Sherlock começou a sentir coisas, coisas nunca antes sentidas por ele. Estava doente? Não de acordo com a pasta de medicina em seu palácio mental. Seja o que quer que fosse estava piorando, agora com a simples menção daquele nome seu coração já disparava, as mãos suavam, as pupilas dilatavam e sua mente sempre tão organizada virava uma bagunça.
—Sherlock eu não acredito! Já fui e voltei do consultório e você continua parado no meio da sala, faz mais de 10 horas. SHERLOCK!
E os sintomas vieram todos de uma vez, Holmes não conseguiu responder.
—Você ao menos saiu dai pra comer alguma coisa? Sherlock você precisa entend- espera o que aconteceu? Você "ta" vermelho.
—Na-nada John.
John deu uma risada maliciosa:
—Se você não fosse Sherlock Holmes acharia que estava pensando alguma besteira.
Um silêncio pesado se instalou e foi mantido até o médico anunciar que iria se deitar, e então pela primeira vez em muito tempo toda a racionalidade do detetive se esvaiu, num impulso ele pegou na mão de John. E enfim aconteceu, todos os sintomas fizeram sentido, era amor, o mais puro e verdadeiro dos sentimentos, aquele nunca antes sentido por Sherlock.
—Eu amo você.
Aquelas palavras não fizeram sentidos para John, era difícil depois de anos de frieza entender que seu amigo não era uma máquina.
—Como assim ama?
—É John, eu-eu-eu , caramba, isso é tão difícil, veja - Holmes então leva a mão de John ao seu coração, ele batia rápido e então Watson pode entender.
—Eu nunca pensei que isso fosse acontecer, você sempre foi tão frio, nunca demonstrou nada, como eu poderia saber? Desde quan - foi interrompido:
—Cala a boca Watson, você fala demais.
Sherlock não aguentava mais, tinha que fazer alguma coisa, e ele fez, puxou o amigo aproximando os dois corpos pra enfim se juntarem em um só, num beijo doce e necessitado, todos os sentimentos foram escancarados, todo o amor, o carinho, o cuidado, o desejo foram sentidos e enfim aquelas duas almas se tornaram uma só.
—Eu também amo você Sherly.