Trinta e Uma Pétalas escrita por Pandora Imperatrix


Capítulo 5
Dia 5 - Primeiro Encontro




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Disclaimer: Sailor Moon é da titia Naoko.

Fic escrita para o Desafio Sailor Moon Brazuca e para o Outubro VK! Dia: 5 Tema: Primeiro Encontro.

NÃO faz parte do universo de AOC, eu só sou muito preguiçosa pra inventar outro nome.

Primeiro Encontro

– Faça de conta que não me viu.

Apesar de essa também ter sido a primeira vez que ela o via há anos, sonhos mantiveram fresca a memória visual dele em seu coração, mas, de forma alguma Minako poderia imaginar o quanto ouvir sua voz a afetaria, ainda mais quando ele dizia algo tão absurdo.

– Venus... – a voz dele soou quebrada, cheia de saudade. Mesma saudade que a sufocava, não a deixava responder – por favor.

Ela estudou aqueles olhos cinzentos, notou o quão claros eles eram, ainda mais quando mareados, a súplica estampada na expressão franzida, modo como ele apertava os punhos com força, como se tivesse fazendo esforço para se impedir de gesticular em direção a ela, talvez sentisse vontade de tocá-la, ela sentia vontade de fazê-lo, descobrir se era quente a pele morena, se ele estava mesmo ali ou se a loucura não havia vindo a buscar mais cedo do que planejava.

– Como pode me pedir uma coisa dessas? – ela finalmente conseguiu dizer, sua voz baixa, o fôlego faltando, as pernas moles quando ela deu um passo oscilante em direção a ele.

Vendo-a bambear, Kunzite finalmente cedeu a seus próprios impulsos e a amparou, segurando-a pelos cotovelos. Mas aquilo não era o suficiente para Minako, com um soluço ela inclinou o corpo totalmente em direção ao dele, se desvencilhando do apoio de suas mãos e o abraçando pela cintura com força, enfiando o rosto em seu peito e inalando o perfume almiscarado com a respiração entrecortada pelo choro que ela desistiu de tentar controlar.

– Não ouse pedir isso de mim!

Os braços dele flutuaram em volta do corpo dela, mas ele resistiu e não a abraçou de volta.

– Venus – ele disse o nome dela outra vez, o tom de súplica havia se intensificado, mas agora, em sua voz havia também uma nota de alívio – ouça, eu sei que não tenho direito de te pedir para que minta por mim ou me que me deixe ir livremente, mas prometo que não vou causar problemas. Só tem uma coisa que eu preciso fazer antes de... – ele não conseguiu terminar o que ia dizer, sua voz rouca morrendo num grunhido estrangulado, mas Minako tinha a sinistra sensação de que sabia muito bem onde ele queria chegar. – Esse encontro não era para acontecer e eu culpo ao destino por teimar de me colocar em seu caminho, mas, eu te suplico, não diga a sua princesa e, principalmente, não fale ao Master sobre ter me visto. Nada de bom sairia disso.

Ela somente o apertou com mais urgência, suas unhas entrando na camisa branca com tanta força, chegando a ponto de causar marcas. Os dois ficaram em silêncio naquela posição por longos momentos, até que, tomado o tempo para tentar se acalmar, Minako deixou os braços caírem ao lado do corpo e recuou um passo, erguendo rosto para encontrar o olhar dele, e, enquanto os olhos dele eram opacos como oceanos tristes de inverno, os orbes azuis de Minako faiscavam com selvageria.

– O que eu vou fingir é que não ouvi esse monte de sandices! Você está aqui e você, bem... – a voz dela fraquejou uma nota – é você! Se você pensa que eu vou te deixar ir assim, te perder de vista sem fazer nada outra vez, eu tenho novidades pra você, Kunzite.

A única coisa que ele pode fazer foi arregalar os olhos quando ela ficou na ponta dos pés e ergueu os braços em direção a ele, puxando o rosto do ex-general para baixo e colando suas bocas de forma busca a ponto de machucar os lábios, seus corpos de chocando tão violentamente que provavelmente os coloriram de manchas arroxeadas no outro dia.

– Eu nunca mais vou deixar você sair da minha vista – ela declarou de forma decidida.

Ele engoliu em seco e lambeu o lábio partido, mas suas mãos resignadamente descansavam na cintura da Minako agora e seus olhos, talvez por verem o com quanta veemência ela se recusava a desistir dele, pareciam menos cheios de desespero.

Mas não foi o beijo lento que ele lhe deu depois que fez o coração dela falhar uma batida, na verdade, ela se nunca se sentiu tão viva como naqueles momentos em que tudo que ela conseguia era sentir o gosto dele, o modo tão delicado e, ainda assim intenso, como ele a acariciava, como se ela fosse a única coisa que importasse no mundo inteiro, mas foi o que ele disse depois.

– Kotei, é Kotei agora.

“E cada vez que eu fujo, eu me aproximo mais
E te perder de vista assim é ruim demais
E é por isso que atravesso o teu futuro
E faço das lembranças um lugar seguro
Não é que eu queira reviver nenhum passado
Nem revirar um sentimento revirado
Mas toda vez que eu procuro uma saída
Acabo entrando sem querer na tua vida”

Ana Carolina – Quem de Nós Dois

N/A: Fic obrigatória de todos os fandoms e ships ever com “Que de Nós Dois” lol. O diálogo foi inspirado numa cena do melhor dorama ever (pfffff) The Legend (2007) VEJÃO!!!

Beijos.


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