Fascínio escrita por Mary Ficwriter, Mary


Capítulo 1
Capítulo 1 - Fascínio.


Notas iniciais do capítulo

Iamx me inspira.



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Ele tinha olhos fascinantes, aliás, não eram somente os olhos, mas a face toda em si; um rosto pequeno e delicado. Não era a primeira vez que pensava sobre aquele detalhe. Tivera aquele tipo de pensamentos assim que botara os olhos em Kaneki.

Naquele instante, o sujeito que ostentava belíssimas tatuagens em grande parte de sua pele pensou estar diante de uma beleza diferente, entendia de belas artes afinal.

E para Uta, o adolescente era uma obra-prima.

Kaneki era a mistura perfeita; havia aquela personalidade tímida e acanhada que mesclava com aquele olhar que parecia externar a sua alma através do brilho das íris; ás vezes perdidos, outras determinados.

Ele gostava de apreciar os traços pequenos do rosto do garoto, desde o nariz arrebitado, os cílios longos, a boca vermelha e as maçãs do rosto coradas. Uta gostava do adolescente quando estava daquele jeito, gostaria de deixá-lo daquele jeito o tempo todo.

Bom, se fosse possível, não o tempo todo, mas especificamente quando estivesse em sua companhia... Como agora.

Naquele momento ele assistia deslumbrado à forma como Kaneki esforçava-se para manter os olhos abertos e fixados em si, tal como havia pedido a ele; apesar de que no momento suas palavras soaram mais como uma ordem.

A face do jovem estava completamente abrasada de forma que ele parecia febril, seus olhos estavam mais brilhantes que outrora e levemente úmidos como se quisessem derramar lágrimas e seus lábios... Ah, seus lábios estavam vermelhos e entreabertos por onde a respiração saía entrecortada e ofegante.

— Uta-san... Por favor... – Ken pediu mais uma vez naquela noite, tentando retrair o braço para junto do corpo novamente, mas Uta não permitiu, detendo o adolescente ao intensificar a pegada que exercia em seu pulso.

Era tortura brincar com ele daquela forma? Talvez. E talvez Uta quisesse ser egoísta a ponto de por a sua vontade acima do desejo do jovem.

Ele nunca teve a chance de ouvir Kaneki chamar por si daquela forma, ao menos, não com aquele tom de voz que invadia seus ouvidos e brincava com seu cérebro de forma quase sedutora, desejando ouvir aquele tom mais próximo do seu ouvido o mais rápido possível.

— Está pedindo pelo o quê, Kaneki-kun? – impetuoso, o de cabelos longos questiona.

Com a língua posta para fora da boca, Uta correu-a pelo dedo médio do jovem, fazendo-o ofegar em antecipação e se movimentar de forma desconfortável no sofá, apertando o couro preto do estofado com a mão livre, esfregando os joelhos juntos e mordendo o lábio inferior com mais força para evitar soltar outros daqueles sons vergonhosos.

Quando o tatuado separou seus lábios, envolvendo-os a ponta do indicador e médio, Kaneki não conseguiu evitar arquejar em surpresa ao presenciar aqueles lábios envolverem seus dedos, trazendo-os para dentro da boca. Era quente, úmido e estranhamente aconchegante.

Kaneki viu-se na obrigação de tapar a boca com a mão livre para impedir gemer. Em suas calças, ele sentia um volume crescer e pulsar, arqueando-se contra o tecido de sua cueca. Seu membro invejava toda a atenção que seus dedos recebiam.

Uta tinha uma boca maravilhosa. Céus, se ela estivesse tocando outras partes de seu corpo, o mais novo se sentiria muito mais satisfeito e grato. Estava tão necessitado! Naquele momento ele sentia-se puramente frustrado, pois seu baixo ventre queimava e ardia a cada chupada que seus dedos recebiam.

A língua serpenteava pela extensão de seus dedos, para logo depois o homem soltá-los e voltar a chupá-los sem pudor algum, tal qual realmente seria receber um oral, e para ajudar o homem externava o quanto estava apreciando aquilo ao reproduzir sons maravilhosos com sua garganta.

O coração do mais novo batia rápido contra seu peito e ele tombou a cabeça para trás, espalhando os fios negros no encosto do sofá, fitando o teto tentando manter a calma e estabilizar as batidas de seu coração. Sua mão livre subiu para seus cabelos, afastando a franja da testa molhada pelo suor, os olhos nublados pelas sensações que eu corpo sofria graças aquela pessoa.

Como ele gostaria de sentir a língua de Uta em outras partes de si. E não só a língua, mas a boca, as mãos, todo pedaço daquela pele marcada por agulhas. Kaneki suspira tentando conter os hormônios que corriam pelo seu corpo como fogo líquido em suas veias, a respiração saindo em calças curtas pelo seu nariz.

O silêncio do garoto chamou a atenção do homem, que ergueu os olhos, curioso do por quê da falta do sons que tanto lhe apraziam e a imagem que vira, não o agradou: O garoto havia parado de olhá-lo. Uta possuía uma natureza carente afinal, e ele não havia permitido que o garoto fixasse os olhos no teto, ele queria a atenção dos olhos de Kaneki para si mais do que qualquer outra coisa.

Sem abandonar os dedos do mais novo de sua boca, Uta levou uma das mãos para tocar o quadril do garoto, sentindo no tato o tecido fino da camiseta, o mesmo que ele fez questão de atravessar quando enfiou a mão por dentro da peça. Agora, sem impedimentos, ele tocou a pele macia do rapaz, apertando de leve, suas unhas pintadas de preto deixando marcas no quadril delgado. O mais novo pareceu aprovar aquela atitude ao suspirar e sendo atrevido o suficiente para inserir outro de seus dedos por entre os lábios do homem, fazendo Uta sorrir antes de libertar os dedos do garoto de sua língua atrevida, beijando-os nas pontas com carinho.

— Ah, Kaneki-kun... – murmurou com tom de desaprovação. – Você desviou o olhar.

O garoto lembrou-se pela primeira vez que não devia ter feito aquilo. Uta havia lhe ordenado permanecer olhando para ele a cada segundo. Mas antes que pudesse se desculpar pela sua falta de tato, se viu preso contra o estofado quando o de cabelos compridos escalou suas pernas, pousando as próprias cada uma ao lado do seu corpo e a mão que antes lhe arranhava o quadril, agora subia para seu peitoral; a unha comprida eriçando seu mamilo.

Kaneki sentiu sua face arder ainda mais quando sentiu a respiração quente do Ghoul junto à cútis de seu pescoço e a mão livre do mais velho agarrando os curtos cabelos de sua nuca. Uta aspirou profundo rente a pele, o cheiro do sabonete do banho recém-tomado ainda estava ali, ele não se conteve, e logo seus dentes cravaram-se no pescoço do mais novo de forma quase dolorida, fazendo o mais jovem gemer em protesto.

Aquilo deixaria marcas mais tarde.

O homem afastou-se para encarar a face jovial, encontrando aquele corar adorável na face de Kaneki. Encostando sua testa a do mais novo, ele engoliu aquela visão maravilhosa com os olhos libidinosos enquanto mordiscava o piercing de seu lábio, seu polegar brincando com o lábio inferior do garoto, testando a maciez da carne do beiço.

— Você me desobedeceu, sabe o que eu faço quando age dessa forma, não sabe?

O jovem assentiu com um manear de cabeça, sentindo a face do outro se aproximar mais de si enquanto os olhos cerravam-se. Suas respirações unindo-se em uma única sintonia antes de ele sentir o metal dos piercings de Uta tocar sua boca e naquele momento, Kaneki Ken chegou à conclusão de que melhor do que sentir a língua do homem em seus dedos era senti-la em sua boca, junto à sua.

O estalo do primeiro beijo soou pelo estúdio, seguido de muitos outros sons que eram, na perspectiva de ambos, uma quebra de silêncio no mínimo agradável.


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Notas finais do capítulo

Oi!.

Uma vez a @balial963 (conhecida como pamecchi, também chamada como Pameki, também conhecida como "Miga") disse que queria fazer um desenho, me dando como ídeia inicial algo assim, então eu resolvi escrever essa texto para ver se ela se inspirava em desenhar, mas não rolou, faz o quê, uns dois meses? HAHAHA

Enfim, não achei justo o texto ficar lá parado por tanto tempo, por isso resolvi postar :)
Espero que tenha curtido, se sim, me digam o que acharar, por favor :)
Me sigam no twitter @chanceuxNeuf e podem dar uma olhada na minha página no facebook (links no meu perfil)

Mil beijos, e até uma próxima quem sabe :)



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