Carts of Madness escrita por RebecaD123


Capítulo 1
Nada é justo,nem a morte....




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Sarah ri enquanto assiste televisão,Caleb faz o mesmo mas não ri,Samantha está sentada na poltrona do meu lado.Ela tinha 18 anos quando casamos,eu tinha 21,lembro que ela estava linda,com cabelo solto só um pouco amarrado.

Lembro que quando casamos a mãe dela chorou bastante,acho que era porque achavam que estavam perdendo a filha.E aqui estamos nós quatro anos depois com dois filhos gêmeos,Sarah se paresçe com ela,ruiva,mas com os meus olhos e Caleb têm o meu cabelo e os olhos dela.

Têm uma sem teto na janela aproveitando o calor de nossa lareira,não a deixei entrar pois não queria mostrar as crianças quão cruel era o mundo,percebi que estava mostrando a elas oque exatamente não queria mostrar,e também que o mundo era cruel por minha causa, e de todos os outros adultos.

Virei para Sam,minha ruiva sorrriu como se lesse meus pensamentos.

-Pode deixar entrar,seja benevolente.-disse ela

Não pudi resistir a beijá-la.

Olho para a janela,levanto e caminho para perto da mulher.

-Pode entrar,sei que está frio ai fora.-Ela sorriu,eu abri a porta e deixei que se senta-se no sofá.

-Obrigada-disse a moça,as crianças sentaram no chão,próximas,aproveitando o calor da lareira.

-Qual seu nome?-Perguntou Sam a mulher.

-Victoria,tenho 33 anos-disse a moça,era bonita,loira dos olhos castanhos,estava com a roupa suja,com luvas marrons rasgadas nos dedos.

Sam deu um pequeno sorriso,Victoria desviou o olhar para as crianças.

-São seus filhos?-perguntou Victoria.

-Sim.-eu disse-Sarah e Caleb.

Ela se permitiu sorrir,com um ar de saudade,talvez tivesse um filho...em algum lugar.

-E vocês...não que seja pedir demais mas...como se conheceram?-ela bebeu um pouco da xicara de café que estava ao seu lado.

Então me preparei para contar a história que contei dezenas de vezes:

-O meu,o nosso-peguei a mão de Sam-conto de fadas começa aqui.

*********************************

Eu estava em casa assistindo televisão quando meu pai começou a gritar.

-Charlie!Vai pegar a correspondêcia!-meu pai é meio chato as vezes,minha mãe morreu quando eu era bebê,eu não me lembro dela.

Eu,como um bom filho levantei do sofá bege e sai pela porta,não havia nenhum movimento humano sequer.Andei até a caixa de correio,abri,não havia nada a não ser um envelope amarelo.O peguei e analisei,não havia remetente,nem indereço,nada,apenas algumas frases escritas em roxo:

´´Só quero que saiba que sou feliz e triste ao mesmo tempo e ainda estou tentando entender como posso ser assim-As vantagens de ser Ínvisivel´´

´´Entre mim e Deus nada está bem-Lana del Rey´´

´´Depressão é um sintoma de se estar morrendo-A culpa é das estrelas´´

Abri o envelope,dentro tinham folhas de caderno,um texto enorme,levei para casa para ler,deitei na minha cama e começei.

Talvez você ache que sou uma louca ou não,mas eu não me importo,não mas.Bem,essa será a primeira de muitas cartas,apartir de hoje você será o meu diário.Uma carta virá uma vez por semana,ok?

Para começar vou me apresentar,meu nome é Sam(Samantha),eu tenho 16 anos,e não,eu não te conheço,apenas te vi uma vez,e foi na frente da sua casa,eu não moro perto,apenas estava de passagem,eu nem sei seu nome.

O assunto de hoje será morte.Bem,eu estava no cemitério com meu irmão visitando o túmulo dos meus ávos quando me veio a cabeça porque os seres humanos levam a morte como algo ´´justo´´´,a morte não é e nunca será justa dizem TÊM começo têm que ter um fim,é baboseira,isso não é justiça,o fim não é justo em nenhuma sircunstância,nem o fim de um namoro,nem de um casamento ou qualquer outro fim possível,talvez eu seja muito nova para dizer isso mas eu vivi o suficiente para dizer que nada é justo nesse mundo,nem a morte,muito menos as pessoas,sabe porque?,pois as pessoas são tão boas quanto o mundo lhes permite.

Bem acho que já falei bastante deste tema,agora vou te contar como eu sou.Sou ruiva com as pontas do cabelo loiras,tipo califorliana,tenho olhos mel,eu não sei qual a cor dos seus olhos,não deu para ver,não pense que estou apaixonada por você,porque não estou,eu só vi algo...diferente em você e gostei.

Não estou afim de escrever mais,mas eu quero tanto falar mais,estranho né?mas eu estou cansada,são 3:00 da manhã,minha aula começa as 6:00,estudo num colégio interno só para garotas,mas nas sextas-feiras podemos sair para onde quisermos,bem se não for demais eu gostaria de te deixar meu telefone,quero saber do que você gosta,mas é claro não nos daremos informações de nossas vidas um para o outro.

Está carta está tão pequena!queria que a primeira fosse a maior!,mas nem tudo que queremos podemos ter,não é?

Meu número:99062018

Atensiosamente,

Samantha Martha Kalisha :3

Fiquei pensando se ligava ou não,ela parecia legal,mas e se a voz de um cara çoase quando ´´ela´´atendese o telefone,mas ai para pensar que se ela não fosse quem dizia ser não teria me pedido para liga-la,então peguei o telefone com força e disquei o número.

-Oi,quem é?-disse uma voz linda de uma garota,fiquei feliz por ela ser realmente uma garota,ou não um cara,ou um computador.

-Samantha?-eu disse-Você é minha ´´enviante´´ de cartas?-ouvi o sorriso dela do outro lado da linha.

-Acho que sou,qual seu nome?quero tanto saber!-disse ela,eu já podia imaginar uma garota ruiva linda sorrindo infantilmente.-Eu sei que estou paresçendo apaixonada mas não estou,não sou dessas que só gosta da cara das pessoas,tenho a sensação de que seremos grandes amigos,então ai vai:você realmente o cara mais lindo que já vi na vida!não que eu me importe.

-Charlie,Finick e meus olhos mudam de cor,lembro que você me perguntou isso no papel e eu também tenho certeza que você deve ser linda.-Eu me peguei sorrindo como um idiota,queria gritar para mim mesmo ´´Você acabou de conhecer a garota,e foi pelo telefone!´´,ouvi o sorriso dela.

-Depende do seu humor?-ela perguntou

-Oque,princesa?-pudi imaginar ela corando quando disse a palavra´´princesa´´

-Seus olhos-ela disse,soando como se estivesse mordendo o lábio

-Sim,na maioria das vezes.Verde quando eu estou feliz,cinza triste,castanho quando a depressão tá muito forte e quando eu tô nervoso e Azul...apaixonado,ou fascinado por alguma coisa.-eu disse

-Que cor tá agora?-ela perguntou,olhe para a parede onde tinha um espelho enorme.

-Azul.-um silêncio extremamente confortável tomou conta da linha,a única coisa que eu ouvia era o sorriso dela.

-Eu tenho que desliguar agora,amanhã tenho prova.tchau Charlie-disse ela

-Tchau princesa.-eu disse,ela desliguou

O resto do dia pensei nela,bem e no lance das cartas passamos meses,ela mandava as cartas e eu ligava para responder mas então chegou o dia que eu ia vê-la pela primeira vez,era uma sexta ela me disse para ir no internato e que no final de semana eles eram livres para fazer oque quisessem.

Lembro que ela ficava linda de uniforme,Samantha já tinha me mandado fotos mas nada se comparava a ela própria.A roupa dela parecia de uma personagem de anime,só que menos vulguar.Linda,linda mesmo.

Eu cheguei perto,ela sorriu e me abraçou,as outras garotas me olhavam como se eu fosse um pedaço de carne,mas um pedaço de carne que não era delas.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ler até aqui,tchau :3



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