The Last Year escrita por Yasmin Camacho


Capítulo 20
Capítulo 20 - It's time to say goodbye




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Dianna olhava pela janela fechada de seu quarto o pôr do sol. Uma pequena xícara de chá lhe aquecia as mãos coisa que ela apreciava. Seus olhos pareciam focados no horizonte e sua mente vagava, processando milhares de informações. Em breve ocorreria a formatura e ela nem sabia exatamente o que esse ano representou pra ela. Gostava de pensar que foi o melhor ano de sua vida, afinal, ela conheceu tantas pessoas que hoje ela simplesmente amava, ela venceu o campeonato nacional com sua equipe, manteve notas altas, e fora aceita em Stanford, coisa que constatou hoje mais cedo. Uma menina popular, bonita, com uma futura carreira brilhante garantida por uma das melhores faculdades do país, não era nada ruim, mas dentro de si ainda sentia um enorme vazio, um completo buraco negro que sugava suas energias todos os dias, e esse, tinha nome, pernas, um emprego e uma namorada, Harry. Por mais que tentasse não conseguia esquecê-lo, e se não fosse pelos seus desencontros ao longo do ano com certeza tudo estaria ainda mais feliz agora, afinal, quando ela se formasse estariam finalmente possibilitados de assumir seu namoro em público, mas agora tudo que restava eram lembranças doloridas dos momentos entre eles. Nesse momento uma batida de leve na porta entreaberta lhe fez despertar de seu transe. Ela levou seus olhos até o local para avistar Santana com um enorme sorriso em semblante e uma pequena carta em mãos.

–Olá. – Santana cumprimentou correndo até ela. – Você não vai adivinhar! – Ela fez cara de mistério que logo fez Dianna arregalar os olhos.

–Não me diga que foi aceita em Oxford! – Dianna disse vibrando. Santana apenas assentiu fazendo-a gritar e pular nos braços dela. – Meu Deus, isso é maravilhoso! – Dianna disse animada contagiando Santana.

–Eu sei, e estou feliz em dizer que estarei cursando administração de empresas na Inglaterra! – Ela gritou antes de voltar aos braços de Dianna em um novo abraço.

–Estou orgulhosa de você! – Dianna sorriu, mas logo fechou o semblante.

–Obrigada. – Santana franziu o cenho. – E você recebeu alguma notícia de Stanford? – Perguntou antes de se sentar sobre a cama ao lado de Dianna.

–Na verdade sim, chegou uma carta hoje pela manhã, eu fui aceita no programa de química. – Dianna sorriu torto. Santana sorriu.

–Isso é maravilhoso, por que não está animada? – Perguntou confusa fazendo Dianna suspirar.

–Pra ser sincera, to mais assustada do que feliz. – Dianna torceu os lábios. – Eu me inscrevi pra um projeto de calouros que começa depois de amanhã. – Disse.

–Espera, então você já vai embora? Por que fez isso? – Santana perguntou assustada.

– Você sabe o porquê. – Dianna disse entre os dentes.

–Di, não pode ir embora assim por causa do Harry. – Santana rolou os olhos. – Entendo que tem sido difícil tudo isso, mas sinceramente eu não quero ter que me despedir agora. – Suspirou.

–Eu sei que talvez eu esteja me precipitando, mas sinceramente, Sants, eu não aguento mais vê-lo e sentir tudo isso, entende? E não adianta as aulas acabarem, eu encontro ele em todos os lugares que vou, principalmente na Gio. Eu preciso ficar longe dele o mais rápido possível. – Ela disse num tom mais tristonho que o normal.

–Eu entendo isso. Quando você vai? – Perguntou Santana.

–Hoje a noite depois do baile de formatura. É uma viagem longa de carro. – Dianna secou uma lágrima que de repente lhe escorreu. – Mas eu prometo que vou voltar daqui a uma semana pra poder passar o final de semana com vocês e me despedir direito. – Explicou.

–Vou sentir muito a sua falta. – Santana disse antes de abraçá-la forte. – Mas por favor, prometa voltar sempre que puder, afinal, todos aqui ainda estarão de férias e queremos sair, nos divertir. – Ela explicou fazendo Dianna sorrir ainda abraçada a ela.

–Eu também vou. – Dianna suspirou. – E eu prometo que sempre que puder estarei aqui, e o mesmo vale pra você quando começar a faculdade. – Dianna riu. – E prometo também nos falarmos todos os dias. – Completou. Nesse momento, Duan, Rachel e Giovanna adentraram seu quarto fazendo-a se assustar. – O que estão fazendo aqui? – Ela riu.

–Todos temos grandes novidades. – Giovanna riu antes de se jogar sobre a cama de Dianna e abraçá-la.

–Pois é, viemos contar as novidades e saber das de vocês. Você não sabia, mas combinamos de nos encontrar aqui. – Duan explicou fazendo-a rir. -Cambridge nos espera! – Duan gritou enquanto Rachel a abraçava também.

–Princeton também. – Giovanna sorriu animada.

–Meu Deus isso é incrível, estamos todos oficialmente na faculdade. – Dianna riu agora abraçada a Duan. -A Santana estava me contando sobre Oxford, mas aposto que vocês já sabiam. – Dianna disse antes de rir frouxo enquanto todos apenas assentiram. – Stanford também me mandou uma carta, eu fui aceita. – Ela completou num sorriso breve.

–Sabíamos que conseguiria! – Rachel vibrou encarando-a. – Mas não parece tão feliz quanto eu esperei que estivesse quando isso acontecesse. – Disse.

–Eu também esperei que esse momento fosse ser um dos mais felizes da minha vida. – Dianna disse curta. – Eu falei com a Sants, e ia mesmo ligar pra todos vocês pra contar sobre uma decisão que eu tomei. – Dianna engoliu a seco.

–Está me assustando. – Duan comentou confuso. – O que houve? – Perguntou.

–Eu resolvi me inscrever em um programa pra calouros que começa daqui há dois dias, então isso significa que eu já estou indo embora. – Dianna disse. – Hoje após o baile pra ser mais exata. – Ela completou fazendo a expressão de todos ali mudarem.

–Por que está indo tão cedo? – Giovanna franziu o cenho.

–Harry. – Santana respondeu antes de rolar os olhos.

–Dianna, não pode fugir assim. – Giovanna disse um tanto chateada. – Quer dizer eu entendo, mas poxa as férias finalmente começaram, podemos viajar, fazer tantas coisas juntas. – Ela disse num sorriso calmo.

–Eu sei, Gio, e eu sinto muito por ter que me afastar de vocês, mas eu não aguento mais ver o Harry e infelizmente estar aonde vocês estão é o mesmo que estar perto dele, e eu não quero estar aqui quando ele se casar com a Chloe. – Dianna encarou o chão deixando sua voz cada vez mais rouca.

–Vamos sentir sua falta. – Rachel disse cabisbaixa. – Entendo o que está fazendo. – Completou.

–Obrigada por entenderem. – Ela disse segurando firme nas mãos de Santana e Giovanna.

–O Hazz sabe disso? – Duan perguntou.

–Não, e eu quero pedir pra que não contem, por favor. Eu não quero nem que isso passe pela cabeça dele, senão corro o risco de ele tentar algo e eu tenho que fazer isso. – Explicou.

–Tudo bem. – Duan disse. – Prometa que vai vir nos ver assim que possível. – Pediu.

–Eu vou vir semana que vem. – Dianna disse antes de abrir um sorriso contido. – Vou morrer de saudades de vocês, mas nos falaremos todos os dias. – Ela disse fazendo todos sorrirem.

–Também vamos sentir muito a sua. – Giovanna a abraçou fortemente. Dianna sorriu, mas antes que seus olhos voltassem a ser repletos de lágrimas, ela resolveu mudar de assunto. - Bom, mas e vocês, sabem de mais alguém? – Perguntou.

– Mike também vai pra Princeton comigo. – Ela sorriu.

–Ainda bem, senão eu teria que escutá-los sentindo falta um do outro. – Santana disse antes de rolar os olhos.

–Você não pode dizer nada, confesse que está aliviada pelo Brandon também estar indo pra Oxford. – Giovanna rebateu fazendo-a rir.

–Comecei meu namoro ontem, eu realmente não estava a fim de me separar dele tão rápido. Até por que convenhamos, foram meses de luta pra ganhar esse homem não ia gostar que ele me trocasse por uma veterana gostosa. – Explicou. Eles riram, até voltarem os olhos novamente para Dianna com um semblante ainda mais triste.

–Vou sentir tanta falta de vocês. – Dianna deixou os olhos marejarem. – Eu espero que entendam que a ideia nunca foi ficar longe de vocês, mas infelizmente eu vou ter que ficar o mais distante possível até isso pelo menos diminuir um pouco... – Ela disse fazendo eles sorrirem.

–Sabemos disso, e pode ter certeza de que iremos te visitar sempre que possível em Stanford. – Giovanna sorriu.

–Com certeza. – Santana ratificou.

–Obrigada por isso, eu também prometo ir até vocês, mas Seattle terá visitas restritas, pelo menos inicialmente. Eu nunca pensei que estaria tão triste num momento como esse. – Disse.

–Dianna Allen, pare já com isso! – Santana disse se colocando de pé. – Alô, você passou pra faculdade que sempre sonhou pra fazer o que você sempre sonhou, então pode ficar contente! Nós tivemos um ano maravilhoso apesar de tudo, fomos campeãs nacionais, nos tornamos ainda mais amigos, tivemos boas notas e vencemos a Bella. – Ela disse fazendo todos rirem. – Temos apenas mais algumas horas juntos. – Ela disse agora pegando as mãos de Dianna e abrindo um sorriso carinhoso. – Quero que fique feliz e aproveite. – Santana deu uma piscadela marota que arrancou um sorriso bobo de Dianna.

–Obrigada. – Ela disse levando seus olhos a todos. – Eu amo vocês! – Completou.

–Também amamos você! – Santana disse abraçando-a junto aos outros.

****************

Era chegada finalmente a grande hora: A formatura do Seattle High School. A cerimônia estava montada na escola, porém a decoração era tão bela que mal se notava o cenário escolar. Velas, faixas azul marinho, comes e bebes, enfeitavam o local. Havia no meio do salão, um enorme tapete vermelho, rodeados por pequenas colunas que formavam arcos iluminados. As famílias dos formandos já estavam no salão, enquanto os mesmos se aprontavam dentro das salas antes da formatura de iniciar. Numa mesa perto do palco estava a família de Duan e Giovanna, Caroline trajava um belo vestido e Willian um belo terno preto. Os dois estavam sentados à mesa com câmeras prontas para qualquer aparição dos filhos. Pouco tempo depois adentraram o salão os pais de Mike e Santana, Elena e Roger, que logo se sentaram ao lado dos Young, assim como a mãe de Brandon e a avó de Rachel que fez questão de marcar presença. O pai e a irmã de Dianna se sentaram na mesa ao lado, mas Annie antes de se sentar correu na direção dos Young para dar um beijo nos tão queridos Caroline e Willian. Do outro lado do salão os pais de Courtney e Peter se sentaram juntos, acompanhados pelos pais de Candy, Paul e Jenny que fizeram questão de juntar suas mesas. O diretor Robert assim que entrou no salão foi de mesa em mesa cumprimentar e parabenizar os pais dos formandos, e em seguida caminhou em direção ao palco para dar início à cerimônia de formatura.

–Queridos pais, é com muita felicidade que anuncio o início da tão esperada formatura da turma 4º ano do ano de 2013. – Ao término das palavras de Robert os pais se puseram de pé e aplaudiram o ilustre diretor. – Obrigado! – Ele dizia sorrindo. – Eu queria pedir aplausos para as pessoas que tornaram possível a estada de todos nós aqui hoje, por favor, aplaudam os professores! – Ao término das palavras de Robert os professores começaram a entrar, atravessando o longo tapete vermelho. Os pais vibravam e aplaudiam cada um de forma especial, principalmente Harry que recebeu um beijo de Caroline antes de subir ao palco para se sentar com os outros professores.

–Eu queria pedir a atenção de todos, por favor. – Disse o diretor. – É com grande prazer que peço que venha a frente para pronunciar algumas palavras o nosso mais novo professor o senhor Harry Evans, que teve um ótimo desempenho como nunca visto antes na disciplina de química. Aplausos por favor! – Disse Robert enquanto Harry sorria caminhando em direção ao púlpito.

–Obrigado. – Pediu Harry ajeitando o microfone. – Bom, eu estou muito feliz por poder estar aqui essa noite, eu sou recém-formado e fui muito bem recebido aqui no meu primeiro emprego, tanto pelos alunos, que realmente se demonstraram muito empolgados com a matéria assim como pelos amigos de trabalho, então eu realmente agradeço o carinho de todos. – Harry fez um discurso breve. –Bom, eu não quero me prolongar então, por favor, recebam os nossos tão queridos alunos – Disse Harry fazendo com que as luzes do salão se apagassem sendo iluminada apenas a porta por onde os formandos entrariam.

https://www.youtube.com/watch?v=Z5SkXW3ZkYQ – Escute Hit me with your best shot/One way or another, Glee.

–Amandy Jones! -Anunciou Harry. -Ashley Miller! – Anunciou Harry seguindo a ordem alfabética. Ashley sorriu, caminhando decidida até o palco, dando antes um pequeno beijo na filha que estava nos braços da mãe. Harry prosseguiu: - Belatrix Campbell. – Ela apareceu sorrindo e mandando beijos para os pais que pareciam não prestar muita atenção por estarem ao telefone. – E agora, um grande aplauso para Brandon Clark! – Berrou Harry sorrindo. Brandon veio correndo como num jogo de futebol, e recebeu um beijo da mãe antes de subir ao palco. - Candy Thompson! – Anunciou Harry levantando os braços. Candy fofa como de costume fez poses de torcida antes de caminhar para o palco. - Charllote Carter! – Disse Harry rindo. - Courtney Collins. – Harry anunciou, porém ninguém apareceu. - Courtney Collins! – Ele repetiu se aproximando ainda mais do microfone. - Courtney? – Chamou Harry até que escutou “ah sou eu! ”, e em seguida pôde vê-la aparecendo sorrindo na frente do holofote.- Daniel Scott! – Chamou Harry. – Danny sorriu e entrou sem fazer muito charme. Antes de anunciar o próximo nome Harry respirou fundo e mordeu os lábios. - Dianna Allen. – Ele disse encarando a porta por onde Dianna entrou mais bela do que nunca. Ela sorria e o encarava com um ar de tristeza que ele retribuiu até ela se sentar junto aos outros. Harry respirou fundo e prosseguiu. –Que tal um grande aplauso pros gêmeos Duan e Giovanna Young! – Ele vibrou no microfone acompanhado de Caroline e Willian. Duan e Giovanna entraram fazendo poses e caretas, causando risos em todos. - Jake Parker! – Chamou. - Jennifer Green! – Jenny saiu de cara feia de trás da porta devido ao vestido cor de rosa escolhido por sua mãe, mas logo depois soltou um breve sorriso pra câmera. -Joe Mitchell! – Disse Harry sorrindo. Joe adentrou correndo na direção de Ashley e lhe deu um beijo. - John Hill! – Harry vibrou. – John entrou carregando uma bandeira da campanha de Penny, fazendo todos rirem. - Lucy Walker! – Chamou. - Melanie White! – Melanie entrou sorrindo, mas não fez muita pose. – Michael Garcia Martinez! – Harry gritou ao microfone. Quando Mike entrou seus pais logo se puseram de pé e o aplaudiram, assim como os pais de Duan e Giovanna. Giovanna pulou nos seus braços antes dele se sentar junto aos amigos. -Neill Turner. – Ele tropeçou antes de se sentar, como de costume. - Paul Adams! – Chamou Harry fazendo com que Candy se pusesse de pé para aplaudir. - Penny Robinson. – Penny entrou carregando uma camisa com o slogan de campanha de John que gargalhou ao ver a namorada. - Peter Lewis! – Peter entrou com um óculos escuro, esbanjando charme e malandragem, porém logo abaixou os óculos devagar ao avistar Courtney e o tacou para o lado caminhando na direção da namorada que o recebeu com um beijo. -Rachel Oliver. – Gritou Harry. Rachel entrou sorrindo e acenando, mas antes de tomar seu lugar deu um beijo em Duan que corou. - Raj Sharma! – Raj entrou saudando a todos com acenos. - Sandy Hall! – Chamou. –Santana Martinez! – Ao término das palavras de Harry que já anunciara feliz o nome de Santana, todas as cheers, exceto Bella é claro, se puseram de pé e caminharam até a amiga para recebê-la. Santana sorriu ao avistar as amigas que a abraçaram e em seguida abriram espaço pra Brandon que a carregou no colo até seu lugar. Os pais aplaudiam fervorosos e sorriam realmente empolgados. Quando todos os alunos se sentaram, aos poucos o silêncio tomou conta do lugar para que o Sr Robert pudesse entregar os diplomas em ordem alfabética. Em seguida, Giovanna foi chamada ao palco para fazer o seu discurso de oradora da turma. Giovanna foi aplaudida, mas antes de começar a falar teve que subir num banquinho pra alcançar o púlpito, o que fez todos rirem.

–Boa noite. – Disse Giovanna sorrindo. – Eu não tenho muito pra dizer, na verdade eu nem sei bem o que dizer, eu não quis preparar algo mecânico e chato que entediasse a todos nós. – Ela respirou fundo. – Achei melhor deixar fluir o que meu coração mandasse e com isso só tenho a dizer: obrigada a cada um de vocês professores pela dedicação, por não desistirem de nos fazer entender e prestar atenção. Obrigada a cada um de vocês pais por cobrarem, brigarem e puxarem a orelha sempre que necessário. Obrigada ao senhor diretor por nos disciplinar a cada erro. Mas principalmente obrigada a vocês amigos, colegas, companheiros de classe por toda a força, por toda a amizade, por todo o amor, pela irmandade, por se tornarem uma família escolhida a dedo. – Giovanna chorava. – Obrigada Santana, por ser minha melhor amiga desde sempre e por sempre cuidar de mim. Obrigada Candy por sempre me amar tanto, obrigada Courtney por ser a amiga mais meiga, sincera e amorosa que alguém pode ter. Obrigada Dianna por mesmo tendo chegado esse ano se tornar a minha irmã, a minha amiga tão linda que esteve comigo em todos os momentos que eu precisei. Obrigada Rachel, por ter chegado e tomando o posto de minha cunhada! Eu amo você. – Giovanna fez uma pausa para secar as lágrimas. – Obrigada Mike, por me amar, porque eu também te amo. – Ela voltou a chorar, coisa que todos já estavam fazendo também. – Eu realmente amo vocês, e quero levar vocês pra sempre. – Giovanna declarou. – Obrigada. – Completou. O discurso de Giovanna arrancou aplausos e muita emoção de todos.

–Mais uma vez peço uma salva de palmas para os formandos! – Disse Sr Robert ao microfone. – Bom, e agora como tradição anual dos bailes de formatura, quero pedir que os professores de cada disciplina tirem seus melhores alunos para uma dança. É uma homenagem que o Seattle High School faz para os alunos que mantiveram notas altas durante todo o ano. – Disse o diretor enquanto os professores se levantavam e caminhavam até seus melhores alunos.

https://www.youtube.com/watch?v=450p7goxZqgEscute All of me, John Legend.

Aos poucos, cada aluno nota A de cada matéria estava dançando com seu professor. Depois que todos já estavam na pista embalados numa bela canção, Harry se levantou e caminhou na direção de Dianna que não teve como recusar o pedido. Ela segurou em sua mão e o deixou conduzi-la para o centro da pista de dança. Dianna um pouco reciosa parou na frente dele sem conseguir mover um só músculo, então ele segurou com cuidado em sua mão e foi deixando as suas deslizarem até o antebraço de Dianna para finalmente puxá-los e colocá-los em volta de seu pescoço. Ela apenas o encarava e sentia um frio imenso na boca do estômago. Agora Harry tinha os olhos nela e vagarosamente colocou com toda a delicadeza que tinha as mãos em torno da cintura fina de Dianna e puxou-a pra perto fazendo-a suspirar. Ela depositou seu rosto no ombro de Harry onde resolveu ficar para não precisar encará-lo diretamente e sentir toda a dor que aquilo lhe causava nas circunstâncias atuais. Harry se sentia totalmente entorpecido com aquele perfume e precisava se controlar para não fechar os olhos para senti-lo ainda melhor o que poderia denunciar sua fraqueza em estar ao lado dela. Pra sair desse transe ele logo começou a falar a fim de se concentrar em outra coisa.

–Minha melhor aluna. – Ele comentou enquanto dançavam.

–Pois é. – Ela sorriu sem encará-lo ainda com seu rosto afundado no ombro dele encarando ao redor.

–Parabéns pela formatura, você tem um futuro brilhante pela frente. – Ele continuou tentando achar um assunto entre os dois que fosse um mínimo confortável. Seus olhos tentavam se manter firmes, mas ele teimava em fechá-los toda vez que ela começava a falar. Harry aparentemente tinha uma necessidade imensa de apurar cada detalhe de Dianna com perfeição, como se realmente fosse a última vez, e era.

–Obrigada, Sr Evans. – Ela alfinetou.

–Dianna, por favor, não precisa disso, por favor, vamos ser gentis e amigáveis pelo menos hoje. – Ele pediu fazendo-a encará-lo com um semblante tristonho.

–Me desculpe. – Ela disse encarando os pés.

–Já recebeu alguma resposta de Stanford? – Ele perguntou.

–Já. – Ela sorriu torto. - Eu fui aceita, tirei nota máxima na tese e com as extracurriculares e as boas notas, estou dentro do programa de química. – Completou sem esboçar grandes reações, enquanto Harry abrira um sorriso radiante com aquela notícia.

–Dianna, isso é incrível! – Ele e a abraçou delicadamente. – Estou orgulhoso demais de você- Sorriu. - E quando começam as aulas? – Perguntou.

Dianna hesitou por um minuto antes de responder com se buscasse forças para falar algo e olhar nos olhos dele ao mesmo tempo. –Depois de amanhã. – Disse seca.

–O que? – Harry arqueou a sobrancelha. – Mas as aulas deveriam começar daqui a dois meses no mínimo. – Ele gaguejou deixando o nervosismo tomar conta de si.

–Eu sei. – Ela suspirou. – Mas eu me inscrevi pra algumas aulas que ainda não terminaram e pra um laboratório de pesquisa para calouros, e pretendo começar imediatamente. – Ela buscou manter firmeza em sua voz enquanto sentia as mãos de Harry inevitavelmente afrouxarem a força que faziam sobre a cintura dela. - É por isso que ao término dessa dança, eu estou indo embora. – Ela o encarou para encontrá-lo com um semblante totalmente arrasado. Ele deixou seus olhos voarem um minuto encarando ao redor sem conseguir pensar em algo pra dizer que não envolvesse os dois.

–Mas é o seu baile de formatura, não vai aproveitar? – Ele finalmente conseguiu dizer algo.

–Eu vou voltar depois com calma pra me despedir de todos, mas a minha despedida dessa escola e dos professores é agora. – Ela mordeu os lábios frisando a palavra professores de uma maneira suave, mas não o suficiente para que Harry não se sentisse totalmente arrasado. Ele respirou fundo antes de conseguir dizer:

–Então é um adeus. – Ele engoliu a seco.

–Sim. – Ela sorriu. – Começamos dançando e vamos terminar dançando. – Ela disse com a voz baixa.

–Dianna, eu espero que seja feliz. De verdade. – Ele disse parando de dançar.

–Obrigada, Harry, eu também espero que seja feliz. – Dianna sorriu torto. - Quem sabe algum dia a gente não se encontre de novo sem mágoas. – Ela riu. Antes mesmo de música acabar Dianna o encarou com tristeza nos olhos. Harry suspirou. – Adeus, Harry. – Ela se inclinou dando um beijo em seu rosto. Harry sentia uma dor imensa percorrer todo o seu corpo, como se não fosse aguentar aquilo. Ele segurava firme em sua mão não querendo deixá-la ir, mas após o doce beijo que ela depositou em seu rosto quente, ela mesma fez questão de se soltar das mãos grandes dele e lhe deu um sorriso breve para em seguida ir caminhando levemente até a saída acompanhada de seu pai e de Annie. Ela não olhou pra trás. Duan ao perceber que Harry estava totalmente impacto observando ela indo embora se aproximou.

–Harry, eu...-Duan mordeu os lábios. – Sinto muito. – Ele completou.

–Não. – Harry disse com raiva.

–Calma, Hazz. – Pediu Duan tentando abraçá-lo.

–Não Duan, você não entende! – Harry saiu correndo em direção a porta de saída. Giovanna correu na direção de Duan assim como Santana.

–Ele foi atrás dela? – Perguntou Giovanna.

–Provavelmente não. – Disse Duan torcendo os lábios. – Acho que ele só foi colocar os pensamentos no lugar. – Disse Duan abraçando Giovanna e Santana. Harry corria o mais rápido que podia até a ala vazia e escura da escola, atordoado ele subiu as antigas escadas que davam no telhado aonde dera o primeiro beijo em Dianna. Ao chegar lá em cima ele desviou de algumas folhagens até chegar à ponta do telhado onde pôde ver Dianna entrando no carro para ir embora. Sem forças ele se ajoelhou na ponta do telhado enquanto a observava ir sem poder fazer nada. Harry chorava como uma criança, era possível notar a dor em seu choro silencioso. Já com o carro em movimento Dianna também se pôs a chorar. Para ambos era como se as lembranças de cada momento estivessem ali, vivas, como se eles pudessem agarrá-las e revivê-las. A primeira dança, o primeiro beijo, os problemas, o romance, tudo agora parecia doer demais para os dois que não conseguiam impedir que as lágrimas rolassem por seus rostos.

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https://www.youtube.com/watch?v=IOatp-OCw3E&list=PLfUJFTG8aLvgN5wTB_JHzcaVh_IEEd-4tMúsicas pra festas

Enquanto isso a festa de formatura estava animada, na pista de dança a mistura de pais, alunos e professores mal era percebida, pois todos brincavam e dançavam juntos.

–O Harry ainda não voltou. – Disse Giovanna se aproximando de Duan que dançava abraçado com Rachel.

–Será que ele tá bem? – Disse Rachel torcendo os lábios.

–Com certeza não, ele saiu daqui tão atordoado, nunca o tinha visto assim. – Disse Giovanna passando a mão no rosto. Mike chegou por trás da namorada e a abraçou de surpresa.

–A senhorita não acha que vai escapar de dançar comigo logo hoje, não é? – Ele sorriu.

–Claro que não né! –Giovanna sorriu. – Só to preocupada com o Hazz. – Giovanna abraçou Mike que acariciou seu rosto.

–Ele vai ficar bem, eu sei que vai soar grosseiro, mas ele decidiu pela carreira e não pela Di, então ele vai ter que aprender a lhe dar com isso. – Mike mordeu os lábios.

–Eu sei disso, mas ele é meu irmão e eu não quero ver ele mal. – Disse Giovanna.

–Imagina como a Di deve estar. – Disse Rachel triste.

–Bom, gente, a vida vai seguir pra eles e pra nós, então vamos curtir? – Disse Duan quebrando o clima de tristeza.

–Duan tem razão. – Mike sorriu. – Vem dançar comigo, pequena! – Ele puxou Giovanna que não resistiu. Os dois foram pra pista dançar. Santana e Brandon estavam sentados em uma mesa. Santana no colo de Brandon o acariciava enquanto ele a admirava.

–Como eu não notei antes numa morena tão linda como você? – Brandon disse dando um beijo em Santana.

–Acho que você até notou. – Ela riu.

–Como assim? – Ele perguntou confuso.

–Não se lembra mesmo que naquela noite quando você tava bêbado e eu te levei pra casa, você quis ficar comigo? Achei que estava apenas fingindo ter esquecido. – Santana o encarou.

–Eu quis? – Ele levantou a sobrancelha.

–É, você não lembra? – Ela perguntou.

–Quer dizer que a gente? – Brandon arregalou os olhos.

–Não, nós não dormimos juntos. – Ela riu.

–Mas você disse que eu queria. – Brandon ficou confuso. – Me explica o que houve naquela noite? Eu só lembro de você me levar pra casa, mais nada. – Ele se explicou.

–Bom. – Santana riu. – Eu te levei pra casa e você quis ficar comigo, até me beijou mas eu não quis. – Ela torceu os lábios.

–Não? – Ele a encarou surpreso.

–Não eu... Eu disse que se fosse pra acontecer eu adoraria que você se lembrasse no dia seguinte. – Santana encarou os pés.

–Aé? – Brandon levantou seu rosto. – Sabe eu também quero me lembrar quando acontecer. – Ele se inclinou e deu um beijo em Santana.

–Eu sei que eu não sou nenhuma santa, e que você deve pensar que eu não dou muito valor pra isso, mas você é o único cara que eu realmente queria que tornasse isso especial. – Santana confessou agora com as bochechas vermelhas.

–Sants, você é a única com quem eu quero que seja diferente também, e é por isso que eu prometo te respeitar e fazer desse dia o melhor momento das nossas vidas. – Brandon sorriu.

–Eu te amo, Brandon. – Santana disse sem graça.

–Eu te amo ainda mais! – Ele disse levantando Santana no colo e a levando pra pista.

Do outro lado do salão se encontrava Danny. Ele estava sentado, sozinho em uma mesa. O desanimo dele era notório, e ali ele permaneceu sozinho até que Jenny notou sua solidão e caminhou em sua direção.

–Oi. – Ela disse se aproximando.

–Oi, Jenny. – Ele respondeu dando um breve sorriso.

–Eu vim aqui porque percebi que você estava aí triste e sozinho, e hoje era pra ser um dia feliz onde todos nós aproveitaríamos um último momento juntos. – Jenny disse puxando uma cadeira pra se sentar.

–Eu sei, Jenny, é que eu realmente não to muito animado. – Ele torceu os lábios.

–Mas por quê? – Perguntou Jenny. Danny bufou antes de responder.

–É por causa da Dianna. – Ele suspirou. – Eu estou meio deprimido desde que a gente terminou, sabe foi legal ela ter sido sincera e eu estou feliz por nós sermos amigos, mas vê-la partir hoje e saber que eu não vou mais vê-la me partiu de vez o coração. – Danny mordeu os lábios. Suas palavras fizeram Jenny revirar os olhos.

–Dianna, né? – Ela riu sarcástica.

–Tá tudo bem? – Ele perguntou confuso.

–Não, Daniel, não está nada bem. – Ela se pôs de pé.

–Espera, por quê? O que houve? – Ele segurou em seu braço.

–Quer saber o que houve? – Ela riu. – É que você é um idiota, um tremendo idiota. – Bufou.

–Qual é Jennifer, por que a grosseria? O que eu te fiz? – Daniel disse ofendido.

–O que você fez? – Ela gargalhou. – Você é um tapado, Daniel, um idiota que não percebe um palmo a sua frente. Como pode ser tão cego? Ah eu sei porque, porque desde o primeiro dia de aula você só sabe pensar, olhar e querer a Dianna, e sabe ela é realmente incrível e linda, ela é um máximo, mas ela não é sua e nunca foi, mas ela é tão perfeita que te deu uma chance, que só serviu para confirmar que você não pertence a ela. – Jenny reclamou.

–Por que você tá dizendo essas coisas? – Ele levantou a voz.

–Porque desde o dia em que eu te conheci eu espero pelo dia em que você ia reparar em alguém e finalmente quando você repara é na Dianna e não na pessoa que esse tempo todo esteve do seu lado, cuidando de você, ouvindo seus problemas, estudando com você e sendo sua amiga! – Ela também levantou o tom de voz.

–Não sei do que você tá falando, Jenny, quem é essa garota? Se ela realmente estivesse tão perto como você diz eu com certeza já teria reparado. – Danny disse confuso.

–Claro que você não perceberia, porque você não percebeu. – Ela riu. – Essa garota sou eu, Daniel. – Ela mordeu os lábios. Danny ficou intacto, completamente sem reação. – Sou eu quem sou louca por você, pelo seu jeito, pelo seu sorriso desde o dia em que te conheci. Eu não sou a Dianna, mas pode ter certeza de que desde que eu vi o modo como você olhou pra ela quando a conheceu, ser a Dianna foi tudo o que eu mais quis. – Jenny deixou as lágrimas rolarem pelo rosto. – Porque a verdade é que ela nunca vai te amar como eu te amo, mas infelizmente você também nunca vai me amar como a ama, e é por isso que eu me odeio a cada segundo, eu me odeio por amar você. – Ela disse dando as costas pra Danny que não se moveu. Jenny caminhou até Paul que dançava abraçado com Candy. Quando Paul viu as lágrimas de Jenny rapidamente se virou para abraçá-la.

–Jenny, o que houve? – Ele perguntou.

–Sou uma idiota Paul, isso nunca vai mudar. – Ela chorava. Rapidamente Candy a envolveu num abraço.

–Quer conversar sobre isso? – Perguntou Candy acariciando seus cabelos.

–Eu quero sim. – Ela chorou.

–Paul, vai conversar com ela vai. – Disse Candy sorrindo.

–Mas, você não vai ficar chateada de ficar aqui sozinha? – Perguntou Paul acariciando seu rosto. Candy sorriu.

–Sua melhor amiga precisa de você agora. – Ela disse com um sorriso sincero. – Eu vou ficar um pouco com as meninas, não se preocupe eu sobrevivo alguns minutos longe de você. – Ela riu.

–Você é a melhor namorada do mundo. Eu te amo. – Disse Paul dando um beijo na ponta do nariz de Candy.

–Agora vai. – Ela deu um empurrãozinho em Paul que rapidamente pegou Jenny pela mão e a levou pra um canto do salão. Candy sorriu e rapidamente caminhou até Courtney, Peter, Ashley e Joe. –Nossa, deixa eu ver essa princesa linda! – Pediu Candy ao se aproximar de Ashley que segurava a pequena Joana em seus braços.

–Ela é linda mesmo, não é? – Disse Joe sorrindo estonteante antes de agarrar Ashley em seus braços. – Acho até que estamos prontos pra mais uma. – Ele riu.

–Diga isso por você. – Ashley falou assustada, fazendo todos ali rirem.

–Vocês já sabem o que vão fazer? – Perguntou Peter sorrindo.

–Bom, a Ash vai se inscrever ano que vem quando a Joana estiver maior em uma faculdade local, enquanto isso vamos morar juntos em Ohio, arranjei uma boa faculdade de meio período por lá que vai dar pra conciliar com um trabalho na TV local cobrindo os esportes.

–Nossa que incrível. – Sorriu Courtney. – Vai dar tudo certo, mas não sumam ein. – Disse.- Nesse momento os pais de Ashley se aproximaram.

–Meu amor, estamos tão orgulhosos de você. – Sua mãe a abraçou. – Olha essa pequena princesa. – Ela disse pegando a neta no colo com todo o carinho e delicadeza que tinha.

–Espero que vocês possam nos perdoar por tudo. – Disse o pai de Ashley colocando a mão sobre o ombro de Joe que sorriu. – Queremos ajudar a criar a Joana, e participar da vida de vocês. – Ele sorriu.

–Vai ser ótimo. – Disse Joe antes de receber um abraço do sogro fazendo Ashley sorrir radiantemente.

–Eu amo vocês. – Disse Ashley sorrindo. – Principalmente você, meu pinguinho de gente. – Ela falou com voz de bebê fazendo todos sorrirem enquanto pegava a filha em seus braços.

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https://www.youtube.com/watch?v=Z3C83KdIljo – Escute Without you, Boyce Avenue.

Harry ainda estava sentado na ponta do telhado. Seus olhos insistiam em encarar o céu vazio, de poucas estrelas naquela noite nublada. Ele respirava levemente, como se depois de tanto chorar estivesse cansado demais para respirar normalmente. Parecia sereno, mas se sentia derrotado e completamente idiota por deixa-la ir, apesar de saber que agora finalmente ela seria feliz, distante das loucuras e insistências dele toda vez que o tempo longe dela era fatal demais para que não a procurasse. Sem contar que ela precisava disso, ter uma vida saudável, como uma garota normal, namorando um rapaz de sua idade e aproveitando a faculdade. Ele preferia acreditar que fizera a coisa certa, apesar de desde o dia em que a conheceu pensar que tudo isso era uma grande bobagem. De repente na porta de acesso ao telhado Duan caminhou delicadamente se aproximando dele. –E aí, como está? – Perguntou Duan finalmente encontrando Harry.

–Como me achou? – Harry perguntou confuso.

–Sei lá, acho que te conheço bem e sei que gosta de lugares improváveis pra pensar direito. – Duan riu se sentando ao seu lado. Os dois ficaram ali por alguns segundos em total silêncio, apenas observando o movimento sutil das nuvens.

–Eu sabia que ela ia embora. – Harry começou a falar ainda sem encarar Duan que atentou para o irmão. – Só não sabia que ia ser tão de repente, sem que eu pudesse me despedir melhor. – Ele segurou as lágrimas. – Eu nem sabia que essa seria a última vez que eu a veria e que ela estaria em meus braços. – Encarou Duan que sorria torto.

–Não mudaria muita coisa, Hazz, você vai casar com a Chloe; sua história com a Dianna acabou e foi você que escolheu assim. – Disse torcendo os lábios.

–Eu sei, Duan, eu sei, tá legal? – Harry levantou com raiva. – Eu fiz pro bem dela, o tempo todo foi pro bem dela. – Harry apertou os olhos com as mãos como se sentisse dor em sua cabeça.

–Isso tudo vai passar. – Duan o puxou para um abraço. – Em breve, você e a Chloe vão estar se casando e conforme o tempo você vai esquecê-la. – Duan sorriu como se realmente acreditasse que aquilo era algo bom.

–Eu nunca vou esquecê-la, Duan. Ela é a mulher da minha vida e quer saber que se danem todos que dizem que ela era apenas uma menina, porque pra mim ela era uma mulher, e a mulher mais linda e maravilhosa que já conheci, a minha mulher! Eu sei tudo dela, Duan. Sei de cada detalhe e são detalhes só dela que ninguém nunca vai ter e que eu nunca vou esquecer, como o modo como ela faz um bico toda vez que não concorda com algo, ou como ela joga o olhar pra baixo antes de te encarar de novo quando você a deixa sem jeito, ou como ela mexe no cabelo toda vez que está estudando. – Harry pendeu a cabeça pra trás para suspirar e logo deu um sorriso leve. – Eu sou completamente louco por ela e não é a Chloe e nem ninguém que vão mudar isso. – Disse seco.

–Já ouvi um ditado que dizia que você deve deixar as pessoas que ama livres, e que se elas voltarem é porque são suas, e se não é porque nunca foram. – Duan disse com as mãos nos bolsos ainda o encarando.

–Ela não vai voltar, Duan... – Harry sorriu torto, porém seu semblante estava completamente arrasado. - Justamente porque eu a deixei ir. – Ele suspirou novamente prendendo o choro. – Eu a deixei ir porque eu não queria ser um problema na vida dela, e não queria envolve-la nessa confusão toda e por amá-la tanto, eu decidi me casar com a Chloe e me dedicar a ela, fazê-la feliz mesmo estando completamente infeliz. – Completou. – Mas eu nunca vou esquecer a Dianna. – Sorriu. – Eu vou embora. – Disse num tom áspero.

–Tudo bem, qualquer coisa me liga. - Disse Duan enquanto Harry caminhava sem proferir nada.

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https://www.youtube.com/watch?v=cRh4lskJQUQEscute For the first time, The Script.

–Então admitiu o que sentia pra ele? – Paul perguntou para Jenny. – Foi um ato corajoso, mas arriscado. – Ele sorriu.

–Foi uma idiotice, eu não aguentava mais segurar e ele igual a um panaca chorando porque a Dianna foi embora. – Jenny apenas deixava lágrimas escorrerem por seu rosto.

–Eu entendo você, mas relaxa, agora ele já sabe, as coisas vão se arrumar. – Paul sorriu. – Aliás, acho que vão se arrumar bem depressa. – Ele disse ao avistar Daniel ali parado. Jenny o encarou.

–Será que eu posso falar com você? – Daniel perguntou e Paul se levantou.

–Não, Paul, fica! - Jenny pediu. – Eu não tenho nada pra falar com você.- Disse seca para Daniel.

–Mas eu tenho pra falar com você. – Daniel caminhou até ela. Paul a encarou e piscou, mas logo saiu dali. – Jenny, eu nunca imaginei que você pudesse se sentir assim. – Ele disse a encarando enquanto ela olhava pro chão.

–Isso eu percebi sozinha. – Ela disse grosseiramente.

–Por que você é sempre tão grossa? – Ele reclamou enquanto ela formava um bico de criança contrariada. – É sempre tão independente e safa de tudo.... Talvez seja tudo o que eu preciso. – Ele disse fazendo-a arquear o cenho.

–Não quero que me dê uma chance como a Dianna fez com você. – Jenny o encarou ofendida.

–Não vou te dar chance nenhuma. – Danny riu. – Eu que te peço uma chance de te conhecer melhor. – Ele mordeu os lábios. – Sempre te achei linda, e confesso que desde que te conheci sempre tive uma queda, na verdade uma queda não, um abismo inteiro por você, mas nunca pensei que seria possível que eu e você tivéssemos algo, nunca pensei que você sentisse algo por mim e somente por isso eu nunca tentei nada esses anos todos que somos amigos. – Ele riu fazendo-a sorrir de leve.

–Eu não entendo o que você quer... – Jenny o encarou agora com um semblante mais suave.

–Quero desvendar quem é a Jennifer e avaliar as probabilidades de ficarmos juntos, afinal eu e ela vamos para Oxford daqui há dois meses juntos. – Daniel a encarou antes de se aproximar. – Eu não posso negar que gosto da Dianna e que sinto falta dela, por isso não vou te iludir. – Ele foi sincero.

–Gentil da sua parte. – Ela disse seca.

–Mas não vou te perder. – Ele disse. – Sei da garota incrível que você é. Uma amiga maravilhosa, uma nerd de carteirinha, do jeito que eu gosto, e eu quero agora conhecer você dessa forma. – Daniel se aproximou e beijou Jenny. Pela primeira vez Dianna desapareceu completamente de seus pensamentos. Jenny parecia um elemento surpresa injetado em suas veias. Não podia dizer que Dianna era algo passado, porque sabia ainda sentir, mas o beijo de Jennifer era algo quente e desafiador, algo entorpecente e viciante que ele nunca havia sentido, mas que sabia ser a melhor coisa que sentiu. Ele não queria parar de beijá-la e ela tampouco. – Já gostei do que estou prestes a conhecer melhor. – Daniel sorriu maroto antes de Jennifer dar-lhe um novo beijo.

–Mas eu não sou nem de longe a Dianna... – Ela agora sussurrou olhando fundo nos olhos dele que apenas abriu um novo sorriso.

–Não...Nem de longe... – Ele disse fazendo-a suspirar. – Você é a Jennifer... E é isso o que eu quero. – Ele sorriu.

–Não quero ser seu prêmio de consolação... – Jenny falou envergonhada.

–Olha pra você, Jenny, você nunca seria o prêmio de consolação. – Daniel segurou uma de suas mãos. – Você é o doce sabor da vitória, e sinceramente se tivéssemos falado sobre nossos sentimentos antes, pode ter certeza de que eu nunca teria olhado pra outra pessoa que não fosse você, porque você é tudo o que eu sempre procurei pra mim. – Ele falou antes de selar um novo beijo nos lábios rosados de Jennifer que deixava suas mãos percorrerem a nuca de Daniel que a segurava firme pela cintura. Quando eles finalmente pararam sorriram frouxo devido a intensidade daquilo. Jennifer logo acariciou o rosto dele e se pôs de pé estendendo a mão pra Daniel que apenas segurou firme e foi arrastado aos beijos para a pista de dança. De longe, Paul sorriu encarando os dois.

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Depois de a festa terminar, todos se dirigiram até suas casas. Alguns pais e alunos ainda preferiram estender um pouco a festa para outros lugares, como restaurantes e boates para comemorar, mas Santana e Brandon preferiram ir para suas casas. Brandon estacionou calmamente na frente da casa de Santana e a encarou.

–Está entregue. – Ele disse com um sorriso encantador que fez Santana sorrir também. Ela encarou a janela por um momento antes de voltar de novo seus olhos negros para os deles.

–Quer entrar? – Ela abaixou a cabeça sem graça. Brandon sorriu.

–Que tipo de proposta é essa? – Ele riu.

–Bom, é que meus pais não estão em casa...resolveram ir pra casa do meu avô, e o Mike vai dormir na casa da Gio, então... – Ela hesitou por um minuto antes de dar uma risada maldosa. – Pensei que você poderia passar a noite aqui comigo. – Ela rolou os olhos devido a vergonha que não entendia porque lhe surgira. Brandon sorriu maldoso.

–Eu vou adorar. – Ele disse tirando a chave do volante e assim desligando o carro. Santana sorriu marota e logo abriu a porta para sair do carro. Brandon apenas a seguiu. Eles caminharam até a entrada principal da casa e a adentraram em seguida. Brandon encarou ao redor com um sorriso sincero. Santana começou a subir as escadas, e ele sem dizer nada apenas a seguia esperando qual seria seu próximo passo. Já no andar de cima Santana abriu uma porta que dava acesso ao seu quarto. Uma cama de casal estava no centro, e o quarto era de boa aparência, com cores diferentes de roxo e devido a hora pouco iluminado. Ela o encarou.

–Gostou? – Perguntou.

–O que está pretendendo, Santana Martinez? – Brandon riu como se realmente não soubesse o que se passava na mente de Santana.

–Disse que faria dessa noite a mais especial das nossas vidas. – Santana acariciou o rosto dele com um olhar intenso que o fitava fazendo os pelos dele se arrepiarem totalmente.

–Eu vou fazer. – Brandon ratificou.

https://www.youtube.com/watch?v=7vw84EkHOlYEscute Sugar, Maroon 5.

–Vou me trocar. – Santana disse dando uma piscadela pra ele. Quando Santana adentrou o banheiro de seu quarto Brandon pareceu se lembrar de respirar e logo abriu um enorme sorriso. Nunca havia se sentido nervoso nesses momentos. Na verdade, ele não sabia bem como agir, o que nunca acontecera antes principalmente com Belatrix. Ele se sentou sobre a cama e tirou os sapatos, em seguida afrouxou a gravata para poder tirá-la. Ele encarou o teto esperando-a. Quando de repente Santana saiu do banheiro com um lingerie vermelho encarando-o, Brandon sentiu seu corpo gelar e ele logo se levantou para caminhar até ela. Os cabelos soltos e volumosos de Santana deixavam-na ainda mais atraente pra ele.

–Você é maravilhosa. – Ele disse segurando na cintura de Santana que sorriu maldosa. Nesse momento Brandon começou a beijá-la intensamente. Ainda aos beijos os dois caíram sobre a cama, onde Brandon agora estava em cima dela beijando seu pescoço. – Eu te amo... – Ele disse pra ela enquanto ela arrancava sua blusa.

–Eu te amo também. – Santana sussurrou agora em meio a suspiros devido aos beijos que Brandon depositava sobre seu busto. Brandon pegou firme nos fios da nuca de Santana, puxando-os com toda a delicadeza que tinha. Santana não hesitou em se sentar sobre ele para abrir e em seguida tirar sua calça e depois sua cueca. Brandon também se sentou para se aproximar dela e vagarosamente foi tirando as peças de roupa que cobriam o corpo de Santana. Ela sorria e Brandon parecia em um transe louco. Eles se beijavam intensamente. Brandon acariciava o corpo de Santana e o beijava até onde podia fazendo-a suspirar a todo segundo. Ela fazia o mesmo, e o efeito que causava sobre ele não era diferente. Brandon deixava agora suas mãos apertarem fielmente os seios de Santana que suspirava enquanto suas mãos também o tocavam. Ele finalmente estava nela, fazendo-a soltar alguns gemidos em meio a sorrisos. Ele fazia cada movimento com lentidão e delicadeza, aumentando aos poucos sua intensidade e velocidade. Santana passava as unhas sobre as costas dele, porém sem machucá-lo, o que fazia-o se arrepiar em meio aos seus suspiros. Brandon a colocou agora sentada sobre ele para que ela apenas lhe comandasse, o que a fez sorrir vendo o quanto ele se importava com o prazer dela. Ele beijava levemente seus seios enquanto ela fazia cada movimento. Brandon segurava firme agora na cintura de Santana fazendo mais força, para tê-la ainda mais perto, e levemente sua mão escorria pelo corpo dela, fazendo-a sorrir intensamente, como se nunca houvesse sentido nada daquilo antes. Ele depositava alguns tapas leves em sua perna e bunda, e a apertava forte em suas mãos grandes. Santana podia sentir o paraíso mais perto de si, ela estava completamente entregue a todo o sentimento que Brandon a fazia sentir. Ele não era diferente, olhava pra Santana tocando-o e só conseguia pensar em como ela era maravilhosa como nenhuma outra, nem mesmo Belatrix, um dia fora. Ambos eram experientes, mas aquela sensação parecia única para os dois, o que tornava tudo mais intenso. Santana agora beijava o corpo dele e suas mãos finas e delicadas lhe acariciavam fazendo ele sorrir em meio a seus suspiros. Depois de algum tempo, os dois pareciam cansados o que os fez deitarem um ao lado do outro. Ambos suavam um pouco e sorriam, ainda tentando recuperar o fôlego, como se aquele período tivesse ocorrido sem nenhuma respiração.

–Você foi incrível. – Santana o encarou ainda buscando algum ar.

–Não. – Brandon riu maroto. – Você quem foi. – Ele levou suas mãos ao corpo dela puxando-a para perto para colocar parte do seu corpo sobre os músculos do tronco dele. Brandon acariciou a pele do braço de Santana para finalmente alcançar seu rosto e acariciá-lo. Ela sorriu. – Nunca senti algo tão bom antes, meu amor. – Ele disse num sussurro fazendo-a fechar os olhos para ouvir sua voz.

–Nem eu. – Ela disse antes de abrir um sorriso encantador pra ele. – Mas espero que saiba que eu não sou uma mulher fraca... – Ela começou a falar fazendo-o encará-la com um semblante confuso. – Eu aguento mais rodadas. – Ela disse antes de sorrir maldosa e fazer com que ele retribuísse da mesma forma.

–Ainda bem. – Ele riu. – Por que eu adoro rodadas seguidas com a mulher da minha vida. – Ele disse fazendo-a sorrir. Ele a puxou para um novo beijo e novamente os dois estavam naquele transe.

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No dia seguinte, Harry caminhava pela escola já sem aulas para poder pegar alguns materiais em sua sala. O rosto estava parcialmente cansado e abatido, isso era notório a qualquer um, até porque seu sorriso característico não estava ali. Seus olhos inchados denunciavam a noite mal dormida, e o possível choro que lhe fez companhia. Ele caminhava lentamente pelos corredores até que de repente avistou Edward. -Bom dia Sr Andrews. – Disse Harry entrando na sala dos professores.

–Harry! – Ele abriu os braços. -Você era quem eu queria ver. – Exclamou caminhando em sua direção.

–Está tudo bem? – Harry franziu a testa.

–Está sim, melhor do que nunca, mas eu cometi um erro com você, meu jovem. – Edward coçou a cabeça.

–O que foi? – Harry disse confuso.

–Quando eu disse que sabia o que estava acontecendo entre você e sua aluna, era porque eu já passei pelo mesmo. - Ele baixou a cabeça para um suspiro. As palavras doloridas fizeram Harry arquear as sobrancelhas em surpresa e ao mesmo tempo em suspeita.

–Não estou entendendo. –Harry riu sem graça.

–Eu era professor, e me apaixonei pela menina mais linda que já tinha visto na vida, seu nome era Mariah- Ele sorriu como se pudesse vê-la ali. - Ela era dez anos mais nova que eu, quase um crime. – Ele riu. – Mas eu me apaixonei e não conseguia ficar um só segundo longe dela, e sinceramente, nem ela de mim. – Seus olhos se fecharam acompanhados de um novo sorriso alegre. - Porém descobriram e eu fui expulso do colégio e proibido de lecionar, então resolvi fazer psicologia. – Edward mordeu os lábios.

–Eu nunca imaginei, Sr Andrews. – Disse Harry colocando a mão em seu ombro. – Mas ainda bem que o senhor me impediu de prosseguir nessa loucura, senão talvez acontecesse o mesmo comigo. – Harry torceu os lábios.

–Meu jovem, o grande problema é que quando eu perdi Mariah eu amargurei o meu coração, e realmente me fiz acreditar que era melhor ter uma profissão do que o amor daquela tão bela moça. – Ele tossiu. – Se eu não sou casado com ela hoje, é porque eu desisti dela, e não porque a idade ou a profissão nos impediu. – Ele encarou Harry. – Foi porque eu desisti do seu amor. – Seus olhos eram firmes.

–Por que está me dizendo isso agora? – Harry respirava ofegante.

–Porque percebi que eu não podia deixar você cometer o mesmo erro que eu por total egoísmo da minha parte. – Ele sorriu. – Eu a encontrei, Harry e sabe, ela continua sendo a menina mais linda que eu já conheci, mesmo que depois de tantos anos. Ela continua sendo a minha Mariah. – Edward deu um sorriso bobo.

–Mas é tarde agora, eu a magoei de todas as maneiras possíveis, fiquei com outra na frente dela, e a essa hora ela está em Stanford seguindo a vida dela. – Harry bufou.

–Acredita que eu tive a sorte de depois de todos esses anos Mariah ainda me amar da mesma forma que há anos atrás? – Sr Andrews o encarou. – Você pode não ter a mesma sorte que eu, talvez a encontre daqui a alguns anos nos braços de outro, com filhos, sendo feita feliz por outro. – Aquelas palavras fizeram Harry fechar os olhos para conter o incomodo que era pensar vê-la com outro. - Meu jovem, esqueça todo o ensinamento idiota que te dei nos últimos meses. – Ele riu.

–É tarde demais pra isso, Sr Andrews, porque eu já pedi a Chloe em casamento. – Harry engoliu a seco jogando algumas pastas sobre a mesa. Edward arregalou os olhos.

–Casamento? – Ele engasgou. – Mas Harry, você não a ama. – Edward protestou.

–É, mas eu vou aprender a amá-la, era a única forma de conseguir ficar longe da Dianna, de esquecê-la...- Harry cerrou os lábios antes de se sentar numa cadeira qualquer. Sr Andrews puxou uma cadeira e se sentou ao lado de Harry.

–Você não vai esquecê-la nunca, Harry. – Ele deu um tapinha em seu ombro.

–Por que diz isso? – Harry riu tristonho.

–Porque a jovem Dianna Allen é a sua Mariah. – Ele abriu um sorriso emocionado. – Vá atrás dela. – Aquelas palavras fizeram Harry tremer dos pés a cabeça. Sua mente não conseguia parar de pensar que ir atrás de Dianna era uma loucura, mas nunca havia sentido tanta vontade de ter algo e de lutar por algo desde que conheceu Dianna e precisava realmente dela pra ser feliz. A grande verdade é que dentro de si, Harry sabia que sem ela nunca seria realmente feliz. Após um longo suspiro Harry sorriu encarando o chão, pôde ouvir a voz de Dianna soltando uma doce gargalhada o que o fez abrir um sorriso igualitário. Ele então se levantou.

– Tem razão. – Harry sorriu. – Não posso viver sem ela. – Ele pegou o casaco sobre a mesa e o vestiu afobado já saindo da sala às pressas.

–Boa sorte. – Edward gargalhou acenando.

–Edward! – Exclamou Harry. - Obrigado. – Ele sorriu. Edward logo retribuiu o sorriso antes de voltar a se sentar. Harry entrou com um enorme sorriso no carro, entretanto sabia que havia algo maior que ir atrás de Dianna antes de qualquer coisa. Chloe. Não seria fácil, mas ele tinha que lhe contar toda a verdade, e o faria. Ele estacionou no canteiro bem cuidado de Chloe, suas mãos estavam geladas, mas a vontade de ir atrás de Dianna era tão grande que não hesitou em tocar a campainha. Após alguns poucos segundos de espera Chloe abriu a porta com um enorme sorriso em semblante.

–Por que tocou a campainha? Eu te dei a chave. -Chloe riu fazendo sinal para Harry entrar, e assim ele fez.

–Precisamos conversar... – Harry disse sério, porém numa voz suave e calma. Chloe rapidamente fechou o sorriso, tornando-o menor, quase invisível. Ela se sentou no sofá.

–Isso nunca é bom, não é? – Ela riu sem graça.

–Não... – Harry se sentou ao seu lado.

–Eu estava procurando um vestido na internet, achei um site de uma loja linda... – Chloe sorriu.

–Eu errei com você... – Harry bufou. – Chloe, eu não posso fazer isso me desculpa. – Ele a encarou com tristeza nos olhos. Chloe encarou o vazio com um sorriso paralisado por alguns segundos.

–Não pode casar comigo? – Ela perguntou voltando a encará-lo.

–Tem uma coisa que eu não te contei, não fui totalmente sincero com você, e eu me culpo todos os dias por deixar chegar a esse ponto. – Harry segurou suas mãos.

–Estou ouvindo. – Ela disse tristonha. Harry fechou os olhos para conter a dor que sentia por vê-la sofrer. Realmente gostava de Chloe, era sua melhor amiga, mas não conseguia amá-la da mesma forma que ela sempre o amou, desde a faculdade.

–No início do ano, quando eu comecei a dar aula no SHS, eu conheci uma pessoa. Eu fui e ainda sou completamente apaixonado por ela, e eu pensei que conseguia esquecê-la estando ao lado de alguém tão maravilhosa como você, mas eu não consegui. E Chloe isso vem me matando, você merece alguém que te ame, e eu daria tudo pra ser esse cara, mas eu não consigo. – Harry acariciou as mãos brancas de Chloe que sorriu levemente.

–Dianna Allen... – Chloe sussurrou encarando-o, porém alto o suficiente para que ele ouvisse perfeitamente.

–Como... –Harry foi interrompido pela voz suave de Chloe.

– Também não fui honesta com você, Hazz. Eu percebi. – Chloe riu sem graça. – Desde a primeira vez que nos esbarramos em frente à aquele bar. E primeiro eu pensei que fosse loucura da minha cabeça apaixonada e ciumenta. – Chloe riu. – Mas aí tudo foi se ligando, a música que vocês cantaram juntos, os olhares de vocês, e eu preferi acreditar que não era real. – Os olhos de Chloe se encheram d’água. – Você todo esse tempo olhou pra ela da forma que eu sempre quis que você olhasse pra mim. – Ela sorriu.

–Isso está me matando, Chloe... – Harry abaixou a cabeça, encostando-a nas mãos geladas de Chloe.

–Não, Harry, isso está me matando. –Chloe sorriu. – Sabe como dói saber que seus olhos nunca estão totalmente em mim? Ou que não adianta eu colocar roupas brilhante e extravagantes que ainda assim você vai reparar nela? – Chloe riu. – Dói, mas eu escolhi que doesse. – Disse.

–Eu nunca quis te magoar, eu realmente pensei que fosse possível nós dois ficarmos juntos...- Harry sussurrou.

–Mas não é, nem nunca vai ser. – Chloe disse após um longo suspiro. – Uma vez eu estava indo pra sua casa, aí eu ouvi você e o Duan conversando, e aí você disse que ela era a melhor coisa que apareceu na sua vida, a melhor coisa que te aconteceu. –Chloe suspirou. – Eu pensei em te deixar livre, mas eu não consegui. – Ela sorriu.

–Nunca me senti tão péssimo em toda minha vida como agora. – Harry baixou a cabeça. Chloe com um sorriso suave estendeu uma das mãos para o rosto de Harry e o ergueu para encará-lo.

–Você nunca foi meu, Hazz. – Ela disse tristonha. – Nem nunca vai ser, por isso eu tenho que te deixar livre. – Chloe riu. – Não sou boa em amar por duas pessoas, apesar de ter feito isso esses meses, mas sinceramente quis pular no pescoço dessa menina todas as vezes que vi vocês conversando e trocando olhares. – Ela riu novamente fazendo Harry rir também. – E quase fiz isso, na verdade.

–O que? – Harry arqueou a sobrancelha. – Não entendi. - Disse.

–No dia em que ela cantou aquela música no luau eu fiquei com raiva, não sou nenhuma idiota. – Disse. – Fui falar com ela, e mandei ela ficar longe de você. –Chloe riu. – Nunca pensei que agiria assim, eu não sou assim, prova disso é que não funcionou, vocês continuaram próximos. – Ela riu. – A questão é que eu quero ver você feliz. – Sorriu.

–Você é incrível, Chloe. – Harry acariciou seu rosto.

–Não faz assim, por favor... – Chloe sorriu pegando sua mão e tirando-a de seu rosto.

–Desculpa... – Harry sussurrou.

–Vai atrás dela antes que eu surte e te amarre na minha cama. – Chloe gargalhou antes de se debruçar no sofá para dar um selinho nos lábios de Harry. – Adeus, Hazz... – Ela o encarou com um sorriso doce.

–Adeus, Chloe... – Harry a puxou para um abraço apertado.

–Eu vou te amar pra sempre... – Chloe sussurrou no pé de ouvido de Harry que sorriu. – Agora vai logo... – Chloe passou a mão na parte inferior dos olhos antes de abrir um sorriso falso. Harry pegou o rosto de Chloe com as mãos e depositou um leve beijo em sua testa, tentando deixá-la o mais confortável possível. Harry se levantou em seguida e caminhou até a porta, até ouvir novamente a voz suave de Chloe chamando seu nome. – Hazz... – Ele se virou para encará-la. – Toma! – Chloe tirou delicadamente de seu dedo a aliança de noivado que Harry lhe dera e a estendeu para que ele a pegasse.

–Chloe, não precisa... – Harry disse completamente sem graça.

–Claro que precisa Harry, era da sua avó, relíquia de família... Merece ficar com a sua esposa, e infelizmente não vou ser ela. E no fim das contas sei que só me deu isso pra fazer sua família acreditar no seu amor por mim. – Chloe sorriu balançando a mão em insistência.

–Não, Chloe, não é verdade... – Harry disse agoniado.

–Eu me lembro bem de todas as nossas conversas, e me lembro quando me disse que tinha uma aliança da sua família que sua mãe disse que saberia bem quando usar e que deveria ser com a mulher da sua vida. Você disse que não acreditava nisso e que não entendia o que significava. – Chloe riu. – Cá entre nós que essa não sou eu, então por que outro motivo me dar isso? - Perguntou fazendo ele suspirar, pois sabia que ela estava certa. – Pega, por favor... – Ela pediu abrindo um novo sorriso um tanto desconfortável. – Eu não preciso dela porque um dia vou ganhar uma que realmente contenha amor... – Ela disse sarcástica.

–Muito bem... – Harry riu.

–Pois é. – Chloe caminhou até ele e colocou a aliança em sua mão. – Tenho uma reunião no clube do livro agora então é melhor você ir logo... – Harry assentiu. Sua mão segurou firme a maçaneta e antes de fechar a porta atrás de si ele deu um novo sorriso pra Chloe, recheado em carinho e ao mesmo tempo sofrimento por ver a dor nos olhos dela, mas ainda assim não hesitou. Queria estar ao lado de Dianna o mais rápido possível, e o caminho até Stanford era longo, duraria horas, e precisa partir o mais rápido possível. Quando a porta se fechou Chloe sorriu levemente, e pela primeira vez desde que começara a sair com Harry pôde sentir a respiração mais leve, e não havia mais a tensão de precisar se fazer presente e notável. Apesar de vê-lo partir para os braços de outra lhe doer e partir o coração, finalmente se sentia verdadeiramente feliz novamente.

*********

No dia seguinte, na faculdade de Stanford, uma turma laboratorial para calouros estava lotada de alunos recém-alojados que esperavam pelo início da primeira aula instrumental. Dianna se sentou na primeira cadeira. Seus olhos estavam inchados e ela não se sentia nada receptiva para novos amigos, pelo menos não no momento. Se sentia triste e vazia, e só queria correr pros braços do pai, mas precisava ser forte. -Química avançada é a nossa matéria principal neste curso, nela vocês vão aprender absolutamente tudo sobre matérias e organismos. – Disse o professor enquanto escrevia no quadro, dando início a aula. Se sentia cansada. A viagem fora longa até a faculdade, e apesar de ter tido o dia anterior inteiro apenas para descanso se sentia fisicamente e mentalmente esgotada. Dianna com uma das mãos apoiando a cabeça, e a outra escrevendo anotações em seu caderno, mantinha um olhar sério e um pouco aéreo. De repente uma barulheira chamou a atenção de todos, vindo do lado de fora da sala. – O senhor não tem permissão pra entrar aí! – Foi a única frase que Dianna conseguiu identificar no meio da gritaria. De repente uma mão atordoada empurrou a porta com força fazendo com que todos os alunos dessem um pulo com o susto. Era Harry, que assim que avistou Dianna sorriu feito uma criança. Ela confusa, o encarou com a testa franzida, e boquiaberta se manteve sem palavras.

https://www.youtube.com/watch?v=bRHYPzy5iPcEscute The Only Exception, Glee.

–Dianna! – Harry disse ofegante se pondo de frente a sua cadeira.

–O que está fazendo aqui? – Ela perguntou confusa.

–Dianna, eu... – Ele respirou fundo. – Eu não podia ficar longe. – Disse. Aquelas palavras fizeram Dianna soltar um riso sarcástico.

–Não tem o direito de fazer isso de novo, vai embora daqui. – Dianna fez uma careta tentando parecer brava, mas não o suficiente para disfarçar o quanto a presença de Harry ali lhe deixava com borboletas no estômago.

–Me escuta, por favor, é a única coisa que eu te peço... – Harry se abaixou na frente de Dianna, apoiando em sua carteira.

–Te escutar pra que? – Dianna baixou o tom de voz. – Pra ouvir você dizer que não consegue ficar longe de mim e depois dizer que foi um erro? Que foi apenas atração? – Dianna mordeu o lábio inferior e pendeu a cabeça pra trás. – Eu já aceitei que vou viver sem você...Vai embora, Harry! –Pediu se pondo de pé e começando a caminhar até a porta. Harry acelerou os passos para agarrá-la pelo braço antes dela sair da sala.

–Todo esse tempo foi uma mentira, ficar longe de você foi uma mentira, ficar com a Chloe foi uma mentira! – Harry levou seus olhos aos de Dianna que agora parecia inofensiva demais para dizer qualquer coisa. - A única verdade da minha vida é que eu quero passar cada segundo dela com você. - Harry abriu um sorriso tão verdadeiro que fez Dianna por um momento pensar em reconsiderar, mas seu orgulho falava alto demais. Todos em sala encaravam a cena com total atenção, apreciando o drama inesperado que se instalou na sala de aula.

–E seu emprego? – Dianna disse baixinho, quase num sussurro, tendo que fazer todos se inclinarem mais para frente, na intenção de escutar.

–Eu não me importo de perder o meu emprego. – Ele sorriu. – Eu não me importo de nunca mais ter um, de viver debaixo da ponte, de jogar anos de faculdade fora se for pra ter você. – Aquelas palavras fizeram Dianna abrir um sorriso.

–Por que eu vou acreditar nisso? – Ela disse com um sorriso quase invisível em semblante.

–Apenas confie em mim... – Harry se aproximou de Dianna, levando sua mão ao rosto dela para fazer um carinho amoroso com a ponta dos dedos. Dianna fechou os olhos deixando escapar uma lágrima.

–Eu sou só uma criança, lembra? Você precisa de uma mulher de verdade...-Dianna engoliu a seco, voltando a encará-lo.

–Você não é uma criança, é a mulher mais incrível que eu já conheci. – Harry sorriu. – Na festa de Halloween eu não menti quando disse que me apaixonei por você desde o primeiro momento em que a vi. – As palavras de Harry mantinham todos na sala completamente em silêncio. Algumas alunas choravam, e outros filmavam provavelmente para jogar na rede após o término da declaração.Dianna sorria agora, as mãos de Harry segurando suas pequenas mãos lhe faziam sentir segura novamente, como no início. – Você é a minha insanidade, minha aventura adolescente, a melhor coisa que já me aconteceu...Eu não nasci pra ficar longe de você, e sei que você também não. – Harry mexeu no bolso fazendo Dianna franzir o cenho. Depois de uma certa dificuldade um anel lhe apareceu nas mãos. Dianna respirou ofegante, não poderia ser o que ela pensava, poderia? Harry sorriu vendo a feição de Dianna agora ficar pálida. Ele se ajoelhou. Sem deixar de encará-la sorriu com um sorriso brilhante, que contagiou Dianna. – Eu passei toda a minha vida sem acreditar no amor até que eu conheci você. Você mudou a minha vida e a minha concepção de tudo. Passei a me questionar até que ponto era possível fazer loucuras por amor, e até que ponto uma única pessoa poderia tirar tudo dos eixos e fazer meu mundo virar de cabeça pra baixo. E eu não posso viver mais um segundo sem ter você comigo, sem te chamar de minha mulher. – Os olhos de Dianna estavam repletos de lágrimas. – Dianna Allen, eu amo você. Você é o amor da minha vida, e eu quero acordar do seu lado todos os dias pra te dizer isso... – Harry riu contagiando a todos que prestavam atenção na cena. – O que eu estou tentando dizer apesar do nervosismo, é...Você quer se casar comigo? – Dianna soltou um sorriso enorme acompanhado de algumas lágrimas. Podia sentir seu corpo gelar por inteiro, e cada fio se arrepiar como numa montanha russa. – Não demora pra responder, porque senão eu posso cair pra trás, é sério... Eu to bastante nervoso. – Harry riu. – Então me responde, aceita ser meu sonho adolescente todos os dias da sua vida? – Ele sorriu.

–Eu também... – Dianna riu se abaixando pra ficar na altura de Harry. – Eu te amo desde o primeiro momento que eu te vi... – Dianna acariciou o rosto com barba por fazer de Harry, fazendo-o fechar os olhos para sentir melhor a pele dela. – E não importa o que você faça, ou o que eu faça...Eu SEMPRE vou amar você. – Dianna sorriu frisando a palavra sempre. – Sim... – Dianna sussurrou com um enorme sorriso.

–Sim? – Harry riu.

–Sim... – Dianna sorriu novamente enquanto Harry dizia “sim” repetidamente chegando-se pra mais perto de Dianna.

–Eu te amo... – Harry segurou seu rosto chegando mais perto e antes que Dianna pudesse dizer algo ele a beijou da forma mais intensa que pôde. Todos da sala começaram a aplaudir e a gritar. O professor apenas ria ainda assustado com aquela cena inusitada. -Eu te amo... – Harry sussurrou de novo. – Nunca mais vou ficar longe de você, meu amor. – Ele a olhava com brilhos nos olhos. – Quer matar sua primeira aula pra darmos a notícia do nosso casamento pra todos? – Ele mordeu os lábios enquanto Dianna ria sem graça. Ela balançou a cabeça em sinal positivo e os dois saíram correndo da sala enquanto todos se acalmavam.

–Silêncio, por favor. – Pediu o professor. – Espero que tenham prestado bastante atenção no que acabou de acontecer aqui, porque minhas aulas não costumam ser tão interessantes. – Ele riu fazendo todos da sala rirem também.


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