Uma semana depois da festa, tudo corria as mil maravilhas na casa dos Cullen. A amizade de Lunne com os membros da família ficava cada dia mais forte. Ela estava muito unida a Alice e Renesmee. As três eram como irmãs inseparáveis. Lunne e Rosalie ainda estreitavam a sua amizade. Ela se divertia muito com Emmett e Carlisle e Esme eram como seus pais agora. Ela e Jasper, conversavam pouco, mas sempre se divertiam quando isso acontecia. O amor dela e de Edward era uma coisa nunca vista por nenhum membro da familia. A relação dos dois parecia muito com a que existia quando Bella era viva, às vezes até mais intensa, se fortificando cada vez mais a cada dia. Lunne havia telefonado para Lewis e Helena cinco dias depois do pedido de namoro que Edward havia lhe feito. Eles haviam ficado muito felizes com a noticia e aprovaram a relação, dizendo que pelo pouco que viram de Edward, puderam notar que ele era um rapaz responsável e de boa índole, coisa que os agradava muito e deram a sua bênção. Quando Lunne falou com Lyra ao telefone, ficou algum tempo, ou melhor muito tempo, contando todos os detalhes desde o dia em que houve a primeira conversa até o dia na festa. Lunne queria falar com Dimitri, mas Lyra lhe disse que ele havia acabado de sair, e não disse aonde ia e quando voltava. Lunne ficou um pouco triste em não poder contar ao seu melhor amigo todos os acontecimentos, mas alegrou-se um poucco ao conversar com Matilda, que também aprovou o namoro, após Lunne ter dito tudo oque Edward fez durante esse um mês em que ela ficou na casa do Cullen. Depois de Lunne ter falado com todos, Lewis quis falar com Edward. Eles ficaram um bom tempo conversando e depois que terminaram Edward disse:

-Seu pai que se despedir de você Lunne. – A jovem pegou o telefone e ouviu seu pai dizer do outro lado da linha:

- Eu já estou bem adiantado na minha investigação. Em breve poderei te falar alguma coisa, mas filha lembre-se da sua promessa de não comentar nada. – Lunne sentiu um aperto no peito e falou somente o necessário para não levantar suspeitas:

- Sim papai, eu me lembro... – suspirou.  – agora eu vou desligar. Te amo pai. – Lewis respondeu:  

-Também te amo filha. – e desligou o telefone.

Lunne estava muito feliz por seus pais terem dado sua bênção para ela e Edward, de Matilda ter aprovado, de Lyra ter gostado dela estar namorando. Mas ela estava realmente muito preocupada com Dimitri. Lunne sabia que Dimitri nutria um sentimento muito forte por ela. Lunne tinha quase certeza que ele a amava. Lyra também achava a mesma coisa, ainda mais porque a jovem meio vampira era apaixonada por Dimitri, mas ele não via isso. Dimitri estava lá quando ela ligou e provavelmente saiu quando ouviu seus pais falando sobre o namoro dela com Edward pelo telefone. Ela realmente ficou triste com isso. Lunne não queria perder o melhor amigo, protetor e irmão. Não, ela não queria.

Depois disso, Lunne ficou praticamente a semana toda meio que isolada de todos, até mesmo de Edward. Em um desses dias, Lunne saiu correndo após da aula de francês deixando Alice para trás. Ela caminhava pelos jardins nos fundos da escola. A ultima aula era biologia e teria uma experiência com a utilização do sangue dos alunos. Como ela tinha medo de perder seu controle, matou a aula. Ela se sentou na grama, úmida da chuva que caia quando chegou na escola, e começou a observar o céu cinza. A garota sentiu uma mão em seu ombro e levantou-se num salto veloz. Era Edward. “Mas ele não tinha que estar... é claro, ele também não pode ficar perto de sangue! Devia saber que ele também mataria aula.” – pensou ela. Ele a olhava serio com seus olhos quase pretos. Ela desviou seu olhar do dele. Ficou assim durante alguns segundos, até sentir dedos frios em seu queixo, levantando sua cabeça, fazendo-a olhar diretamente nos olhos daquele que fazia seu coração acelerar.

–Oque está havendo meu Anjo? Você está esquiva desde o dia que a gente falou com os seus pais. Aconteceu alguma coisa? – Edward estava realmente preocupado. Ela notou isso pelo seu tom de voz. Ela não queria falar de Dimitri para ele. Toda vez que ela tocava no nome dele, Edward mudava a sua expressão calma para uma meio aborrecida, ciumenta. Ela não queria discutir com ele novamente. Mas ela sabia que ele não acreditaria se ela dissese que não tinha nada. A garota foi despertada de seus pensamentos pela voz de Edward chamando por ela:

-E então Anjo? Não vai me responder? – Perguntou ele docemente. Lunne voltou a se sentar no chão e Edward a acompanhou. Ele enlaçou a sua mão na dela, onde estava a aliança. Lunne deu um longo suspiro e tentou começar:

- No dia em que eu liguei pros meus pais, eu falei com todos, menos com o Dimitri. Lyra disse que ele tava lá quando eu liguei, mas depois que as conversas começaram ele saiu sem dar satisfação pra ninguém da onde ia... – Ela olhou para Edward. Ele obsevava alguma coisa no horizonte, mas ela tinha certeza de que prestava atenção nela, sem dúvidas. Ela olhou para frente também e continuou:

– Eu sei que ele gosta de mim Edward. – Ela viu pelo canto do olho que Edward a olhou, com uma expressão de “Como se eu não imaginasse isso!”, mas nada falou. – Bem ele pode até me amar, mas pra mim ele é o irmão mais velho que eu nunca tive e eu não posso fazer nada se não o amo, sem ser fraternalmente. Eu sei que quando eu voltar pra casa, vou encontrá-lo triste e decepcionado. Vamos conversar e ver oque vamos fazer pra manter a nossa amizade. Eu não quero perdê-lo, eu não quero perder a amizade e o porto-seguro que ele me oferece! – Finalizou ela com lagrimas nos olhos.

  Edward conseguia ver a tristeza nos olhos da namorada e se sentiu mal com isso. É claro que ele se importava com o fato de Dimitri gostar de Lunne, mas tentaria lidar com isso o melhor que pudesse.

–Anjo, eu sei que é difícil pra você... aceitar tudo isso, a distância também não ajuda muito, mas eu também garanto pra você que ele também está sofrendo com tudo isso. E digo mais: Se ele for seu amigo, amigo de verdade, nunca que ele irá se afastar de você. Nunca, porque ele te ama e te quer bem, seja com ele ou não. – Aquelas palavras foram como um alivio para Lunne. Foram elas que a fizeram ter certeza de que Edward a apoiaria em todas as horas, em todos os momentos mais difíceis. A garota se aconchegou naqueles braços frios e fortes, mas que ao mesmo tempo, faziam com que ela se sentisse mais calma, segura. Edward a abraçou e deu um beijo naqueles cabelos dourados e depois levantou um pouco a cabeça de Lunne e selou os lábios dela nos dele. O beijo começou suave e delicado, mas depois comçou a tomar uma intensidade. Após muitos minutos, Lunne se afastou um pouco para poder respirar. Ela olhou para ele, que tinha seus olhos fechados, seu rosto numa expressão calma e serena. De repente, Edward abriu os olhos e fez uma expressão de quem estava se lembrando de algo. Ele olhou para Lunne e perguntou:

- Você já soube que os Denali vão voltar hoje? – Lunne fez uma cara confusa.

– São aqueles amigos da sua familia? Que ajudaram desde os inicio com a Nessie, mas foram embora há alguns anos? – Edward afirmou com a cabeça e disse:

-Eleazar achou melhor que eles voltassem. Seria melhor para eles ficarem perto de nós agora, já que houve alguns ataques de vampiro em Washington e do jeito que vai, os Volturi mais cedo ou mais tarde aparecerão. Vão vir todos: Carmen, o próprio Eleazar, Kate, Irina... Tanya. – Lunne achou meio estranho o jeito que Edward pronunciou o nome de Tanya. Foi como se estivesse receoso com a chegada dela. Ela se lembrou automaticamente quando ouviu sem querer uma conversa entre Jacob, Nessie e Alice no dia anterior:

-Vocês já souberam que os Denali vão voltar? Como será que o meu pai vai reagir com a volta da Tanya, agora que ele está com a Lunne? – Perguntou Renesmee. – Nessa hora, Lunne, que passava em frente ao quarto de Jacob e Renesmee, parou.

– Nessie, cai na real! – Quem falava agora era Jacob. – O Edward nunca gostou da Tanya. Ele sempre pensou na Bella e nunca teve nada com ela. Ela tentou e nada. Agora, você acha que ele vai querer alguma coisa com ela estando apaixonado do jeito que ele está pela Lunne? Ela não teve chance antes, não é agora que vai ter! – Nessa hora, Lunne se aproximou um pouco mais da porta e pode ouvir Alice concluir a conversa:

- Eu concordo com o Jake. Ela teve a chance de conquistá-lo antes da Bella aparecer na vida dele, mas não conseguiu. Depois que a sua mãe morreu, tentou novamente e não conseguiu de novo. E outra coisa: O amor dele e da Lunne é mais forte do que qualquer um que eu já tenha visto na minha vida e você sabe disso Nessie. –Lunne estava supresa em saber que Tanya amava Edward desde antes dele conhecer Bella. – Eu sei disso tia, mas... – Ela ouviu Renesmee hesitar ao falar.

– Mas oque Nessie? – Perguntou Jacob.

– Mas e se ela fizer algo ruim para separá-los? Prejudicar o amor deles de algum jeito? Eu não quero ver nenhum dos dois sofrendo.– Houve um silencio momentâneo e depois pode ser ouvida a voz de Alice:

-Nessie, não vai acontecer nada. O amor deles e grande e puro e um amor assim, não pode ser destruído com facilidade, se é que pode ser destruído.

-Lunne, você ta me ouvindo? – A garota foi despertada de suas lembranças pela voz do namorado.

–An... me desculpe, eu estava distraída. – Edward deu um sorriso malicioso e disse:

-Você anda muito distraída ultimamente, sabia? – Ela riu levemente. – Eu já sei um jeito de acabar com essa sua distração num segundo. – Ele chegou perto de seu rosto, roçou seus narizes e encostou seus lábios nos dela. Ela afundou suas mãos nos cabelos cor de bronze dele e puxou sua nuca, aprofundando o beijo, que estava cada vez mais intenso. Eles só pararam quando ouviram a voz de Alice:

-Bem desculpe interronper o momento maravilhoso do casal, mas bateu o sinal do fim das aulas e temos que ir embora para casa. -Eles se levantaram rindo, limparam as roupas com as mãos e foram atrás de Alice.

  Quando chegaram em casa, viram um carro diferente parado na porta. Era uma grande BMW preta. Todos saíram do carro. Quando Lunne ia sair, Edward a segurou pelo pulso e disse:

- Fique. Preciso te falar uma coisa. – Então se dirigiu a Alice: - Alice, diga que nós já vamos entrar, só vou falar uma coisinha pra Lunne, está bem? – Ela assentiu com a cabeça e entrou na casa junto com os outros. Edward fechou a porta do carro e começou:

-Lunne, você sabe que hoje os Denali voltaram. O carro deles está aqui. – Ele apontou para a BMW preta. – Bem você vai conhecer todos e garanto que vai gostar deles. Mas uma coisa que eu te falo: Tenha paciência com a Tanya.  - Lunne ficou confusa.  

“Qual o motivo desse aviso repentino? Será que é por causa do fato de Tanya ter gostado dele?” – Pensou ela.

– Mas porque Edward? – Perguntou. Edward suspirou, olhou para os olhos verdes de Lunne e respondeu:

- Eu não sei se você sabe, mas há muito tempo, antes mesmo de eu conhecer a Bella, Tanya tentou me conquistar. Ela era apaixonada por mim, mas eu não conseguia vê-la mais do que uma simples amiga. Quando eu conheci a Bella, Tanya ficou com raiva e se afastou durante algum tempo de nós. Eu achei que o tempo faria com que ela me esquecesse e seguisse sua vida. Ela veio no meu casamento e eu realmente pensei que ela tinha seguido em frente, mas depois da morte da Bella, percebi com o passar do tempo que ela não havia deixado seu amor por mim e que tentaria novamente. Ela fez de tudo para me conquistar, mas eu não a queria! Eu nunca a quis. Mas, há vinte anos os Denali deixaram a cidade e e ela teve tempo para me esquecer. Só que eu acho que ela ainda sente algo por mim. Ela provavelmente ainda não sabe que nós estamos namorando e eu garanto que quando souber não vai gostar nem um pouco. Então não ligue pro ciúme dela? – Lunne assentiu com a cabeça. Ela podia imaginar o quanto era difícil amar incondicionalmente uma pessoa, mas esta não poder lhe corresponder. Devia ser difícil para ela. Edward deu um leve beijo nos lábios da garota e sorriu. Eles saíram do carro. Edward passou o braço pela cintura de Lunne e os dois subiram o pequeno lance de escadas que dava acesso a casa.

Quando entrou, Lunne pode ver um casal conversando com Carlisle e Esme. Os dois tinham cabelos escuros e olhos dourados. A mulher tinha a pele amorenada e o homem tinha traços de espanhol. Do outro lado da sala estavam Alice, Rosalie e Nessie conversando animadamente com duas mulheres, uma de cabelos loiros platinados e a outra de cabelos pretos, mas não tão escuros do que a mulher que conversava com Carlisle e Esme. Todos olharam quando ela e Edward passaram pela porta. Foi quando Lunne se sentiu observada por alguém em especial. Olhou em direção ao sofá e viu que lá estava sentada estava uma mulher de cabelos loiros avermelhados, estes que vinham até o meio de suas costas. Ela também tinha olhos dourados e olhava diretamente para ela. A mulher baixou seus olhos até a mão de Edward que estava em sua cintura. Era naquela mão que estava a aliança de compromisso. Ela também olhou para a mão de Lunne, onde brilhavam pedrinhas de diamantes que formavam um coração numa aliança igual a que estava na mão de Edward. Por um momento, Lunne viu a fúria passar pelos olhos daquela belíssima mulher. Lunne olhou e viu que todos se aproximavam dela, inclusive a mulher que havia acabado de se levantar e caminhava em sua direção. O homem e a mulher de pele amorenada se apresentaram primeiro:

- Bem, muito prazer. Meu nome é Eleazar e esta é minha companheira, Carmen. – Disse ele se referindo a mulher ao seu lado. – Essas são Kate, – Disse apontando para a mulher de cabelos loiros platinados – Irina e Tanya ­– Disse olhando para a mulher de cabelos meio escuros e para a de cabelos loiros avermelhados respectivamente. – Nós somos os Denali e é uma honra conhecê-la Lunne já que ouvimos falar muito bem de você.  – Então a mulher que estava sentada no sofá era a Tanya. Lunne já suspeitava, por causa da reação que ela tivera quando a vira abraçada com Edward.

-Bem, é um prazer conhecê-los também e todos só tem coisas maravilhosas para me contar de vocês. Espero que nos demos muito bem. Todos, menos Tanya, que estava um pouco afastada de nós, sorriram.

-Edward, ficamos sabendo que você está apaixonado pela Lunne! Até fez pedido de namoro! – Disse Kate. Edward riu e Lunne ficou meio corada com o comentário. – Finalmente você deixou de ser um zunbi e voltou a viver!  - Todos riram com o comentário. – Garota, - Disse ela se dirigindo agora a Lunne. – você conseguiu uma façanha! Me diz, como você fez isso? – Perguntou Kate. Lunne ficou meio corada.

– Eu... bem, eu não fiz absolutamente nada. Simplesmente aconteceu. – Todos soltaram leves risadinhas e Edward se pronunciou:

-Kate, deixa o meu Anjo em paz! Assim você a deixa envergonhada, como se eu não gostasse de vê-la assim, corada. Ela fica mais bonita do que já é! – Disse Edward dando um beijo da bochecha de Lunne e tirando-a daquela roda que havia se formado em volta dos dois. As horas que Lunne passou na presença dos Denali foram ótimas. Ela tinha adorado e feito amizade com todos eles. Tanya foi à única que ficou mais afastada. Ela conversou um pouco com Rosalie e depois ficou sentada novamente no sofá.

Tempos depois, Lunne decidiu ir tomar um ar no terraço da casa. Estava lá sentada, quando ouviu alguém se aproximar. Quando olhou se espantou ao ver Tanya ao seu lado. Ela a olhava com um misto de inveja e raiva. Ela se aproximou um pouco mais começou a falar:

-Ora ora, olha quem está aqui! Lunne. – Ela pronunciou o nome de Lunne com total repulsa na voz. Pelo jeito que ela falava, não dava pra ouvir dentro da casa. –A mestiça que tirou Edward do fundo do poço e o trouxe de volta a vida novamente! As garota que conseguiu oque várias não conseguiram! – Ela estava sendo sarcástica demais, coisa que irritou Lunne e a fez se levantar e perguntar:

- Oque você quer? Diga logo! – Tanya riu sarcasticamente e respondeu:

-Você sabe oque eu quero. É uma coisa que você tem... – Ela pegou bruscamente a mão direita de Lunne e olhou sua aliança. – Eu quero o Edward! Ele é meu! Entendeu garota? –Disse ela jogando o braço de Lunne para baixo. Lunne estava assustada, mas não perdeu a pose e começou a falar:

-Eu o amo Tanya e se ele não a preferiu, eu não posso fazer nada. Ele também me ama, eu não tenho dúvidas disso. – Disse Lunne olhando nos olhos da mulher a sua frente. – Por que você não o esquece e vai seguir a sua vida! Em algum lugar deve existir alguém que possa te amar como você merece... – Tanya riu e Lunne constatou que ela não estava brincando.

- Um dia, escreva oque eu estou te dizendo, um dia ele ainda vai ser meu. Um dia ele ainda vai ser só meu, nem que para isso eu tenha que infernizar a vida de vocês dois até o fim! –  Ela disse essas palavras e voltou para dentro da casa. Lunne sabia que ela não estava brincando. Ela iria tentar acabar de vez com o romance dela e de Edward, custe o que custar. Lunne olhou para a lua cheia, escondida entre as nuvens e sentiu um forte aperto em seu coração, como se isso avisasse que algo de ruim aconteceria. Ela tinha medo, mas seu amor por Edward era mais forte do que tudo e superaria qualquer coisa oque Tanya fizesse. Ela iria lutar por esse amor, nem que isso a levasse a própria morte.

Continua no próximo capítulo...