Capitulo 2

Nicholas

Os jogos de guerra eram basicamente captura a bandeira. Isso... é claro... Se você desconsiderar as chances de ser atingido por flechas, espadas, lanças, ser envenenado e outras formas de se ferir alguém. Ninguém nunca morria de verdade nesses jogos... Pelo menos foi o que me disseram...

Acordei cedo, arrumei o chalé – o que não era muita coisa já que no chalé só havia duas beliches, um espelho e dois velhos baús. – um estava trancado, o outro não, então coloquei as poucas coisas que tinha dentro do baú. Alguém bateu na porta, eu abri e vi a garota loira do dia anterior. Ela me encarou e pediu pra entrar:

– posso entrar? – eu a olhei surpreso. – para a inspeção do chalé. – finalmente me toquei e abri a porta para ela. – a proposito... Sou Annabeth Chase. – ela estendeu a mão para mim.

– Nicholas Yanser.

Annabeth andou pelo quarto, conferiu a arrumação da cama, dos baús e até se o espelho estava no lugar. Depois de uns dois minutos ela saiu lá fora.

– incrível. Nove e meio, é uma boa nota. – ela sorriu para mim e eu sorri de volta. – você vai participar dos jogos de guerra hoje à noite? – ela perguntou sorrindo.

– claro, estou ansioso. – falei. – É... Tem algum outro filho de Hades morando aqui? – perguntei a Annabeth – por que tem um baú trancado lá dentro.

Ela respirou fundo, como se aquele fosse um assunto muito complicado.

– bem, tem um garoto, ele se chama Nico. Ele não aparece muito aqui, vive no mundo inferior. Quer um conselho? – disse Annabeth. – não mecha nas coisas dele. – E se afastou indo em direção aos outros chalés.

***

Estava quase na hora dos jogos de guerra. Eu já havia colocado uma armadura leve, e estava indo escolher uma arma. Ate que vi um garoto pálido, baixo, cabelos negros e olhos também negros me encarando. Ele começou a se aproximar. Parou na minha frente e disse:

– é um prazer te conhecer... irmão! - na hora eu não consegui processar direito a informação. Irmão? – eu sou Nico.

–então você é meu irmao. Sou Nicholas. Voce veio para os jogos de guerra? – perguntei a Nico que apenas balançou a cabeça.

– não! Vim por que nosso pai me mandou. – explicou ele. – vim te dar isso. Ele tirou do bolso um padaço de pano com um colar de caveira dentro.

Ele me entregou o colar e ao segura-lo o colar se transformou em uma espada preta.

– é feita de ferro estigio. É magico, portanto, quando voce segura o colar, ele se transforma em espada e se voce perde-lo ele sempre reaparece em seu pescoço.

– obrigado, Nico. – ele começou a se distanciar então virou para tras e disse:

– de nada! Agora vá lá e ganhe esse jogo, por Hades.

O jogo ia começar, haviam duas equipes: os azuis e os vermelhos. Estavam divididos basicamente os azuis – Os chalés de Afrodite, Ares, Apolo, Hermes e Zeus. Enquanto o time dos vermelhos – Os chalés de Hefesto, Atena, Poseidon, Hipnos e Hades.

Cada time foi para seu lado da floresta. Segui Thomas e demos a volta no campo do time inimigo, saímos atrás do exercito azul. Ficamos escondidos por alguns minutos, procurando a bandeira. Ate que vimos embaixo de uma arvore, a bandeira azul cravada no chão. Sem ninguém a vigiando. Thomas saiu pelas arvores procurando por outros campistas que poderiam pega-nos de surpresa. Corri para a bandeira, quando ia pega-la ouvi um barulho numa arvore mais atrás. Então no momento em que virei, uma flecha passou por meu rosto, fazendo um pequeno corte em minha bochecha. Uma garota desceu de uma arvore ali perto. Ela era loira, baixa, de olhos verdes.

– isso foi um aviso. – ela tirou outra flecha da aljava e posicionou-a apontando para meu rosto. – a próxima vai machucar.

Puxei o colar do pescoço, arrebentando o colar, que instantaneamente transformou-se em uma espada de ferro estigio de 90 cm. A garota pareceu surpresa por eu não ter me rendido. Então ela disparou.

Sarah

Estava escondida em uma arvore que dava em frente à bandeira. Vi um garoto um pouco pálido, e de estatura alta, chegando perto da bandeira. Tirei uma flecha da aljava e a coloquei no arco, apontei um pouco para a esquerda da bochecha do garoto. Respirei por um momento e disparei...

A flecha passou cortando a bochecha do garoto. Fiquei feliz por não tê-lo matado. Respirei fundo e desci da arvore.

– isso foi um aviso. – tentei parecer confiante. – a próxima vai machucar.

Então ele puxou um colar do pescoço e esse colar se transformou numa espada preta. Ele avançou, então peguei outra flecha na aljava, coloquei no arco e disparei.

Ele cortou a flecha ao meio com sua espada, puxei a faca que tinha na bota e ataquei. Investi contra ele com a faca e ele aparou o golpe com a espada, jogando minha faca longe. Por um momento achei que ele fosse me atacar com a espada, mas então ele apenas me olhou e se virou para a bandeira. Corri ate o arco e disparei. Acertei sua espada fazendo a cair. Então o alarme soou. A nossa equipe havia conseguido capturar a bandeira vermelha. Havíamos ganhado o jogo de guerra.