Cassius e Astrid acariciam ao mesmo tempo os cabelos de Landon, enquanto o pequeno continua a chorar nos braços do pai de forma totalmente desesperada. Marido e mulher se entre olham, e, sabem que precisam agora, mais do que qualquer outra coisa, esquecer a própria dor e serem fortes por Landon, pois o pequeno príncipe precisa do pai e da mãe neste momento.

− Fique aqui e tente acalmá-lo – a voz de Astrid se faz ouvir – Eu vou procurar o Gregory.

− Você já está bem? – questiona Cassius, acariciando o filho até que ele se acalme – Não quer que eu vá atrás do Gregory?

− Pode deixar. Acalme o Landon.

Dizendo isto, Astrid se levanta e deixa o quarto, a fim de procurar pelo Conselheiro Gregory, enquanto Cassius continua tentando acalmar o filho.

− Papai, por favor, não deixa os homens maus me machucarem...! Por favor, papai...! Eu tô com medo...! Eu tô com medo...!

− Landon, papai está aqui com você, não precisa ter medo. Ninguém vai te fazer mal, filho. Papai não vai deixar.

− Não vai deixar os homens maus chegarem aqui...?

− Não, filho. Nenhum homem mau vai chegar perto de você.

− Promete, papai?

− Prometo, filho.

O menino continua a abraçar o pai com força, e, Cassius vai murmurando para ele palavras de carinho, e, pouco a pouco, o menino começa a se acalmar.

Gregory, ao lado de Astrid adentram o quarto. O Conselheiro Mago zardreniano segura em suas mãos um vidro com uma poção e, ajuda o pequeno príncipe a bebê-la. Minutos depois, a criança adormece.

Astrid tira Landon dos braços do pai e começa a ninar seu pequeno em seus braços, querendo protegê-lo e, tirar da cabeça dele todo esse grande susto que ele passou. Se tivesse tal poder, seria exatamente isso que faria.

***

Em Alkavampir, Ramsay está sozinho em seu escritório, pensando em qual será o próximo passo que ele dará para atingir seu objetivo de destruir o reino livre de Zardren e se tornar o senhor de Emperius.

Infelizmente, Lorde Hoster falhara em matar o pirralho real, mas, não fora uma derrota por completo, porque seus espiões contaram que a rainha perdeu a criança que estava esperando e isso, de alguma forma deve ter desestabilizado aquele idiota do Cassius.

Agora, quando for atacar novamente, o idiota estará bem mais fraco emocionalmente e, isso o ajudará bastante. O ponto fraco do rei zardreniano se tornará a sua grande vantagem e, Zardren irá cair a seus pés e então, ele será conhecido como Ramsay, o senhor de Emperius!

A porta de seu escritório se abre e surge seu filho.

− O que você quer, Daithi? – Ramsey pergunta de forma seca.

− É verdade que o Lorde Hoster falhou em matar o pirralho real? – o príncipe alkavampiano pergunta com um ar questionador.

− Não exatamente. A rainha se feriu e perdeu o bebê que estava esperando.

− E o pirralho zardreniano continua vivo?

− Sim.

− Então isso é uma falha. Quando EU for rei, farei com que todos os que falharem comigo tenham a devida punição! Nenhum servo falhará comigo quando eu for rei, não vou permitir!

− Quando você for adulto, aprenderá que, certas vezes, as falhas nos fazem enxergar novos pontos fracos em nossos inimigos.

− É mesmo? Então me diga, Ramsay de Alkavampir e senhor meu pai, que ponto fraco o Lorde Hoster descobriu sobre Cassius de Zardren que o senhor já não soubesse?

− Descobri que o pirralho real, como você chama é tratado como um bebê mimado. E, pode ser que no futuro, isso me seja útil.

− Como será a sensação de bater em um príncipe zardreniano? – Daithi pergunta com um sorriso de ansiedade.

***

Astrid observa o seu filho dormindo, agarrado a um ursinho, como se se sentisse protegido abraçado ao brinquedo. Sente uma pena enorme de seu bebê, que está simplesmente apavorado e, sabe que precisa ser forte por seu menino. Por Landon.

Mesmo que nunca mais possa dar a Cassius um outro filho, eles ainda tem Landon e, é isso que importa. Landon é seu bebê, seu maior tesouro e, protegerá seu filho. Por ele, por Landon, é que não se arrepende do sacrifício que fez e, faria tudo de novo, se fosse necessário.

Sorri ao ver seu menininho abrindo os olhos e, olhando para ela sem deixar de abraçar o seu ursinho.

− A senhora ficou o tempo todo aqui comigo, mamãe? – pergunta o menino, de forma dengosa.

− Fiquei, meu bebê. Mamãe não saiu do seu lado.

− Que bom, mamãe. Assim os homens maus não podem chegar perto de mim.

− Landon, o homens maus nunca mais chegarão perto de você, meu amor.

− É mesmo?

− Sim, nunca mais. Mamãe e papai não vão deixar.

O pequeno príncipe se levanta e, sem lagar o ursinho, senta no colo da mãe. Não demora muito e Marie adentra os aposentos reais com uma bandeja de refeição para Landon. Astrid ajuda o menino a comer e dispensa a criada.

Ao ver o filho se alimentando, a rainha sorri, pois, mesmo que ele esteja com medo, o que é normal, ele está comendo e, isso o ajuda a crescer e se fortalecer e, é isso que ele precisa nesse momento.

O menino termina de comer e, Astrid tira a bandeja da cama, colocando-a em cima de uma mesinha de cabeceira até que uma criada volte para retirar.

− Landon, porque não vai ao jardim brincar com o Marden e com o Robert?

− A senhora vai, mamãe?

− Não, meu amor. Mamãe ainda tem que ficar descansando. Não posso ir aos jardins por alguns dias.

− Então eu vou ficar aqui com a senhora. Não vou ficar longe da senhora ou do papai, porque tenho medo dos homens maus.

Astrid decide mudar de assunto, a fim de tirar da cabeça de seu bebê o que ele passou. Abraça Landon, que não solta o ursinho de pelúcia por nada.

Neste momento, a porta dos aposentos reais se abrem e, na porta, estão os pequenos Marden e Robert.

− O que vocês estão fazendo aqui, crianças? – pergunta a rainha, sorrindo de forma doce.

− É que como o Landon não está saindo pra brincar lá fora, nós viemos brincar com ele aqui, pra ele não brincar sozinho. – responde o pequeno Robert.