Ascendente escrita por Jessy F


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/648506/chapter/7

FIQUEI OLHANDO O CHÃO SE DISTANCIAR ENQUANTO EU subia para o meu quarto. Essa noite não teria Alina para me ajudar a esquecer um pouco de tudo que estava acontecendo. Eramos eu e Deus somente ali naquele quarto. Tiro todos os enfeites do meu cabelo e quando volto do banho visto a minha camisola e me jogo na cama. O teto branco refletia a luz na noite como todo aquele quarto. As flores que outrora estavam ali foram substituídas assim como qualquer um poderia ser naquele lugar.

Abba, sei que não me criou para matar ou para fazer mal a outras pessoas, mas me dê força caso isso seja necessário. Sei que Tu também é o Senhor dos Exércitos, então me guia como um soldado teu para que eu chegue ao meu destino. Amém!” orei sussurrando. Desde o dia que eu cheguei naquele lugar eu não tinha feito aquilo. Virei para o lado e tentei dormir.

Meu rosto ardia e eu tinha a sensação de que estava sendo observada, mas eu tive a certeza quando ouvi três palmas ecoarem pelo quarto.

–Vamos acordando, temos coisas para conversar. - Julie disse pegando no meu tornozelo. - E tenho boas notícias e alguns presentes. - Sentei na cama coçando os olhos.- Primeiramente gostaria de aconselhar você a usar o controle remoto para fechar as cortinas, afinal não queremos que você tenha uma insolação. - Olhei para um controle remoto que havia próximo a cama. - Quer primeiro os presentes ou tomar um banho?

–Banho.

–Tudo bem, eu providenciarei o seu café na manhã.

–Obrigada.

Eu ainda não havia me acostumado com o chuveiro, eu sempre passava horas ali, chegava até ser um pouco infantil a minha relação com aquele fluxo de água caindo sobre mim. Ao sair do banho, vi Julie colocando o meu café da manhã na mesa e sentando.

–Obrigada. - Faço o mesmo que ela.

–Eu gostaria de te dar os parabéns por ontem, você conseguiu algo bastante raro.

–Foi? - Disse enquanto os meus dedos iam atrás de um pedaço de pão sem fermento, mas não obtive sucesso, peguei então uma espécie de panqueca e sorri ao sentir que o gosto era bom.

–Sim, você conseguiu mais que dois patronos, você conseguiu ganhar uma joia do rei Aleksei Koening. - A vi sorrindo e colocando uma caixa prateada sobre a mesa. - Abra.

Coloquei o restante da panqueca na boca e abri a caixa. Dentro havia uma espécie de ovo de avestruz, recoberto de pedras preciosas como rubi e diamante.

–Você ganhou um ovo de Fabergé! Abra! - Parecia que Julie havia ganhado o presente e não eu. Ao abrir aquela joia vi um colar que me lembrava um pouco um colete e havia uma pedra negra nele sustentada por uma corrente. Havia também um envelope. Quando abri vi letras de forma e uma assinatura com as iniciais A.K. - Leia em voz alta por favor.

Olhei para Julie e logo em seguida para o papel.

–Hannawia Kringer, você despertou a minha curiosidade. Espero que não decepcione as minhas expectativas. Atenciosamente… A.K. - fiquei um tempo encarando o papel.

–Você conseguiu Hanna, você chamou a atenção do rei.

Sorri, mas logo depois fiquei seria novamente. Um frio correu a minha espinha ao lembrar da sala de treinamento e daquelas armas.

–Isso me fez ser um alvo das outras.

–Sim e esse era o que eu queria conversar com você. - Ela abaixou um pouco a mão e retornou com uma pasta e dela tirou algumas folhas. - Mostrarei as suas concorrentes. - Balancei a cabeça positivamente. Ela colocou diante de mim a foto de Tatiana Maltov. O sorriso desafiador dele na foto, mal parecia aquele sorriso exibido na solenidade de abertura. - Você já a conhece, é Tatiana Maltov, província um. Ela possui pouco nível de periculosidade comparada a outras, mas pode ser apenas marketing para conseguir patronos.

Se aquela era a estratégia dela, creio que estava mais dificultando do que atrapalhando.

–Ela não me parece uma ameaça.

–A especialidade da província um é a politica então não ignore o poder de manipulação que ela pode ter.

–Tudo bem.

Ela agora colocou diante de mim a foto de uma garota doce, branca de olhos azuis, ela me parecia uma criança encantadora, não uma competidora voraz do trono.

–Essa é Nadia Ponor, a província dela é a três e não se deixe enganar. A especialidade da província dois em agricultura dão a ela muita força e habilidade com praticamente todas as armas que você já viu, principalmente lâminas. - Assenti com a cabeça. - Vamos agora a província quatro.

O olhar de uma moça de cabelos negros me fez temer um pouco em saber o que ela poderia fazer comigo.

–Essa é Sandra Izbasa. A especialidade da sua província é minério então a força é o ponto forte dela.

–Eu imagino.

Agora a foto de uma mulher loira de olhos azuis acinzentados chamaram a minha atenção.

–Apresento-lhe Catalina Frinber, da província cinco que é especializada em energias. Ela é bastante estrategista então cuidado.

Uma mulher ruiva de olhos verdes me fizeram sorrir. Ela emanava uma classe sem igual.

–Dasha Kunis da província seis é bastante traiçoeira. Sua província é especializada em tecnologia então cuidado com as coisas que ela pode lhe oferecer e não deixe seus pertences pessoais serem tocados por ela.

–Tudo bem. - Dei de ombros.

–Essa é Kaira Korbelova – ela disse apontando para a foto de uma mulher morena de lábios fartos.- Da província sete, a província da segurança. Não mexa com ela que ela não mexerá com você, esse é o lema dela.

Sorri.

–Vou copiar o lema dela para mim.

Julie sorriu.

–Diana Kylee, da província oito segue o mesmo padrão de Sandra Izbasa, a província oito maneja com a pecuária então força é o ponto forte dela. - Ela sorriu. - E por fim temos: Alisha Hasova, da província nove que é especializada em saúde, o que é alguém que se deve ficar longe, mas se for sua aliada poderá te fazer bem, temos Anne Ruds, da província dez, que por ser especializada em justiça, não mexerá com você, assim como Virginia Misk, da província onze. Você conseguiu memorizar de quem pode ficar perto e de quem ficará longe?

–Sim, de preferência ficar na minha é melhor.

–Com certeza.

Rimos. De repente ouvimos uma batida na porta.

–Quem é? - Falei indo até a porta.

–É a Sandra da província quatro, posso entrar?

Olhei para Julie e respirei fundo.

–Só um minuto.

Andei até onde Marcus havia deixado as armas que escolhi e peguei uma faca de arremesso. Julie juntou o meu presente e as coisas dela e foi para a cozinha. Girei a maçaneta e abri a porta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Ascendente" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.