Almost Lover - Parte 1 escrita por Lady Rogers Stark


Capítulo 18
D E Z O I T O


Notas iniciais do capítulo

Vocês devem estar se perguntando: "O que raios ela está fazendo em plena terça feira postando capítulo?" Bom, a tia aqui vai explicar. Devido a um erro meu, eu acabei pulando um capítulo. A ordem aqui no nyah estava certinha, porém o conteúdo não. Esqueci de postar o capítulo dez, pulei e no lugar postei o onze. Ou seja, deu um maior trabalhão consertar tudo. E para manter a ordem tudo certinho, postarei o próximo, e agora sim, está tudo certinho.

Ainda irei consertar as notas iniciais e finais de cada capítulo editado (do D E Z ao D E Z O I T O). Sabem que eu tenho muito trabalho ainda pela frente, não é? KKKKK Voltem ao capítulo dez e deem uma olhadinha. Pulei o capítulo, justamente aquele que eu mais gostei de escrever e mais estava ansiosa para postar.

Peço desculpas por isso, mas erros acontecem, e isso não vai se repetir.

E aproveitando, só quero avisar que tenho a fic pronta! Completamente pronta! Finalizada! Juro! Agora falta a parte dois. Comecei a escrever o início, mas ainda tem um longo caminho pela frente.

Bom, é isso.



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Só comecei a ter indícios que estávamos chegando na Califórnia um dia e meio depois, era quase noite, o céu estava começando a perder o tom de laranja. Liguei para o meu pai que disse que Howard havia acabado de comemorar, ri disso. Acelerei um pouco mais, mas sem ficar acima do limite de velocidade, eu não gostaria de receber uma multa hoje. Quase uma hora depois, e Brianna ainda dormindo no carro, subi a pequena estradinha de asfalto que leva até a mansão do meu pai. Estacionei o carro e acordei Brianna, que típico do clichê de viagens longas, ficou espantada pela rapidez da viagem, ri dela por causa disso.

—Emily! – alguém gritou me chamando vindo da entrada, Howard correu até mim me abraçando forte. Sorri feito uma idiota e retribui ao abraço morrendo de saudades daquele meu irmãozinho.

—Howard... – falei fechando os olhos e aproveitando o carinho, ele estava bem maior do que eu me lembrava, já estava batendo no meu ombro, e sua barba estava espetando o meu braço, e seus cabelos castanhos escuros feito os meus e do meu pai estavam quase nos ombros.

—Tá bom, já abraçou, agora é a minha vez  – reclamou meu pai andando até mim. O meu irmão se afastou e foi cumprimentar Brianna, e eu fui abraçar o meu pai, que mesmo não contando para ele, morria de saudades. O abracei forte demais e ele reclamou, ri dele.

Depois de ter a breve discussão entre Howard e Brianna, pois o meu irmão não gosta de ser chamado de “tio”, rimos disfarçadamente e entramos. Eu e Brianna, morrendo de saudades da Pepper, a abraçamos com força. Tanto o meu pai quanto a Pepper estavam ficando mais velhos, isso é óbvio, mas o meu pai com problemas de coluna e os cabelos da Pepper ficando mais brancos a cada ano, isso me deixou preocupada pelo tempo estar passando mais rápido do que eu gostaria.

Um empregado pegou as nossas coisas do meu carro e levou até os quartos que serão nossos durante a nossa estádia aqui. Brianna ficou imensamente feliz por ter um quarto grande feito aquele, e ainda com direito a pulinhos de alegria. E o meu quarto era a minha cara agora, elegante e moderno, mas aposto que no fundo do fundo, Steve não gostaria da decoração, apesar dele nem ligar muito para isso, e muito menos estar aqui comigo.

Uma cama de casal, que caberia três de mim estava posta de frente para a parede com um imenso armário e um lugar onde seria a televisão, mas como aqui as coisas são mais “futurísticas”, era praticamente enfeite. Os armários estavam ao redor, pequenos, apenas para guardar pequenos objetos. E o closet era maior do que o da minha casa, caberia quatro vezes as roupas que eu tinha. E a varanda estava do lado esquerdo da cama com uma linda vista da praia de Malibu, que rugia um vento delicioso na minha pele.

Comecei a desfazer a mala, e Howard disse que o jantar estava quase pronto, o agradeci e acelerei com o trabalho. Quando terminei, tomei um banho e troquei de roupa, e ainda passei no quarto da Brianna, que já havia terminado tudo e estava no celular em cima da cama, a chamei e ela levou o aparelho, mas a adverti para não usar sobre a mesa. Reclamando, descemos as escadas e logo senti o agradável aroma do jantar, eu chutava que seria peixe.

Me sentei na mesa e Brianna ao meu lado, Howard na minha frente, o meu pai na ponta da mesa, e Pepper logo chegou com o prato principal, pois todos os acompanhamentos já estavam lá. Agradeci a Pepper pelo delicioso jantar quando terminamos, e fomos para a sala, a ruiva, Tony e eu com taças de vinho, e Brianna e Howard foram para a sala de jogos no andar de cima.

—E então Emily, quer nos falar o que aconteceu agora? – perguntou Pepper de pernas cruzadas no sofá ao meu lado, e meu pai na poltrona de couro. Suspirei e tomei todo o resto do vinho deixando a taça vazia em cima da mesa.

—Primeiro o senhor tem que prometer não fazer nada, isso é problema meu – aviso me referindo ao meu pai, que revirou os olhos. Eu tinha que garantir que o meu pai não fosse fazer nada, tipo dar o troco nele. Mesmo se passando longos anos, quase quinze anos, meu pai nunca foi muito fã do Steve, e ainda não é, ainda com tudo isso que está acontecendo, as chances são grandes demais do meu pai fazer besteira para arriscar.

—Primeiro, senhor é o seu avô, não eu. Segundo, não prometo nada, e pelo visto, é algo que eu não vou gostar – adivinhou o moreno, e assenti com a cabeça – Prossiga – disse tomando um gole grande do vinho.

—Ah... Eu não sei como fazer isso... – admito meio receosa. Eu não sabia se contava que o Steve me traiu ou se simplesmente contava que iriamos nos separar. Eu tive quase quarenta horas de viagem para pensar nisso e não havia chegado a uma conclusão – Nós vamos nos separar – revelo nervosa e receosa.

Pepper ficou espantada, e mal acreditou naquilo, e eu apenas expliquei tudo, cada detalhe, e o casal prestou bastante atenção em mim, e eu não teria como agradecer a ela por isso, pois eu precisava de alguém para conversar, desabafar, e eu tenho certeza que Pepper seria ideal para isso.

Ocultei o fato que Loki estava aqui, na Terra, pois mesmo nenhuma consequência daquela época em que ele tentou dominar Midgard ser aplicada nele, quase ninguém confiava nele como eu e Thor, nós dois erámos as pessoas que tinham um carinho pelo Loki especial, erámos amigos dele acima de tudo, e espero que continue assim.

Terminamos de conversar quase uma hora depois, e eu já estava um pouco tonta por causa do vinho, e subi para o meu quarto, e ouvi Howard e Brianna discutindo novamente, suspirei e coloquei fim aquela discussão desnecessária. E só assim, arrastando os pés, entrei no meu banheiro, coloquei a banheira para encher e entrei nela nua, era o que eu mais precisava.

A porta estava fechada, e minha cabeça pendia para trás, e uma toalha enrolada estava protegendo a minha nuca e servindo de travesseiro. Meus braços começaram a se movimentar devagar pela água morna, criando leves ondulações. Suspirei totalmente calma, como eu só era a anos atrás. Era exatamente aquilo que eu precisava.

Fechei os olhos e uma imagem veio até a minha mente. A imagem de mim e Steve numa banheira como essa, juntos, ele me abraçando por trás e minha cabeça deitada no seu peito, e como era bom aquilo! Ele me fazendo rir, me beijando e dizendo coisas bonitas.

Espantei aquele pensamento balançando a cabeça, e abri os olhos. A janela do banheiro estava aberta entrando vento. Saí da banheira e fechei eu mesma, e voltei para a banheira. Relaxei novamente escorregando um pouco. Mas novamente, como uma praga, ele me veio à mente.

Dessa vez era eu e ele no chuveiro, tomando banho juntos, abraçados, protegendo um ao outro, e como eu agarrava seus ombros, sua nuca e seus braços para mais perto de mim. E como ele me puxava pela cintura, puxava o meu cabelo e devorava o meu pescoço.

Minhas mãos se fecharam contra a borda da banheira, e fechei os olhos, e quando percebi quase me contorcia dentro da banheira. Me sentei direito respirando pela boca e as pontas do cabelo molhadas. Joguei água no rosto várias vezes para espantar aquele pensamento. Respirei fundo determinada a não pensar mais nisso.

Porém, como sempre, eu não tenho controle sobre a minha mente, nunca tive. Seus braços fortes apertavam a lateral do meu corpo, seja conduzindo os meus movimentos sentada em cima da sua cintura, ou ainda com roupas doidos para retirar um as do outro.

E de como ele apertava os meus seios me conduzindo a loucura, como apertava a minha coxa ou os meus glúteos, nossa... Aquilo era muito bom...

—Mas que merda! – gemi de raiva de mim mesma, me sentando na banheira com os olhos abertos. Bati na lateral da banheira com força e com o punho. E agora, mesmo acordada, seu sorriso me vinha a mente. Até parecia estar me assombrando.

Mas era verdade! Ele estava me assombrando. Suas memórias comigo na cama eram predominantes agora, ou dos tempos que passávamos juntos. O que eu tinha que fazer para aquilo passar? Ou eu devia me entregar e pouco me lixar para as consequências? Algo dentro de mim gritava para eu me entregar, afinal, pior do que está, não pode ficar.

Receosa, me deitei mais uma vez na banheira, deitei minha cabeça na toalha, meus braços ficaram ao lado do corpo, a água se mexia com frequência e fechei os meus olhos. Segundos depois, Steve voltou para a minha cabeça e meus pensamentos. Definitivamente, ele era uma assombração para mim e minha mente.

Sua boca perto do meu ouvido descendo para o meu pescoço e nuca, e descendo mais até os meus seios. Suas mãos no meu corpo, puxando o meu cabelo, e descendo até as costas na altura dos ombros, me belisca e desce mais, até a altura da cintura, me apertando mais, e descendo até o meu quadril, e logo em seguida minhas pernas, sempre tão controlado, e as vezes tão entregues a mim.

Fechei as mãos em punho e respirei bem fundo levantando a cabeça, mas sem abrir os olhos.

Minhas unhas apertando e arranhando sua pele, começando dos ombros até o abdómen, ou de quando ele estava por cima de mim, e de como eu o arranhava tanto, minhas unhas descendo como garras por toda a sua pele das costas, e em troca, ele gemia, gemia no meu ouvido.

Eu sempre dizia que um dia, ele me levaria a loucura daquele jeito, e sempre dizia aquilo quando estávamos deitados nos recuperando das consequências do orgasmo. Ele ria de mim, e eu reclamava que estava falando sério.

Decidi que era hora de sair da banheira, mas enrolei um pouco, e voltei a fechar os olhos, logo em seguida, algo tocou os meus lábios como um beijo delicado. Abri os olhos de supetão olhando em volta. Não havia ninguém e nem algo que pudesse ter feito aquilo. Abracei o meu corpo sentada, e fiquei preocupada com algo, e se ele estivesse aqui?

Cheguei a chama-lo pelo nome, mas ninguém respondeu. Suspirei ao mesmo tempo aliviada, mas ao tempo decepcionada. Eu daria qualquer coisa para ter ele aqui comigo, mesmo ele me causando tanta tristeza, ou até mesmo acabando comigo por dentro. Mas sempre tratei de me recompor e seguir em frente.

Saí da banheira pingando, e me envolvi na toalha branca e fofa. Vesti minha lingerie e me deitei na cama, me cobri e olhei para a vista linda da praia. Me dava vontade de sair da cama e ir à praia, mas eu sabia que era loucura, e por isso, fechei os olhos me virando na cama ignorando aquela maravilhosa vista.

Procurei por dormir, mas quem disse que o sono estava me achando? Acho que era por causa de um certo loiro a quase quarenta horas de carro de mim. A essa hora ele deve estar corrigindo provas ou trabalhando naquela tese de doutorado dele. Suspirei e cheguei a pegar o celular e ligar para ele, mas desisti de última hora e jogando o celular com raiva em cima do criado mudo.

Porque era tão difícil tomar coragem e ligar para ele? Aquilo era um absurdo para mim. Um homem que eu passei grande parte da minha vida, e ficar tímida desse jeito, ou acuada, receosa, o que for! Nunca tive vergonha, porque agora? Talvez porque as coisas estão diferentes agora.

Me movimentei na cama ficando de barriga para cima, olhei para o teto, mas da mesma forma que os bons pensamentos vieram até a minha mente, os maus pensamentos, aqueles que eu tentava esquecer, vieram também.

Eu me lembrava com clareza de como encontrei o meu marido em cima de qualquer garota na nossa cama. As mãos que sempre me proporcionavam prazer, ou seguravam as minhas num momento que eu precisava de apoio, mas estavam postas no corpo de outra mulher, e fazendo o mesmo que fazia comigo, o mesmo percurso.

Seus lábios estavam beijando os lábios dela, e os olhos tão fechados, e de como ele respirava, ou se mexia, até as suas pernas eu me lembrava. Tudo, até mesmo, a garota eu me lembrava. Mas algumas coisas eu esqueci, o que eu fiz antes e depois, só naquele momento eu me recordava.

Aqueles mesmos lábios que sempre me beijavam, beijavam os lábios de outra mulher. Steve sempre dizia que ele era meu, e vice-versa, mas não parecia. E não me arrependo de ter dito que ele não era mais meu, e que eu não era mais dele.

Dentro de mim, algo apareceu, a dor, o que eu senti quando vi aquilo, não era mais nada além de dor, no fundo do fundo, até podia aparecer surpresa, raiva ou decepção, mas dor era o sentimento predominante.

Senti o meu coração se apertar, minha barriga se embrulhar e minhas mãos puxando os cobertores da cama. Lágrimas invadiram os meus olhos, e escorregando pelo meu rosto. O primeiro soluço, para logo em seguida os outros. Me libertei para fazer uma coisa que eu precisava, mas não me permiti por causa da Brianna. Chorar. Eu não tinha privacidade para fazer.

Aquilo doía, e muito. Minha vida toda acreditei que seria incrível a minha vida com ele, mas não é, já foi, mas agora não mais. Eu o amava, muito, sempre o amei, desde que coloquei os meus olhos nele quando nos conhecemos, foi como num filme clichê dos mais clichês, amor à primeira vista.

Eu me perguntava o que eu tinha feito para merecer aquilo? E ainda com a desculpa esfarrapada de que ele não estava consciente de seus atos, estava enfeitiçado ou algo do gênero. Achei que ele me amasse, mas olha o que ele fez comigo!

Ainda não havia acabado a nossa estória, ainda não. Ainda tinha muita coisa pela frente, seja coisas boas e ruins. Porém, me lembrei de algo, eu podia ditar o ponto final a qualquer momento, era só pegar o celular, discar o número dele e combinando com o meu advogado para assinar os papeis do divórcio. Mas era aquilo que eu queria? Ou era o que a minha raiva e dor queriam?

 


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Notas finais do capítulo

Deu para entender onde eu errei, né?