Capitulo 28 — Feliz ano novo!

Novamente o pedido, só porque ficou maravilhoso.

— Lembra de quando nos conhecemos? — Tony perguntou.

Sr. Stark.

Capitão.

— De começo, eu te odiei.

Um homem grande numa armadura, sem isso você é o que?

Gênio, bilionário, playboy, filantropo.

Conheço caras sem nada disso que valem dez de você. eu já vi o filme, a única coisa pela qual luta é você mesmo. Você não é do tipo que se sacrifica, que se deita no arame farpado para outros passarem.

Acho que eu cortaria o arame.

— Mas então... Eu percebi que tinha que proteger a única coisa que eu não poderia viver sem. E era você. Eu apareci no seu apartamento... te chamei de picolé e.... Então você me beijou.

— pelo santo Thor, não seja assim, picolé.

— Tony. Serio. Eu não saio daqui nem morto.

— congelado sai? — ele perguntou e riu.

— cala a boca — Steve disse. Tony sorriu e se levantou, indo até ele e o abraçou por trás. O loiro corou.

— A Torre virou sua casa, nossa casa. E então veio a Alison.

Papa.

Isso, papa.

PAPA!

— E a minha vida, por mais estranho que fosse, estava perfeita. Mas eu sei que algumas coisas nunca são da maneira que queremos... Veio a nossa guerra.

— Eu e você de novo, Capitão.

Capitão encarou-o furiosamente.

Ele levantou a viseira.

— Steve, seja racional. — demorou um pouco para voltar a falar, apenas para ter certeza que apenas Steve estaria ouvindo aquela conversa. — bom Deus... o que você pensa que está fazendo? Acha que eu quero lutar? Ste, eu não quero lutar, não contra você... — Steve permaneceu calado — que merda, Rogers. Eu não sei onde a Aly tá. Eu te perdi. Eu perdi minh... eu perdi nossa filha.  Por favor, para com isso... isso — gesticulou ao redor — não vai levar em nada.

— que tal você calar a boca? — Steve perguntou. Tony sentiu uma dor no peito, as lutas ao redor cessavam para prestarem atenção em seus líderes.

— E... O pior aconteceu. O peso que eu não podia ter nas costas... aconteceu... e por tudo que vivemos... e todas as coisas que dissemos e fizemos um com o outro... por todas as perguntas difíceis que tive que responder, e as terríveis mentiras que tive que contar. Havia uma coisa que eu nunca seria capaz de contar para ninguém... nem para meus amigos ou meus funcionários ou meu presidente... a única coisa!!  A única coisa que eu devia ter dito à você!

STEVE!

— Eu queria voltar no tempo... eu gritaria para o mundo todo o quanto eu te amo. Eu te amaria mais todos os dias, eu te faria sorrir mais, te beijaria mais... e eu não começaria uma guerra... porque não valeria a pena...

Ele se ajoelhou, tirando a caixinha do bolso, sorrindo em meio as lagrimas, assim como Steve.

— Steven Rogers, quer se casar comigo?

31 de dezembro.

Tony sorria consigo mesmo enquanto colocava a gravata borboleta, o dourado em seu dedo refletia a luz o lembrando da resposta de Steve.  

— Steven Rogers, você quer se casar comigo?

— Sim. Sim. Sim!

Steve apareceu atrás dele, sorrindo do jeito de garoto americano que só ele conseguia, Tony virou e sorriu para ele, indo até o loiro e o abraçando.

— Eu te amo, Tony. Nada vai mudar isso.

— Eu sei, Ste. Eu também te amo. — Tony disse sorrindo — Alison já deve estar nos esperando, e sozinha com o Bucky.

Steve revirou os olhos.

— Tony, deixa eles.

— Mas ele é...

— Se você falar de idade, estará queimando a si próprio — Steve disse. Tony fechou a matraca e logo eles estavam na sala, Alison estava com a maior cara de tacho usando um vestido azul longo e saltos pretos.

— Se eu morrer, saibam que o motivo é eu estar usando vestidos! — Ela avisou e foi para o elevador, os quatro se juntaram em uma limusine, indo até o evento das Industrias Stark de ano novo.

Muitos repórteres perguntaram a Steve sobre o fato dele estar vivo, o que causou uma grande repercussão, Steve estava confiante, sempre ao lado de Tony, falando que depois que o Acordo caiu, os heróis poderiam atuar livremente, mas sempre com a responsabilidade de fazer o bem para a humanidade, e não para si próprio. Tony e Alison foram deveras cravados de perguntas sobre o cara com um braço de metal, mesmo que escondido pela maior parte do terno, que estava sempre abraçando Aly pela cintura.

5...

4...

3...

2...

1...

FELIZ ANO NOVO!

Todos gritaram, NY em ano novo é simplesmente um espetáculo de fogos de artificio colorindo o céu.

— Feliz ano novo, meu amor — Tony disse ao abraçar Steve.

— Feliz ano novo, meu filantropo.

Ao se separarem, o mundo não importava, as opiniões alheias não importavam. Tony mandou todos para a casa do caralho e puxou Steve pela gravata, colando seus lábios com urgência no momento em que uma chuva de flashes se recaiu sobre eles, Steve ficou sem reação por alguns milésimos de segundos, mas logo agarrou Tony pela cintura e aprofundou o beijo.

O que eles ouviram ao se separarem foi Alison.

— Finalmente, obrigada Senhor, — Bucky riu quando ela falou isso, e lhe beijou o canto da boca, discreto, para não tirar a atenção do casal principal.

**

De volta à torre, ainda teve festa, em sua maioria o pessoal da SHIELD, como Maria, Maya, Matt, Jaime e Natasha.

— Finalmente o casal se assumiu — Natasha disse.

— Realmente, estava na hora — Maria falou.

— Sabe o que isso pede? — Thor perguntou, enquanto trazia um dois barris de hidromel asgardiano.  — Bebidas.

— Pai — Alison chamou — Posso ter meu primeiro porre? — Ela perguntou com um sorriso. Steve olhou serio para Tony.

— Bebe só um pouco. A bebida é forte — Tony disse.

Depois de quatro copos de hidromel, as criaturas normais estavam jogadas no sofá, Natasha desistiu ao chegar no quinto copo, Steve, Thor e Bucky estavam competindo. E só foram para quando chegaram no sétimo copo e Bucky começar pensar merda, mais que o normal.

— Bucky, leva a Alison pro quarto? Eu tenho que levar todos esses com o Thor — Steve apontou para o pessoal jogado na sala — E fica com ela, não quero deixa-la sozinha.

— Claro, Steve.

Ele a carregou e foi em direção ao quartos, enquanto Steve e Thor levavam a Familia Murdock/Romanova para a casa que eles tinham no terreno da mansão.

— hm, me carregando, sargento. Me prenda — ela disse e deu uma gargalhada.

— você tá cheirando a bebida — Bucky disse rindo.

— qual é. — ela disse e de um sorriso.

Bucky abriu a porta do quarto dela e foi até o banheiro.

— consegue tomar banho sozinha? — ele perguntou, colocou ela no chão e ela cambaleou.

— sim — ela disse, e depois riu.

— pelo visto não. Deixa eu te ajudar com isso — ele desceu o zíper do vestido azul marinho dela, e puxou as alças.

— Bucky... fica..

— vou ficar — ele disse e ligou o chuveiro, ela cobria os seios com as mãos, a calcinha era branca e do tipo cueca.

Ele piscou algumas vezes, se mantendo concentrado na temperatura da água e não nela. 

— vem, a água já tá melhor — ele estendeu a mão, ela descobriu os seios e foi até ele, Bucky comprimiu os lábios.

Ele a banhou, foi tranquilo no começo, até ela começar a provoca-lo.

— hm, James. Eu quero você.

Ele deu uma risada nervosa.

— você está bêbada. Eu não vou fazer isso com você bêbada.

—ah, mas eu quero.. eu não tenho experiência... mas você pode me ensinar.. me toque.

Bucky respirou fundo quatro vezes, passou a mão nos ombros dela.

— não com você bêbada — ela fez bico, James sorriu e a beijou, pela parte dela o beijo foi se tornando mais agressivo. E ela enroscou as pernas na cintura dele e ele foi obrigado a colocar a mão na bunda dela.

— Aly, não.

— qual é, James... —  ela deu um riso entrecortado e então desmaiou.

Bucky agradeceu, a carregou para fora do banheiro e a enxugou, vestiu nela uma camisa social azul escura dele que estava pelo quarto e colocou nela uma cueca dele.

“ARGH! Que merda!

“que foi, Aly?”
“não tenho calcinha limpa. Credo. Que merda... James! Vou pegar uma de suas cuecas!”

Ele não pode deixar de sorrir.

Então ele tomou um banho frio, se admirou de seu auto controle e se deitou no divã que tinha no quarto dela.

Alison abriu os olhos, tinham batido na cabeça dela com o martelo de Thor ou era apenas impressão? Ela fechou os olhos novamente e alguns flashes lhe voltaram.

—ah, mas eu quero.. eu não tenho experiência... mas você pode me ensinar.. me toque.

E Bucky lhe beijando, ela enroscou as pernas nele e ele segurou a bunda dela.

— ai meu Deus... — ela esqueceu da dor de cabeça, passou a mão pelo cabelo e então viu o que estava vestindo — ai meu Deus... — ela olhava para todo lugar, e queria explicações.

Sangue! É isso. Na primeira vez tem sangue. Só fique calma. E procure sangue.

Ela revirou os lençóis, olhou até embaixo dos travesseiros, o desespero era cômico.

— ah, que bom... — ela então lembrou que o agarrou no chuveiro. Então... merda. O sangue estaria no banheiro, não poderia?

Ela correu para lá e viu o vestido dela e as roupas de Bucky meio emboladas em um canto.

Merda. Merda. Merda.

Ela procurou qualquer vestígio de sangue. Foi até o chuveiro e não viu nada.

Bem, deve ter ido pelo ralo... literalmente.

Ela estava mordendo as bochechas de tão nervosa que estava.

— bom dia. — ela se virou em um pulo e um gritinho de susto, e deu de cara com Bucky.

— er.. ah... o-olá... er... bom dia — Aly  tentou sorrir, mas não deu. 

— dormiu bem?

— er.. sim...

— que bom, achei que depois de ontem você não conseguiria — ele disse e tentou se aproximar, ela gelou.

— é... ah... eu tenho que tomar banho, ressaca — ela agradeceu ao conseguir falar sem gaguejar.

— consegue sozinha? — ele disse sorrindo e ela sentiu o nervosismo explodir.

— s-s-sim. — ela falou.

— okay então, amor, te espero no café da manhã.

Ele saiu e ela fechou a porta.

— merda... — ela sentiu uma vontade de chorar. Engoliu o choro e tirou a blusa.

Sem marcas...

Bom, ele poderia não ter transado, né?

Então ela percebeu que estava vestida com uma cueca dele.

Puta que pariu.

Ela a retirou e foi tomar banho.

Merda. Merda. Merda. Merda. Merda. Merda.

Ela saiu do banho e colocou a camisa dele, saiu e encontrou Natasha.

— uau, a noite rendeu, hein?

— Natasha! Olha, não acontece... quer dizer... se tiver acontecido,  e eu acho que aconteceu... eu estava bêbada, eu não lembro.

— pergunta pra ele.

— meu Deus não!

— mas por...

— ai, Natasha! Vergonha, sei lá — a morena riu e passou a mão no cabelo.

— ok. Eu falo com ele, e coloque uma roupa apresentável — a ruiva disse. E Alison nem teve tempo de protestar.

Ela se vestiu, uma camisa de botão azul e um short preto. Então, ouviu a porta do quarto de Bucky bater.

Natasha chegou perto de Bucky.

— e ai, como foi a noite?

— boa... — ela arqueou uma sobrancelha — o que foi, Natalia?

— você transou com a Aly?

— o qu... não! Ela estava bêbada, não queria que fosse assim... espera, ela acha que eu...

— não!! É que.. — ele a encarou — é. Exatamente.

— eu não acredito.

— James, não a culpe.

— eu não estou a culpando... é só que... — ele deu um riso e balançou a cabeça, olhou para o corredor dos quartos e olhou para Natasha.

— James...

— tudo bem, Natalia. — ele deu uma olhada rápida na cozinha, os poucos que já estavam ali não prestavam atenção nele — eu... vou pro meu quarto. — ele disse, ao fechar a porta ele acabou não controlando a força, mas não foi forte o suficiente para quebra-la.

Então, duas batidas na porta e a maçaneta girou, Bucky virou a tempo de ver Alison em pé.

— James...

— Rebecca.

Ela rolou os olhos, ele só a chamava assim quando estava bravo.

— James, desculpa... er... eu estava bêbada...

— e você achou que eu teria feito isso com você?

Ela o encarou até ele virar de costas.

— mas... por que você não me tocou?

Bucky virou para ela com uma sobrancelha arqueada.

— oque?

— você... não... me deseja? — a última parte da frase saiu um pouco aguda. Ele sorriu e se aproximou dela.

— Alison, eu te desejo.

— então porque você não...

— eu não queria que sua primeira vez fosse assim, que a nossa primeira vez como namorados fosse assim. — ele disse, ela o olhou.

— como você quer que seja? — ela perguntou.

— especial.

Ela o encarou, ele deu um sorriso fofo e corou um pouquinho. Ela encarou o chão e mordeu o lábio inferior, então, ela percebeu os dedos brincando na barra da camisa de botão.

— James?

— hm?

— eu estou sóbria.

Ela olhou para cima a tempo de ver Bucky morder o lábio.

— sim, está.

— me... me mostra. — ela olhou nos olhos dele, Bucky passou a mão na bochecha dela, um tanto ruborizada.

— Alison...

— James, eu quero. — ela disse, a mão dele que estava na bochecha dela passou para a nuca, e então ele a puxou para si.

**

Alison abriu os olhos, piscou e olhou para o lado, Bucky a encarava.

— eu dormi? — ela perguntou, a voz rouca.

— uhum, por uns quinze minutos — ele disse e deu um sorriso.

Ela passou os olhos pela cama dele.

— que droga... desculpa por... isso — ela fez um sinal com a cabeça para uma mancha de sangue no lençol cinza claro.

— tudo bem, isso acontece. — ele disse e se aproximou dela, quando estava próximo ela recuou, ambos sorriram, ele tentou novamente, então Alison recuou, ele a encarou e fez um impulso, para fica em cima dela, o peso apoiado nos braços que estavam no colchão. Ela tinha um grande sorriso no rosto, eles se aproximaram,  e tocaram os lábios.

— BARNES! CAFÉ DA MAN....

James praticamente se jogou para fora da cama, caindo no chão, ele estava de cueca box, uma preta um pouco apertada, e Alison cobriu ainda mais o corpo com o lençol.

Tony os encarava.

O bilionário achou que eles ainda iriam transar, mas sua suspeita se confirmou ao ver a mancha de sangue no lençol. Ele olhou para Alison e para Bucky, que estava de joelhos no chão, apoiado na cama.

— vocês....

Alison olhou para Bucky com os olhos arregalados.

Puta que pariu.

— você... — ele então olhou para Bucky, os olhos faiscando.

Ele estendeu a mão em um gesto semelhante ao que Thor fazia para o martelo ir para a sua mão, em segundos, a mão da armadura estava armada e com o alvo na mira: Bucky Barnes.

**

Steve estava fazendo panquecas enquanto conversava com Natasha sobre Alison e Bucky quando algo passou voando pela sala para os quartos.

— deu merda, melhor eu ir checar — ele desligou o fogo e correu até o quarto a tempo de ver Tony atirando em Bucky (que estava de cueca) Alison coberta por um lençol se levantar e começar a tentar acalmar Tony.

— TONY — Steve gritou.

— pai, que bom. Faz ele parar! — Alison disse, Steve olhou para Tony e o moreno o encarou, Tony segurou a cabeça de Steve e o fez olhar o sangue, alison e Bucky, e fez a mesma coisa três vezes.

— sim, eles transaram. Eu percebi — Steve tirou a mão da armadura dele e Alison suspirou.

Natasha apareceu logo depois, com Maria.

— uau...

— ok, Rebecca. – Tony olhou para ela — vocês...

— é. A gente transou, pai.

— seu filho de uma...— Tony ia partir pra cima de Bucky.

— PAI! Para! Fui eu! — os quatro a olharam com a sobrancelha arqueada — eu que... eu que quis.

Natasha e maria deram um sorriso, Steve olhou para Bucky.

— não se preocupe, Steve.

— seu punk.

James deu um sorriso de canto.

— mocinha — Tony começou — está de castigo até ter cinquenta anos!

— STARK! — Hill e Natasha gritaram.  Nat foi até Aly e a puxou.

— vamos sair daqui, está cheia de idiotas.

Tony, Steve e Bucky olharam Hill com o cenho franzido.

— homens... — ela revirou os olhos e saiu, Tony olhou para James.

— você é um homem morto.

Então o moreno saiu. Steve olhou para Bucky.

— foi ela?

— foi.

— cuide dela, Jerk.

— eu sei, punk.

Eles sorriram, e Steve saiu, Bucky conseguiu respirar, e foi colocar uma roupa.

**

— E ai? Foi você? — Natasha perguntou.

— Foi — Alison respondeu, enquanto se vestia.

— Hm, eu até ficaria para conversar, mas estou com uma ressaca das brabas, e ainda tenho que ir acordar Maya — Maria disse e levantou, sorrindo. — Parabéns menina.

Assim que Hill fechou a porta Natasha encarou Alison.

— Aly, o que você lembra daquela base?

— De nada...

— Eu te conheço muito bem. Sei quando mente.

— Ai, Natasha — a morena suspirou — eu lembro de um nome.

— que era...

— Belova.

— Você contou para alguém?

— Não... Natasha, eu sei que ela era da sala vermelha, e treinou com o Bucky como ele treinou com você.

— Tem uma diferença, Alison.

— Eles eram mais do que treinador/aprendiz. Eu sei. eu... em Asgard, eu consegui ver o passado dele. Toda jornada dele como soldado invernal. E é como se eu entrasse nas memorias de vocês.

— vocês?

— É. Eu meio que já vi o passado do papai, o seu, Wanda e Pietro, Hill... é... difícil controlar e eu não sei sair.

— Entendo... mas, quer dizer que a Belova tá viva?

— E querendo ser a viúva negra.

— Não... ela quer mais, se fosse apenas isso ela iria atrás de qualquer programação da Sala Vermelha ou de mim, mas ela veio atrás de você. Alison, Ela quer o James.