Crônicas de um Jovem Rei escrita por MisuhoTita, Vanessa Sakata, TommySan, Sally Yagami


Capítulo 15
Meninos, sempre meninos


Notas iniciais do capítulo

Vanessa BR mais uma vez aqui pra deixar a vocês mais um capítulo de "Crônicas"!

Boa leitura a todos!



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Como em todas as festas no palácio de Zardren, o amplo salão estava cheio de convidados. Desde os Lordes provincianos até os Grandes Lordes e os membros do alto escalão estavam presentes para aquele evento. Tão logo a família real foi anunciada, todos os presentes se curvaram em reverência.

Assim que a família real tomou seus lugares, como de praxe, os Lordes, Grandes Lordes e os demais integrantes do alto escalão de Zardren cumprimentavam o pequeno príncipe e lhe davam presentes pelas quatro primaveras que completava. Apesar de estar contente com os presentes, Landon estava impaciente... Principalmente porque Robert e Marden dirigiam a ele olhares que pareciam perguntar quando ele poderia ir brincar.

— Papai – o menino perguntou tão logo terminou a sessão de cumprimentos e presentes. – Agora posso ir brincar com o Marden e o Robert?

— Ainda não, Landon. – Cassius disse. – Lembra que eu disse que queria que você conhecesse alguém?

— Não pode ser depois, não? – o pequeno príncipe questionou impaciente.

— Lembra o que a mamãe te disse antes? – Astrid perguntou.

— Do quê?

— É hora de você tratar aquela pessoa que o seu pai falou como um principezinho faz.

— Depois disso eu posso ir brincar?

— Só depois do que eu te falei, Landon.

— Tá bom... – o pequeno respondeu emburrado e de braços cruzados.

Um casal, junto com sua filhinha de três anos de idade, se aproximou da família real e fez a devida reverência. Lorde Christian tinha vinte e oito anos, possuía estatura mediana, cabelos curtos e negros, olhos da mesma cor e pele bronzeada. Sua esposa, Lady Jacqueline, era mais ou menos da mesma idade e tinha cabelos e olhos castanhos, segurava a mão da pequena Catelyn, que tinha longos cabelos negros e um ar mais tímido, por não estar acostumada com tanta gente.

Cassius e Astrid cumprimentaram o casal, que era de uma província vizinha, bem próxima da Capital. Landon olhava para o lado, vendo ali Marden e Robert lhe dirigindo olhares impacientes para que ele fosse logo se juntar à dupla para brincarem juntos. Seu olhar impaciente logo se voltou para os adultos que só ficavam conversando sobre assuntos chatos de gente grande. Queria sair logo dali para ir brincar, estava mais do que impaciente.

— Landon – seu pai disse. – Pode cumprimentar a pequena Lady.

— Eu tenho mesmo que fazer isso? – ele perguntou fazendo bico.

— Landon – sua mãe chamou-lhe a atenção. – Aja como um principezinho como você aprendeu.

— Tá bom, mãe... – ele respondeu emburrado.

O príncipe-herdeiro se aproximou da menina, que foi a primeira a cumprimentá-lo com uma reverência, fazendo-a com perfeição, acompanhada por um “É um prazer conhecê-lo, Alteza”. Ele, a contragosto, se colocou diante dela e, pegando sua mão direita, fez uma careta.

Ele tinha mesmo que fazer aquilo? Ele queria brincar, não fazer coisas chatas de gente grande! Olhou para o lado de novo e viu ali os dois amiguinhos, que ainda o esperavam para brincar. Só precisava fazer aquela parte chata e depois poderia sair dali para finalmente brincar.

Bem... Já que era para fazer aquilo... Que seja!

Aproximou seus lábios da mão da menina e, rapidamente, a beijou. Em seguida, vez cara de nojo e saiu correndo dali, na direção dos filhos dos Lordes Ferdinand e William, que riam muito. Landon, emburrado e fazendo bico, disse:

— Isso não tem graça, tá?

*

Dia seguinte.

Levados pelos pais para o pátio, Landon, Robert e Marden estavam curiosos para saber o que iriam ter naquele dia. Perguntavam-se o que poderia ser e, no mínimo, deduziam que poderia ser algo bem importante, para que estivessem acompanhados.

— Papai – o pequeno príncipe perguntou. – O que a gente vai fazer hoje?

— Você se lembra do que eu te falei, filho? – Cassius questionou, com uma pequena espada em sua mão. – Tem a ver com isto.

— Isso é pra mim?

— É, sim. – ele se abaixou para olhar nos olhos do filho. – A partir de hoje, você vai começar a aprender algumas coisas e a treinar para, quando crescer, ficar no lugar do papai. E, para isso, você já precisa estudar e ficar forte.

— Vou ficar forte igual a você, papai?

— Se você estudar e treinar, vai, sim. E, quem sabe, não fica mais forte do que eu?

— Mas eu sou pequeno ainda!

— Eu comecei a treinar quando era pequenininho como você, Landon. Desde que eu tinha o seu tamanho, comecei a treinar e a estudar. Aí eu fui crescendo e ficando mais forte e sabido.

— Então, quando eu tiver o seu tamanho, vou ficar forte e sabido?

— Vai, sim. – Cassius sorriu e deu um cafuné no filho. – E vou ficar muito contente.

O rei zardreniano deu ao filho a pequena espada, uma espada própria para treino. E, como esperado, o menino ficou muito contente, pois aquilo era bem melhor do que um galho. Sua primeira ação foi abraçar o pai e agradecer. Em seguida, correu até os amiguinhos, a fim de mostrar a eles o que ganhara do pai. Ele viu que não fora o único a ganhar uma espada de treino, pois tanto Marden como Robert também exibiam espadas iguais.

— Eu sei bem como eles se sentem. – William sorriu enquanto observava seu filho que, apesar da mesma idade dos demais, era ligeiramente maior.

— A primeira espada a gente nunca esquece. – Ferdinand observou.

— Isso é verdade. – Cassius concordou. – Quando recebi uma espada de treino do meu pai, fiquei tão animado quanto o Landon.

Neste momento, as atenções, tanto dos homens quanto dos meninos, foram desviadas para a figura que acabava de chegar ao pátio. Um homem alto e esguio, com cabelos loiros platinados presos em um rabo-de-cavalo, aparentando pouco mais de trinta anos, se aproximou de Cassius e fez-lhe uma pequena reverência. Com voz cordial, disse:

— Mestre de Armas Sigmund ao seu dispor, Majestade. Farei o meu melhor para que Sua Alteza, o Príncipe-Herdeiro Landon, seja bem treinado, assim como farei o meu melhor igualmente para com os pequenos Lordes.

— Sei que sim, Mestre Sigmund. Por isso que confio o meu filho aos seus cuidados.

— Agradeço por essa confiança de sua Graça.

— Mestre Sigmund, confio também o meu filho Marden aos seus cuidados. – Ferdinand disse.

— Também confio o meu filho Robert aos seus cuidados. – William acrescentou.

— Agradeço igualmente pela confiança depositada em mim pelos Milordes.

Nisso, os três meninos se aproximaram do recém-chegado com olhares curiosos. Sigmund não se incomodou, pois tinha experiência em treinar crianças a partir dos quatro anos. A julgar pela curiosidade dos três, provavelmente não teria dificuldades em começar a ensiná-los a manejar uma espada.

Diante de Landon, Sigmund imediatamente se ajoelhou e falou com um sorriso:

— Alteza, a partir de hoje eu serei seu mestre de armas e o treinarei junto com os pequenos Lordes. Será um prazer treinar os três para que cresçam fortes e experientes para poderem defender este reino como seus pais.

— A gente vai treinar com o senhor? – Marden perguntou.

— Pode me tratar como “você”. – o loiro respondeu de forma gentil. – Os três treinarão comigo.

— A gente vai usar essas espadas que ganhamos? – Robert questionou.

— Vão, sim.

— Quando a gente começa? – Landon estava ansioso.


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Notas finais do capítulo

Continua...



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