Para Sempre escrita por JVB


Capítulo 7
Serei sua


Notas iniciais do capítulo

POSSUI CENAS PICANTES



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Acordei assustada quando o sinal da escola toca. Quando foi que eu caí no sono, hein? Arrumei meu material, todos já estavam saindo da sala, exceto meus dois amigos.

– Também dormi a aula toda – Jessy disse. – Vamos voltar juntas, não é? Pensei em passarmos na sorveteria. Estou com muita vontade de tomar sorvete.

– Ah, Jessy...eu não vou voltar com você hoje.

– Como você vai voltar? Sua mãe virá te buscar? Podia me dar uma carona.

– Para mim também – Mathew disse, jogado a mochila nas costas.

– É um amigo meu. Steve.

– Steve – os dois falam junto.

– Eu não te falei nada sobre ele?

– Não – Jessy fez uma cara de quem está ofendida.

– Aquele cara que me atropelou...

– Você contou isso, mas não me deu detalhes sobre esse tal Steve.

– Até porque não era necessário.

Saímos da sala, e Mathew prometeu levar Jessy na sorveteria. Me despedi dos dois e fui para a porta da escola. Fiquei procurando por ele, e quase pensei que ele não viria, mas no final da rua, eu vi seu carro preto esportivo. Fui até lá, o coração na boca, eu estava bastante ansiosa para pegar uma carona com ele. Eu sei que não tem nada demais, só que para mim aquilo significava muita coisa. Ele veio até aqui para me levar para casa! Isso era mais do que suficiente para provar que iriamos nos beijar de novo, e de novo.

– Julie! – Era a voz do Rafael, vindo por trás. Me virei para vê-lo correndo até mim. – Espera.

– O que foi?

– Acho que eu falei muitas besteiras ontem – ele parou na minha frente, me olhando seriamente.

– Sim, falou.

– Me perdoe.

– Quantas vezes eu vou ter que te perdoar? Eu nem deveria estar falando com você – e me virei para continuar andando.

– Sério – ele correu para ficar na minha frente. – Para onde você está indo? Não é por aí que você vai para casa.

– Eu vou pegar carona.

– Com quem?

– Rafael, isso não é da sua conta.

– É claro que é. Você já foi minha namorada, eu me preocupo com você.

Eu não sei o que deu em mim, de verdade, mas minha mão criou vida própria e dei um tapa no rosto dele.

– Você não se preocupou comigo quando estava se atracando com aquelas duas prostitutas, Rafael.

Olhei para trás, vendo Steve sair do carro. Droga, não precisava disso aqui perto da escola.

– Então você vai sair com ele? – Rafael pareceu não ligar para o tapa. Eu deveria ter dado um mais forte.

– Sim, vou.

Steve se aproximava de nós, mas eu não deixei que ele falasse com Rafael. Sai de perto de Rafael e já fui empurrando Steve de volta para perto do carro.

– Ele continua te perseguindo – Steve parou em frente a porta que eu estava abrindo para entrar.

– Não. Ele veio me pedir desculpa por ontem.

– Então por que o tapa?

Fiquei em silêncio.

– Eu queria fazer isso.

Ele me olhou.

– É sério.

Steve só balançou a cabeça e permitiu que eu entrasse no carro. Deu a volta e entrou também.

Não que eu quisesse defender Rafael, mas não queria ficar falando mal dele para Steve. Não era necessário. Até porque ficar falando de ex-namorado para um cara que eu queria muito beijar todos os dias não era muito agradável.

Ele ligou o carro e saímos de perto da escola.

– Por que não parou na porta?

– Até parece que você não conhece as escolas. Ficam controlando para onde você vai, essas coisas.

Era comecinho de setembro, e mais alguns meses eu iria me formar. Estava ansiosa para que o final do ano chegasse para eu dar adeus a escola.

– Sua mãe está em casa? – Ele perguntou.

– Não. Eu fico a tarde toda sozinha.

Ele não disse nada, mas abriu um sorrisinho fraco.

– E seu pai?

– Meu pai... bom, - nunca tive problemas em falar do meu pai, mas eu nunca sobe ao certo o que falar sobre ele. – Não o conheço. Minha mãe fala que ele não me abandonou, mas nunca veio procurar por mim. É complicado, eu sei, também gostaria de entender.

– Não sabia, desculpa.

– Não precisa pedir desculpa.

Foi bem rápido, já que a escola não ficava longe de casa. Ele estacionou o carro e olhou para a minha cara antes que eu pudesse descer.

– Muito obrigada – eu disse. – Mas gostaria que você descesse e subisse comigo.

– Isso seria um problema, não?

– Claro que não.

– Eu só estava esperando você me convidar.

Abri um sorriso e abri a porta, saindo do veículo. Me dirigi até o portão e esperei Steve me acompanhar. Ficamos esperando o elevador chegar e eu tentava o máximo não ficar olhando para ele. Eu estava gostando muito dele.

Entramos no elevador e logo chegamos ao meu andar – que era o quarto. Abri a porta de casa e entramos. Estava tudo em silêncio, como sempre.

– Sinto muito, Steve, mas acho que não tem nada para o almoço. Quer dizer, tem sim, só que não é nada de delicioso.

– Não estou com fome.

– Eu estou.

– Por que não falou? Vamos, eu te levo para almoçar.

– Ah, não – eu não estava afim de sair de casa. – Acho que deve ter alguma refeição instantânea. – Revirei minha geladeira e acabei encontrando dois pacotes de macarrão.

– Isso serve.

Coloquei aquilo no microondas e me sentei no sofá junto com ele.

– Então você não faz nada o dia inteiro?

– Geralmente eu durmo.

– Divertido – ele deu risada.

Olhei para ele, observando cada detalhe de seu rosto. Eu gostava muito dos olhos, do cabelo castanho, da mandíbula, do nariz, da boca... Ele também estava olhando para mim. Conseguia ouvir sua respiração. Ele sorriu e eu sorri para ele.

– Você faz isso de propósito – ele disse.

– O que?

– Eu sei que faz pouco tempo que nos conhecemos mas eu quero muito ficar perto de você.

– Sinto isso também.

– Então é isso – ele se levantou do sofá, depois me puxou para perto dele. – Não há motivos para não ficarmos perto um do outro – e me deu um beijo.

Eu não estava confusa, eu queria aquilo. Queria Steve para mim.

Talvez eu estivesse me entregando rápido demais, só que aquilo me parecia muito certo. Steve me parecia certo.

Beijei ele de volta, agarrando seu pescoço. Ele segurou firme na minha cintura, encostando todo o meu corpo no dele.

– Não vou aguentar – ele parou de me beijar, mas continuou me segurando. – Eu quero te tocar.

– Você tem que parar de ficar pedindo. Faça o que você quiser.

Ele me olhou, os olhos parecendo selvagens. Me agarrou de novo e sua mão que antes estava na minha cintura, agora estavam apertando minha bunda. Ele era alto, não sabia como ele conseguia fazer isso. Logo ele me pegou no colo e eu entrelacei minhas pernas na cintura dele. Aquilo fez com que meu corpo todo esquentasse de uma maneira estranha. Ele me jogou no sofá e continuou encima de mim. Ele estava entre minhas pernas abertas, me beijando deliciosamente.

– Achei que fosse muito cedo para você – ele disse.

– É muito cedo – dito isso, ele parou e me olhou. – Mas acho que da para ficar nas preliminares.

Eu sei que não tem muita diferença, mas eu queria aquilo também e me arrependeria se não deixasse ele fazer.

Ele tirou a blusa, mostrando seu corpo maravilhoso. A pele dele era como seda e eu estava louca para tocar nela. Ele se ajoelhou, olhando para mim com aqueles olhos famintos. Pegou na minha cintura, enfiou os dedos na entrada da minha calça legging e a tirou. Meu corpo estava respondendo da melhor forma possível. Quando fui ver, já estava arreganhada só de calcinha. Ele beijou minha perna, e quando ele olhou diretamente para o meu sexo, eu não consegui esconder meu desejo. Ele voltou a me beijar, já se movimentando sobre mim como se tivéssemos de fato fazendo sexo. Aquilo me deixava louca. Dava para sentir sua ereção. Ah, sim. Ah se dava. Ele foi descendo a mão pela minha blusa, e me olhou para ter certeza se podia continuar. Parar agora seria ridículo. Ele continuou a descer até que sua mão parou no meu sexo. Ele massageou por cima da calcinha e eu dei graças a Deus por ter me depilado.

Logo ele enfiou a mão por dentro da calcinha e ficou brincando com os dedos, me fazendo gemer baixinho. Ele sorriu e continuou a me beijar. O movimento dos dedos eram lentos, mas logo ele intensificou a velocidade. Ele fazia movimentos circulares bem direto no meu clítoris. Gemi, e gemi de novo quando gozei.

Eu sabia que aquela era a minha vez. Sai do sofá e me ajoelhei. Abri o zíper da calça jeans dele, e já desci a cueca junto. Ele estava pronto para mim. Acariciei primeiro depois coloquei na boca. Chupei vagarosamente, depois fui mais rápido. Ele agarrou meu cabelo e soltou aquele gemido rouco que todo homem faz. Passei a língua por todo seu sexo e depois voltei a chupar aquilo com vontade.

– Julie, eu vou...eu vou gozar – ele avisou.

Não tirei da boca, ele poderia fazer isso lá dentro. E foi o que ele fez. O gosto não era bom, mas era engolível. Ele caiu no sofá, ainda nu.

– Caralho – ele disse.

Me joguei em cima dele, que me aninhou em seus braços. Ficamos ali por um tempo, abraçados no sofá até que eu me lembrei do macarrão.

– Está com fome agora?

– Sim – ele respondeu.

Ele subiu a calça e eu coloquei minha calça de volta. Esquentei novamente o macarrão e servi para nós dois.

Se passaram uns bons vinte minutos. Aconteceu rápido mas foi muito bom – pelo menos para mim. Comi aquilo depressa, e ele também. Coloquei os dois pratos na pia e me senti suja depois. Minha parte íntima estava muito escorregadia.

– Steve...eu tenho que tomar banho, então, sinta-se a vontade aqui em casa.

– E sua mãe?

– Ela só chega mais tarde.

– Ficarei aqui na sala.

Entrei no banheiro e tirei toda a minha roupa, liguei o chuveiro e entrei. Caraca, eu tinha acabado de deixar ele tocar em mim. Eu me sentia bem com isso. Fiquei repassando essa cena na minha cabeça até ouvir o barulho da porta se abrindo. Lá estava ele, me olhando. Ele não parecia selvagem como antes. Era só o Steve – lindo e sério.

– Desculpa entrar assim...

– Agora que já entrou – fiquei de costas para ele.

– Não quero ficar lá na sala – ele se sentou na privada, me esperando acabar de tomar banho. Me lavei rapidamente e desliguei o chuveiro. Me enrolei na toalha e sai do box. O banheiro era pequeno, eu praticamente estava encima dele.

Ele me abraçou, apoiando a cabeça na minha barriga. Afaguei o cabeça dele.

– Acho que estou te curtindo até demais.

– Só está me curtindo, então?

– Não queria dizer que estou apaixonado por você porque achei que seria cedo demais, mas se for parar para pensar, já pulamos muitas etapas então não há problema em dizer.

Meu coração começou a bater mais forte. Sorri para ele, me inclinei e dei um beijo lento em sua boca.

– Não quero ir devagar com você – ele continuou.

– Já me entreguei, Steve. Achei que isso seria o certo.

– É o certo.

– Então é isso. Só não seja um babaca.

– Eu não sou mais um jovem inconsequente. Muito menos um babaca – ele franziu a sobrancelha.

– Ambos saímos de um relacionamento, achei que isso poderia ser uma confusão...não sei.

– Não estou confuso.

– Eu também não.

– Então seja minha, Julie.

– Já falei que você não precisa pedir. Serei sua, Steve.


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