O Brasil como Casa. O Brasileiro como menino escrita por Ziplens


Capítulo 1
Capítulo Unico


Notas iniciais do capítulo

Essa fic foi criada para o Desafio do Nyah, nao sei se terminarei a tempo, falta poucos minutos para terminar o prazo, eu so fui saber desse desafio ontem...
Bem, de quaçquer forma, algumas me pessoas me ajudaram com a revisao, inclusive minha irma. (bj Onee-san :3)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/649508/chapter/1

Curiosidades:

Mansão: Brasil

Brasileiro: Todo o povo do Brasil.

Guarda: Exército.

Governante: Presidentes do Brasil.

Jardim: Amazônia.

Bairro: Mundo

Cada década é 1 ano contando desde a independência do Brasil (1822), o Brasileiro tinha 14 (143) anos quando começou a ditadura (1965).

Era uma maravilhosa mansão: grande, a maior da vizinhança, alegre pintadas de cores verde e amarelo e com o maior e mais magnífico jardim do bairro , cheio de plantas e animais raros que nenhum de seus vizinhos tinham e o enchiam de inveja. Mas mesmo com todas essas coisas magníficas, seu proprietário, o Brasileiro, era uma inexperiente criança de quatorze anos sem nenhum conhecimento de como de sua própria casa que ele tanto amava.

Por isso sempre contava com seus governantes que o educavam e até mesmo, cuidavam de sua casa. O atual era o Jango, muito legal e responsável que, apesar de mimar um pouco o Brasileiro, estava bem preocupado com a criança e tentava educá-la com cuidado para que quando crescesse ela pudesse escolher com sabedoria seus governantes e andar ao seu lado e não na sua sombra, que é o que tem feito desde seu nascimento.

Já o guarda da mansão não concordava com o Jango; para ele o governante mimava demais o menino e nem se importava com a situação da mansão e nem com a imagem que ela passava para seus vizinhos e, provavelmente, queria passar toda a organização da casa para o Brasileiro! Outros vizinhos já tentaram passar o comando para o dono e quase destruíram suas casa; imagina se for o Brasileiro? Destruiria a casa em menos de um mês!

Com certeza o guarda não deixaria que isso acontecesse, afinal, ele também morava nessa casa. Já tinha armado um plano: quando o Jango colocasse o Brasileiro pra dormir, ele atacaria o governante…Já tinha apoio do seu maior e mais respeitado vizinho do bairro: O Estados Unidos que também não admitia que um vizinho seu passasse o governo ao dono da casa. Em seguida, o Guarda falou com os demais servos e criados da mansão, e todos o apoiavam.

Com total apoio, ele chegou até o escritório do governante que havia acabado de voltar do quarto do Brasileiro, com a pose altiva, armado até os dentes, o Guarda entrou no escritório.

– Guarda? Como posso ajudá-lo? - Jango perguntou olhando curioso para o guarda.

– Olá Governante, queria ter uma conversa com você… - O tom do guarda ela sombrio, seu sorriso de canto fez tremer o governante.

– Cla-claro, sente-se…

– Não é preciso. Queria discutir com você sobre algo que tem me perturbado a tempos… - O guarda se apoiou na mesa, Jango suava frio, já havia notado um comportamento estranho do Guarda a tempos. - O que pretende com esses novos… Privilégios que tem dado ao Brasileiro? - O Guarda começou a rodear, Jango disfarçou o medo e olhou valente para o homem.

– Vá direto ao assunto Guarda, eu não tenho muito tempo para isso.

– Você tem sim, tem todo o tempo do mundo. É o seguinte Jango, a organização dessa casa agora pertence a mim! - O guarda se apoiou na mesa com as duas mãos se aproximando de Jango que estava perplexo.

– Não pode fazer isso!

– Posso sim. - O Guarda não estava brincando, Jango olhou para um lado e para o outro, rapidamente tentou fugir daquela sala, mas assim que saiu da porta e Guarda agarrou seu braço o impedindo de continuar.

– Socorro!! - Jango gritou tentando chamar os criados… sem resposta. - Socorro!! Alguem me ajude!! Motim! Motim!! - Jango gritava desesperado, o Guarda apenas ria segurando seus dois braços como se o governante fosse um boneco.

– Ninguém vai te ajudar. Todos eles te odeiam, todos me apoiam! - O Guarda falou zombeiro para Jango que tinha lágrimas nos olhos, começou a debater com toda força que tinha, o guarda, apenas brincando com o homem, o soltou para ver o que ele faria, o Brasileiro estava no andar de cima, então ele não poderia acordá-lo. Desesperado Jango saiu correndo para o andar de baixo, foi de quarto em quarto procurando algum lugar para se esconder, quando quase conseguiu entrar num canto parecido com um esconderijo o Guarda o puxou pelo pé.

– E o seguinte, ou você foge e nunca mais volta, ou eu o matarei aqui mesmo! - O guarda colocou uma arma na cabeça do governante em lágrimas, sem opções, Jango acenou com a cabeça e foi procurar abrigo na casa de seu vizinho: O Uruguai.

Agora no comando, o guarda ria vitorioso, se sentou na cadeira do antigo governante e começou a pensar “Até que e um lugar bom mas… Eu preferiria o melhor quarto da casa…” E por que não? Com um sorriso maléfico, o guarda foi acordar o Brasileiro que dormia tranquilamente com um balde d'água fria fazendo o menino acordar assustado.

– Bom dia, Brasileiro! - O guarda disse com ironia.

– Guarda? Onde está o Jango? - O Brasileiro perguntou começando a choramingar.

– Jango foi embora! Agora quem manda aqui sou eu! Trate de levantar, se vestir e descer que eu irei lhe falar como as coisas irão funcionar a partir de agora! - O guarda finalizou entregando arrogantemente o balde vazio ao menino que estava com lágrimas nos olhos completamente confuso.

Já vestido e arrumado, assim que o Brasileiro saiu do quarto e desceu as escadas logo avistou o guarda sentado na mesa repleta de comida; hesitante ele se sentou ao lado do seu novo governante.

– É o seguinte, a partir de hoje as coisas funcionarão assim: Você irá dormir no quarto dos criados e trabalhará o dia inteiro sob minhas ordens, irei arrumar essa casa para que fique impecável. Você pode dizer adeus aos dias de mimo, eu irei te disciplinar, começando pela comida! - O guarda arrancou o pão que o menino havia acabado de pegar, e entregou-lhe uma tigela de mingau.

– Mas essa casa não é minha? - Perguntou inocentemente o menino fazendo uma careta após provar o mingau.

– Não mais. - Finalizou começando seu banquete individual. Parecia que o Brasileiro estava em um pesadelo, queria acordar logo e encontrar seu governante antigo...Mas nem sonhar que lhe era permitido mais.

O dia inteiro o Brasileiro trabalhou; foi ao jardim e começou a tratar das pragas que estavam matando os plantas; depois ele foi começar a arrumar a casa, quarto por quarto ele arrancou os pôsteres e enfeites que deixavam a casa alegre, tirou os móveis do lugar e começou a preparar a casa para pintá-la de branco. A cada novo ajuste o Brasileiro ficava mais deprimido, ele se sentia sufocado e sem saída.

Era muito trabalho para ser feito num dia, mesmo trabalhando arduamente, ainda apanhava do guarda que ficava no seu pé controlando cada movimento seu. Como se tudo isso não fosse ruim o suficiente, o guarda foi ao quarto do Brasileiro e jogou todas suas coisas fora, todas sua obras, cd’s, musicas, roupas...Tudo que o Brasileiro amava. Até seus livros de estudo foram descartados, o Guarda o proibiu de estudar, apenas com roupas velhas e sem cor, o menino foi jogado no quarto dos criados, ele assistiu a esse doloroso espetáculo com lágrimas correndo por sua face. À noite, o menino teve um tempinho para descansar e comer alguma coisa, com algumas horas de sono o guarda novamente o acordou para o trabalho.

Foi assim por muito tempo, já desistindo de combater as pragas do jardim, o guarda mandou construir uma estufa ao redor dele, a casa já estava quase toda pintada e sem cor, não se ouvia mais o cantar dos passarinhos, nem as cores diversas espalhadas por toda a casa e até mesmo o sorriso do Brasileiro, o mais bonito do bairro, foi substituído por uma expressão imutável de medo e tristeza.

Para piorar mais ainda, o guarda vivia trazendo vizinhos para dentro da casa; estes ficavam dando opiniões e estabeleciam negócios a respeito dos recursos da mansão que produzia a partir de seu enorme jardim. “Imbecis, quem eles pensam que sao para invadir a minha casa e pagar dos meus recursos?!” O Brasileiro mordia o labio com raiva, queria pegar todos aquele imtrometidos e metidos e dar-lhes um chute tao forte que pareca la no seu visinho: a China! Mas novamente ficava quieto no seu canto engulindo seu odio.

Por muitas vezes Brasileiro tentava pegar seus livros antigos guardados no porão, mas o Guarda lhe dava uma surra quando descobria.

Quase insano de ódio pelo guarda, o Brasileiro até tentou usar um dos vizinhos como arma contra o Guarda, afinal, o guarda sempre foi mais preocupado com o que a vizinhança achava dele do que com qualquer outra coisa. Por apenas alguns minutos o menino conseguiu abordar o vizinho lhe implorando que o ajudasse. Mas o guarda rapidamente o descobriu…O menino foi espancado, ficou inútil para o trabalho por dias, e quando voltou, o guarda o escravizou.

Brasileiro amava aquela mansão, ela era única e especial, sempre tinha lhe deixado orgulhoso na frente de seus colegas, mas agora ele olhava para o lugar vazio onde antes havia um lindo quadro, para as solitárias estantes, para a vitrola que tinha sido quebrada, e tudo isso fazia se coração pesar e as lágrimas correrem por seu rosto, Brasileiro chorava no canto do seu quarto em silêncio, pois temia que o Guarda o ouvisse, nem chorar lhe era permitido.

Depois de dois anos, o Brasileiro, agora com dezesseis anos, todo machucado, desnutrido, com roupas rasgadas e sujas, ainda tentava emitir uma palavra de protesto, mas era severamente punido por seu chefe… Sim, agora ele era seu chefe.

– Brasileiro! Venha aqui! - O adolescente estremeceu com a voz dura de seu chefe que hesitante foi até ele. - Precisamos de mais dinheiro! Como vai indo a produção?

– A mesma coisa de sempre… - O Brasileiro respondeu sem entender, o chefe nunca falava da situação da mansão, o adolescente não sabia que precisavam de dinheiro, afinal, o chefe se esbanjava em banquetes e festas de luxo.

– Isso não é bom… - O Chefe suspirou olhando os papéis à sua frente. Devagarinho, reunindo toda a sua coragem, o adolescente se aproximou, com as últimas lembranças de seu estudo, ele conseguiu identificar os números e principalmente o sinal negativo na frente de tantos dígitos.

Aquilo lhe ferveu o sangue, sua amada mansão em ruína, ele todo machucado e ferido e o chefe gordo que apenas se esbanjava SEU dinheiro e usufruia da SUA mansão! Não, aquilo não era justo! Não lhe importava o que lhe acontecesse, não lhe importava se ele o espancasse novamente ou até o matasse, ele não deixaria barato. Num ato inesperado, o Brasileiro bateu a mão em cima da mesa cheia de papeis dando um susto no chefe.

– Como você se atreve a destruir a minha mansão?

– Destruir?! Eu não destruí nada! Olhe ao redor, a casa toda arrumada e limpa! - O chefe respondeu ainda se recuperando do susto.

– Pelo MEU trabalho escravo! Você gasta toda a minha fortuna com banquetes e festas e esquece que EU sou o dono dessa Mansão! - O Brasileiro tinha sua voz firme e seu olhar era rancoroso, fazendo tremer até mesmo o temido guarda. Se não houvesse aquele sinal negativo nos papéis ou se a situação fosse diferente, ele teria argumentos para se defender, mas não era o caso. O Chefe realmente estava na pobreza e o Brasileiro agora sabia disso. O Guarda tentou se mostrar forte e com um sorriso de deboche ele rebateu:

– Hum.. Então você acha que pode me enfrentar? Certo, o que você sugere então? - O Guarda não perdeu a postura, muito menos o Brasileiro.

– Vou chamar outro governante e-

– Nunca! Essa mansão é minha! - O guarda o interrompeu e ouvindo isso os olhos de Brasileiro queimaram de raiva, ele lembrou de sua amada mansão, antes colorida, de suas roupas sujas, de seu decadente quarto e daquele negativo das dívidas acumuladas.

– A MANSÃO É MINHA! - O grito do adolescente fez com que guarda tremesse e não conseguisse mais esconder seu medo… Sim, ele tinha medo do Brasileiro, por isso tirou seus estudos e o reprimiu, desse modo ele não se revoltaria, afinal, aquela mansão realmente era dele, e ele podia expulsá–lo dali quando quisesse.

– Está bem, se acha que pode lidar com isso - O guarda lhe estendeu o papel com a enorme dívida. - Pode chamar um novo governante, seu ingrato! Mas ele terá que ser de minha confiança.

O Brasileiro suspirou, já era um avanço, não abaixaria mais a sua cabeça, tinha que lutar por sua casa. Ele escolheu, realmente, um governante do ramo do guarda, o General Geisel, porém, para infelicidade do guarda, o novo governante era amigo do Brasileiro, e ambos começaram, aos poucos, a tirar o guarda da posse da mansão. Claro que Geisel era, apesar de amigo do brasileiro, tão malandro quanto o guarda, porém, mais inteligente, sabia que com o apoio do dono da casa, ele teria mais poder, por isso apoiava o Brasileiro… E o adolescente sabia disso, mas não tinha opções, tinha que usar Geisel para voltar ao comando.

Sem perder a postura, o Guarda não facilitava para o Brasileiro e o Geisel; logo o governante saiu e veio outro que, apesar de continuar ajudando o Brasileiro, não deixaria de ter a mesma conduta do guarda e de Gueisel, e pegava-lhe a pouca fortuna que restava.

Já saturado do Guarda e de seu novo governante, o Brasileiro perdeu a pouca paciência que tinha, não queria mais lidar com corruptos, iria dar um fim a essa situação de uma vez por todas. Numa reunião com os dois, ele levantou-se revoltado.

– Já chega, fora os dois da minha mansão! - Ambos ficaram chocados com a decisão do Brasileiro.

– Você não pode fazer isso! Eu que protejo essa casa!! - O Guarda retrucou.

– Tá certo...Então você. - Apontou para o Guarda. - Vai para o quarto dos servos de onde nem deveria ter saído, nunca mais voltará a mandar em mim! E você… - Apontou para governante - Fora!

– Olha aqui, moleque, quem você pensa que e!! - O Guarda levantou revoltado e amedrontador, apontou o dedo para o adolescente pronto para brigar, e até mesmo dar uma surra nele.

– Moleque uma ova! Eu sou o dono dessa mansão, e se eu disser para voltar para a merda do seu cargo antigo, você irá voltar!

O Brasileiro encarou o guarda com fúria, ele não se atreveria a enfrentar o Brasileiro que já havia conseguido seu cargo novamente na mansão. Sem perder a postura, o guarda saiu da sala, só foi preciso um olhar do Brasileiro e o governante também se retirou.

Não foi fácil para a Brasileiro a partir daí, pois com uma dívida enorme, ele passou muito tempo em crise, o Guarda deixou os vizinhos intervirem demais na sua fortuna, agora ele praticamente passava fome. Seu novo governante não o ajudava muito, nem tinha como com tanta coisa pra fazer.

O Brasileiro ainda traumatizado nem conseguia acreditar que era livre, ás vezes se pegava tremendo a noite com medo do Guarda o acordar, o governante sabia de seu trauma e tentava o confortá-lo e fazê-lo voltar a estudar, mas não havia muito o que fazer, só com o tempo ele conseguiria esquecer.

Agora, novamente, o Brasileiro passava problemas com seu governante… Ou melhor dizendo, “governanta”. Ele havia acreditado tanto no seu governante anterior, ele havia cuidado tão bem dele, o havia mimado e consolado, o alimentou e deu estudos pra ele… Só para disfarçar a enorme quantidade de dinheiro que o governante em que tanto confiou, roubou. Agora, com essa nova governante, ele tem investigado a fundo os buracos da sua fortuna…

O Brasileiro não poderia estar mais furioso, tanto dinheiro roubado dele bem debaixo do seu nariz, tantas coisas que poderiam ter melhorado sua vida e esses governantes corruptos o roubaram. A nova governante parecia ser realmente péssima no que fazia, nada do que ela lhe prometeu ela cumpriu, o Brasileiro amaldiçoava a sua metade que deixou ela voltar a ser governante.

E agora? Iria arrancar a governante do cargo dela assim como fez com o Guarda? Já tentou, mas ela se recusa a sair, eles iirgam todo dia por causa disso. Quando mais o Brasileiro investiga, mais se revolta. Como ele pode ser feito de bobo assim?

Durante toda a sua historia, seus governantes o tem roubado, depois do Guarda ele jurou escolher com sabedoria os próximos governantes, mas isso não aconteceu até agora, ele pensava com raiva que deveria de jogar tudo para o alto e deixar fazerem o que quiserem com essa merda de mansão. Até pensou em pedir para o Guarda voltar e arrancar todos esses corruptos da sua casa… Mas não se atreveria a isso, ainda tinha cicatrizes em seu corpo da tortura, talvez os anos de mimo o fez esquecer da dor que passou… Como ele pode deixar isso acontecer? Ele foi tao valente lutando por seu direito contra o guarda, por que ele se deixou amolecer?

Mas quando esses pensamentos negativos o invadiam ele saía no pátio e se sentava em um dos bancos. Ele erguia seus olhos e olhava para o seu jardim, suas lindas flores das mais variadas e belas cores, seu riacho que percorria envolvia toda a mansão, os animais que ali decidiram fazer morada, tudo isso lhe trazia uma paz e o faziam lembrar do quanto aquela mansão era importante para ele e o quanto ele a amava.

“Ah, mas com certeza isso não ficara barato! Governantes, vocês se esqueceram de quem eu sou? Sou o dono dessa mansão! Se vocês acham que eu vou deixar vocês destruírem minha casa, estão muito enganados! Eu lutarei contra a corrupção do mesmo jeito que lutei contra a ditadura. Sim, eu: Brasileiro, sou dono dessa casa: o Brasil”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Por favor, de tempo de entrar no conscurso, por favorrrrrrr >.