Minha amada Arien Alassë escrita por Villen


Capítulo 1
De volta ao passado


Notas iniciais do capítulo

Re-postando galera! ;D



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Mais um dia se iniciava no Condado. Os hobbits saiam um a um de suas tocas, acenando e rindo uns para os outros. Em uma específica toca de porta verde e redonda, um hobbit limpava a poeria da lareira e arrumava a mesa. Seus cabelos eram grisalhos e seu rosto já demonstrava cansaço, mas o sorriso nunca deixava seus lábios. Bilbo Bolseiro era o nome desse hobbit.

Bilbo caminhou para a porta e a abriu, respirando o ar da manhã. Caminhou até seu banco e se sentou devagar, preparando seu cachimbo. Enquanto isso, outro hobbit, esse mais novo, saia correndo da toca.

-Hey aonde vai com tanta pressa rapaz?-o mais velho falou.

-Vou a casa de Pippin, tio Bilbo.- o jovem respondeu.

-Oh está certo então. Mas veja se não volta tarde, está bem Frodo?

-Sim,senhor.-o moço sorriu e desceu correndo, derrubando um cesto de roupas da senhora sacola-Bolseiro que olhou desgostosa para o hobbit mais velho assentado no banco.

Bilbo sorriu e pôs-se a fumar tranquilamente, deixando sua mente voltar aos seus anos de juventude. E de uma bela dama, que conhecera em Valfenda. Já se sabia que Bilbo em meio a sua jornada na comitiva de Thorin Oakenshield, liderada pelo mesmo e por Gandalf, o cinzento, passara por várias aventuras.

Entre elas, em um determinado ponto, o hobbit e seus companheiros hospedaram-se na Última Casa Amiga A Oeste das Montanhas, Valfenda. Passaram em Valfenda o equivalente a 15 ou 16 dias, gozando da hospitalidade de Elrond, criador e senhor das terras de Imladris. Mas Bilbo jamais contara o que ocorrera durante esse curto espaço de tempo.

Ocorrera há quase cinquenta anos atrás......

No primeiro dia, os quatorze hóspedes foram recebidos com cordialidade, comendo e bebendo com fartura, conversando com os anfitriões e conhecendo alguns moradores locais.

E fora neste dia, durante o pôr-do-sol, que Bilbo veria algo que jamais viria a esquecer.

Todos os doze anões, Gandalf, o hobbit, Elrond e outros elfos reuniam-se nos jardins defronte a algumas cachoeiras que desciam pelas montanhas que circundavam o vale. Vários elfos e elfas passeavam, cantavam ou dedilhavam lindas músicas em seus alaúdes e harpas, mas Bilbo só tinha olhos para uma única criatura.

Uma linda donzela élfica, sentada a um banco mais afastado, tocava uma melodia curiosa em sua harpa. Era triste, aguda, e, simultaneamente, pacífica. O hobbit sentia seu coração ser profundamente tocado, quase como se conhecesse aquela canção; ou, ainda além disso, como se ela tivesse sido escrita especialmente para ele.

Não saberia dizer quanto tempo ficou, pasmo, encarando tal esplendorosa e discreta criatura. Olhava para os lados para saber se era o único admirador, mas nenhum dos companheiros parecia notar especificamente aquela moça.

Foi reparando pouco a pouco em como ela era pequena para as elfas, geralmente altas e esguias. Era uma moça ruiva, de pele alva como o mármore, de um rosto puro e delicado como o de uma criança. Mas, ao mesmo tempo, era moça; tinha um corpo lindo, bem delineado, harmonioso em suas curvas e formas, a imagem da perfeição. Ele tinha certeza não existia outra criatura mais bela e doce do que ela.

Mas quem era ela?

Sem que Bilbo pudesse desviar o olhar, a pequena elfa abriu os olhos, que encararam-no diretamente. Ele sentiu suas faces corarem, mas não conseguia desviar o olhar. Balançou suas pernas, nervoso, mas ela apenas sorriu. Não um sorriso debochado, mas de compreensão.

O hobbit sentiu que voltou a realidade apenas quando Gandalf cutucou-lhe, ao seu lado. Ele desviou a atenção da moça e começou a ‘’prestar atenção’’ na conversa que se desenrolava mas volta e meia Bilbo olhava de esguelha para o banco de pedra ao longe, procurando a imagem que vira anteriormente.


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