Mais do que Palavras escrita por Gih Guedes


Capítulo 2
Capítulo 2: O sol


Notas iniciais do capítulo

E este é o último capítulo, espero comentários (pode ser críticas, eu não ligo)
 



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Now that I've tried to Talk to you and make you understand All you have to do is Close your eyes and just reach out your hands

And touch me hold me close Don't ever let me go More than words Is all I ever needed you to show Then you wouldn't have to say That you love me cause I'd already know

- Bella - Edward a beijou na testa, ainda sem fôlego. Sua camisa de botão estava aberta por inteiro. Se afastou mais dela. - Durma.

 

- Edward! - ela reclamou.

 

- Charlie está vindo para ver você. - ele sussurrou fechando a camisa, Bella bufou.

 

- Eu te amo. - e sumiu.

 

- Eu também. - deitou-se ao ouvir os passos surdos de Charlie. Virou para o lado da janela, onde ele sumiu segundos atrás, assim Charlie não veria a euforia no seu rosto. A porta rangeu, um minuto depois voltou a fechar com um clique.

 

Suspirou, não conseguiria dormir depois das sensações novas em seu sangue. Sabia que ele não voltaria mais hoje, então se concentrou nos minutos que ficou mais junto de Edward do que jamais tinha ficado e como o tempo parecia parar ou passar rápido de mais. Se nesta noite o que mais queriam quase foi realizado sem estrangulamento, mortes ou até mordidas, ela estremeceu ao pensar no dia seguinte...

 

Ela acordou com uma luz extremamente forte no seu rosto, uma luz dourada e quente. Sem acreditar levantou-se em um pulo abrindo a janela. Perfeito! O céu não mostrava nem sequer uma nuvem branca, o sol estava se levantando de um longo sono e acordou para visitar a cidade de Forks. Seria uma Sexta-Feira perfeita! Seu humor não poderia está melhor. Charlie percebeu o brilho no rosto de Bella quando entrou na cozinha.

 

- Bom dia, pai! - beijou o rosto do pai. - Lindo dia, não acha? Nunca pensei que Forks deixaria o sol ser tão convidativo.

 

- Bom dia, Bells. O dia está lindo mesmo. - ele também estava radiante hoje.

 

- É bom ver você contagiado também, pai. - ela hesitou por um momento.

 

- você parece um pouco deprimido.

 

Charlie sorriu.

 

- Não, nunca. Muito pelo contrário, estou feliz por vê-la feliz, eu só - ele pensou em como dizer - não concordo o motivo. Mas... O que importa é que você está feliz.

 

- Obrigada, pai. Sei que é difícil pra você, mas Edward faz parte da minha vida agora. - ela sorriu pasma até onde essa conversa havia tomado rumo. Primeiro: estava um pouco embaraçada. Segundo: contente que Charlie estava a entendendo de pouco em pouco, de como Edward era importante para ela.

 

Pela primeira vez, ela pegou carona com Charlie até a loja dos Newton na viatura de polícia. Ao entrar na loja, teve uma surpresa. Jacob estava no balcão se distraindo com as mercadorias nas prateleiras até ouvir o sino tocar e olha para Bella sorrindo. Ela sempre se confortava ao ver esse sorriso, sem máscaras, sem fúria.

 

- Jacob, que surpresa vê-lo aqui hoje.

 

- Porque surpresa? Sempre venho aqui te visitar. - ele perguntou falsamente magoado.

 

- Bem, geralmente você dorme até tarde durante o dia. - ela mostrou a língua pra ele.

 

- É verdade. - sorriu desmanchando a última cara. - Decidi aparecer sem avisar, adoro ver sua cara de surpresa.

 

Ela sorriu rolando os olhos.

 

- Infelizmente não poderei lhe dar atenção devida, pois vou à caça. Ele sorriu. A manhã passou rápido, mas poucos clientes resolveram comprar acessórios para esportes. O que Bella agradeceu, pode matar a saudade do melhor amigo, jogar conversa fora, ouvir as aventuras do lobisomem. Desde a volta de Edward, Jacob não voltou a visitá-la na casa de Charlie. Foi um trabalho enorme para reconquistar a amizade do meio-humano, mas enfim convenceu os dois, o vampiro e o lobisomem, a conviver com isso: Ela amava os dois, de maneiras diferentes, é claro. O tempo passou fazendo-a se esquecer de tudo, menos dele, até a hora foi esquecida. Foi a tensão de Jacob que deixou clara a chagada de Edward.

 

- Sinto muito, Bella. Tenho que ir. - ele beijou a testa dela.

 

- Volte a me visitar logo, ouviu? - o tom era de uma mãe que mandava o filho comer direito. - Se não vou até a casa de Emily. - pensou por um momento. - Estou com saudade da bagunça dos seus irmãos, sabia?

 

Ele riu.

 

- Tchau Bella.

 

Uma buzina soou lá fora da loja. Bella seguiu Jacob correndo. Acenou para ele quando o mesmo já estava do outro lado da rua.

 

- Ed. - Bella o saudou com um beijo apaixonante. - Feliz aniversário, amor!

 

- Obrigado, Bella. - ele sorriu, o sol parecia fosco perto deste sorriso.

 

- Um dos meus presentes. - ela estendeu uma caixa preta grande para ele.

 

- Não precisava, você sabia disso. - reclamou pegando a caixa.

 

- No meu aniversário eu disse que não queria, mas mesmo assim você não deu ouvido.

 

- Tudo bem, você venceu. - beijou-a - obrigado.

 

Os olhos dele brilharam.

 

- Como...

 

- Não importa. - ela o observava satisfeita, o conjunto de acessórios para basebol da última geração nas mãos dele, como brinquedo de criança. Ela deu um pouco duro para conseguir pagar, mas os Newton fizeram questão de dar 50% de desconto para a adorada assistente. Mike não gostou muito disso. - Não sabia o que te dar afinal, você tem tudo. Então, soube que esse quite tinha acabado de chegar às prateleiras.

 

Edward puxou delicadamente o rosto da namorada e a beijou profundamente.

 

- Você é única. Eu te amo.

 

- Eu sei disso. - sorriu mais satisfeita consigo mesma ao deixá-lo alegre. - Vamos? Estou morrendo de fome.

 

- Ok, ok!

 

Eles foram para o restaurante La Bella Itália, onde jantaram pela primeira vez, ou melhor, onde ela jantou pela primeira vez em companhia dele. Edward usava um casaco para cobrir os braços e um boné para disfarçar seu brilho anormal. O restaurante permanecia do mesmo jeito. Talvez com os mesmos garçons.

 

Eles procuravam a mesa em que se sentaram da última vez, foi fácil. O garçom veio nos atender. Ele parecia jovem para ser um garçom, mas ela não deu atenção, quem estava na sua frente era mais interessante e mais importante. O jovem garçom trouxe as cocas que Edward pediu, e ela escolheu Bife à Fiorentina. Edward, nada, claro. O jovem saiu com o pedido e um rosnado que só Bella podia ouviu começou a formar no peito dele.

 

- O que foi Ed?

 

- Esse garçonzinho... nem das fraudas ele saiu. Estava olhando muito interessado em você. - ele agora estava mal humorado.

 

- O que? Ed, ele é muito mais jovem que eu... e olhar não tira pedaço. - ela provocou.

 

- Você não ouviu o que ouvi. - ele se defendeu. - E, quem disse que olhar não tira pedaço? Você é minha. E de mais ninguém.

 

Bella sorriu, era a primeira vez que namorado fazia uma cena dessas em lugar público. Não sabia o porquê, mas gostou do que viu.

 

- Tão humano.

 

- Ainda não me acostumei com esse sentimento, o ciúme.

 

Bella não podia está mais radiante. O almoço foi maravilhoso, o Bife não podia estar mais gostoso. Eles saíram do restaurante, Edward não perdeu de mostrar o rosnado ao jovem 'infrator' para assustá-lo e não pensar horrores sobre ela novamente. Ela riu com o efeito disso. O garoto saiu correndo para o interior do restaurante, onde devia ser a cozinha.

 

- Bella, não me constranja, por favor.

 

- Ed, foi engraçado. O que posso fazer? - ela ainda sorria enquanto eles estavam no meio do caminho para a 'caminhada'. Se passaram uns minutos para ela se recompor.

 

- Pra onde vamos agora?

 

- Eu pensei, se você não se importaria de ir mais tarde à clareira...

 

- Claro que não, hoje é seu dia.

 

- Gostaria de correr.

 

- Ed, acabei de comer. E além do mais, você já está correndo. 190 Km/h!

 

- É, tem razão. Então... - ele passou dos 200 km/h - vamos nessa!

 

Ela nunca havia viajado pelas cidades vizinhas em tão pouco tempo. Na verdade não se dava para ver nada além de borrões e mais borrões. Passaram-se três horas quando estavam voltando para o caminho da clareira. Edward sempre com seu braço ao redor do ombro de Bella, tagarelando alegremente sobre a sua fascinação por velocidade. Desceram do carro quando a trilha acabou a floresta parecia da mesma forma que a sua última visita. Pensou em não lembrar esse episódio. Edward tirou o casaco e ela percebeu que ele usava uma camiseta branca, o que pareceu a primeira vista de estar sem camisa. Seu brilho espectral ofuscou temporariamente a visão da admiradora, mas acostumou-se a beleza dos brilhantes em seu corpo. Sem medo, ela o admirou por longo tempo, ele não se importou e chegou mais perto para ela observar melhor.

 

- Exibido.

 

- Você não queria me olhar?

 

- Claro, mas você está ficando exibido. Mas te amo do mesmo jeito. - Bella tocou em seu tórax para esticar-se e beijá-lo. Uma corrente elétrica passou ente seus dedos.

 

- Vamos, amor. Estou com saudades da minha clareira. - ele estendeu a mão para que Bella pegasse. Assim feito, jogou-a em suas costas delicadamente. - Feche os olhos.

 

- Não preciso mais, disso. - ela fez careta.

 

Ele correu entre as árvores, ele sentia falta, Bella sentia isso vindo do corpo dele. Ela aproveitou ao máximo a "viagem". Ele parava de vez em quando para verificar se a namorada estava bem mesmo.

 

Chegaram rápido, mas pareceu que ele havia feito rodeios para chegar. O sol estava chegando perto do horizonte, mas ainda forte. A clareira nunca esteve exuberante como hoje. Edward com certeza era um detalhe máximo.

 

- Bella, não consegui resistir de comprar isso pra você. - ele estendeu uma caixinha rosa com fita branca. - é a sua cara.

 

- Ed, é o seu aniversário, não o meu. - a sua careta fez Edward sorrir. E que sorriso!

 

- Mesmo assim. Será um presente pra mim você aceitar.

 

- Injusto. - fez uma carranca, mas ela riu quando viu o bracelete dentro da caixinha. - Edward, é lindo! Amei! - ela pulou nos braços dele e pego de surpresa, os dois foram para no gramado fofo da clareira. As gargalhadas encheram o ambiente. Nada daria errado. Tudo estava perfeito.

 

- Edward.

 

- Diga. - ele sussurrou quando pôs o bracelete no pulso de Bella, que serviu como ele imaginava.

 

- Falta o meu último presente. - ela agora analisava as feições perfeitas do rosto perfeito do vampiro. Desenhava cada traço com os dedos sem timidez. Edward sabia do que ela se referia e sorriu confiante.

 

- Será o meu melhor presente, mas... - ele oscilou.

 

- Há um mas? - ela reclamou bicuda. Isso não podia acabar com o nosso dia.

 

- Eu não me responsabilizo pelos meus atos. Sinto-me mais confiante, porém... não sei como não te machucar.

 

- Eu sei. Você me ama, e isso basta. Eu me responsabilizo por tudo o que acontecer. Afinal, eu estou pronta para isto e... - abaixou para sussurrar em se ouvido - eu confio plenamente em você.

 

- E você diz que não tem poderes que deslumbram as pessoas... -ele rolou os olhos - eu te amo, Bella. Não me deixa nunca ir embora de novo.

 

- Nunca!

 

O crepúsculo foi a única testemunha da paixão e da eterna união do casal vampiro-humana.

 

*FIM*


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Notas finais do capítulo

 
Muita gente pediu para eu continuar... o que vocês acham? Continuo ou deixo para a imaginação de cada um? Talvez numa próxima fic... Então, o que acharam?