Mesmos Nomes. Outras Histórias. escrita por Eduardo Marais
Belle sorri ao ver seus hóspedes caminhando em sua direção. Mostravam-se serenos ou pelo menos fingiam estar.
– O que o meu lindo capitão pirata resolveu?
– Quero que você faça a libertação total e irrestrita de Adam. Confio em sua palavra quando fazemos acordos.
A mulher sorri mais uma vez. Estava encantada com a presença do pirata e não sentia obrigação de controlar sua excitação física. Caso ela fosse um homem, estaria em maus lençóis.
– Posso ver a adaga?
Rumpel abre o casaco e retira do bolso interno, um embrulho. Abre-o e exibe a adaga.
Com um gesto rápido e brusco, Belle envia uma onda de energia colorida na direção de Adam e ele se estabaca contra alguns móveis. Regina e Rumpel correm para socorrê-lo.
– Adam! Você está bem?
Ainda zonzo, ele é colocado sentado no chão e diante dos olhos dos companheiros, sua condição de fera vai desaparecendo. O ser humano estava de volta em pleno período de lua cheia. Um homem bonito, mas com rosto feroz.
– Conseguimos! – ele grita, abraçando seus companheiros de jornada. Beija o rosto de Regina e depois toca os cabelos do pirata. – Conseguimos!
Delicadamente, o pirata o ajuda a levantar-se. Deixando-o aos cuidados de Regina, ele se aproxima de Belle e estende a mão com a adaga.
– Adaga...- Belle apanha o objeto com cuidado para não ferir a mão do homem. Não conseguia acreditar em seus olhos. A adaga estava sob sua posse e agora faltava a presença de sua filha. Ela levanta os olhos para o rosto bonito do pirata. – Posso abrir o portal para a Rainha, porque tenho o espelho. Mas quero que me entregue a localização de nossa filha, primeiro.
Rumpel olha para Regina e para Adam, encontrando-os ansiosos pela decisão.
– Não a terá. Eu encontrarei um modo de ajudar Regina e estarei com ela até que parta deste reino.
– Isso é romântico, meu amado. Mas acredita mesmo que deixarei vocês viverem essa paixão juvenil? – Belle abaixa os olhos e admira a adaga. Vira-se de costas e começa a afastar-se dos hóspedes.
– Belle, espere por favor! – a voz melódica do pirata chama a atenção da Sombria.
Ela se vira e alarga um sorriso ao vê-lo aproximando-se e exibindo aquele maldito olhar de filhote de cachorro debaixo de chuva. Ele estava querendo algo que somente ela poderia atender.
– Peça e eu lhe darei, amado...
Ele abre os braços como se estivesse pedindo abrigo em um abraço de despedida. É recebido no espaço do abraço dela. Quando se afastam, ele segura o pulso da mulher e sorri.
– Desculpe-me, mas basta. – antes que Belle entendesse, o pirata envolve seu pulso com um bracelete em pedra escura. Depois, afasta-se dela e traz consigo a adaga prateada, retirada das mãos da Sombria. Entrega a adaga para Adam.
– O que você fez comigo, maldito?
– Usei o material da caveira para criar amuleto que anule habilidades de seres como você. Agora, somos todos meros humanos.
– Tire isso de mim!
Rumpel olha carinhosamente para Regina e os dois trocam um sorriso apaixonado. Depois, ele se volta para Belle.
– Vou tirar, depois que você abrir o portal correto. Eu tenho como comunicar-me com Regina e saber se ela foi enviada para o lar. Caso você me engane e a envie para outro reino, entregarei a adaga para Emma e a convencerei a controlar você.
Belle arregala os olhos e fica aflita. Tenta a todo custo retirar o bracelete, mas sua luta é em vão.
– Vamos fazer um acordo?
– Você fez isso, porque sabe que eu não poderia odiá-lo por nada. Não tenho medo de ser controlada por minha filha, mas tenho medo de perder você, Rumpelstichen!
– Vamos fazer um acordo? Vai abrir o portal no espelho?
Belle continua segurando o bracelete, mantendo os olhos fixos no rosto do pirata. Derruba os ombros e aponta para um espelho grande, oval e giratório.
– Apanhe aquele espelho. Gire-o três vezes seguidas em direção oposta ao seu corpo e diga para onde quer ir. Quando ele parar de girar, deite-o no chão. Mas quem deve girar é Regina. Ela sabe para onde quer ir.
Adam e Rumpel agilizam-se e apanha o objeto gigante e pesado, colocando-o no centro do salão. Eles olham ao mesmo tempo, para Regina que não hesita em tomar a iniciativa.
Gira por três vezes, conforme a orientação da Sombria. Quando o espelho para de girar e é deitado, surge diante de todos, a imagem nítida de Storybrooke. O espelho tinha aumentado sua dimensão.
– Minha nossa! – Regina fica histérica ao ver sua cidade e os seus habitantes. Como aquilo era lindo! Ela se volta para Adam e o abraça com força. – Eu desejo toda a sorte do mundo em sua jornada! Não fique remoendo vingança em seu coração, porque poderá ficar doente. Adeus!
Voltando-se para o pirata, toma seu rosto entre as mãos e beija-o com desejo e paixão. Encosta a testa na testa dele.
– Eu carregarei você dentro de meu coração e sempre me lembrarei de sua figura. Tenha paciência com Adam e façam as pazes. – ela o beija de novo. - Tenho de ir, senão eu vou chorar.
– Grandes garotas não choram. Agora, vá!
Regina sorri e antes que pudessem entender o que estava acontecendo, Adam avança na direção do pirata e o ataca. O pirata grita de dor e seu corpo é compelido contra o corpo de Regina. Os dois caem dentro do portal, que se fecha.
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