- Posso vê-la? É a única coisa que lhe peço.

Percebi o rosto do medico, se romper em uma mascara de pena, enquanto meu pai me apertava mais contra ele.

- Claro, Siga-me!

Acenti timidamente com a cabeça enquanto desviava dos braços de meu pai, e ia em direção ao medico, que me esperava.

Enquanto caminhava pelo grande corredor branco, em direção ao quarto de minha mãe, minha mente pensava em varias perguntas e a maioria delas sem resposta.

- É aqui, quarto 213.

- Obrigado.

Agradeci ao homem, e respirei fundo algumas vezes antes de entrar naquele grande quarto.

Não consegui prolongar  mais o tempo, abri a porta e me deparei com a cena mais horrível de minha vida.

Minha mãe estava ligada a vários tubos que a mantinha viva.

Lagrimas caiam de meus olhos, enquanto via a imagem de minha mãe debilitada.

Exatamente naquele momento, não tinha, mas forças para continuar, para seguir em frente... Não era forte o suficiente para isso.

Mais eu tinha que fazer isso, eu precisava... Caminhei lentamente até a cama do quarto, enquanto não consegui desviar os olhos de minha mãe.

- Mãe.

Falei com voz chorosa, enquanto acariciava sua testa.

- Não me deixe!

Agora estava chorando, ela não podia me deixar, não agora...

- Mamãe, esta me escutando? Não me deixe, por favor!

Eu peguei sua mão e a apertei fortemente, enquanto chorava com a cabeça apoiada na cama.

Senti sua mão aperta a minha de leve, e logo me alarmei.

- Mãe! Esta me ouvindo?

Perguntei apavoradamente, mas nada de resposta, eu já estava ficando frustada.

Porque ela não me ouvia? E se ouvia porque não respondia?

Enquanto chorava, ouvir um barulho irritante e olhei diretamente para o monitor que marcava os batimentos cardíacos de minha mãe...

- OH MEU DEUS! AJUDEM MINHA MÃE, ALGUEM AJUDE POR FAVOR!

Eu gritava feito louca, enquanto chorava descontroladamente, em busca de ajuda.

Em pouco tempo, muitos médicos e enfermeiras já estavam no quarto, e fui carregada porta a fora após me negar sair do quarto.

- Me solte!

Ele não respondeu, apenas me carregava de forma bruta para fora do grande quarto.Para longe de minha Mãe.

- Bella!

Meu pai gritava vindo em minha direção, rapidamente chutei o homem e fui ao encontro de meu pai.

- M-Minha mãe...

Tentei falar, mais nada saia, apenas lagrimas banhavam meu rosto, enquanto meu pai me abraçava fortemente.

- Filha o que houve?

Ele perguntou, mas não consegui responde, na minha mente só passava imagens de minha mãe...

- Ola sou o Doutor Jorge, vocês são os Swans certo?

Me virei bruscamente a tempo de ver o olhar de pena no rosto daquele medico, e de alguma forma eu sabia o que ele diria.

- Queria primeiramente dizer que fizemos de tudo para tentar ajudar a senhora Renne...

Ele parou e abaixou a cabeça, como se fosse uma forma de desculpas.

Lagrimas rolaram novamente de meus olhos ao imaginar o que aquele homem iria dizer.

- Desculpe informa, mais a senhorita Renne teve um ataque cardíaco e não resistiu.

Não, pode ser...Alguém por favor fale que é mentira, que eu acordarei e verei minha mãe fazendo um lindo café da manha, enquanto dizia um bom dia e me lançava um beijo.

Diz por favor que irei acordar e tudo voltara ao normal...Por favor...

- Não pode ser!

- Desculpe senhora, nos lamentamos pela perda.

O homem saiu, enquanto exatamente desabei ao chão enquanto chorava descontroladamente.

Eu a tinha perdido, ela se foi, me deixou aqui sozinha, porque ela fez isso? Ela me prometeu, ela me prometeu...

- Bella!

Uma voz rouca e doce gritava...Rapidamente me levantei e fui em sua direção.