Caminho do Sucesso escrita por Saya Shimizu, Luka Megurine


Capítulo 46
Capítulo 46


Notas iniciais do capítulo

Oie
Boa noite e boa leitura ♥



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Anteriormente em “Caminho do Sucesso”...

— Então, você vai quando? – Perguntei me direcionando a Rin, enquanto saiamos da escola.

— Depois de amanhã.

— Ele avisou bem em cima da hora... – Disse a Miku. – Vai ficar por quanto tempo?

— Durante 2 meses, a escola já foi avisada sobre o meu afastamento temporário.

...

— Você veio cuidar de mim?

— Sim.

— Você vai fazer tudo o que eu pedir. – Ele falou com uma voz tão fofa que eu apenas concordei. – Então, eu quero...

— Pode falar.

— Eu quero que você morra.

...

 Ele é esquisito assim mesmo Luka, liga não. – O Luki disse rindo da minha cara.

— Liga não? Esse menino precisa de um psiquiatra. – Falei indignada.

...

        — Que golpe de sorte... – Ele disse sorrindo. – Então, preparada para a massagem?

— Olha, se eu sentir uma dor, eu vou socar a sua cara.

— Ok, ok. – Ele começou a rir. – Se prepara para a melhor massagem da sua vida.

Fomos até o sofá da sala e o Leo não estava lá, então eu me deitei e o Luki começou a fazer uma bela, maravilhosa massagem em mim. Senhor... O que mais essa criatura sabe fazer?

 

Agora...

 

Rin Pov’s On

Eram mais ou menos 7:30 am. Eu combinei comigo mesma de não ir à escola hoje, para conseguir me preparar para a viagem. Acordei com a Nami me chacoalhando da cama.

— Rin! – Ela gritou depois que eu comecei a esfregar meus olhos. – Amanhã é o grande dia! Temos que nos preparar.

— Puts! É verdade, amanhã vou viajar para Miami. Meu Deus, onde eu cheguei? – Eu disse com uma expressão de surpresa, mas ao mesmo tempo, orgulhosa de mim mesma.

— Parabééns! Você merece. – Exclamou Nami enquanto aplaudia exageradamente.

— Tenho que fazer minhas malas. – Eu disse me levantando e organizando todos os objetos que pretendia levar. Exceto roupas, porque né... Os pixels fazem milagres nos dias de hoje.

Ficamos até umas 9 horas da manhã organizando tudo, apenas separando os apetrechos sem ainda colocar na mala.

— Acho que é basicamente isso que quero levar. – Eu disse observando o monte de objetos empilhados na minha frente.

— Meu Deus, Rin. É muita coisa!

— Mas eu vou passar 3 meses fora, esqueceu, Nami? – Eu disse mostrando a língua.

— Ei! Só você?! – Nami gritou com uma expressão irritada. – Não tá esquecendo de nada não?

Eu tinha entendido o sinal: ela era aquilo que estava sendo esquecido. Mas decidi fazer um draminha só pra descontrair.

— Eu? Esquecendo de algo? – Fiz uma expressão de dúvida.

— É assim então? Ok, vai ter que levar roupas agora. – Ela me mostrou a língua.

Eu cai na gargalhada.

— Calminha, não fica estressadinha! – Eu disse ainda rindo muito e ela revirou os olhos.

Antes de guardarmos tudo na mala, fomos tomar café da manhã. Estávamos morrendo de fome, ou melhor, eu estava morrendo de fome. Passamos duas horas escolhendo tudo e eu tinha acabado de acordar.

— Invés de arrumar tudo logo e ficar livre, a pessoa prefere se atrasar por causa de comida. – Resmungou Nami.

— Você fala isso porque não precisa de comida pra viver! – Eu mostrei a língua.

Chegando na cozinha, preparei dois waffles com cobertura de chocolate. Depois de comer, ainda peguei uns biscoitinhos e fui ao meu quarto novamente. Antes de começar a arrumar tudo, fiquei apenas sentada em minha cama e relaxando, pensando nas possíveis oportunidades que me viriam caso eu ganhasse esse concurso. E, depois de pensar nisso, me veio uma vontade louca de ganhar, mas me mantive com os pés no chão, afinal nem adianta sonhar muito, porque depois se você se ferrar, a queda será mais alta.

— Rin! – Gritou Nami, interrompendo meus pensamentos.

*Link da imagem nas notas finais*

— Mano, para! – Eu já disse ficando irritada. – Você tá gritando muito hoje, me deixa relaxar. Você tá me deixando estressada.

— Ok. – Ela falou cabisbaixa.

— Own, vem aqui. Desculpa ter gritado com você. – Eu a abracei carinhosamente.

Assim que fomos guardar as coisas na minha mala, começou a “bater uma bad”. Fiquei pensando em ficar 3 meses sem meus amigos.

— Já sei em que você está pensando. – Disse Nami. – Fica tranquila, vocês vão se ver todos os dias através do NeverGear.

— Mas mesmo assim vou sentir saudades. – Eu disse com um sorriso fraco.

Quando terminei de arrumar tudo, eram mais ou menos 17 horas da tarde. Demoramos um pouquinho mais porque fizemos uma “pausinha” para o almoço. E essa “pausinha” demorou 2 horas, haha’.

— FINALMENTE! – Comemorou Nami com as mãos para o alto.

— Nunca pensei que a gente fosse tão lerda. – Eu disse suspirando alto.

— A gente? – Disse Nami com uma sobrancelha erguida. – Oi? Como assim, querida? A única lerda aqui é você, que fica parando de 10 em 10 minutos pra viajar no mundo da lua. – Ela disse e ambas rimos.

Finalmente, depois de tudo organizado, fui ao banheiro e tomei um longo e relaxante banho. Porém, tudo foi interrompido com uma mensagem de emergência da Miku.

*Link da imagem nas notas finais*

— Rin, a Miku mandou uma mensagem. Deseja escutar agora? – Perguntou Nami, entrando no banheiro.

— Sim.

— RIIIN, PRECISO DE VOCÊ URGENTEMENTE, É COISA SÉRIA! VEM AGORA PRA MINHA CASA. – Nami abriu a boca e reproduziu a mensagem enviada pela Miku.

— Nossa... – Murmurei preocupada enquanto levantava da banheira.

Me sequei rapidamente e a Nami projetou uma roupa básica em mim. Desci até a entrada do apartamento e, por sorte, dei de cara com um táxi livre, pelo menos não terei que ir andando. Indiquei o local para o motorista e cheguei lá em menos de 10 minutos.

— Rin Kagamine. – Me identifiquei assim que cheguei à porta da casa da Miku.

A porta se abriu e dei de cara com o Tio Fuguki sentado no sofá da sala de estar.

— Olá, tio. Você sabe onde a Miku está? – Perguntei com uma expressão preocupada, e pelo visto ele também não sabia de nada.

— Se eu não me engano, eles estão no sótão. – Ele disse.

“Eles?” – Pensei.

— Obrigada. – Agradeci e corri em direção ao sótão.

Assim que abri a porta me assustei com os gritos.

— SURPRESA! – Miku, Luka, Mikuo, Luki e o Len gritaram em uníssono, me fazendo dar um pulo para trás, sendo segurada pela Nami, que estava rindo da minha cara de apavorada.

— Ei! – Dei um peteleco nela. – Você sabia de tudo isso? Por que não me contou?

— Geralmente, é isso que fazem em festas surpresas, as pessoas não contam! – Ela disse e todos riram ainda mais da minha idiotice.

— Idiotas! – Eu disse com a cara toda vermelha, mas depois comecei a rir também. – Agora entendi o porquê de vocês não falarem comigo o dia inteiro. – Eu disse notando a organização aconchegante do local.

— E ai, gostou da festinha surpresa de despedida? – Perguntou Miku me puxando para dentro e fechando a porta do sótão.

— Adorei! – Eu sorri alegremente. – Vocês são os melhores amigos do mundo, sério!

— Ownn!! – Todos eles gritaram e me abraçaram num abraço coletivo. Me senti sufocada, mas foi um sufocamento de amor, haha.

— Agora vamos comer! – Gritou Luka e eles me mostraram o enorme bolo feito para mim.

— Deve estar muito gostoso! – Eu disse com água na boca e todos fomos comer.

Passaram alguns minutos e estávamos empanturrados de tanto bolo, e não tinha só isso para comer. Depois de algumas horas estávamos cheios de tantas besteiras, mas estava sendo ótimo.

— Ai, ai... – Suspirou Miku. – Adorei o dia de hoje. Apesar de ter sido muito chato na escola, agora compensou tudo.

— Concordo. – Disse Luki.

— Olha o que eu trouxe. – Disse Len tirando seu aparelho de DJ portátil da mochila.

— OBA! – Exclamou Luka.

— Ah não, galera. Por favor. – Disse Mikuo cabisbaixo, ele estava sentado no Puff fazendo carinho no Rex. – Não estou com paciência pra música, namoralzinha.

— O que houve, Mikuo? – Perguntou Luka preocupada. – Bem que eu percebi que você não estava 100% hoje.

— Meu pai... – Ele disse com uma expressão fria.

— O que houve? – Perguntei, dessa vez, mais preocupada ainda. O Mikuo nunca se deu tão bem com o pai, então quando ele fala disso, significa que foi sério mesmo.

— Ele soube que entrei para o clube de música e, como vocês já sabem, meu pai é bem chato com essas coisas. Ele estava dizendo que já somos pobres demais comparado as outras pessoas, inclusive comparado aos meus amigos.

— É sério isso? – Perguntou Miku indignada.

— Ele disse que música não dá dinheiro, ele até mencionou o seu pai, Miku. Que ele virou um dos homens mais ricos do mundo sendo inventor e não músico. – Ele dizia cabisbaixo e muito envergonhado, dava pra notar pela cor rosada de suas bochechas, ele raramente fica assim.

— Ah, e os pais da Luka foram o que? – Eu disse, mas me arrependendo depois, era um assunto muito recente, não sabia se podia tocar nele. Mas depois fiquei um pouco mais tranquila, pois a Luka deu um sorriso fraco.

— Meus pais ficaram muito famosos no ramo da música, essa conversa de que tal emprego não dá futuro é muito cruel com as diversas opções. – Disse Luka revoltada.

— Concordo. Se você quer fazer parte de tal área, corra atrás e dê o seu melhor, você vai ser valorizado por tudo que fizer, desde que faça direito. – Eu disse.

— Concordo com vocês, mas meu pai não vai mudar de ideia, já tentei fazer com que ele mude durante sei lá quantos mil anos. – Disse Mikuo. – Ele só quer que eu pare de sonhar, que eu acorde e que eu ganhe dinheiro.

Senti muita pena do Mikuo naquele momento, acho que não só eu, mas sim todos nós sentimos pena dele.

— Mas você não vai sair do clube de música não, né? – Perguntou Luki. – Você não pode me deixar sozinho nessa.

— Ei! – Disse Len dando um soquinho no ombro do Luki. – Você não ia estar sozinho. Mas de qualquer forma, não quero que o Mikuo saia.

— Nenhum de nós queremos. – Eu disse.

— Fala com seu pai que você vai se manter no basquete, e que você só se juntou a nós pra fazer companhia. – Disse Luka com um sorriso aconchegante.

— Mas o problema não é eu sair do basquete, o problema é ele entender que dinheiro não é tudo no mundo. – Disse Mikuo bufando irritado. – Enfim, vamos continuar com nossa noite.

— Miku! – Eu gritei. – Sai desse caderno! Você está ai faz 10 minutos, você ouviu o que o Mikuo disse? – Perguntei.

— Não só ouvi, como também me inspirei na história dele pra algo. – Ela disse com os olhinhos brilhando. – Vai, Len. Honra seu nome aí. – Miku entregou um papel ao Len.

— Pode deixar. – Ele disse ligando o aparelho portátil.

— Quando aprenderem, cantem comigo.

Todos nós sentamos em um formato de círculo, estava um amontoado de almofadas bem aconchegantes, e aí começou essa melodia gostosa de ouvir. Realmente, melhor despedida. E COMO ESSA CRIATURA CONSEGUIU CRIAR UMA MÚSICA EM 10 MINUTOS? Bota criatividade, hein?

*Link da música nas notas finais*

Enquanto a Miku cantava, a galera ia fazendo o Backing Vocal. Ficou perfeito! E essa música tinha tudo haver com que o Mikuo estava passando, e aposto que não é só ele, mas também um monte de outros jovens que são obrigados a fazer aquilo que os pais querem, como justificativa de ter um futuro melhor. Mas isso não é verdade, acredite em si mesmo, e siga seus sonhos. Garanto que você vai conseguir algo tão bom, se não melhor, que o dinheiro: a felicidade.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :3

Capa do capítulo: https://plus.google.com/u/0/photos/photo/106188713173278985235/6352138197217197890?icm=false

Rin comendo biscoitinhos: https://plus.google.com/u/0/photos/photo/106188713173278985235/6352138469801819442?icm=false&authkey=CLvZ2Z2FyZyrwQE

Rin no banho: https://plus.google.com/u/0/photos/photo/106188713173278985235/6352144915093014306?icm=false

Musiquinha linda da Miku: https://www.youtube.com/watch?v=ek4HJx_zLsA


Beijos *3*



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