Trinta e Uma Pétalas escrita por Pandora Imperatrix


Capítulo 7
Dia 7 - Asilo




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Disclaimer: Sailor Moon é da titia Naoko e sinceramente? Nem o plot central dessa fic é realmente meu, eu roubei descaradamente me inspirei em uma cena de Faith (aka The Great Doctor) que poderia ter sido muito mais divertida thepornshouldhavehappenedtheporn. Eu preciso parar de me afetar tanto por generais mortos...

Fic escrita para o Outubro VK! Dia: 7 Tema: Segredo.

Asilo

“Será que nosso segredo está seguro esta noite?
Nós estamos fora de vista?
Ou será que nosso mundo está desmoronando?
Será que descobriram nosso esconderijo?
Será esse nosso último abraço?
Ou será que as paredes começam a desmoronar?”

Muse – Resistance

Antes mesmo de abrir a porta ela sentiu a presença estranha no quarto e levou a mão direita ao punhal em sua cintura, respirou fundo, seus músculos tencionados, todos os seus pêlos eriçados e abriu a porta rapidamente.

– Apareça – disse no tom calmo, mas autoritário que estava acostumada a usar em campos de batalha – eu já chamei os guardas, não sei como você conseguiu entrar aqui, mas certamente não tem para onde correr.

Ela não ouviu os passos, mas sentiu a presença se mover, quem quer que estivesse ali era, como ela, bem versado nas artes de guerra e defesa pessoal. Logo, uma figura longa foi banhada pela faixa de luz pálida que se infiltrava por entre a fresta da porta ainda entreaberta.

Venus mordeu o lábio inferior para conter o sorriso, sua postura automaticamente relaxando ao sorver a imagem do homem a sua frente dos pés a cabeça. Venus tinha uma relação amor e ódio por vestimentas elysianas. Enquanto sua exagerada modéstia lhe irritava o mistério era com certeza um poderoso afrodisíaco. Sabatons, grevas e joelheiras de metal faiscante o cobrindo até a parte onde as coxas surgiam vestidas por um tecido pesado, mas justo o bastante para deixar bem claro que ele costuma correr todas as manhãs, então vinha uma das partes que ela mais amava e também odiava profundamente, o cinturão e a bainha com a espada, todas aquelas voltas de couro, ela fez biquinho só em imaginar quanto tempo perderia desfivelando aquilo tudo, ah o preço alto que se paga por um quadril devidamente ornado! Os olhos dela subiram pelo blusão cor de açafrão, com os cadarços do topo costumeiramente bem abertos, as brafoneiras e capa longa pendendo dos ombros até finalmente chegar ao rosto bonito que a encarava com uma expressão estranha, ela ousava dizer que havia um certo estarrecimento e – oh rainha de todos os céus! – um pouco de vergonha nas faces sempre estoicas do General Kunzite?

Ele se curvou respeitosamente em cumprimento a ela, um verdadeiro Cavalheiro, como sempre.

– Perdão pela invasão e o incômodo que estou prestes a fazê-la passar, senhora. Sei que minhas desculpas nada significam, mas saiba que tais atos não são de meu feitio e que se eu tivesse outra alternativa não a teria ofendido dessa forma.

– Ofensa? – ela riu – General, me ofende somente ao pensar que foi o primeiro ao entrar no meu boudoir – ela sorriu ao vê-lo desviar o olhar rapidamente, tão adoráveis esses homens da Terra com seu decoro excessivo – estou mais curiosa é de como entrou aqui. O castelo não é só protegido por mágica e guardas, mas esse pavilhão é o mais pesadamente vigiado de todos. Não quero ofendê-lo, senhor, e não posso dizer que estou infeliz com a surpresa, mas como é possível que tenha adentrado em meus aposentos?

– Eu tive ajuda, senhora.

É claro! Venus balançou a cabeça, aquela menina! Um dia a deixaria de cabelos brancos como ela e aí sim, ninguém jamais saberia como distingui-las!

– Serenity, presumo – mais para “a certeza é tanta que eu apostaria a vida da rainha”.

Ele assentiu.

Ela suspirou.

– E o motivo? – ela e aproximou – Algo em especial aconteceu ou você só estava sentindo saudades? – ela levantou o olhar em direção a ele que somente engoliu em seco.

– Venus...

– Kunzite – começou ela, perdendo a aura brincalhona e franzindo o cenho em preocupação – eu realmente estou feliz em ver você, mas nada disso faz sentido, porque a Serenity o traria para o meu quarto ela não sabe que...

– Não, senhora! – interrompeu ele, colocando as mãos nos ombros dela num gesto quase involuntário – A princesa não sabe de nada.

Ela pestanejou, seu cenho ainda franzido.

– Você está estranho, tão mais tenso que o normal – ela levou uma mão até o rosto dele e sentiu seu coração partir um pouquinho quando ele se encolheu ao receber o toque, fazendo-a desistir da ação e deixar o braço cair pesadamente ao seu lado – meu amor, o que aconteceu?

Ele suspirou pesadamente e meneou as pestanas prateadas, Venus amava o contraste que elas faziam com as maçãs do rosto cor de bronze.

– Estou sendo acusado de traição.

– O que?! – exclamou estarrecida – P-por quê? E como Endymion acreditou numa coisa absurda dessas?

– Venus, se acalme – pediu ele fazendo movimentos circulares com os polegares nos ombros dela, tentando tranquiliza-la – O motivo é imbecil e mentiroso, criado por uma facção do conselho que busca desestabilizar o governo, a corja daquela bruxa Beryl. Endymion sabe que sou leal, ele acredita em mim, é claro, e está tentando provar minha inocência. Mas ele ainda não é rei.

– Oh... – fez ela tentando fazer seu coração voltar a bater normalmente – Então você veio procurar asilo aqui?

Dessa vez ela tinha certeza que o viu corar, fracamente, mas estava lá.

– Por ordem do príncipe, eu iria enfrentar julgamento aprisionado e Endymion temia tentativas de assassinato por envenenamento.

– Sugestão da Serenity? – perguntou ela com uma expressão que denotava sua total falta de surpresa, ele assentiu com a cabeça – E ela te mandou ficar aqui? No meu quarto? – mas ela não parecia nem um pouco ofendida, na verdade seu sorriso era imenso e Kunzite diria até mesmo um tanto predador, ele recuou um passo.

– Oh isso... Foi um acidente.

– Acidente? – ela ergueu uma sobrancelha, cética e avançando um passo em direção a ele.

– Princesa Serenity me trouxe diretamente ao quarto dela, eu discuti que aquilo era impróprio e que não havia modo algum de que eu fosse ficar lá – ela riu imaginando a cena, Serenity era mesmo cabeça de vento, general deve ter ficado mortificado ao se ver materializar nos aposentos da noiva de seu príncipe – aparentemente alguém nos ouviu e uma das guardas entrou para inspecionar os aposentos da princesa, me escondendo ao lado da porta e com ajuda da mágica da princesa eu consegui escapar.

– Para o meu quarto? – mais um passo, Kunzite recuou conforme ela avançava e sentiu as pernas baterem na enorme cama no centro do aposento.

– Eu não sabia que eram os seus aposentos, senhora.

– Kunzite, tem o símbolo do meu planeta esculpido na porta bem grande – ela avançou mais um passo e o agarrou pela blusa quando este tentou escapar pelos lados.

– Juro que não percebi, eu simplesmente estrei pela primeira porta que vi – bem, os aposentos dela eram, de fato, os mais próximos do da princesa.

– Você sabe bem que terráqueos são proibidos aqui, não sabe? Principalmente – ela aproximou o rosto bem ente ao dele – você sabe que homens são proibidos de entrar no palácio, não sabe?

– Estou ciente, senhora. Como expliquei, vir aqui não foi algo que fiz de livre arbítrio.

– Ainda assim, general. Esse pavilhão do castelo, não é somente dedicado a princesa, sabe disso? É a morada das Senshi e somente elas, e a princesa, tem autorização para estar aqui, você sabe o que isso significa?

– Não, senhora.

– Que mesmo que seja um enorme segredo e que a rainha não poderá saber de forma alguma que você está aqui e jamais vai lhe dar a honra de uma própria ordenação como receberam todas as suas irmãs, você agora também é Senshi e todas as ordenadas dessa forma, de noviças, guardiãs comuns até minhas irmãs Inners respondem às minhas ordens.

– Oh.

– “Oh” de fato.

Ela umedeceu os lábios e o modo como o olhou fez a garganta de Kunzite secar. Ele podia sentir o corpo dela totalmente colado ao seu, não era como se nunca tivessem estado em situação parecida, mas fazia realmente muito tempo que não a via e quando vinha a Terra a Princesa de Venus geralmente usava vestimentas terráqueas em vez dos tecidos curtos e transparentes que os lunares teimavam em chamar de roupas e ela, bem, era Venus. O aperto dela em sua camisa relaxou, e ela deixou as pequenas palmas alisarem a frente do tórax de seu novo subordinado até a cintura onde ela deu um puxão meio frustrado em uma das voltas do cinto antes de repentinamente se afastar e deixar-se cair na cama, dando a Kunzite uma mistura de alívio e enorme pesar.

– Kunzite? – chamou ela da cama.

– Senhora?

Sailor Venus – disse ela dando ênfase em sua alta posição.

Ele, pela primeira vez em toda aquela loucura, teve vontade de sorrir.

– Sailor Venus?

– Feche a porta.

– É uma ordem, Sailor Venus?

– Esteja certo que sim.

Ele o fez e quando terminada a tarefa, voltou-se para ela. Venus havia soltado os cabelos que lhe caiam pelo corpo, não escondendo absolutamente nada da pele inteiramente nua.

– Vem – disse ela o chamando com um gesto do dedo indicador – e me chame de Sailor Venus outra vez.

Kunzite sempre fora o melhor dos soldados, não era por mero bom nascimento que ele chegou a posição de General Comandante Líder do Shitennou, e obedeceu a ordem de sua superior prontamente.

N/A: “Aigoo” HAHAHAHA Consigo ouvir as risadas de uma certa melhor amiga que eu tenho caçoando de mim a distância. Oh céus, eu usei uma cena de novela coreana pra escrever fic LOL.

Meu nível cada dia mais baixo.

Mas foi divertido, você sabem que foi, não mintam!

Acabou que eu acho que fugi um pouco do tema? Mas ainda tenho muuuito tempo pra editar isso aqui, então...

Bem, é isso.

Beijos.

PS: Eu não editei nada (essa foi a primeira fic que eu escrevi) e sinto muito pelo nível de breguisse dessa fic.


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