A vampira e o dragão escrita por Black


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem :v



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Com a morte do lorde Harkon, as nuvens negras que marcavam o inicio da destruição da terra nórdica, a tal famosa Skyrim, se dissiparam. Os responsáveis por acabar com e esse mal, a guilda Dawnguard e o tão aclamado guerreiro chamado Bjorn, o Dovakhin, receberam os devidos méritos do atual governante, Ulfric Stormcloak. Em apoio a causa dos caçadores de vampiros, um decreto real foi assinado, este dizia que todos cidadãos que possuíssem informações sobre o paradeiro dos sanguessugas remanescentes seriam devidamente recompensados.

No castelo Volkihar, Serana buscava ajeitar a bagunça que seu pai havia feito. Diplomatas vinham e iam constantemente com o objetivo se acalmar a fúria do rei, mas isso parecia não adiantar. Tempo mais tarde passos em sincronia eram ouvidos e quando menos se espera, Isran, o líder dos caçadores se mantem em pé diante do palanque enquanto os seus homens desciam as escadas, e em fila organizada, logo estes em um movimento único apontavam suas bestas para a vampira.

-Serana, herdeira de legitima do Castelo além mar, peço que se renda pacificamente e venha conosco.

Com o olhar escarlate mortal, esta se ergueu do móvel de madeira e argumentou de forma cordial.

-Desde do dia em que eu assumi o Castelo do homem a quem costumava chamar de pai, você, Isran, havia me dado a garantia de que nenhum mal me aconteceria. Agora desonra sua palavra trazendo homens armados a minha porta?

-Eu sou um homem de palavra vampira! E os Deuses são testemunha, fiz o que pôde para lhe garantir o “anonimato”, mas o rei fez questão de envolver seu dedo nessa confusão e aqui estamos agora. Eu lhe prometi que nenhum mal lhe aconteceria, mas quem pode quebrar essa promessa é você mesma sangue suga, se não vier conosco pacificamente!—Exclamou enquanto empunhava seu martelo de guerra.

-O meu pai, o Lorde Harkon era muito mais forte que vocês, acha que eu não dou conta de um punhado de patifes?—Provocou Serana.

-Mais existe um problema minha cara, você tinha o Dovakhin do seu lado, e agora eu me perguntou, onde ele estará? Ele não te abandonou? Ninguém sabe onde aquele homem está—Retrucou Isran.

Com tais palavras pronunciadas, o silencio da vampira se fez presente.

-Eu vou matar vocês.—Disse por fim em um tom solene e mortal, como o sibilar da língua de uma cobra.

As setas foram disparadas, mas quando se dissipou em trevas, os dados passaram rente cravando suas pontas na parede a frente. Como uma dança, Serana aparecia e reaparecia em meio a um enxame de morcegos, a cada momento, um caçador da Dawnguard caia morto. Com os peões mortos, a vampira buscou o “rei”, saltando das trevas em direção as costas do Isran esta preparava sua Adaga Sangrenta para aplicar um golpe mortal, porém deu tudo errado.

Com um giro de seu martelo, o líder dos caçadores de vampiro impactou a face plana no abdômen da sua inimiga fazendo as runas magicas entrarem em ação, logo uma explosão foi causada e Serana voou em direção a saída do castelo quebrando o madeiro do enorme portão que tentara lhe parar.

-Você tem que entender sangue suga, nem sempre ter uma maior idade significa ter maior experiência. Agora...você vem comigo.—Falou Isran enquanto a sombra de sua mão cercava o olhar da vampira.

*****

O dias da viagem passaram voando, uma mensagem foi entregue a Jarl Elisif para que a preparação do julgamento publico da ultima vampira de sangue puro fosse adiantada. Chegando a Solitude, uma escolta guiava a acusada pelas ruas da cidade. Serana se encontrava abatida, hematomas enchiam seu corpo, que por sua vez, estava apenas coberto por farrapos para lhe proteger da luz do sol, isso fazia a sangue suga reclamar da ardência.

Após colocarem a mulher de olhos escarlate de joelhos no palanque perante todos, um enorme silencio se fez quando a governante da cidade iniciou seu discurso.

-Povo de Solitude! Estamos aqui presentes diante do olhar das nove divindades para sentenciar essa...criatura...as consequências de seu pecado. Como vocês sabem, os vampiros buscavam dominar o mundo através da profecia conhecida como a Tirania do Sol! Mas chegou ao meu conhecimento, que essa mulher, se voltou contra a própria raça e ajudou os bravos guerreiros na luta contra o mal. Porém, a profecia que nos levaria a maldição eterna não teria sequer a chance de se completar se ela estivesse morta, afinal, seu sangue era a chave pra tudo isso acontecer, o que nos leva a seguinte duvida...devemos mesmo executa-la ou lhe dar uma punição menos severa que a morte por conta do “bem que ela nos fez?”

Então a gritaria começou, muitos ansiavam pela morte da Serana, talvez não pela pessoa que ela era, mas por conta da raça que ela representava. Tendo a sentença anunciada, o carrasco que afiava o seu enorme machado deu um belo sorriso e falou ao ouvido da vampira.

-Depois que eu cortar sua cabeça, irei pegar seu corpo irei fode-lo loucamente. Sempre quis fazer isso com uma vampira, pena que não vai estar viva para presenciar isto.—Então recuou já preparando o golpe derradeiro.

Serana dirigiu seu olhar para a multidão, um olhar de desprezo. Tudo que havia feito em prol das pessoas inocentes realmente acabaria daquele jeito? Então um sentimento de solidão veio a tona, talvez fosse melhor ela mesmo ter que morrer, afinal, sua família estava morta, era desprezada por todos, não havia motivo para viver, então simplesmente começou chorar.

-Ultimas palavras?—Perguntou Elisif.

Tudo que ouviu foi o silencio. Diante de tal ação o consentimento foi dado.

Quando o machado estava prestes a cortar a cabeça da vampira, uma esfera magica voou em direção ao Carrasco e este bateu com força na parede que encontrava-se a sua direita. O machado por um instante quase caiu no pescoço da Serana, mais sua direção foi mudada cortando apenas uma parte de seu cabelo.

A atenção da multidão foi direcionada a um homem encapuzado que andava imponente no caminho que os civis iam fazendo, dando espaço para ele passar.

-Mas que audácia! Guardas!—Gritou Jarl Elisif

Dois homens armados avançavam na direção do ser misterioso com uma enorme sede de sangue. O primeiro tentou atingir a cabeça do indigente com um golpe certeiro, mas teve o pulso parado e consequentemente perderá o controle do braço quando este fora deslocado. O segundo homem tentou estocar sua lamina no abdômen do inimigo, mais logo o homem com uma simples palavra o mandou aos ares.

-FUS ROH DAH!—Gritou o individuo que acabou se revelando como o Dragonborn.

Serana mal podia acreditar no que via, era mesmo o Bjorn que ela conhecia e ele não estava muito feliz. A multidão quieta, apenas assistiu a “peça” que estava acontecendo

-Por mais reconhecido que você seja, você não é superior a lei de Skyrim! Ulfric irá caçar sua cabeça por causa disso seu bastardo!—Exclamou a governante de solitude,

Com um poderio em sua voz, o Dragonborn olhou na direção da Jarl e se aproximou da mesma enquanto falava imponente.

-Pois que ele mande seus homens! O Ulfric só é rei pois EU o coloquei naquele patamar.—Quando chegou em uma distancia suficiente para olhar a mulher nos olhos ele completou sua fala—. Sou eu a quem você deve seu medo!

E com tais palavras, Elisif desabou no chão aturdida.

Serana estava afoita, não conseguiu resistir a ansiedade do momento, então, sua consciência apagou.

******

Quando a vampira abriu os olhos percebeu que estava em um lugar completamente diferente, analisou o ambiente e viu que estava de volta no castelo Volkihar, quando se ergueu do leito se sentiu fraca, um seco em sua garganta lhe corroía e até para respirar exigia um demasiado esforço. Tentou se apoiar na cama mais os lençóis a fizeram escorregar e cair no chão.

Bjorn ouviu o baque e veio correndo buscando assisti-la. Quando a ergueu para a por de volta, Serana deixou o instinto lhe dominar e cravou suas presas em seu pescoço. O sangue do Dragonborn era bastante... poderoso, poucos goles foram necessários para que esta voltasse a si e percebe-se o que tinha feito.

-Estava bom?—Perguntou ele ironicamente.

Diante da fala, a mulher não fez mas que cair aos prantos. Me perdoe, gritava ela repentinamente enquanto agarrava seu braço, mas logo lembranças vieram a sua mente e então esta deu-lhe um soco o afastando.

-Porque?!!!—Gritou ela chorosa—. Porque você teve que desaparecer sem mais nem menos?! Porque?!!!! Se você estivesse aqui quando eles vieram me pegar isso não teria acontecido! Não tenho um lugar para realmente chamar de lar...esse castelo só são ruinas de lembranças do passado. Não tenho ninguém para ficar comigo... e a única pessoa que com quem eu tenho um pingo de afeição não passa de um vagabundo de estradas! Se é para você me abandonar de novo, achava melhor você ter me deixado morrer!

E com esse desabafo um estalar agudo foi ouvido.

A bochecha de Serana estava marcada pela mão pesada do Dovakhin. Sem entender o que havia acontecido, a vampira apenas ficou quieta.

-Eu não passei por todo aquele sufoco para ouvir você dizer que preferia estar morta! Esta cansada do modo a qual você leva a vida?! Então mude de atitude! Choramingar pelo leite derramado não vai mudar nada! Sinceramente Serana...essa não é você. Onde está aquela vampira que não temia a nada? Onde esta aquela vampira que colocava medo nas almas das pessoas apenas com seu olhar mortífero? E o mais importante...onde está aquela mulher forte a qual me entreguei de alma e sangue?!...Literalmente.

Com o choque sofrido diante dos argumentos, a malicia voltou em seu olhar com um retoque mais sombrio.

-Seu brutamonte desgraçado!—E com tal exclamação, esta lhe deu um empurrou tão forte que o fez trombar em direção a estante de livros. E com sua velocidade sobrenatural, saltou na direção do Bjorn encobertando sua virilidade com o cruzar de suas pernas. Os amassos se tornaram mais quentes, mais firmes e mais sangrentos. A cada beijo que a vampira dava no corpo Dragonborn, um filete de sangue escorria a partir das marcas de presas, mais é como um velho ditado nórdico diz. “O homem que vai a guerra sem se machucar, não pode ser considerado um”. E isto foi apenas uma das muitas peripécias que ambos aprontaram, afinal, é longe da luz que os demônios se soltam.


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Notas finais do capítulo

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