Eu queria que tudo voltasse ao normal...

Fazia muito tempo que estava longe dele, já não agüentava essa situação...

Saí do meu chalé disposta a me redimir, disposta a escutá-lo.

Fui em direção ao lago de canoagem, onde ele sempre ficava, principalmente quando queria pensar.

Olhei por todos os lados, mas infelizmente, ele não se encontrava ali.

Sentei e botei meus pés dentro da água. Lembrei de nosso beijo submarino. Foi incrível. Foi ótimo. Sabia... Precisava de Percy.

Continuei ali pensando em tudo...

- vejo que alguém sente saudades – uma voz interrompeu meus pensamentos. Olhei para o lado e vi Poseidon, pai de Percy.

- sim, senhor – falei.

- saiba que ele ta morrendo de saudades de você, menina – ele disse.

- estou aqui pra consertar isso, senhor – afirmei.

- que bom – ele disse e desapareceu.

Esperei por um bom tempo, mas decidi que não ia sair dali enquanto ele não chegasse. Amanhã poderia ser tarde. Nunca se sabe o que pode acontecer com a gente, principalmente quando se é um meio-sangue. Mas caí no sono...

POV de Percy

Não sabia, sinceramente o que a Annabeth pensava de mim. Um safado? Poderia ser.

Mas eu não tive culpa... Não tive mesmo!

Aquele, doída, filha de Afrodite, havia se atirado em cima de mim. Mas ela não viu a parte que eu a joguei no lago. Só viu a parte dela em cima de mim.

Por que ela sempre tinha que complicar as coisas?

Caramba! Eu gosto mesmo dela, mas parece que ela nunca entende isso.

Sai do lago, depois de salvar um cavalo–marinho que havia ficado preso, e a encontrei a li no chão, dormindo. Como sempre linda... Diferente de mim, ela não babava... A primeira coisa que ela me disse quando nos conhecemos: “você baba quando está dormindo!”  

Fiquei admirando-a mais um pouco, então decidi chamá-la.

- Annabeth, Annabeth, acorda! – falei.

Fim do POV de Percy.

Acordei com alguém me chamando. Abri meus olhos lentamente e vi que era Percy e sorri.

- estava te esperando – falei, enquanto me levantava. Olhei ao redor e vi que ainda era noite.

- mas dormiu – ele falou e sorriu.

- que importa é que estou aqui, cabeça de alga – falei. – pra te perdoar... – sussurrei.

Ele chegou mais perto.

- já não agüentava mais essa situação – ele falou.

- por isso estou aqui. Pra resolver tudo – continuei.

- como sempre – ele sorriu e depois me beijou. Foi ótimo... Com certeza.

- então, sem brigas por enquanto? – ele perguntou.

- sem brigas, nunca mais, se pudermos - falei e sorri.

- acho que vou gostar disso – ele falou e me beijou novamente.

- sabe de uma coisa? – ele perguntou.

- acho que sei – falei e sorri.

- te amo – ele disse.

- eu também - falei.