O ladrão de sonhos escrita por Ella Poetry


Capítulo 1
Conhecendo o passado - me apresentando


Notas iniciais do capítulo

Essa é a minha primeira história original, então por favor COMENTEM!
Preciso saber o que estão achando.
Bem, aproveitem.



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Antes que pense o contrario, eu não escolhi ser assim e não me orgulho de fazer o que eu faço. Não estou aqui para me queixar da vida, apenas quero que antes que me julgue entenda o que aconteceu. Foi há muito tempo:

Eu era jovem e estava apaixonado por uma linda moça. Tinha cabelos e olhos azuis e um porte físico agradável. A moça por quem era apaixonado se chamava Kira. Para mim, ela a melhor moça em todo o universo. Ela era branca e tinha cabelos longos e negros como os meus. Mas seus olhos eram de um negro penetrante. Ela era linda e eu a amava.

Certo dia, passeávamos pelo bosque até que chegamos a uma plantação de trigo bem alta, ao ponto de bater em nossas cinturas. Curtíamos nossos dezoito anos em plena era medieval, onde tudo que era divertido também era proibido, mas chegamos e nos deitamos felizes. Ficamos ali, ela de olhos fechados e eu olhando as cores do sol poente refletir no trigo e nos cabelos negros dela. Eu a observei até que ela reparou:

—O que é que vossa mercê está olhando? – ela me perguntou sorrindo

—Vossa mercê apenas. Por que, não posso? – eu perguntei sorrindo ao ver o sorriso dela

—Não responda minhas perguntas com outras perguntas, eu odeio isso.

Então eu peguei grãos de trigo e esfarelei em cima dela e me levantei rindo dela

—Não responda minhas perguntas com outras perguntas, eu odeio isso. – eu disse correndo para longe – Não responda minhas perguntas com outras perguntas, eu odeio isso.

—Eu te pego seu chato. – ela gritou se levantando também e correndo atrás de mim.

Nós corremos pelo campo até ela tropeçar e cair em cima de mim, rindo feito criança assim como eu, e me dando um soco de leve no ombro esquerdo.

—Ai... Doeu. – eu disse olhando para ela

—Nunca mais zombe de mim. – ela disse me olhando com um sorriso superior. Então, em um ato impensado, eu cometi o primeiro dos três piores erros de toda a minha existência: eu a beijei.

Eu a beijei levando uma mão a sua nuca e a puxando para perto a sentindo-a entregar-se ao beijo. Rolamos por meio do trigo ainda nos beijando e céus, como foi bom. Ficamos assim por sabe se lá quanto tempo, só sei que nos separamos quando ambos estávamos sem fôlego e ainda assim ficamos nos olhando deixando o silêncio falar por nós.

—Nossa... – ela disse finalmente – eu não esperava por isso.

—Desculpa. – eu disse me sentando envergonhado

—Não se desculpe, não por isso. – ela respondeu sentando também

—Está ficando tarde, o sino da igreja já vai tocar e não iremos escutar. – eu disse levantando – Tenho que te levar para casa.

—Vossa mercê me beija e depois tenta se livrar de mim? – ela se levantou também, só que menos calma do que eu – isso é bem típico.

—Não estou tentando me livrar de vossa mercê, é só que se eu me atrasar com você mais uma vez, seu pai não deixará nós sairmos de novo. – eu disse olhando para ela sorrindo calmamente – e eu não quero perder a minha temperamentalzinha.

—vossa mercê é um bobo. – ela disse brava, mas sorriu também – e eu acho que terei de omitir o que aconteceu aqui hoje.

—Certamente. – eu disse colocando a mão em sua nuca afastando os cabelos negros dela do pescoço e vendo ali seu sinal de nascença: parecia com uma lua crescente na diagonal, não era bem marcada, como se qualquer coisa pudesse apaga-la, mas eu sabia que estava ali desde sempre – ao menos por enquanto.

—E quanto tempo esse “por enquanto” irá durar? – ela me perguntou com lagrimas brotando

—Sabe que seu pai nunca irá aceitar. Eu sou pobre, Kira! – eu disse soltando a e virando de costas para não a ver chorar, pois conhecia essa discussão.

—Eu não ligo para o que ele aceita. – ela me disse indo até mim – por favor, olha para mim.

—Não, vossa mercê está mentindo. – eu disse ainda de costas – vossa mercê liga sim e não quer decepciona-lo.

—Eu te amo, será que tudo que tenho feito não lhe provou isso ainda? – ela perguntou com a voz vacilando – olhe para mim, olhe para minhas lagrimas, olhe para nós.

Virei-me e a vi chorando. Nunca gostei de vê-la assim, frágil, ela era forte e eu sabia disso. Aproximei-me dela devagar e coloquei a mão em seu queixo erguendo seu rosto.

—Por favor, não chora. – eu disse limpando suas lagrimas – eu... Eu vou dar um jeito nisso.

—Promete?

—Prometo.

Então eu ouvi bem fracamente o sino da igreja tocar ao longe, olhei para ela e sorri.

—Atrasados de novo.

—Ainda podemos chegar na hora.

—Como?

—Assim...

Ela pegou meu chapéu preto, levantou o vestido e começou a correr em direção à cidade. Sem muito o que fazer, corri atrás dela e assim chegamos na cidade. Um pouco antes de entrarmos, paramos e começamos a nos arrumar. Limpamos a grama das vestes, peguei meu chapéu e coloquei na cabeça enquanto ela alinhava o vestido ao corpete. Ela arrumou o cabelo e assentiu, então estendi o braço a ela que segurou e entramos na cidade. Para nosso azar, o guarda estava bem à frente.

—Olá crianças, não deveriam estar em casa a essa hora? – ele perguntou cruzando os braços

—Deveríamos sim, senhor Hope. Acontece que não escutamos o sino e por isso nos atrasamos, mas nesse mesmo instante partiremos para nossas devidas residências. – eu disse olhando para ele

—Pois bem, devem ir diretamente para seu destino sem interferências externas. Compreendido? – ele nos perguntou

—Certamente senhor. – Kira respondeu e o guarda nos deu passagem

Então fomos em direção a casa dela. Seu pai já nos esperava no topo da escada, apesar de não estar escuro completamente. Subimos a escada e eu tirei o chapéu, em sinal de respeito.

—Antes de escurecer e ao tocar o sino da igreja, eu disse. – ele falou seriamente me encarando – meu jovem, vossa mercê é surdo?

—Não senhor. – eu respondi rapidamente

—Então por que você e minha filha não estavam aqui quando o sino da igreja tocou? – ele perguntou novamente

—A culpa foi minha, papai. – Kira disse entrando na minha frente – eu queria muito ver o sol se por e fiz ele me esperar.

O senhor olhou dela para mim e então sorriu.

—Neste caso, deve ter mais cuidado e lembrar-se de avisar-me quando quiser ver o por do sol, pequena. Agora entre, pois eu e seu... Amigo temos assuntos a tratar.

Ela me olhou hesitante, beijou minha bochecha e entrou rapidamente. eu a observei fazer isso e vi seu pai fechar a porta com força.

—Vossa mercê conhece meus amigos, Valter e Glabit? – perguntou o pai dela

—Não, senhor Willers. – respondi receoso

—Ótimo... Pois eles estão loucos para conhecê-lo. – ele respondeu de forma sádica

—Senhor...? – falei temeroso

O que senti foi quatro mãos me agarrarem e me erguerem no ar.

—Não quero mais vossa mercê aqui. Fique longe de minha filha e de minha família. – ele respondeu segurando meu pescoço – considere um aviso. Rapazes.

E então fui carregado para longe com uma mão enorme em minha boca me impedindo de gritar. Vi os contornos de Kira pela janela com a cortina abaixada e sorri, se fosse o fim eu teria ao menos provado daqueles lábios. E com esse pensamento, fui acertado forte na cabeça e a escuridão tomou conta da minha vista.


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Notas finais do capítulo

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