See ya escrita por Nymphadora


Capítulo 1
►▻ See you soon ◅◄


Notas iniciais do capítulo

Oi :v



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Podia jurar que os gritos eram ouvidos pelo mundo inteiro. Boa parte do público estava de pé, comemorando até ficarem sem voz. Não pode evitar de dar um sorriso, mesmo que fosse pequeno. Apertou a prancheta contra o peito e até mesmo prendeu a respiração. Percebeu que Daiki encarava tudo meio surpreso. Afinal, em todos os seus jogos, nunca viu uma comemoração tão exagerada quanto aquela. Limpou o suor do rosto com um rápido movimento das mãos de abriu um sorriso largo de animação. Satsuki sentiu seu coração bater mais rápido ao ver aquele sorriso. Era o sorriso que tinha dado quando ganhou o seu primeiro jogo ainda na Teiko. Antes, o basquete lhe era tedioso, mas agora era diferente.

Nessa Winter Cup, a Touou foi contra a Seirin nas finais. Desde sua primeira derrota em tempos, passou a participar dos treinos e até mesmo estender os seus. Isso foi bom à gerente. Ele tinha deixado de ser o Aomine-kun. Tinha voltado a ser o seu Dai-chan. Ele estava feliz. Agora sim, ele era o melhor jogador de basquete. Afinal, do que adianta praticar algo se não gosta daquilo que faz?

Após a Touou e a Seirin agradecerem pelo jogo – E Daiki e Taiga trocarem um soquinho – e seu time começar a retornar aos vestiários, Satsuki se sentou no banco e apoiou as mãos nas coxas. Enquanto as pessoas saiam do ginásio, ela apenas esperava ficar sozinha. Seu sorriso se tornou fraco, e seu olhar foi ao chão. Foi tão rápido, e já estava tão silencioso. Uma lágrima sua pareceu ecoar pelo local. O tempo tinha acabado.

O motivo do público ter ido à loucura, além de ser a "Vingança da Touou", eles também sabiam que aquele jogo era especial. Aquele era o último jogo que veriam as capacidades do ás, a pantera negra de Touou. Nesse mesmo dia, Daiki estaria pegando um avião para Nova Iorque e entraria num time oficial. Um dos melhores, vale constar. Sentiriam saudades de ver o moreno no jogo, mas nenhum deles estava sofrendo tanto quanto Satsuki no momento.

Aquele não era apenas o último jogo de Daiki, mas o seu último jogo também. Havia se tornado gerente unicamente por ele, para não abandoná-lo. Mas agora não adiantava de nada, ele estaria longe. Até tentaria ir para Nove Iorque num ato impulsivo, mas não teria onde ficar e ainda tinha que terminar os estudos. Seria burrice de sua parte, provavelmente não passaria de um peso morto para Daiki.

— Satsu? — A voz dele a fez acordar de seus devaneios. — Por que tá aqui sozinha? — Limpou as lágrimas rapidamente e logo se pôs de pé, pegando a sua prancheta e a caneta, se virando como se estivesse tudo bem.

— Por nada, apenas... — Mordeu as bochechas por dentro da boca enquanto tentava pensar em uma desculpa. Soltou um suspiro em desistência mentalmente, balançando a cabeça para reforçar que realmente não era nada. — Nada, nada importante. — Forçou um sorriso.

Daiki ergueu uma sobrancelha, deixando bem claro que sabia que ela não estava bem. Iria até insistir, mas percebeu que aquilo acabaria gerando uma conversa profunda demais e não tinha tempo pra isso.

— Se você diz. — Deu os ombros minimamente e colocou uma das mãos no bolso da calça. — Agora vamos logo, tenho que passar em casa. — A gerente assentiu prontamente, indo rapidamente para o seu lado.

No caminho, eles ficaram em silêncio. Tanto Satsuki quanto Daiki não estavam num clima agradável para conversar, então ficaram apenas aproveitando a presença um do outro naquela volta pra casa, pois a próxima ainda iria demorar bastante. A rosada parecia andar com a cabeça em outro lugar, e isso não passou despercebido pelo ás de Touou – ou ex-ás, talvez. Quando chegaram em frente à casa dos Aomine, viram que a mãe de Daiki já os esperava no carro. Deu um forte abraço nos dois ao se aproximarem, e parabenizou o filho pela vitória e pela viagem. O azulado avisou que iria buscar a sua mala no quarto, então acabou tendo que se desvencilhar de seus braços e ir pra dentro da casa.

— O Winter Cup passou bem rápido... — Comentou a senhora Aomine enquanto abafava um riso com a mão. — Satsu, você está bem?

— Por que a pergunta? — Franziu o cenho confusa.

— Ah, você sabe... Daiki-kun vai ficar bastante tempo fora, e vocês dois são tão unidos... — Explicou com um sorrisinho sem-graça no rosto, apertando as mãos uma na outra. — Até pensei que já estariam juntos com o tempo.

Satsuki sentiu um forte rubor atingir as suas bochechas. Sabia que a mãe de Daiki torcia bastante para que eles dois ficassem juntos. Na realidade, ainda parece torcer mesmo que ele esteja indo pra longe.

— Os seis já estão indo para o aeroporto. — Desviaram da conversa ao verem o mesmo parado em frente à porta. — Parece que a treinadora do Bakagami também vai voltar pra América.

— Melhor irmos indo, então! — Sua mãe disse animadamente, entrando no carro antes dos dois. Satsuki acabou tendo que ir na frente por Daiki ser muito alto e ter que curvar a cabeça na parte da frente.

Por sorte, o aeroporto não ficava tão longe. O voo saia nove horas e já era oito e meia, estavam meio atrasados. O bom de ter a companhia da senhora Aomine era que ela nunca deixava o clima tão... Tenso. Durante todo o caminho ela foi puxando algum assunto. Daiki a repreendia diversas vezes por falar algumas coisas constrangedoras, seja dele, da Satsuki ou até mesmo dos dois. Mas a conversa acabou se cessando quando ela estacionou em frente às portas do aeroporto. Lá, Akashi, Murasakibara, Kuroko, Midorima, Kise, Taiga e até mesmo Alex já o esperavam.

Assim que saíram do carro, Kise quase levou um soco de Daiki por ficar o cercando o tagarelando sem parar, além de pedir várias fotos de Nova Iorque. Murasakibara entregou a ele um pacote de chicletes para a hora da subida do avião. Akashi deu um mínimo sorriso de canto e apertou a mão do ala-pivô, falando como estava feliz pela oportunidade do colega. Midorima retirou do bolso um chaveiro com o símbolo de seu signo, Virgem, e lhe entregou para servir como amuleto de sorte. Kuroko desejou-lhe uma boa viagem e o parabenizou novamente pelo jogo com seu semblante impassível. Taiga – sendo forçado por Alex – deu parabéns assim como Kuroko. Disse que logo logo teria essa oportunidade também, e que eles iriam jogar de novo quando os dois estivessem no NBA.

— Você vai sentir minha falta, pode admitir. — Soltou um riso convencido e deu seu instintivo sorriso de canto. Taiga revirou os olhos, mas logo teve que se distanciar deles pelo voo de Alex para Los Angeles ser mais cedo.

Os quatro membros da geração dos milagres tiveram que ir logo, ou não teria mais ninguém para arrastar o Kise que parecia querer tentar se esconder na mochila de Daiki.

— Acho que você tem que ir. — Sua mãe percebeu que estava começando a última chamada para o voo. — Mande mensagens, tudo bem? — O puxou para mais um abraço apertado, ficando na ponta dos pés para dar em leve beijo em sua cabeça. — Vou esperar você no carro, querida. — Tocou no ombro de Satsuki após se separar do filho, logo indo com passos apressados para fora. Teve quase certeza que ela fez aquilo propositalmente para ficarem a sós.

Daiki não teve tempo de fazer nada, apenas sentiu a rosada o abraçar com força enquanto enterrava o rosto em sua roupa.

— Vou sentir saudades... — Choramingou baixinho. Só agora que ele pode ver as finas lágrimas que caíam do rosto dela.

— O que eu já te falei, Satsuki? — Perguntou num tom falsamente frustrado. — Você fica feia quando chora. — Estalou a língua. Passou o polegar em suas bochecha para limpar aquelas lágrimas.

— Baka... — Resmungou, apenas o abraçando com mais força ainda. — Eu não vou estar lá pra cuidar de você, não faça nenhuma idiotice. — Viu o Aomine rir. — Não muitas. — Se corrigiu com as bochechas infladas.

Quando estava prestes a dizer um adeus, Daiki foi mais rápido. Pousou uma de suas mãos na cabeça da menor e abriu um pequeno sorriso amigável.

— Te vejo depois, Bakatsuki.

Em seguida, deu um beijo na sua testa. A soltou do abraço e ajeitou a mochila sobre os ombros. Deu-lhe as costas e apressou o passo até o portão de embarque.

— Até depois, Ahomine.


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Notas finais do capítulo

Tchau :v



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