Simplesmente Acontece escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 3
Capitulo 2 - O Irmão Ingênuo


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal voltei ! Desculpem a demora para postar!
Viram que eu troquei a capa ? Estou apaixonada por essa !
*Gente uma coisa que eu não mencionei no capítulo passado,no jogo Ambre é irmã gêmea do Nathaniel,aqui ela é a irmã mais nova,a gêmea é a Brigitte!

Boa Leitura!



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"É dentro de um abraço caloroso que qualquer coração frio se derrete."

Ponto de vista:Brigitte.

Por todo percurso até nossa casa Nathaniel me escutou pacientemente,mas não falou nada,apenas assentia de vez em quando,para mostrar que estava ouvindo,mesmo que parecesse que ele não estava prestando atenção em nada,por que parecia estar pensando em outra coisa,e pelo seu nível de concentração eu poderia supor que era algo importante.Fui parando de falar aos poucos quando notei que estava sendo egoísta em falar só de mim.Então suspirei e olhei para meu irmão,com um breve sorriso no rosto,decidida a arrancar dele o motivo de sua preocupação.

— E as suas férias,como foram ? — questionei curiosa,enquanto me acomodava melhor no banco,numa posição em que eu pudesse observá-lo melhor.Ele despertou do seu estado de reflexões quando ouviu minha pergunta.Mas não se virou para respondê-la .Nath era muito prudente no trânsito.

—Ah...foi legal...Passei um tempo na escola resolvendo alguns assuntos que não foram resolvidos durante as aulas,estudei um pouco ,muito alias,e sai com a Ambre...uma vez—ele explicou tentando soar animado diante das informações,e eu arregalei os olhos,não por estar surpresa ,mas sim por estar incrédula.

—Resumindo:Você passou suas férias ,fazendo o que você faz o ano todo,trancado naquela casa a mercê das ordens tiranas do papai — protestei,indignada pelo que tinha acabado de me falar.Nathaniel apenas suspirou,sabendo que aquela era uma reação no mínimo previsível vinda de mim.O meu senso de revolta sempre falava mais alto do que minha compreensão.

—Você aproveitou suas férias da sua forma,e eu aproveitei da minha — ele pontuou,então gradativamente abaixei o tom da minha voz,vendo o quão patética estava sendo,implicando com meu irmão por ser ele mesmo.

—Você prometeu Nath,que ia pelo menos tentar se divertir ,tentar não ficar sobre pressão dos DiLaurentis,por apenas alguns meses — praticamente sussurrei,me sentindo culpada por ter passado uma temporada na Austrália,quando evidentemente,meu irmão estava sendo coagido a se sentir indefeso diante da nossa família.O quão cruel era termos pavor de encarar a verdade,que consistia em dizer,que todos nós,exceto Nathaniel eramos quebrados.Por que sim eramos,apenas peças erradas que não se encaixavam e causavam convergências.

—Eu tentei Brigg...Sai até com a Melody,a gente foi no boliche—ele disse tentando fazer com que aquilo soasse animado,é somente tentando,por que seu tom não foi nem um pouco convincente.Franzi as sobrancelhas diante do comentário dele.

—Você nem ao menos gosta da Melody — afirmei,falando o obvio.

—É ...claro que eu gosto da Melody,Brigitte — ele negou minha afirmação,hesitando no inicio e eu ri,deixando aquele clima tenso de lado,por que eu não precisava fazer com que a gente se sentisse desconfortável até quando não estávamos em casa.

—Se formos medir sua atração física pela Melody,numa escala de 0 a 100,zero seria elogio—comentei achando graça da tentativa de Nathaniel de me convencer que sentia algo pela Melody.

—Não tente passar a antipatia que você sente por ela para mim...Antipatia essa que eu não sei de onde veio—ele pediu de um jeito amistoso,e eu revirei os olhos.

—Ela é muito sonsa,só você que não percebe— justifiquei,mas ele me ignorou e resgatou o assunto de sua fala anterior.

—E outra,se eu quisesse ter um relacionamento com ela ,atração fisica não seria importante—ele afirmou convicto,e foi impossível não gargalhar.

—Você é muito ingênuo Nath,um relacionamento se baseia 99% na atração fisica que você sente pela pessoa — expus minha opinião,e Nathaniel me olhou de esguelha totalmente incrédulo,mesmo assim ainda continuou dirigindo.

—Irei inocentemente sugerir que o papai não te dê permissão para ir para Austrália de novo,você voltou uma pervertida de lá — Nathaniel falou balançando a cabeça negativamente,como se cogitasse realmente a ideia e em seguida complementou suas palavras : — Ou você sempre foi e eu nunca percebi — disse.

—A segunda opção é a mais real,segundo meu ponto de vista — debochei rindo,dando um leve empurrão nele ,com meus ombros.

Continuamos com aquelas discussões bobas e aquela troca de ideias sem sentido,e nem percebemos quanto tempo já havia passado,só percebemos quando o portão vermelho de nossa casa foi visível aos nossos olhos,minha gargalhada se cessou no mesmo instante,e o sorriso deu lugar a uma expressão séria.Nathaniel me encarou procurando em mim algo que denunciasse que eu não estava pronta para voltar para aquele caos,mas para tranquiliza-lo a única coisa que fiz,foi tentar sorrir,uma tentativa fracassada diga-se por passagem.Meu irmão estacionou o carro na calçada e retirou seu cinto de segurança,eu fiz o mesmo em seguida e saltei para fora do veículo.Nath foi até o porta-malas e retirou minha bagagem de lá de dentro.Caminhamos lado a lado rumo a entrada da mansão DiLaurentis,e eu posso ter sentido qualquer coisa,menos a sensação de estar no meu lar.Um frio percorria minha espinha,de acordo com meus passos,e quando chegamos em frente ao portão,um suspiro longo escapou de meus pulmões.

Nathaniel digitou a senha no leitor do portão,e logo a placa metálica pesada se abriu,meu gêmeo arrastou a mala,em direção a porta da casa,fez com que eu fosse em sua frente,e logo girei a maçaneta da porta de madeira e vidro e me pus para dentro com Nath logo atrás.Assim que cheguei a entrada principal a encontrei vazia,mas esse estado não durou muito tempo,pois logo Ambre corria apressadamente pela escada ,junto com suas fieis escudeiras Li e Charlotte,num estado de desespero, que eu poderia apostar que se devia a uma loja em liquidação.Assim que os olhos verdes da loira encontraram os meus a mesma não conseguiu resistir e sorriu,se aproximou de mim mais calmamente,e me encarou tentando fingir indiferença.

—Eu não sabia que voltava hoje — ela comentou,e eu não me surpreendi,não era algo estranho Ambre não prestar atenção ou se importar,com coisas que não beneficiem ela.Sorri e vi pelo canto do olho que Nathaniel sorria também.Afinal Ambre sempre seria Ambre.

—Ambre pode me abraçar isso não vai te tornar uma pessoa boa,fique tranquila e outra eu prometo não contar para ninguém — falei com ironia,e só foram necessários mais dois segundos para que ela se atirasse em meus ombros.A abracei com força ,acariciando suas costas,sentindo falta até das reclamações vindas dela.Nossos fios de cabelos loiros misturados um no outro,e meus olhos azuis emocionados.As companheiras da minha irmã olharam a cena sem entender,acho que na cabeça dela eu e Ambre nos odiamos,mas como eu podia odiar minha irmã?.

Ambre me soltou bruscamente se recompôs,voltando a sua pose de garota mimada.Gargalhei por isso ,mas não liguei para sua atitude.

—Li,Charlotte,queria tanto dizer que senti a falta de vocês ,mas seria mentira—debochei,e as duas reviraram os olhos ao mesmo tempo,como se fosse combinado.

—Não precisa se preocupar,se você sentiu alguma saudade de nós,e não quer admitir,a matará hoje,já que vamos jantar aqui,seus pais nos convidaram — Charlotte falou com desdém e eu arregalei os olhos,e me virei pronta para voltar para o carro,mas Nathaniel me segurou pelos ombros.

—Eu quero voltar para Austrália—murmurei apavorada,dramática como sempre era,e ele sorriu.

—Eu não vou deixar você fazer isso,é só um jantar—ele falou me tranquilizando.

—Com a Li e a Charlotte,da ultima vez que isso aconteceu eu quase fiz a Li engolir aquele maldito batom — relembrei o fato e Nathaniel riu.

Estava pronto para retrucar meu protesto,mas parou quando viu nossos pais,Francis e Adelaide descerem juntos pela enorme escada,e encararem seus três filhos com satisfação.

—Brigitte é bom tê-la de volta ,filha — minha mãe disse sorrindo vindo até mim,me dando um abraço de forma contida.

—E eu acho bom que essas férias façam com que suas notas melhorem — meu pai,comentou,não conseguindo soar como uma figura paternal normal.Encarei Nath e depois Ambre,constatando que eu devia ter fugido enquanto tinha tempo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ! Comentem !