Orcs Must Die escrita por Deschain


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Muita história pra escrever e mais uma aparecendo. Me batam.



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Algumas pessoas acreditam em amor a primeira vista, outras acham pura bobagem. Eu com certeza fazia parte do segundo grupo, até o dia que eu vi acontecer: aquela tensão, o mundo a parte, as duas pessoas interligadas por algo invisível, os olhos brilhando, as pupilas dilatadas e aquele sorriso fácil no rosto. Uma coisa bonita de se ver. Bem, ao menos seria se as duas pessoas em questão não fossem o meu melhor amigo e a minha namorada.

Ninguém tem um manual de emergência que ensine como agir em determinada situação e ninguém imagina que o melhor amigo e a namorada vão se apaixonar instantaneamente, sem ao menos trocar uma palavra. Senti a vontade de vomitar surgindo enquanto observava os dois, a mulher que eu amava e o meu irmão, se olhando como se nada mais existisse no mundo. Eu sempre achei que só peixes e crianças vidradas em televisão não piscassem, mas, aparentemente, quando o cupido - o filho da puta - atinge você, não quer saber se seus olhos precisam de lubrificação. Pelo visto, também cagava pra regras sociais, decoro, amizade ou o que mais fosse.

Minha cabeça entrou em pane, eu acho que sim, pelo menos. Você não pensa que talvez tenha deixado a torneira pingando em casa quando uma situação crítica do tipo está se desenrolando a sua frente. Eu tentei, juro pra vocês, que eu tentei focar no diálogo que eu deveria puxar pra quebrar aquele momento antes que fosse tarde demais, mas já era tarde demais. Eu estava com a mão na cintura dela e mesmo assim sentia que estava tocando a propriedade de outra pessoa. Vocês não têm ideia de como é perder algo querido sem nem ao menos poder lutar contra.

De repente, eu era a vela. Inacreditavelmente eu tinha ido ao cinema com a minha namorada e acabei virando vela dela e do meu amigo - eu ainda posso chamar qualquer um dos dois assim? -. Ela não se afastou de mim, eles não se tocaram em momento algum e isso tornava a situação toda ainda mais deprimente.

Então, quando os gritos e explosões começaram não foi surpresa eu ter me sentido aliviado. Que venha o fim do mundo! Qualquer coisa a partir daquele ponto era plausível e muito bem vindo. Apareceram os portais e eu via, como um observador a parte, os dois se olharem preocupados e gritarem comigo. Então vieram os Orcs ou o que quer que sejam aquelas coisas armadas com facões e eu sorria estático enquanto observava ele agarrar a mão dela, gritar algo, os dois olharem pra mim uma última vez e saírem correndo.

Só quando os dois sumiram da minha visão eu senti o sorriso morrer, quase podia ouvir meus músculos gritarem aliviados. Pela primeira vez um calor tomou meu corpo, uma sensação de plenitude - algo como aquilo que você sente depois de uma boa transa -: eu tinha finalmente pensado em como lidar com aquilo. Era tão simples.

O primeiro Orc que me atacou conseguiu me machucar, os outros não. Pensei naquilo como um treinamento pro futuro. Não importava que algumas pessoas me olhassem banhado naquele mar de sangue e achassem que eu era alguma espécie de herói. Ho-hooo. Aquilo era apenas um aperitivo comparado ao que queria: as cabeças daqueles dois filhos da puta.


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Notas finais do capítulo

A história vai ter pontos sérios, mas foi feita mais pra me divertir, então se preparem que vai rolar muita loucura e onda e treta e coisa sem pé nem cabeça (mas que eu vou tentar explicar de algum jeito).



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