Crônicas de um Jovem Rei escrita por MisuhoTita, Vanessa Sakata, TommySan, Sally Yagami


Capítulo 109
A Dor de Landon


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal!!

Aqui é a Tita, trazendo mais um capítulo de Crônicas para vocês.

Boa leitura❣



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Ao ouvir as palavras do filho, Cassius sorri, pois, mesmo que Landon inicialmente não seja capaz de entender, isso é para o bem dele. Sabe que para o filho, que a vida inteira sonhou em ser pai de uma menina, isso é cruel demais para se ouvir, mas, era preciso ter essa conversa com seu filho, para o próprio bem dele.

— Landon, eu espero, realmente que você tenha entendido, meu filho. – o rei zardreniano fala – Eu quero o seu bem, Landon, por isso tive que te dizer isso, não quero que você sofra, filho.

— Eu entendi, meu pai. – Landon consegue dizer, embora seus olhos castanhos sejam o reflexo da mais pura tristeza – E, não se preocupe, eu jamais falarei em ter uma filha novamente, este sonho, morre agora. Agora, se me permite, gostaria de ficar sozinho para descansar, ainda me sinto um pouco enfraquecido, gostaria de dormir um pouco.

— É claro, meu filho.

Dizendo isto, Cassius deixa os aposentos do filho, fechando a porta antes de sair. Ao se ver sozinho, Landon, com o coração cortado pela dor, deixa vir à tona todas as lágrimas que evitou derramar na frente de seu pai, a fim de não preocupa-lo.

Por quê?

Por que ele a vida inteiro sonhou em ter uma filha, se isso é impossível para ele? Por que os deuses foram tão cruéis, a ponto de durante uma vida inteira alimentar em seu interior um sonho que jamais será capaz de se tornar realidade? E por que os deuses lhe deram este desejo tão forte a ponto de doer tanto saber que ele nunca será pai de uma menina?

Começa a sentir frio, muito frio, além de uma forte pontada em seu peito. Não quer incomodar ninguém e, muito menos, que o vejam chorando por conta de um sonho perdido. E, por isso, ele, com as mãos em seu peito e os olhos encharcados por lágrimas apenas se deita, sentindo todo o peso da dor inundar sua alma e seu coração.

*****

Astrid está em seus aposentos, esperando a chegada de Cassius e, andando de um lado para o outro, em Mas, círculos, preocupada com a reação do filho quando ouvir o que o pai tem a dizer.

Mas, mesmo que essa conversa, em um primeiro momento, venha partir o coração de seu filho, é para o bem dele, pois Landon não pode continuar do jeito que está.

Está tão distraída com seus pensamentos e preocupações que nem ao menos percebe a porta do quarto se abrindo e por ela entrando Cassius, que se aproxima e, a encara no rosto. Em silêncio, rei e rainha se aproximam da cama e, se sentam. Astrid então encara seu marido nos olhos para então perguntar:

— Conversou com o Landon?

— Sim, querida, acabei de ter uma conversa séria com ele. – responde o rei zardreniano.

— E então? Como ele reagiu?

— Ele ficou chocado com tudo o que eu disse, como já era de se imaginar. Mas, acho que consegui fazê-lo entender, porque ele me garantiu que jamais irá tocar neste assunto novamente, que vai esquecer essa ideia de ter uma filha.

— Isso já era de se esperar, Cassius. E, saber que ele vai tirar essa ideia de ter uma filha da cabeça dele me deixa muito aliviada, pois, pode ser que já seja um passo para o fim desses pesadelos dele, envolvendo essa “princesinha”.

— E isso vai passar, Astrid. Os deuses não permitirão que nosso filho continue e a sofrer assim.

Rei e rainha se abraçam, e, nos braços fortes de Cassius, Astrid se sente reconfortada. Ali está o homem que, com apenas algumas palavras e gestos, é capaz de tirar toda a angústia de seu coração.

Agora, só pede aos deuses que Landon fique bom e que não volte a ter esses pesadelos.

*****

Daithi sobrevoa com seu dragão uma das florestas do reino de Alkavampir, ele instiga o dragão a voar com cada vez mais velocidade, pois, quer encontrar logo o Oráculo, e conversar com aquela estranha entidade sobre os planos que estão traçando juntos para a destruição definitiva do reino livre de Zardren.

Aterrissa o dragão na floresta e, o deixa esperando em uma clareia, para seguir o resto do percurso a pé. Caminha com passos apressados, até chegar à caverna do Grande Oráculo de Alkavampir e, ali chegando, adentra a caverna até chegar à cachoeira, onde a sombra do Oráculo pode ser vista atrás das águas.

— Estava a sua espera, Daithi de Alkavampir. – a voz do Oráculo se faz ouvir.

— Vim assim que possível. – responde o monarca alkavampiano – Tenho boas notícias, referentes à Companhia dos Dragões das Sombras.

— Sei que eles tem feito muito bem o trabalho deles e que, o rei zardreniano nem imagina que o inimigo está onde ele menos espera. Mas, ainda não é o momento certo para você agir, Daithi.

— E por que não? – quer saber o rei alkavampiano.

— Porque a paciência é uma virtude, que deve ser cultivada. Confie em mim, como tem feito até aqui e, garanto a você que toda essa paciência será recuperada. No tempo certo, o rei Cassius de Zardren irá cair, e então você terá a chance pela qual tanto almeja.

— Terei paciência, por mais que isso seja difícil para mim.

— O seu destino, Daithi de Alkavampir, é ser o senhor de Emperius, e isso está escrito há mil anos. Continue a seguir os meus conselhos, e o nosso mundo será seu.

*****

Uma nova manhã chega ao reino livre de Zardren e, em seus aposentos, Landon não sente vontade nenhuma de se levantar. O príncipe sente muito frio e, está enrolado em vários edredons, suando sem parar.

Durante a noite, havia chorado todas as lágrimas que tinha para chorar e, com suas lágrimas, foi também seu maior sonho. O sonho de ter uma filha... O sonho que está proibido de sonhar... O sonho que dividiu com sua noiva e que, a partir de agora, terá a missão de fazer com que ela também se esqueça dele...

Continua tremendo de forma violenta, ao mesmo tempo em que continua suando. Não consegue entender de onde vem todo esse frio e porque seu coração dói tanto... Pensa em tocar o sininho e pedir que algum criado chame o Conselheiro Gregory mas, está se sentindo tão fraco que não tem forças nem para isso.

O que está acontecendo com ele afinal?

Por que não consegue encontrar forças para nada? Por que só consegue encontrar o fundo de um poço, no qual quer descer mais e mais?

Fecha seus olhos, na esperança de que consiga dormir, mas, tudo o que consegue sentir é uma dor física e emocional em seu coração, que parece, neste momento, como um cristal que se quebrou em um milhão de pedaços.

Dor...

Muita dor...

Dor e frio...

Seu coração começa a se apertar cada vez mais em seu peito, ao mesmo tempo em que sente cada vez mais frio... Tenta alcançar o sininho, mas não consegue... As forças lhe faltam... Cada vez mais...

— Por favor... Por favor... Alguém me ajuda... Eu não aguento mais essa dor...


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Notas finais do capítulo

CONTINUA...



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