Os enteados escrita por Evil Queen 42


Capítulo 14
Em família


Notas iniciais do capítulo

Voltei meus amores *-*
Gente, estou com uma idéia muito maluca pra uma fic SasuSaku de vampiros e lobos (não, eu não sou fã de crepúsculo e a fic não será inspirada na saga), tô naquele dilema de "faço ou não faço?", já que tenho várias fics em andamento, entretanto, algumas estão na reta final (inclusive essa, está se aproximando da reta final, a não ser que eu tenha mais idéias, enfim, não garanto nada)... Só estou me torturando no quesito nome, pois até a sinopse já tá pronta, mas eu sou uma negação com nomes de fanfics kkkkkkk
Bem, eu só quis compartilhar uma idéia com vocês... O que acham ?.
Ah, teremos um pequeno flashback nesse capítulo ;)
Sasuke voltou ♡
Boa leitura.



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Saya não saía do celular, ficou o dia inteiro olhando para a tela do aparelho que não saía de sua mão e sua família já não estava mais aguentando isso.

Sasuke voltou de viagem e queria passar um tempinho com sua família, então decidiu que todos iriam passar o dia na fazenda da família Uchiha.

Ficaram cerca de uma hora e meia na estrada, Saito estava aflito, uma vez que presenciou o acidente que matou sua mãe; enquanto que Saya se distraía conversando alguma coisa com alguém no celular. O garoto ouvia música com os fones para tentar se distrair, mas nem o som pesado do Metallica desviava sua atenção da estrada ou o fazia esquecer do que aconteceu no dia do acidente.

- Droga ! - A ruiva reclamou, erguendo o celular pra cima - Tá sem sinal !

- Estamos chegando na fazenda, Saya, aqui não pega celular - Respondeu a rosada.

- Que saco ! - Resmungou, guardando o aparelho na bolsa - Se eu soubesse, teria ficado em casa.

- Desgruda um pouquinho desse celular, filha - Sasuke repreendeu, sem tirar os olhos da estrada que agora era de chão e não de asfalto - Com quem você tanto conversa ?

- Com uma amiga ! - Mentiu, pois não iria contar para o pai que estava conversando com um garoto.

- Já estamos chegando ? - Saito mais parecia o burrinho do Shrek, perguntando a cada cinco minutos se eles já estavam chegando.

Isso era compreensível, principalmente após o acidente que ele sofreu na estrada há pouquíssimo tempo e que resultou na morte de Karin e Suiguetsu. Sasuke estava ficando impaciente com Saito por ficar perguntando toda hora se eles estavam chegando ou não, mas entendia que era a primeira vez que ele viajava de carro -por mais que fosse uma viagem curta- após o acidente.

- Saito, fica tranquilo - A rosada olhou para trás, onde Saito estava quase botando um ovo de tão agoniado - Pode contar os segundos, daqui a dois minutinhos nós chegamos.

Ele assentiu e foi dito e feito ! Não demorou quase nada e eles já estavam na fazenda dos Uchiha, um espaço bastante verde e espaçoso, a casa em si não era grande, mas bem aconchegante.

Saito e Sarada desceram afoitos do carro, enquanto Saya estava entediada por não poder passar o dia inteiro conversando com alguém especial para ela... Ou tentando conversar.

Não tinha malas no carro, então ninguém precisou tirar nada do automóvel. Saito e Sarada ficaram brincando no balanço de pneu pendurado na mangueira, mas Saya ficou sentada no sofá da varanda, apenas observando tudo.

- Filha, aconteceu alguma coisa ? - Sasuke perguntou, sentando ao lado da filha que olhava aflita para o celular - Você parece triste - A ruiva negou com a cabeça - Tá com problemas na escola ou brigou com alguém ?

- Tá tudo bem, pai, eu só não tenho nada pra fazer aqui... Isso tá um tédio.

- Vai brincar com seus irmãos - Sugeriu.

- Não vou ficar brincando num balanço - Olhou indignada para seu progenitor e ele riu.

- Ok... Esqueci que a minha filha já é uma mocinha - Ele apertou carinhosamente o nariz de Saya, como costumava fazer quando ela era criança - Mas, tenta se desgrudar um pouquinho desse celular e aproveitar a tarde aqui.

Sasuke se levantou e foi até o carro, pegou uma bola e foi brincar com Sarada, pois Saito já tinha subido na mangueira e estava se acabando de chupar manga, deixando a pequena sozinha no balanço de pneu.

- Saya - A ruiva se assustou com a voz da madrasta atrás de si, ela parecia preocupada - Querida, o que aconteceu na festa ontem ?

"Querida" ? Ora, quem Sakura pensava que era para chamá-la dessa forma carinhosa, sendo que na verdade ela era apenas uma cobra esperando o momento certo para dar o bote ?

- Eu dancei um pouco e conversei com as minhas amigas - Limitou-se a dizer apenas isso.

- Não foi só isso não, eu sei - Disse convicta, sentando-se ao lado da menina.

- Ora, mal me conhece.

- Mas eu já tive a sua idade e sei muito bem o que é estar de coração partido.

- Eu não estou de coração partido.

Ela tentou disfarçar, afinal, a última pessoa para quem contaria alguma coisa seria sua madrasta.

Nessas horas, principalmente nessas horas, Saya sentia muita falta de sua mãe.

- Tudo bem então - A rosada se rendeu - Mas, se precisar conversar e se sentir confortável, pode se abrir comigo.

- Ah, claro - Ironizou.

- Posso não ser sua mãe, Saya, mas me preocupo com você e com o seu irmão.

- Aham... - Murmurou - Sakura, eu já conheço a ladainha. Agora, por favor, eu não quero conversar.

Sakura tinha certeza de que ela estava magoada com alguém, o fato de que Saya olhava toda hora para o celular denunciava que ela estava tendo uma conversa aparentemente importante, provavelmente com algum garoto.

É incrível como garotas da idade dela são facilmente decifráveis.

- Saya, você vai ficar aqui sentada o tempo todo mesmo ? - Saito apareceu, sujo de manga na boca e na camiseta que antes era branca e agora estava suja de amarelo.

- Credo, você tá todo melado - A ruiva falou enojada.

- Ah, deixa o garoto - Sakura falou rindo, ela sentia saudade daquela fase gostosa de subir nos pés de fruta.

Saito não estava gostando muito de viver num apartamento, embora estivesse se acostumando aos poucos, se sentia preso lá dentro. O garoto sempre morou em casa com quintal, era acostumado a correr solto quando criança e sentia falta disso.

- Ele é muito moleque - Resmungou a ruiva - Não pode ver uma árvore que já quer subir.

- Eu também subiria se não estivesse meio enferrujada - Sakura comentou - Enfim, não tenho mais idade pra isso.

- E ele tá todo sujo de manga - Novamente ela fez uma expressão de nojo ao olhar para o irmão.

- Eu só chupei umas sete e o pé tá carregado - Os olhos negros do rapazinho brilhavam só de olhar para uma de suas frutas favoritas penduradas na mangueira - Daqui a pouco eu volto lá pra cima.

- Só toma cuidado pra não cair de lá - Alertou a rosada.

- Sakura, aqui é profissa ! - O moreno se gabou, apontando para si mesmo e Sakura riu.

- Ok... Então só toma cuidado pra não passar mal.

O garoto assentiu e correu até a cozinha para pegar um pouquinho de sal antes de voltar para a mangueira na velocidade da luz, afinal, é muito melhor saborear algumas mangas docinhas do que aguentar as chatices de uma certa Uchiha ruiva.

- Papai, também quero subir no pé de manga - Sarada falou ao ver seu irmão subir habilidosamente na árvore e rapidamente alcançar as frutas.

- Não, é perigoso - Sasuke respondeu, arrancando uma careta fofa de sua caçula que inflou as bochechas gordinhas, fez beicinho e cruzou os bracinhos em frente ao corpo.

- Eu pego uma manga pra você, Sarada ! - Saito berrou enquanto descascava uma fruta rosada com os dentes - Você quer, baixinha ?

- Não, eu não quero - Fez um biquinho fofo - Eu quero só subir na árvore.

- Então desce daí, Saito - O moreno mais velho ordenou, pois assim Sarada iria desistir de querer subir naquela árvore tão alta.

- Mas...

- Não, Saito ! - Interrompeu, repreendendo o filho - Com você aí em cima, Sarada vai querer subir também. Então desce.

Ele resmungou alguma coisa, mas achou melhor descer mesmo, pois não seria legal ver sua irmãzinha se machucar e muito menos fazer birra pra subir na bendita árvore. É claro que Saito pegou mais algumas mangas, guardou na camiseta e desceu da árvore.

- Você vai passar a tarde inteira comendo, Saito ? - A pequenina questionou.

- Provavelmente - Respondeu enquanto tirava os fiapos da manga dos dentes.

- Saito, você vai passar mal - Disse Sasuke - Não acha que já chega ?

- Ah não, pai... - Choramingou, já descascando outra manga com os dentes - Tinha tanto tempo que eu não chupava manga... Eu adoro.

- Saito... - Falou em tom de aviso, mas deixou pra lá, uma vez que seu filho já tem idade o suficiente pra saber que tudo demais faz mal.

- O Saito tá todo sujo - Sarada riu do irmão que mais parecia um menininho de cinco anos que não sabe comer sem se sujar.

- Filho, você trouxe outra roupa ? - Sasuke questionou, jogando a bola para Sarada agarrar. Jogando sem força, óbvio.

- Não, ué... A gente não vai voltar pra casa hoje mesmo ?

- Sim, mas você está todo sujo - O pai do rapazinho respondeu, segurando a bola que a pequena Sarada havia acabado de jogar de volta para ele - Você vai ficar assim até mais tarde ?

- Qualquer coisa eu tomo um banho - Deu de ombros.

- E vai vestir o que ? - Ele arqueou a sobrancelha e falou mais firme, perdendo a paciência com o filho.

- Eu fico sem camiseta, ora - Saito respondeu como se fosse a coisa mais simples do mundo, mas isso não era certo, visto que o garoto tinha melhorado recentemente da febre que tivera.

Os três aproveitaram bastante o momento enquanto Saya estava entediada no sofá da varanda e Sakura estava na cozinha preparando um lanche. Sarada não escondia o quanto gostava do irmão e Sasuke ficava feliz por eles se darem bem, o problema era Saya, que sempre se mostrou bastante fria para com Sarada e, desde o nascimento da pequenina, não escondia que não gostava dela...

...

Karin havia acabado de chegar no hospital com os filhos, Sasuke já estava na entrada esperando sua ex mulher, pegou nas mãozinhas das duas crianças, se despediu amigavelmente da ruiva -embora já estivessem separados, o respeito entre eles prevalecia- e foi com Saito e Saya até o quarto onde Sakura estava internada.

Saya estava com a cara emburrada, não escondia seu desgosto, ao contrário do irmão, que estava empolgado com o nascimento do bebê da tia Sakura, como ele costumava chamar sua madrasta na época.

Entraram no quarto, onde Sakura estava na cama com um pequeno embrulho em seus braços, um bebezinho com roupinhas amarelas e enrolado por uma manta branca.

- É menino ou menina ? - Saito perguntou para seu pai, pois em todos os exames de ultrasson o bebê não estava numa posição que dava pra ver o sexo, consequentemente só souberam o que era após o nascimento.

- É menina e o nome dela é Sarada - Sasuke respondeu e os olhinhos do garoto de apenas sete anos brilharam por um instante.

- Ah... Mas eu queria que fosse um menino... - Falou cabisbaixo, fazendo beicinho, pois agora tinha duas irmãs e nenhum irmão, o que é uma grande injustiça !

- Venham vê-la mais de perto - Sakura falou com um sorriso meigo nos lábios, não escondia a alegria diante do nascimento de sua primeira filha.

Saito foi na hora, ficou na pontinha dos pés para ver a irmã mais de pertinho e fez uma careta enquanto analisava seu rostinho.

- Não parece um joelho... - Falou na maior inocência do mundo.

- Joelho ? - Sasuke questionou confuso.

- É - Assentiu - A Saya disse que recém nascido tem cara de joelho, mas ela não se parece com um joelho, se parece com o senhor, papai.

- "Cara de joelho" é só maneira de dizer, Saito - Respondeu a rosada.

O garotinho permaneceu em silêncio, ele pouco falava com sua madrasta graças às coisas que sua irmã mais velha colocava em sua cabeça. Ele não tinha nada contra a Sakura e a adorava quando achava que ela não passava de amiga do seu pai, mas as implicâncias -principalmente por parte de Saya- começaram quando o casal assumiu o namoro, desde então Sakura passou a ser a causa da separação de Sasuke e Karin -na cabeça das crianças, claro-; ainda assim, Saito chamava sua madrasta carinhosamente de tia Sakura, ou somente de tia.

Saya não escondia a sua indignação com o fato de que seu pai teve uma filha com outra mulher três anos após se separar oficialmente de Karin, ela não conseguia gostar de Sarada e já estava envenenando seu irmão, dizendo que Sasuke esqueceria deles após o nascimento do bebê dele com a Sakura.

Mesmo sendo ex do Sasuke, Karin dizia para os filhos se darem bem com Sakura e com o bebê que ela teria, dizia que nem a Sakura e nem a criança tinham culpa da separação dela com Sasuke, então Saito e Saya não tinham motivos para implicar. Saito conseguia compreender isso e ficou louco pela irmãzinha assim que a viu, embora implicasse um pouco com a madrasta por influência da irmã; entretanto, Saya não dava ouvidos à mãe e simplesmente achava que Sakura era a culpada pela separação dos pais.

- Saya, você não vai ver sua irmã ? - Sasuke perguntou para a filha que permanecia parada perto da porta.

- Ela não é minha irmã - Respondeu, enrolando nos dedos os cabelos vermelhos que, na época, batiam em seu ombro.

- Saya ! - O moreno mais velho repreendeu - Nós já conversamos sobre isso, não conversamos ?

- Ela não é filha da minha mãe. Não é minha irmã.

- Mas é minha filha assim como você e o Saito - Sasuke se controlava para não berrar com a ruiva dentro do hospital - Para com essas picuinhas, Saya !

- Deixa pra lá, Sasuke - Disse Sakura que logo desviou o olhar para a bebê adormecida em seus braços - A Saya é uma criança, não adianta ficar discutindo assim com ela.

- Eu espero que você amadureça, Saya - O Uchiha falou de maneira severa, mas a menina permaneceu indiferente.

- Ela não é minha irmã... Nunca vai ser... - Murmurou para si mesma.

...

Sakura se aproximou dos três Uchiha que jogavam bola; Sasuke parecia ter voltado a ter dez anos de idade, Saito estava todo sujo de manga e Sarada não podia estar mais contente.

- Eu fritei alguns pastéis, alguém quer ? - Perguntou a rosada, chamando a atenção dos três que jogavam.

- Eu até quero, mas tô cheio - Saito falou enquanto batia a bola no chão - Acho que vou comer só um, só pra experimentar mesmo.

- Eu quero pastel ! - Sarada se manifestou e se preparou para correr - Saito, vamos ver quem chega primeiro - O moreno aceitou o desafio e também se preparou para correr, largando a bola no chão - 5... 4... 2... 3... 1...

Ao fim da contagem regressiva -errada, mas o que vale é a intenção- os dois saíram correndo em direção à casa, mas é claro que Saito deixou a pequenina ganhar a corrida e ela comemorou sua vitória com pulinhos de alegria.

O casal riu dos dois, Sasuke abraçou sua esposa e lhe deu um beijo na bochecha.

- Me conta direito a história por trás do seu corte de cabelo - Pediu - Não acreditei muito na que você contou.

- Sasuke - Ela riu - Já falei, eu quis mudar o visual... Quis fazer uma surpresa pra você.

Para evitar brigas dentro de casa, a rosada preferiu não contar sobre o episódio da cola.

- Ah, você sabe que eu prefiro você de cabelão - Resmungou.

- Cabelo grande dá trabalho, Sasuke ! É bonito, mas dá trabalho.

- Hum... Ah, sabe o que eu estava pensando ?

- Não. Diz aí - Sakura se mostrou curiosa.

- Temos que marcar um dia pra vir aqui e chamar o Naruto e o Itachi.

- Amei a idéia - Sakura se empolgou. Até que ela pensou em sugerir que Sasuke chamasse o irmão e o amigo, mas achou que seria bom ter um momento em família - O Saito e a Sarada vão amar brincar com os filhos do Naruto e as filhas do Itachi... Já a Saya... Bem, ela é complicada.

- A Saya tá numa fase chata, mas isso logo passa. É coisa de adolescente.

- Assim espero.

Eles passaram uma tarde divertida juntos e até Saya se arriscou a jogar um pouquinho. Voltaram para casa no finalzinho da tarde, Saito tomou um banho antes de entrar no carro e é claro que foi sem camiseta -já que a dele estava imunda e por isso foi colocada numa sacola de plástico para ser lavada quando eles chegassem em casa- e, assim como Sarada, pegou no sono em poucos minutos. Saya aproveitou quando o sinal voltou e passou a viagem inteira mandando mensagens para alguém; mesmo irritado com isso, Sasuke não se manifestou.

No fim, foi uma ótima tarde em família.


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Notas finais do capítulo

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Beijocas ♡