Crônicas de um Jovem Rei escrita por MisuhoTita, Vanessa Sakata, TommySan, Sally Yagami


Capítulo 18
Treinamento com Sigmund


Notas iniciais do capítulo

Vanessa BR na área para trazer mais um capítulo de "Crônicas" pra vocês!

Boa leitura!



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Pouco mais de uma semana se passou até que Robert alcançasse a idade para começar a usar sua espada de treino. Nesse período, os três ouviam atentamente as explicações de Sigmund a respeito de tudo o que envolvia um duelo de espadas. O próprio mestre de armas exemplificava tudo através de demonstrações simulando movimentos feitos e que partes do corpo eram exigidas em cada movimento. A demonstração prática fazia com que os meninos ficassem ainda mais atentos às aulas.

Um dia depois que Robert completou sua quarta primavera, Sigmund já havia passado a ele, Marden e Landon as teorias iniciais necessárias. A partir de agora, começaria a parte prática e, primeiramente, precisaria ver o que era preciso fazer em cada caso. Os três meninos possuíam praticamente a mesma idade, pois os nascimentos tiveram apenas uma semana de diferença entre um e outro.

Robert, mesmo sendo em teoria o mais novo, aparentava o contrário, devido ao tamanho, pois parecia ter não quatro, mas seis anos. Marden não aparentava ter menos do que quatro anos, mas era um menino um pouco mais franzino do que Landon. O pequeno príncipe tinha a altura intermediária, não sendo grande como o filho do Lorde da Terra, mas era ligeiramente maior do que o filho do Lorde da Água.

Eram bastante diferentes entre si, mas demonstravam um grande interesse em aprender a manejar uma espada, tal como os pais. Por conta desse interesse, ensiná-los não era difícil, mas se surpreendia com a rapidez de aprendizagem do príncipe-herdeiro.

— A partir de hoje, já começarei a tratá-los formalmente, certo? – disse a Marden e a Robert. – Vou tratá-los já como Lordes, como são os protocolos.

— Por que, Senhor Sigmund? – Marden perguntou.

— Porque gosto de tratar igualmente os meus alunos, assim como os meus alunos estão me tratando da mesma forma. Temos que ser justos.

Os dois pequenos Lordes assentiram e o mestre de armas prosseguiu:

— Os três já brincaram de fazer de conta que os galhos eram suas espadas?

— Já. – Landon respondeu. – Por quê?

— Porque quero que façam a mesma coisa com essas espadas quando me enfrentarem. Um de cada vez irá duelar comigo. Quem quer ser o primeiro?

O pequeno príncipe zardreniano deu um passo à frente e, com um olhar determinado, empunhou a espada, tentando imitar seu pai. Já havia visto seu pai treinando sozinho e havia visto atentamente cada movimento, ficando impressionado com aquele treino. Ao se lembrar disso, vinha o pensamento de ser forte como ele.

— Alteza, mostre-me o que pode fazer. – Sigmund disse.

Landon imediatamente partiu ao ataque com sua espada de treino empunhada, tentando reproduzir o que lembrava dos movimentos que vira seu pai fazer. Usava toda a sua força para superar a defesa do mestre de armas, porém não conseguia, pois o loiro se defendia com muita facilidade. O príncipe zardreniano insistia nos ataques, mas com um movimento rápido, Sigmund o desarmou e apontou sua espada de treinos para o pescoço do menino, que ficou surpreso com aquilo.

O mestre de armas ficou surpreso com a habilidade do herdeiro ao trono de Zardren. Apesar da pouca idade, ele possuía alguma técnica, mas precisaria refiná-la. Sorriu e disse:

— Se Vossa Alteza estivesse em um duelo de verdade, correria um risco muito grande de perder a sua cabeça. Os homens maus cortam a cabeça das outras pessoas.

— Senhor Sigmund... – o menino murmurou. – Eu não quero perder a cabeça.

— Não vai perder. Por isso eu o ensinarei, Alteza. Apesar disso, maneja muito bem uma espada.

Landon sorriu:

— É que eu já vi o meu pai treinar com a espada dele! Quero ser forte como ele!

— E será. – Sigmund disse com um sorriso. – Vou deixá-lo forte!

Olhou para os dois pequenos Lordes que, mesmo tendo duelado diversas vezes com Landon usando galhos, ficaram surpresos com o que o amigo fizera. Realmente, o pequeno príncipe, nesse aspecto, era um diamante bruto que deveria ser bem lapidado.

— Milordes, qual dos dois será o próximo a me enfrentar? Não precisam ter medo, não vou machucar.

Os dois meninos estavam tentando decidir quem iria, pois ambos queriam ter a sua vez naquele momento. Foi quando Sigmund perguntou a Landon:

— Alteza, qual dos dois eu chamo para enfrentar?

— Senhor Sigmund, por que eu tenho que falar isso?

— Porque, quando crescer, Vossa Alteza terá que tomar muitas decisões. E, quando assumir o lugar do seu pai como rei de Zardren, terá que decidir muitas coisas o tempo todo. E isso vale também para os dois Lordes. Qualquer menino, quando se torna um homem, começa a ter que tomar decisões importantes... Igual aos pais de vocês. É preciso ser bom na espada, mas tem que saber fazer boas escolhas. Neste caso, qualquer um dos seus amiguinhos é uma boa escolha, mas haverá uma hora que uma delas pode ser ruim.

— Hm... – o pequeno príncipe, pensativo, pôs a mão no queixo por alguns segundos enquanto olhava para Marden e Robert, cheios de expectativa. – Já sei!

— Quem será?

— Primeiro, o Lorde Marden! – respondeu. – Depois, vai ser o Lorde Robert!

— Certo!

Marden avançou até ficar frente a frente com Sigmund. Com as feições bastante sérias e demonstrando estar bastante concentrado, o filho de Ferdinand empunhou a espada de treino com tanta segurança quanto o fazia com um galho. Partiu ao ataque com confiança, correndo. As espadas se chocaram e logo a espada do menino cedeu. Marden se abaixou a fim de se esquivar de um contra-ataque. Logo que enxergou que a guarda do mestre de armas parecia aberta, ele tentou um contra-ataque. No entanto, Sigmund fora veloz o bastante para bloquear e contra-atacar, rompendo a defesa do menino, que, ao fazer outro contra-ataque, abriu sua defesa e sentiu uma ponta de espada tocar-lhe o peito. Foi quando o combate parou.

— É bem rápido, Milorde. – o loiro elogiou. – Só que abriu a sua defesa. E isso é muito perigoso. Já imaginou se fosse uma espada de verdade? E, se fosse, em vez de mim, um homem mau de Alkavampir? Ele poderia ter furado o seu coração e ter te matado.

— Nossa...! – Marden exclamou.

— Não precisa desanimar, Milorde. Nós vamos melhorar isso pra que o seu coração fique aí inteirinho. Eu gostei do seu jeito rápido de lutar, podemos aproveitar isso.

— Tá bom, Senhor Sigmund!

— Agora é a vez do Lorde Robert! – o mestre de armas disse ao maior. – Pode vir!

Robert assentiu e empunhou a espada para treino. A um sinal de Sigmund, ele foi ao ataque e sua espada se chocou fortemente com a do mestre de armas, que logo se surpreendeu com o impacto. Para um menino de quatro anos, a força que ele possuía era bem incomum. O garoto forçou sua espada, a fim de sair do bloqueio, mas mesmo assim não conseguiu romper a sólida defesa do mais velho. O filho de William recuou e voltou a atacar com força, encontrando novamente a espada de Sigmund o bloqueando. Deu um giro, mas sentiu algo tocar-lhe a barriga, assim parando o duelo.

— Tem uma grande força, Milorde. Devo admitir que me deixou bem surpreso. – elogiou o menino. – Mas precisa tomar cuidado. Já pensou o quanto é perigoso cortarem a sua barriga? Precisa tomar cuidado. Mas, não se preocupe... Vamos melhorar isso e explorar essa força toda que tem.

— Tá bom, Senhor Sigmund!

— Agora vamos descansar, meninos. – Sigmund sorriu e sentou ali no chão mesmo. – Os guerreiros também precisam dar uma descansada.

O trio também se sentou no chão, diante do mestre de armas, que perguntou:

— O que acharam da aula de hoje? Espero não terem ficado assustados.

— Eu gostei! – Landon foi o primeiro a responder.

— Eu também! – Marden e Robert falaram ao mesmo tempo, rindo em seguida.

— Eu estou surpreso com os três. Demonstraram interesse e habilidades nos duelos que fizemos. Acho que não vai demorar muito para que vocês comecem a dominar uma espada.

— É mesmo? – Robert perguntou.

— Sim. Continuem assim e vamos nos dar muito bem nas aulas práticas!

— Tá bom! – os três disseram ao mesmo tempo.

— Por hoje, terminamos nosso treinamento. Já estão liberados para descansar.

— Mas já? – Marden questionou.

— Por quê? – Landon acrescentou.

— Porque o descanso faz parte do treinamento também. Nós precisamos descansar pra amanhã. Agora, podem ir!

Os três meninos se levantaram dali e correram para encontrar os pais, que haviam visto tudo. Sigmund se levantou também e viu que eles estavam empolgados, contando tudo aos pais e não conteve um sorriso.

Sentia que aquele trio iria surpreendê-lo ainda mais... Sobretudo o Príncipe Landon. Aquele menino tinha um talento nato para a espada.


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Notas finais do capítulo

Continua...



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