotos beijam as garotas! O que o Landon tem na cabeça?

— Eu não sei, Robert. – Marden coçou o queixo com expressão preocupada. – Mas eu tenho a sensação de que vamos ter que ajudar o nosso amigo com isso!Só que antes... Precisamos saber o que aconteceu!


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Notas finais do capítulo

Continua...



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