4Break escrita por Mitty


Capítulo 1
Onde lembranças se transformam em fantasmas


Notas iniciais do capítulo

COE GALERA, DSCLP OS ERROS DE PT AI, NÃO QUERO QUEIMAR OS OLHOS DE NINGUÉM!!! < Ok. Enfim, escrevi essa one shot ano passado (se não foi no mesmo dia da 1RedLine, foi próximo), mas como o tempo passa muito rápido pra mim... Eu fiquei pensando até hoje se postaria ou não. *pensa muito e faz pouco*
Enfim(2) espero que gostem. (?)



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Yummy bailava por uma grande construção destruída, onde um dia fora o castelo de algum grande rei. Seus olhos estavam azuis, vestia um vestido branco e soltinho, onde havia alguns detalhes do mesmo tom de seus olhos, apesar destes serem opacos, combinavam. Em sua cabeça havia uma coroa de flores multicoloridas: azul, rosa, branco, violeta, vermelho, verde... Uma mistura. Por volta da região de seus ombros havia tatuagens de flores com caules conectando uma a outra, com espinhos. Parecia querer dizer "até as coisas mais doces poderiam machucar". Nos seus tornozelos também apareciam caules, dando umas voltinhas na frente que não se juntavam, até pareceria um coração, se juntasse. Yummy completava 14 anos. Ela usava a tal coroa quando havia alguma data especial. E ele estava lá, seu melhor amigo. Ninguém mais. Seus pais já haviam a enchido de abraços e beijos, já havia recebido carinhos dos pais dele, e talvez ninguém mais soubesse dessa data tão importante.
Ele era ruivo, tinha olhos verdes e tinha um porte de nobre, apesar de ser um pobre camponês. Usava uma simples camisa bege e uma calça marrom, os pés calçando seus melhores sapatos... Apesar de estarem surrados, apesar de toda a sua roupa estar surrada, o que vale é a intenção. Devo acrescentar que ele estava com uma coroa de flores na cabeça também, não feita no momento para combinar com a elfa, mas já feita a alguns anos para marcar a boa e duradoura amizade que ocorreu no aniversário de 10 anos da pequena.
Se aproximou da garota, que pairava de baixo de seus ombros, prendeu seu olhar no dela e começou a falar:
— Sabe, milady, há uma coisa que eu sempre quis lhe perguntar... — Arqueava uma sobrancelha e deixava a outra baixa, em uma face de intensa reflexão.
— Ora ora, meu bom Simm! Diga, por favor.
— Você por acaso colocou algum tipo de magia para que essas belas flores não murchem...? — Abriu um de seus sorrisos mais honestos e cativantes.
— Mas claro! — Retribuiu o sorriso — Devo-lhe acrescentar que não foi nada fácil... Mas também devo-lhe dizer que valeu a pena o esforço, por você — aproximou-se dele com as mãos para trás e o olhando firmemente.
Simm, se se curvando e encaixando as mãos no pequeno e delicado rosto de Yummy, fechou os olhos e repousou sua cabeça na dela — Obrigado pelos momentos que eu pude desfrutar com você, mas creio que tenham chegado ao fim, adeus, Yumekaino — disse, sussurrando.
Assustada, abriu os olhos, e logo em seguida sentiu uma pressão nos lábios: Um beijo terno, mas aflito. Logo se desprendeu. Ela recuou.
— O que? Por que? Por que?!
— Descobriram, Yum. Eu amo você, sabe? Eu planejava dizer isso com um buquê com a cor dos seus olhos, tri-color — Riu, secamente. — Mas preso pela minha família, afinal de contas.
Com lágrimas prestes a cair no rosto da garota, segurou-as e forçou um sorriso, que soou como era: Sofrido e dolorosamente forçado. Aproximou-se do maior, entrelaçando os braços no seu tronco, na ponta dos pés, para alcançar seu ouvido.
— Me ama, é? — Deu um risinho sem humor. — Obrigada, Simm. Eu também lhe amo. Amo tanto para não deixar-lhe escapar, mas também amo tanto para soltar-te sem um grito. — Foi saindo de sua posição, dando-lhe um beijo na bochecha, que por estar molhada pelas lágrimas não aguentou e pôs-se a chorar na mesma intensidade. Soluçando, ele a segurou com tamanha força igualitária que ela fazia para não chorar.
— Espero que encontre alguém para passar seu tempo, milady.
— Espero que encontre alguém para passar o resto da sua vida, meu doce Simm.
Ouviram estrondos... Passos. Passos de milhares de pessoas. Gritos. Gritos familiares.
— NÃO! NÃO AQUI! MATE-NOS EM OUTRO LUGAR, POR PIEDADE DA SANIDADE DESSE MENINO!
— NOS DEIXEM EM ALGUM LUGAR PARA MORRER! NÃO FAÇAM ISSO, CÃES DO MALDITO REI JASON!
Mãe, eles pensaram. Pai, eles pensaram. Não pode ser, também pensaram.
Aos seus olhos avistaram as armaduras e a bandeira do exército do rei. Simm escondeu parte de Yumekaino atrás de si, mesmo que não adiantasse de coisa alguma.
Um homem, trajado ricamente, tirou uma carta e a proclamou em voz alta:
— Em nome do rei Jason, proclamo que Ruth Carble e Kurth Carble serão açoitados e envenenados com Ornória, para assim morrerem na frente de Simmon Carble para que ele e o povo saibam o que acontecem quando se misturam com esses malditos elfos.
— Simmon! Eu te avisei! — Disse uma mulher com cabelos grisalhos, sua tia. — Maldito Simmon! Avisei que não era para cair aos encantos dessa vadia! Essa elfa vadia! Ela nem se importa com você, mentecapto! — Ia indo em direção ao menino, em choque, mas foi repreendida pelos guardas.
Um, dois, três, quatro açoites. O sangue jorrando ao chão. Ruth gritava a cada açoite, Kurth soltava um gemido.
— Por favor, Simm, não é culpa dela. Não ligue para o que eu falar depois. Eu te amo, gostaria de poder te educar até uma morte própria, mas simplesmente, AH! N-não d-á... — Com os olhos cheios de lágrimas, disse sua mãe.
— Firme e forte, querido — disse seu pai.
Simm caíra aos joelhos, com Yummy abraçando ele por trás.
Se você se pergunta o por que dos guardas não a matarem... Deixe-me explicar. Nessa história, é como cortar o vento. Simplesmente não dá. E se o cortassem, seria como dissipar o próprio oxigênio, viria a reação. Morrer. Ornória seria um veneno que desperta os pensamentos mais profundos e menos desejados, fazendo a pessoa morrer a cada maldita palavra pronunciada.
Um guarda com dois copos na mão, fizeram Ruth e Kurth beberem tudo, engasgando-os e repreendendo-os.
Kurth espumou como um cachorro com raiva e caiu de lado. Um guarda vendo, praguejou pela morte sem palavras do homem. Sua esposa, recém viúva se pôs a chorar ainda mais.
— Maldita elfa! Puta! Vadia! Eu sempre soube que esse garoto deveria estar fazendo algo de errado! Saindo para brincar tão cedo e voltando tão tarde, em vez de estar me ajudando nos artesanatos ou seu pai no campo! E olhe os nossos fins! Olhe os nossos fins! — Disse ela, gritando tanto que ecoava por toda a construção. — Por que? Por que?! O que eu lhe fiz de tão ruim para que você me trouxesse tanta desgraça...? — Seus olhos ficaram de um branco inimaginável, caiu ao chão.
— Em nome do rei Jason, esse foi a execução dos pais de Simmon Carble. Espero que isso possa ser entendido e que mais erros não tornem a acontecer — o escriba fechou a carta.

•••

Simmon enterrou os pais, que não tinham direito de serem enterrados nas terras do seu senhor, nas redondezas do antigo palácio. Yummy ficou observando tudo, de longe.
Quando ele acabou, passou a noite em claro ali mesmo. Sem perceber, pegou no sono. Quando acordou, viu uma criatura de olhos cinza na sua frente.
— M-me des... — Simmon a pegou pelo pescoço e vociferou:
— Era isso que eu gostaria de fazer, Yumekaino — soltou-a imediatamente. — Mas eu não quero, não é contraditório?
Levantou-se, encarou-a de perto e deu-lhe um beijo na testa.
— Espero que eu encontre alguém para passar meu tempo, milady, tentarei esquecer-lhe enquanto isso. Esquecer de tudo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Novamente, mendigo opiniões nos comentários... *so mt carente mano ;-;*Jaé.



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