Enquanto olhava a mansão Hellsing se aproximar, Integra refletia sobre a decisão que havia acabado de tomar. Curioso, Pip perguntou:

 - Está arrependida de largar aquele cara no altar?

 - Não. Só estou pensando nas mudanças que enfrentarei daqui em diante.

 - Pelo jeito, a sua conversa com ele naquela noite a ajudou a se decidir. -disse Pip, sem disfarçar que já sabia do que havia acontecido-Você deixou seu noivo pelo Alucard, não foi?

 - Como você sabe disso? -perguntou Integra, tomada pela surpresa- Ele te disse alguma coisa?

 - Mais ou menos- respondeu- Admiro sua coragem para enfrentar todos por ele e tenho certeza que valerá a pena.

 - Eu concordo com você e por isso não me arrependo de ter chegado até aqui. - disse Integra, sem esconder um sorriso que demonstrava tudo o que sentia naquele momento. Iria conseguir tudo o que mais queria na vida e saber disso já era o bastante para enfrenta o mundo inteiro sozinha.

All I ever wanted was you, my love

  You...all I ever wanted is you, my love

You're all I ever wanted, just you

 Ao chegarem em casa, Pip abriu a porta do carro sorrindo e Integra lhe disse:

 -Obrigada por ter me aconselhado a falar com Alucard aquele dia. Me ajudou mais do que você imagina.

 -Não foi nada. -respondeu ele-Agora é melhor correr antes que ele deixe de te esperar.- Integra correu em direção ao lugar onde Alucard deveria estar naquele momento e ao chegar lá, viu seu caixão fechado. Esperaria até que ele despertasse de seu sono e então diria a ele tudo que havia trancado em seu coração.

All I ever wanted was you, my love

You...all I ever wanted is you, my love

You're all I ever wanted,you, oh my love

You're all I ever wanted, you, my love

That's the way it's always been

My heart stops beating only for you Baby

Only for you darling

  All I ever wanted was you, my love

You...all I ever wanted is you, my love

You're all I ever wanted, you, my love

You're all I ever wanted, you, my love

Ainda não acreditava no quanto relutara em admitir algo tão óbvio. Amava o vampiro que a serviu durante dez anos e não queria esperar mais para poder estar ao lado dele, sentindo o sabor inebriante de seus beijos e talvez o toque da pele dele contra a sua. Cansada de esperar, Integra adormeceu ao lado do caixão.

 Alguns instantes depois, acordou em seu quarto e viu Alucard a seu lado. Ao notar que sua mestra havia acordado, lhe disse:

 - Não pensei que a veria dormindo "ao meu lado" assim que chegasse da igreja. -Integra sorriu e abraçou-o enquanto dizia:

 - Não queria perder tempo e precisava te ver. -respondeu Integra

 -Você queria me dizer algo, minha mestra?

 -Não me chame mais assim, Alucard. Não quero ser a mestra da pessoa a quem eu amo e pela qual eu sacrificaria tudo.

 -Finalmente decidiu dizer algo assim- respondeu Alucard, abraçando-a carinhosamente -Eu amo você mais do que qualquer coisa neste mundo e quero que seja minha companheira para sempre.

 -Eu aceito sua oferta e prometo nunca desejar voltar atrás- Integra correspondeu ao abraço e começou a beijá-lo como se aquele fosse o último momento em que o veria. Alucard, por sua vez, ajudou-a a se deitar em sua cama enquanto suas mãos percorriam as costas de Integra, encontrando e abrindo o fecho do vestido de noiva. O calor de sua pele o fazia querer mostrar todo o desejo que reprimira durante anos, mas sabia que precisava ir com calma para não estragar tudo. Integra o abraçava forte e seu corpo tremia de nervosismo e ansiedade pela experiêcia de pela primeira vez deixar de agir com sua frieza habitual. Estava se permitindo ter o que desejou durante anos e apenas pensar nisso a deixava ainda mais feliz do que já estava. Ao perceber que Alucard havia parado de acariciá-la, perguntou:

 -Alguma coisa o preocupando? -Alucard a olhou nos olhos e disse:

 -Eu vou transformá-la em vampira agora. Se eu deixar para depois, sabe tão bem quanto eu o que vai acontecer.

 - Entendo- respondeu Integra, tirando o colar que trazia em seu pescoço- Sei que vai doer, mas não me importo com isso.

 - Tentarei fazer com que não sinta tanta dor- respondeu o vampiro, segurando sua mão e dirigindo-se ao pescoço de Integra, que não pôde conter um gemido de dor ao ter sua pele perfurada por suas presas afiadas. Sentia seu sangue sendo sugado aso poucos, como se cada gota precisasse ser saboreada sem pressa e poucos instantes depois, perdeu os sentidos nos braços de Alucard, que aguardava seu despertar. Era a primeira vez em anos que alguém o fazia se sentir tão vivo, fazendo com que ainda valesse a pena permanecer junto aos humanos.

 Integra acordou minutos depois, ainda abraçada a quem tanto amava. Sentia que algo havia mudado nela, mas não conseguia explicar o que era. Agora era uma vampira e ela teria tempo o suficiente para entender o que antes desconhecia.

 - Seria melhor se contássemos ao pessoal o que houve.

 - Podemos contar tudo amanhã à noite. -Alucard disse, abraçando-a. - Por enquanto, não quero me preocupar com isso.

 - Concordo com você. Deixarei esses detalhes para depois.