Nicholas e os Olimpianos escrita por matheus5226


Capítulo 4
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

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Nicholas

A viagem de volta ao acampamento foi tranquila. Fora a parte que um avião que voava mais baixo que o normal quase bateu de frente com a gente. O garoto loiro, Jason passou a viagem toda distraído, rodando entre os dedos uma moeda de ouro. Preferi não perguntar nada, porem fiquei de olho nele. Tinha a impressão que ele não devia estar ali, conosco.

Quando chegamos ao acampamento os três adolescentes foram levados para a Casa Grande. Eu já ia voltar para meu chalé quando Annabeth veio até mim.

– Obrigada por ter ido até lá por mim. – ela tinha a expressão seria, mas mesmo assim ela parecia muito triste.

– Foi um prazer. – respondi. – Vamos acha-lo.

Ela pareceu nem entender o que eu havia acabado de dizer, apenas assentiu e foi embora.

Voltei ao chalé para tomar um banho. Entrei fechei a porta e me olhei no espelho. Eu estava com cara de doente. Mais pálido que o normal, cansado, com olheiras e o cabelo bagunçado. Me sentia mal, cansado, abatido. Em algumas semanas minha vida havia mudado drasticamente. Fugi de um monstro ate Nova York, e agora estava num acampamento para os filhos dos Deuses gregos. E tinha aquela garota, Sarah.

De repente algo me tirou dos meus devaneios. Havia alguém batendo na porta. Sai da frente do espelho e caminhei até a porta. Abri a porta devagar e pus a cabeça para fora.

– Oi. – vi Sarah bem na minha frente, eu teria saindo e conversado com ela naquele momento, se... Eu não estivesse só de cueca.

Bati a porta na cara dela e sai correndo atrás de uma roupa. Quando abri a porta ela ainda estava lá. Com um cupcake na mão. Ela sorriu e disse:

– Vamos comemorar sua primeira missão.

– Tecnicamente não foi uma missão.

Ela sorriu.

– Cala a boca e come. – mandou Sarah.

Ela partiu o bolinho ao meio. E comemos sentados no telhado de obsidiana do chalé de Hades. A lua estava cheia, monstros e animais faziam barulhos na floresta em torno do acampamento. Campistas conversavam e cantavam musicas em torno de fogueiras. Esse seria o momento perfeito, se eu não tivesse desmaiado.

Sarah

Era noite quando bati na porta do Nicholas. Ele abriu a porta só de cueca e depois fechou ela na minha cara. Quando ele saiu vestido subimos no telhado do chalé de Hades. O telhado assim como todo o restante do chalé era feito de obsidiana, era muito frio. Sentamos e ficamos comendo, olhando os outros campistas ao longe em volta de fogueiras.

De repente ele começou a se contorcer para frente. Ele ia cair, puxei ele para trás e deitei sua cabeça em meu colo. Comecei a chamar por ajuda.

Nicholas

Acordei em um lugar escuro. Me levantei, pude perceber que estava em uma caverna. As paredes eram incrustadas com diamantes, ouro e outras pedras preciosas. Haviam tochas nas paredes que pareciam indicar um caminho. Idiota como sempre eu o segui. Andei pelos corredores incrustados com pedras preciosas por alguns minutos ate chegar a uma caverna maior ainda. Esta tinha varias saídas, como um labirinto. Em cada saída havia uma tocha com fogo grego – o fogo verde que nunca apaga – No meio da caverna havia um altar. Ao lado do altar havia uma mulher. Uma mulher com um vestido negro e um véu cobrindo-lhe o rosto. Então ela falou comigo.

– Olá meu herói. – percebi que sua boca não mexia enquanto ela falava. E seus olhos estavam fechados, como se estivesse dormindo.

– Gaia. – falei.

– Sim meu herói. Também é bom vê-lo.

– O que você quer? – falei furioso. – por que me trouxe aqui?

Ela continuou na mesma posição como uma sonambula. Me olhando.

– Por que você é meu salvador. Você vai matar Hera e me ajudara a despertar.

– Eu nunca ajudaria você. – saquei minha espada.

– Você não tem escolha. Acabara servindo ao meu proposito. – suas palavras começaram a soar como ecos. – você não tem escolha.

Então o sonho se dissipou.

Acordei na minha cama no chalé de Hades. A minha volta estavam Sarah, Annabeth, Thomas e Quiron. Sarah que passava um pano úmido em minha testa, percebendo que eu havia acordado me abraçou fortemente.

– Se você me passar um susto desses novamente, atiro uma flecha em você. – todos na sala riram. Menos eu, é claro. – e dessa vez não vai ser de raspão.

Contei a eles sobre meu sonho com Gaia e sobre o que ela dissera sobre eu matar Hera.

– Hera esta mesmo presa. – falou Quiron. – Jason estava certo.

Só então percebi que era dia. O sol tentava entrar pelas cortinas que o barravam.

– Quantas horas fiquei desacordado? – perguntei.

Sarah abaixou os olhos e disse:

– Você ficou desacordado por três dias.

– O que? Três dias?

– Sim. Jason, Piper e Leo já partiram em sua missão para libertar Hera.

– Não. Eu devia estar naquela missão. Gaia disse que eu iria acabar ajudando-a e o único jeito de mudar isso é ajudando a libertar Hera.

– Eles partiram há dois dias. Você não conseguiria alcança-los.

Aquilo me deixou para baixo. Mas eu não iria servir Gaia. Tinha que arrumar um jeito de sair do acampamento e achar aquela caverna. Era minha única pista.

Sai do chalé, logo após de expulsar todos dali. Só ficou ali comigo Sarah.

Estávamos passando pelos estábulos, eu ouvi um latido. Um latido muito alto.

– O que foi isso? – perguntei a Sarah.

– Melhor você não entrar ai.

Eu já havia entrado. Lá dentro eu vi uma coisa que nunca imaginei que veria. Um cão preto de três metros de altura. Sarah apareceu logo atrás de mim.

– É melhor sairmos daqui.

– O que é isso? – perguntei.

– É a Sra. O´leary, ela é um cão infernal.

A cadela gigante me olhava curiosa.

– Infernal? – perguntei-me se seria um dos cães de estimação do meu pai. – Você tem medo dela?

– Não é isso. É que os cães infernais não são muito amigáveis.

– Ela parece bem amigável para mim. – falei me aproximando devagar da cadela.

Cheguei o mais perto que consegui, coloquei a mão em seu focinho. Ela se deitou de barriga para cima pedindo carrinho.

Acariciei sua barriga. Então percebi que a Sra. O´leary olhava para Sarah, que ainda estava perto da porta.

Então me virei e estendi a mão para ela.

N – venha. Coloque a mão sobre a barriga dela. – disse a Sarah.

Ela hesitou um pouco, ate que por fim ela se aproximou e se ajoelhou ao meu lado e começou a acariciar a barriga da cadela.

Sarah

Nicholas entrou no estabulo, o estabulo da Sra. O´leary.

Ele pareceu fascinado pelo fato de termos um cão infernal no acampamento. Agora ele queria que eu acariciasse a barriga de um cão de três metros. Ele insistiu mantendo a mão esticada, até que não tive opção a não ser me ajoelhar ao lado da cadela e acaricia-la.

Ficamos ali por alguns minutos com Sra. O´leary, ate que resolvemos passear pela praia do acampamento.

Andamos pela praia, conversando, rindo. Sentamos num barranco e Nicholas falou:

– Posso te contar um segredo?

– Claro. Pode falar.

– Eu vou fugir do acampamento essa noite. Vou procurar Hera.

– Como vai acha-los?

– Não sei. Mas vou tentar.

– Tudo bem. Eu vou com você.

– O que? Voce tem certeza?

– Tenho. Já decidi. Só eu e você certo. – senti minhas bochechas começarem a queimar. – quer dizer, na missão.

– Acho que vou falar com o Thomas. Ele pode ajudar.

– Tudo bem. Vamos achar essa Deusa.


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