Nossa Amável Justiça Vingativa escrita por Fada Dos Tomates


Capítulo 12
Ridículo e Fofo


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap com a dona Morte sendo a filósofa de plantão novamente.
Awn, o Kori é um fofo!
E meu shipp está esquentando...



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Kori

Está acontecendo de novo. Estou morrendo pela terceira vez.

Era só o que me faltava, uma doida se apaixona por mim e que me matar. Que louco mataria quem gosta? E depois ela disse que iria matar a Hikari! Ora, sabia que trazer a Aika aqui só traria problema!

Não consigo respirar com todo esse sangue saindo por minha boca e de meu nariz, não consigo pensar direito com toda essa dor acumulada ao ódio e ao medo.

Quer saber? Nem me importo com a morte, depois de ter morrido duas vezes nem sinto tanto medo. Mas é tão doloroso que não posso evitar os berros e o choro de pavor no meio deste inferno escarlate. Por que ainda não estou morto?! Por que tenho que suportar esse sofrimento inacabável?! É uma droga!

Só o que consigo mentalizar são reclamações fúteis sobre a vida e as pessoas ao redor. Mesmo depois de tudo continuo a odiá-los, não é? No final sou mesmo um demônio.

Então por que não me torno logo um demônio e isso tem um fim?!

–Você é tão ridículo!

O tempo parece congelar, por algum motivo não sinto mais dor. Morri? Não tenho essa sorte. Quem diabos é aquele idiota encapuzado ali?! O que está havendo?!

–Acha mesmo que Kami te deixará morrer? – diz a pessoa, a voz é um pouco grave, mas é feminina.

–Huh? Você é Kami por acaso? – pergunto insolente, estou cansado de ter medo. Tô nem aí para Kami ou pra morte, quero destruir tudo e desaparecer assim como Dely que nem merecia.

–Você não odeia todos – nega a mulher – Você tem medo.

–Quê?! Como você pode saber?! Do que tenho medo?

–Das pessoas – responde.

–Hunpt – suspiro – Isso é ridículo! Não tenho medo de nada!

–Mentiroso, cético, medíocre. Qual seria a melhor palavra para te descrever? – devaneia ela.

–Ah, isso não faz sentido! Quem é você afinal? – indago impaciente.

–Fofo – fala ela de repente.

–Quê?! – protesto – Você me chamou de “fofo”?! Mas que palhaçada!

Em toda a minha vida (e morte) nunca me disseram tamanha blasfêmia! Isso soa gay! Parece até que estou sujo ou sei lá (homofóbico). Sempre me esforcei para ser o menos fofo possível e o que ela diz?! Parece até minha família idiota falando... “Ele é tão fofinho! Parece até um bichinho! Dá vontade de abraçar!”... Argh! Que horrível! Estou no Inferno!

–Você é fofo – repete a mulher me deixando com mais nojo.

–O que eu fiz pra ser fofo?!

–Você tem medo de se machucar, por isso diz que odeia as pessoas – diz – Não sabia? A raiva vem do medo. Um grande dilema, não é? Sabe que é verdade. E isso te impede de ser um demônio. Ainda precisa das pessoas e enquanto precisar será terno como uma criança.

–Não sou fofo! E não preciso das pessoas! Que idiota! Você é louca?! – reclamo.

–Sei que precisa, porque é só com elas que consegue sorrir, com a Tsumi, a Aika, a Hikari... Você as ama.

–Não! – discordo – Não amo ninguém!

–Mentira, mente como uma criança. Admita, você as ama. E será melhor admitir logo, não quero ficar aqui muito tempo e aposto que você também não.

Como eu poderia amar aquelas garotas? Tsumi que adora mandar nos outros, me matou, matou Dely...e colocou algo esquisito no meu refri, me fez usar nekomimi e me prendeu com uma coleira! E mesmo assim me fez rir...

Aika que teve a audácia de quase me matar, querer matar a Hikari, trouxe problemas, me deixou irritado centenas de vezes e...me abraçou quando eu estava lamentando a morte de Dely, sem me consolar porque sabia que não adiantaria, só me abraçou...

E Hikari...aquela garota que consegue sorrir mesmo nos momentos difíceis, que vê a vida como um jogo e tem medo da solidão. Aquela que eu adoro provocar e que aceitou dormir em cima do telhado acariciando minha nuca enquanto eu a abraçava.

–Não posso odiá-las – concluo – Não posso odiar nenhum deles.

–Exato – concorda a mulher – Agora vá e diga a eles. Diga a Kami, mostre o que é alegria.

O que é a alegria? O que ela quis dizer com isso?

–Saiba, Kori – o cenário começa a ficar embaçado – Alegria, felicidade é quando estamos no nosso lar e nosso lar é onde podemos ser nós mesmos, onde as pessoas nos amam. Todos são felizes quando tem esse lar e apesar de não perceberem, essa é a imperfeição mais perfeita que existe. Kami não teve isso, lembre-se.

Ah, então é isso.

###

–Kori! Kori acorda! Kori! – mãos quentes e macias sacodem meu rosto suavemente.

Meu rosto toca de leve algo fofo e macio. Oh, espera...Não acredito!

–Hum... Isso é bom! – murmuro esfregando o rosto nos seios de quem quer que seja. É um sonho ou estou no paraíso?

–Kori, seu...

Sem eu esperar levo uma voadora que me faz sair rolando e bato com a cabeça numa parede, abro os olhos e vejo a realidade: estou em nossa casa abandonada. Hikari está sentada na cama cobrindo-se com os braços...é impressão minha, ou seu nariz está sangrando?!

–Kori, vo-você... – gagueja ela totalmente corada.

–Ah, então os seios eram seus?! – me seguro para não rir ou começar uma hemorragia nasal, ela é tão...gostosa.

–NUNCA MAIS FAÇA ISSO SEU PERVERTIDO!!! – berra ela repentinamente.

–Hum, o clima entre os dois...

–AH! Tsumi! – levo um susto da garota que aparece de repente.

–Oi! Não destruímos a casa! – anuncia ela – Bem...não toda ela.

–Eu já imaginava – comento suspirando.

–A culpa é dela! – protesta Gekkou – Essa demônia colocou uma coisa estranha no refrigerante e eu quase violentei a Aoi que enlouqueceu, mas é que aquela anja é tão gostosa e...

–Tá, não preciso dos detalhes – o calo.

–Vai dizer que não gostou da punição, cachorrinho – sussurra Tsumi perto dele (um sussurro que se ouve nos EUA).

–Não sei o que está havendo aqui entre os dois – digo meio que em choque – Mas por favor, deixem-nos a sós se for pra falar besteira!

–Ah, ele quer ficar a sós com a namorada – fala Tsumi.

–Hikari não é minha namorada! – nego envergonhado, nunca nem sequer tive uma namorada.

–É ficante? – questiona Gekkou – Peguete? Amizade colorida?

–SAIAM! – ordeno.

Depois de eles saírem, Hikari me conta o que houve no Inferno. Disse que me encontrou sendo morto por Sapphire e depois da luta delas fizeram um acordo e Sapphire me curou.

Encontrou Aika sendo comida por um garotinho Oni, um tal de Johann (sim, é sendo “comida” no sentido que você está pensando)

Conto a ela sobre a mulher do sonho e minha ideia de derrotar Kami.

–Não vamos derrotá-la – digo – Vamos ajudá-la.

Por alguma razão ficamos nos encarando paralisados por um tempo. Fico entorpecido por seus olhos amarelados como os de um gato (tentando não olhar para outra coisa)

–Kori...

Um impulso me leva a empurrá-la para a cama e ficar em cima dela. Que diabos estou fazendo?!

–Kori... – geme ela.

–Você... – não sei o que dizer ou fazer - ...ainda tem um namorado?

Por que eu fiz essa pergunta ridícula?!

–Pra falar a verdade... Não – responde.

Acho que isso não importa. Nada importa. Somente nossos sentimentos entrelaçados num amor desconhecido. É algo ridículo afinal. Mas eu amo.

Eu poderia amar de novo?


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Notas finais do capítulo

Ah, cara! O Kori é tão pervertido! Chega e fala o que quer e o que pensa! Nossa esses dois! O que fizeram? ....
Há, vou deixar a imaginação das crianças fluírem, pois eu não vou contar hehe
Até



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