Não Sou Nenhum Herói. escrita por Ally Rocket, Am0rim


Capítulo 40
A verdade & Lembrando.


Notas iniciais do capítulo

Oi! Desculpem a minha demora, mas tinha e ainda tenho muitos trabalhos da escola para fazer. Umas coisas a seguir à outras. Mas hey...Voltei!!

Muito obrigada:
—Pamela e
—BellaR5er
pelos vossos comentários. Capítulo dedicado a vocês :)

Eu acho que vão gostar deste capítulo... ou talvez não... não sei, só lendo kkk.
Espero que gostem.
Beijos,
#AR.



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POV Austin

Uma semana, já lá vai uma semana desde o que aconteceu com o Jake. Ontem à tarde saí do hospital, depois de muito pedir e prometer que teria cuidado, estaria em repouso e não fazia nenhuma loucura que me levasse de volta para lá.

Esta foi a semana mais dolorosa em toda a minha vida. A Ally saiu do hospital no dia depois do incidente e desde então ainda não a vi. Sei apenas como está pelo Sam e pela Mia.

O maior problema é que não consigo parar de pensar na Ally. Tudo o que faço me lembra dela, todos os meus pensamentos vão dar a ela e já nem sei como estar. Nunca pensei que um dia me iria sentir assim por alguém.

Neste momento a minha vida não faz sentido sem ela. Nós passávamos o dia sempre um com o outro e juntos, que não sei como agira ou o que fazer ao certo. Sem ela as coisas não fazem sentido.

Passava horas e horas no meu quarto, deitado na cama com a cabeça sobre os braços a encarar o teto, pensando na Ally, em tudo o que já ultrapassámos, em todos os nossos momentos juntos.

Pensando no seu pequeno corpo aconchegado ao meu, enquanto acaricio os seus cabelos ou apenas nos abraçamos. Nos seus lábios junto aos meus nos deixando sem fôlego. Até de quando temos aquelas implicâncias matinais.

De tudo o que imaginei que poderia acontecer... Insto não fazia parte, este sofrimento, ter a Ally longe sem se lembrar de mim. Pelo menos ela está bem, o único problema será pelo pai, sei como se sente. Ver o pai morrer bem na sua frente e não poder fazer nada é horrível. O pior sentimento de todos. 

O bom é que, ainda não sei bem como, estou a conseguir recuperar um pouco sobre os meus pais. Já não tenho a mesma angústia que tinha antes cada vez que eles são o assunto a ser falado.

—Austin? - Ouvi ao baterem à porta. - Posso?

—Sim. - O meu tio entrou, fechando a porta, e se sentou do meu lado. Me sentei e o encarei.

—Temos de falar.

—Aconteceu alguma coisa?

—Não exatamente. É algo que você quer saber já faz um tempo. - Olhei para ele confuso por um tempo até perceber do que ele falava.

—Vai finalmente me contar o que os meus pais nos escondiam?

—Sim, mas quero que ouça tudo até o fim. - Assenti. - Muito bem. Há dez anos os seus pais entraram para uma organização de espiões. Ao longos dos anos foram evoluindo e melhorando os seus trabalhos, se tornando os melhores... Nos dois últimos anos eles andavam a investigar o caso dos Hudson, mas não conseguiam quase informações nenhumas e as coisas estavam a ficar mais perigosas. Eles decidiram que se iriam ausentar por uns tempos até porque a sua segurança, assim como a do Ash, estavam em primeiro lugar. Por isso é que eles estavam sempre a viajar.

—Porque nunca nos contaram? - Perguntei me levantando e caminhando até o outro lado do quarto tentando assimilar tudo o que me foi contado.

—Eles não queriam que vocês decidissem fazer o mesmo que eles e se juntassem à organização.

—Eles corriam perigo, podiam morrer em qualquer missão e não queria que eu seguisse o meu sonho de cantar... Não posso acreditar!

—A maior parte das pessoas que eles salvavam e ajudavam eram artistas Austin. Eles tinham medo que algo te acontecesse.

—E se algo lhes acontecesse a eles como aconteceu? Eles pensaram nisso? Não, não pensaram! Eles não tinham o direito de nos esconder uma coisa dessas e você também não.

—Eu só soube quando o caso dos Hudson me foi entregue. Mas porque queria que eu ou eles contassem? Não ia resolver nada.

—Ia sim.

—Como? Ia se juntar à organização para se vingar? - Não falei nada. - Por essa razão é que eles nunca contaram. Eles temiam que algo assim acontecesse e um de vocês decidisse se vingar e depois teriam o mesmo destino que eles.

—Eu quase tive o mesmo destino que eles e ainda hoje não me consigo perdoar por não os ter conseguido salvar! Eu passei um ano a sofrer pelo que aconteceu e mesmo sabendo que o acidente não foi culpa minha, continuo a sentir que podia ter feito mais, continuo a sentir que os podia ter conseguido ter tirado daquele carro.

—Se tivesse tentando provavelmente não estaria aqui hoje. Você sobreviveu por pouco e não estava no carro.

—Eu preciso apanhar ar. - Peguei o casaco, que estava sobre a cadeira, e saí do quarto. Desci as escadas e saí de casa.

Como é que os meus pais foram capazes de fazer uma coisa destas? Ainda não acredito que não queriam que eu seguisse o meu sonho de ser cantor, mas não haviam problema em serem espiões e correrem perigo.

Até posso tentar entender o porquê de não me terem contado nada sobre serem espiões, porque se soubesse que o eram quando morreram sem dúvida que iria para a organização para descobrir quem fez os tentou matar ainda por mais revoltado como estava.

Por não quererem que eu e ou Ash tomássemos a decisão de fazer o mesmo que ele é que nos impediam de seguir certos caminhos e fazer certas escolhas. Por isso é que queriam que trabalhássemos na empresa.

Estava tão distraído com os meus pensamentos que não reparei para onde iam que acabei esbarrando com alguém.




POV Ally

Neste momento estava a tomar café no Starbucks. Desde que saí do hospital tenho vivido com a minha mãe e não me sinto tão confortável quanto devia. Sinto que falta alguma coisa. Que viver e estar com ela não é o mais correto.

Talvez seja porque não me recordo das coisas. Talvez porque ainda esteja confusa. Ou porque neste momento nada parece fazer sentido. Nada parece certo.

O bom de tudo isto é que a Mia e a Trish estão sempre comigo. Elas ajudam com as minhas dúvidas, as minhas incertezas e complicações. Tentam de tudo para eu me lembrar, nem que seja do mínimo.

Honestamente... Acho que os momentos em que os momentos que estou com elas parecem ser os mais verdadeiros. Sinto que não é algo novo e sim como se recordasse o coisas que já fizemos e vivemos.

O Sam e eu também temos passados algum tempo juntos. É ótimo o tempo em que passamos um com o outro. Ele é um ótimo irmão e apesar de toda esta relação de irmãos entre nós ser algo novo, é bom, porque sei que posso contar com ele para o que precisar. Ele está lá para mim quando preciso desabafar. Ele faz muito bem o papel de irmão mais velho.

Quanto ao Jake... Falamos o razoável quando acontece nos encontrarmos no parque ou quando ele está com o Sam. Ainda não consegui esquecer o que aconteceu no hospital entre ele e o Austin.

Já o Austin não sai da minha cabeça. Não consigo parar de pensar nele por nada. Qualquer coisa que faça me faz lembrar do loiro. Cada vez que vejo o Jake me lembro do loiro. Sempre que a Trish e a Mia falam para me ajudar a tentar das coisas penso logo nele e é isto.

Ele não sai da minha cabeça por nada. Tudo vai dar a ele e já não sei mais o que fazer. Nunca quis tanto me lembrar de tudo. Só não quero recordar de mais momentos como a morte do meu pai. Isso é o que mais tenho medo que aconteça. Não sei se serei capaz de suportar a dor de saber que perdi mais alguém.

É melhor deixar de pensar sobre isto ou ainda fico louca. Terminei o meu café e saí do Starbucks. Não sabia bem para onde ir exatamente. Talvez apenas passear pelas ruas até o parque.

Todos esses pensamentos foram interrompidos com alguém vindo contra mim, me fazendo cair. Olhei para cima pronta para me desculpar por estar distraída e não prestar atenção para onde estava a ir até ver o Austin olhar para mim, os seus fios loiros caídos sobre a testa, alguns cobrindo os seus olhos.

(...)

Estava a andar no corredor da escola, quando, pelo caminho, esbarrei com alguém. Olhei para cima e encontrei um par de olhos castanhos a olhar para mim. Podia ver a dor e tristeza em seus olhos. Foi então que vi o rosto de quem aqueles olhos pertenciam.

—Eu peço ... desculpa - Digo distraidamente.

Ele não disse nada. Os seus traços faciais mantiveram-se inalterados. O menino tinha cabelos loiros brilhantes, alguns cobertos por um gorro cinza. Não conseguia parar de olhar para aqueles olhos castanhos tristes, mas antes que pudesse dizer outra coisa o misterioso loiro de olhos castanhos foi embora.

(...)

Estava a caminhar tão distraída, que não reparei que alguém vinha na minha direção, até esbarrarmos e cairmos no chão.

—P-peço imensa desculpa, eu estava distraída e...Austin? - Olhei para ele, enquanto nos levantávamos. Olhei-o nos olhos e estavam iguais ao primeiro dia que o vi, frios, tristes e sem brilho, assim como o seu rosto que não transmitia nenhuma emoção.

(...)

Saí do banheiro, depois de uma banho bem relaxante. Como não me lembrei de escolher a roupa antes do banho agora teria de o fazer. Quando estava a ir para o criado-mudo ao lado da cama alguém entra no quarto e vem contra mim, nos fazendo cair.

Olhei para cima vendo que tinha sido o Austin. Até podia dizer que não era algo fora do normal, mas era, porque eu estava apenas de toalha. Estava morrendo de vergonha naquele momento, as minhas bochechas ardiam e tenho a certeza que estavam piores que um pimentão.

—Peço esculpa. Não sabia que estavas aqui!

(...)

Estava no meu quarto quando batem à porta, então me levanto da cama e abro encontrando o Austin.

—Oi.

—Oi Austin. O que se passa?

—Nada, eu... Eu só queria dizer boa noite.

—Isso é tudo?

—Sim

—Ok, então boa noite.

—hum... Sim... Boa noite!

Sorri e fechei a porta. Não soltei a maçaneta apenas foquei o meu olhar na porta pensando se o devia ou não fazer, decidindo por fim que sim então abri a porta, segurei o rosto do Austin e o beijei.

—Boa noite Austin. - Digo sorrindo, depois de nos afastarmos.

—Humm....b-boa noite Ally. - Ri e fechei a porta novamente, desta vez me afastando definitivamente e me deitei.

(...)

Eu e o Austin estávamos perto um do outro, as suas mãos estavam no meu rosto e ele começou a se aproximar. Os meus olhos fecharam quando os nossos narizes já se roçavam. Senti os nossos lábios roçarem e a mão do Austin foi até o meu pescoço, enquanto a outra acariciava a minha bochecha. Ele virou um pouco o rosto roçando mais uma vez os nossos lábios, antes de por fim, os juntar

Os nossos lábios moviam em sincronia e parecia que ambos necessitávamos deste beijo. Infelizmente o tempo parece passar rápido e o meu ar começa a se esgotar. O Austin sela o nosso beijo com vários selinhos, ainda acariciando a minha bochecha. Após recuperar minimamente o fôlego juntei novamente os nosso lábios.

Este não foi um beijo demorado. Até porque uns segundos atrás terminámos um beijo longo, mas mesmo assim foi um ótimo beijo. Até porque tinha os seus lábios nos meus e nada melhor que isso. Abri os olhos e olhei para o Austin, os seus olhos continuavam o que me fez sorrir.

Os seus olhos abriram e olharam os meus, ele sorriu colando de novo as nossas testas. A única coisa que podia pensar neste momento era no nosso beijo.

(...)

Tomei a iniciativa e o beijei. Um beijo com emoções mútuas. Os mesmo sentimentos. A mesma paixão. A mesma urgência. A mesma densidade. Sem dúvida o melhor beijo de sempre. Senti as mãos do Austin soltarem as minhas e logo depois segurarem a minha cintura, puxando o meu corpo para o seu e as minhas mãos foram até o seu pescoço. Ao fim de longos minutos o ar começou a faltar e, infelizmente, tivemos de nos separar.

Os nossas narizes roçavam, eu continuava com os olhos fechados e o Austin tentava juntar mais, impossívelmente, os nossos corpos. Sorri e abri os olhos encontrando os do loiro que mudou completamente a minha vida.

(...)

Me levantei da cama tendo cuidado para não acordar a Mia. Então saí do quarto e fui até o do Austin. Bati na porta e ele me mandou entrar.

—Ainda bem que veio! - Me deitei do seu lado colocando a cabeça sobre o seu peito, enquanto os seus braços rodearam a minha cintura - Porque não consegue dormir?

—Não sei. Só não consigo. - Ele começa a acariciar os meus cabelos e a minha mão que estava sobre o seu peito.

Não sei o porquê, mas depois de um tempo os meus olhos começaram a pesar e o sono decidiu finalmente aparecer. Não queria adormecer. Queria aproveitar o momento.

—Dorme pequena. Você está cansada.

—Não quero. - Ele riu.

—Quer sim. Eu também já estou a ficar com sono, mas não vou consegui dormir enquanto você não dormir.

—Está bem. - Levantei a cabeça, beijando os seus lábios de leve e voltei a deitar a cabeça sobre o seu peito. É tão bom dormir abraçada ao Austin.

Deixo o sono me vencer, fechando os olhos, mas não antes de ouvir o Austin murmurar: "Dorme bem pequena" e depositar um beijo na minha testa.

(...)
 

—..ly! ...Ally! ...Ally! - Olhei para o Austin e percebi que ele olhava para mim preocupado. - Está tudo bem?

—Sim! Está sim.

—O que aconteceu? Já estava a ficar preocupado.

—Eu... Eu... - Apenas sorri e me joguei em cima dele o beijando.

Levou alguns segundos para o Austin se recuperar do choque e retribuir. As suas mãos seguraram a minha cintura juntando mais os nossos corpos e os meus braços rodearam o seu pescoço. O beijo era calmo, mas urgente e cheio de emoções. Intenso e necessitado.

Depois de longos minutos, ou apenas segundos, não sei bem, nos beijando. Acabámos por nos separar com vários selinhos. Olhei o seu rosto e esperei e sorri, vendo o seu sorriso meio confuso.

Não esperei ele falar alguma coisa e simplesmente o beijei novamente.

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Beijo: http://howtokissgifs.com/wp-content/uploads/2015/03/kissing-gifs-5.gif

E quanto aos pais do Austin o que acharam? Desconfiaram que eles seriam espiões? ...Yay! A Ally lembrou de tudo! (Finalmente! Kkk)

E então? Gostaram? Amaram? Não gostaram? Odiaram? Comentem!!
(Peço desculpa qualquer erro)
Beijos doces xD