Crônicas de um Jovem Rei escrita por MisuhoTita, Vanessa Sakata, TommySan, Sally Yagami


Capítulo 60
As palavras do Oráculo


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos! Aqui é a Vanessa BR, trazendo a vocês mais um capítulo de Crônicas! Boa leitura!



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— Estava à sua espera, Daithi de Alkavampir. – dizia a voz, vinda de uma silhueta atrás da cachoeira.

— Quem é você? – o príncipe-herdeiro de Alkavampir questionou, com a pele de grifo em seu ombro.

— Sou alguém que pode mudar o seu destino.

— Oh, é mesmo? – o alkavampiano ironizou. – Como seria capaz de mudar o meu destino?

— Posso ajudá-lo a apressar a sua ascensão ao trono de Alkavampir.

Aquela conversa intrigava Daithi, mas também o irritava, ao mesmo tempo em que demonstrava alguma curiosidade.

— De que forma me ajudaria a fazer isso, hein, sabichão? E, afinal de contas, quem é você?

— Sou o Oráculo de Alkavampir, fonte de poder e sabedoria para o futuro rei.

— Nunca ouvi falar de você.

— Eu apareço apenas para aqueles com potencial para ser um grande rei de Alkavampir. Apareço somente a partir do momento em que detecto algum homem nessa condição. Poucos são dignos de saber da minha existência.

— Eu não sei se me sinto honrado ou se saio daqui e esqueço esse monte de baboseiras.

— Saque a sua espada e jogue-a nas águas.

— Por que eu deveria fazer isso?

— A sua espada está cega após matar e descarnar um grifo em uma das florestas de Zardren. Jogue sua espada nas águas da cachoeira e verá o que irá acontecer.

Daithi, intrigado, resolveu desembainhar sua espada que, de fato, estava cega após matar o grifo do qual retirara a pele. Jogou-a nas águas da cachoeira do tal Oráculo, que disse após alguns segundos:

— Pode retirá-la, Daithi de Alkavampir.

Daithi logo tirou sua espada de lá e se surpreendeu com o que acontecera à lâmina dela. Estava novinha em folha, como se nunca houvesse sido usada antes. Parecia que sua espada tinha acabado de ser forjada.

— Aconselho que seja menos impulsivo. – a voz enigmática disse. – Descontar a sua raiva nas árvores não é a melhor forma de se aperfeiçoar em sua preparação para ser o novo rei de Alkavampir.

Como o Oráculo sabia que ele fizera isso? Aquilo, sim, surpreendeu de verdade o herdeiro ao trono alkavampiano.

— Por que está fazendo isso, Oráculo?

— Porque o meu propósito é servir ao novo rei de Alkavampir. E isso só será possível quando o atual rei for morto. Suponho que esteja descontente com tal homem.

Esse Oráculo sabia coisa demais. Como ele sabia que Daithi estava descontente com seu pai?

— O trono de Alkavampir precisa ser ocupado por um homem com mais capacidade. – o ser misterioso prosseguiu. – Só assim este reino conseguirá a sua supremacia sobre Zardren e o controle definitivo sobre todo o Emperius. E Ramsay de Alkavampir não tem capacidade e poder suficientes para subjugar Cassius de Zardren.

— Parece que nisso nós concordamos. O que sugere?

— Sinto emanando de você o poder que o atual rei não tem. Já passa da sua hora de assumir o que é seu de direito, Daithi de Alkavampir. E a sua atual espada ajudará nisso, até que ela seja substituída por aquela lâmina que lhe foi destinada... O “Grito das Trevas”!

Aquela estranha conversa com o tal Oráculo no dia anterior não saía de sua cabeça. Não só pelas palavras enigmáticas que ouvira daquela entidade, mas principalmente por ter demonstrado o que era capaz de fazer e também dizer com todas as letras que já estava passando da hora de ele suceder a seu pai.

— Por que está tão pensativo, meu senhor? – uma voz feminina sussurrava de forma sensual em seu ouvido.

— Coisa minha, Jeyne. – Daithi respondeu secamente.

— Está muito tenso. – a mulher dizia ao príncipe alkavampiano. – Por que não tenta relaxar? Se quiser, posso massageá-lo.

— Não tenho tempo para isso agora. – ele terminava de vestir seu colete. – Preciso seguir com o meu treinamento, pois aquela caça me fez perder tempo. E tempo é o que eu preciso para me fortalecer ao máximo, bem como fazer alguns planos.

— E que planos seriam esses?

— Está fazendo perguntas demais, Jeyne. Isso não é da sua conta.

— Perdoe-me pela inconveniência.

Daithi pegou a espada embainhada e a colocou em sua cintura. Seus gélidos olhos cinzentos encontraram os olhos cor de mel de Jeyne, que abaixou a cabeça, em sinal de obediência.

— Não gosto que me encha de perguntas. Aliás, não é função sua fazer isso e você sabe muito bem onde é o seu lugar. Quando eu voltar, aí sim eu vou querer que você desempenhe o seu papel.

— Como quiser.

A mulher, chamada Jeyne, era a segunda esposa de Daithi. Era três anos mais jovem que seu marido. Tinha uma beleza bem chamativa. Pele clara, cabelos castanho-claros, olhos cor de mel e um corpo bastante curvilíneo. Desta vez, o príncipe alkavampiano tinha uma mulher muito útil que o satisfazia muito bem. Ela possuía alguns gostos bastante exóticos, mas que o agradavam de certo modo, de tal forma que por enquanto pretendia se divertir um pouco... Aliás, precisava de diversão para tirar um pouco da cabeça os aborrecimentos referentes ao seu pai, com o qual suas relações andavam de mal a pior.

E, então, em sua cabeça continuava a ecoar tudo o que o Oráculo lhe dissera. Ao sair de seus aposentos, disse:

— Quando eu voltar, quero saber para que exatamente você me fez trazer aquela pele de grifo.

— Não se preocupe. – Jeyne disse com um olhar de luxúria. – Assim que voltar, saberá.

Andou apressadamente até alcançar o pátio do palácio, a fim de treinar novamente, compensando o tempo perdido com a caça da véspera. Desembainhou sua espada e viu aquela lâmina sem nenhum arranhão ou qualquer outro vestígio da caça e dos golpes que dera contra as árvores para descarregar sua raiva.

“Sinto emanando de você o poder que o atual rei não tem. Já passa da sua hora de assumir o que é seu de direito, Daithi de Alkavampir. E a sua atual espada ajudará nisso, até que ela seja substituída por aquela lâmina que lhe foi destinada... O ‘Grito das Trevas’!”

Fixou seus olhos naquela lâmina totalmente lisa, que refletia sua face com perfeição. Sentia que aquela espada lhe seria extremamente útil, sobretudo para transpassar um coração. E as palavras do Oráculo eram repletas de certeza, bem como o faziam sentir que delas emanava um grande poder que poderia ser usado em seu benefício.

Seus lábios se curvaram num sorriso. Quer dizer que já passava da hora de assumir o que lhe pertencia de direito? A ideia de antecipar a sua ascensão ao trono de Alkavampir estava cada vez mais tentadora e o atraía muito.

— Sabe, Oráculo... – ele murmurou enquanto olhava para o seu reflexo sorridente em sua espada. – Estou pensando seriamente em seguir a sua sugestão.


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Notas finais do capítulo

CONTINUA...



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