Anteriormente em “Caminho do Sucesso”...

— Eu fiz a música, só falta a letra e a coreografia, para quando é?

— Para... Depois de amanhã.

— Cacetada passou bem rápido, vocês podiam ter deixado esse "conflito" amoroso para depois, né? Assim, todo mundo se concentrava na apresentação.

...

— Ahh, porque você não me disse antes?

— Eu estava tentando, mas parece que alguém não deixou.

...

Passei praticamente a noite inteira escrevendo a música e depois que eu terminei o  resultado ficou muito bom, só quero ver como vai ser a coreografia da Rin.

Eu subi as escadas, peguei a minha mochila e liguei a Leko, depois fui direto tomar um banho e ela me acompanhou.

...

— LEKO, APARECE! - Gritei novamente, mas nada dela aparecer. - Não me diga que ela foi embora mesmo?

Voltei para o meu quarto e coloquei o meu pijama.

— Eu acho que ela só foi passear, amanhã ela volta. - Falei me deitando na cama e me cobrindo. - Eu espero... - Disse e desliguei o abajur 

Agora...

Pov’s Miku On

Eram 8:00 horas da manhã quando, em meus sonhos, escuto um barulhinho irritante. Não consigo decifrar, até que o barulhinho vai ficando mais alto. E mais alto...

— Beep, beep, beeeep! – A Mikuzinha falava bem perto do meu ouvido enquanto me dava petelecos na cabeça.

— PARA COM ISSO! – Gritei irritada e me cobri dos pés a cabeça. – ME DEIXA DORMIR!

— Já são oito horas, queridinha. – Ela disse.

— Hoje é domingo, Senhorita Despertador Desprogramado.

— Você tá louca? Tá longe de ser domingo.

— AH NÃO, PERA, ME CONFUNDI! – Eu gritei saindo das cobertas e pulando para o chão. – POR QUE VOCÊ NÃO ME ACORDOU ANTES? – Gritei indignada para a Hachune.

— Eu tentei, mas sério, hoje você bateu o recorde. Dormiu como pedra. – Ela revirou os olhos.

— Ah, nem adianta ir pra escola mais. – Resmunguei.

— Adianta sim, você só vai chegar no segundo horário.

— Para de achar soluções! Não quero ir à escola hoje. Sério! – Eu disse escondendo minha cara. – Qualquer dia, menos hoje! Estou com vergonha de encarar todo mundo.

— Então não vai, ué. Não sou sua mãe nem seu pai pra te obrigar a ir mesmo.

— Acordou com o pé esquerdo hoje? Meu Deus, está chatinha, hein!

— Tô nem ai! – Ela me mostrou a língua e como resposta apenas revirei os olhos.

Sai do meu quarto, desci as escadas e encontrei meu pai na cozinha.

— Bom dia, atrasadinha! – Ele disse.

— Bom dia, pai. Não vou pra escola hoje.

— Por quê? Posso saber? – Ele me encarou com uma sobrancelha erguida.

— Nada demais, só não acordei muito disposta.

— Sempre é assim. No começo é “apenas uma faltinha”. Depois vai perdendo a vontade de ir pra escola. Daqui a pouco vai estar me pedindo pra frequentar uma escola virtual novamente.

— Calminha aí, papai! – Eu disse e fiz um gesto com as mãos pra ele manter a calma. – Eu juro que dessa vez vai ser só uma faltinha mesmo.

— Hm... – Ele me olhou de canto de olho. – Quero só ver. Vai ficar fazendo o que neste período então?

— Não sei. O senhor quer ajuda? – Perguntei.

— Acho que agora não. Estou na parte mais divertida do meu trabalho, quando voltar para a parte chata eu te chamo.

— HAHAHA! – Forcei uma risada bem irônica. – Muito legal de sua parte!

Nós tomamos o café da manhã juntos, ficamos conversando sobre coisas que meu pai pretende fazer. Eu amo meu pai, sério! Ele é muito inteligente, sinto muito orgulho dele, e aposto que minha mãe também. Se ele conseguir colocar em prática tudo que ele pretende fazer, e ele vai conseguir, várias funções que existem no mundo vão ser facilitadas. Assim que acabamos de comer, nós dois arrumamos tudo e eu voltei para meu quarto enquanto que ele voltou para o laboratório.

— Vamos fazer o que? – Perguntou Hachune.

— Eu vou jogar. Você eu já não sei. – Eu disse deitando na minha cama, prestes a colocar o NeverGear.

— Não está se esquecendo de nada pra fazer? Tipo uma coisa que tem pra amanhã? – Hachune disse certa de que eu iria me lembrar, mas a única coisa que eu fiz foi olhar para ela com uma expressão de dúvida.

— Que? – Perguntei.

— Ai, ai... – Ela bate em sua própria testa antes de prosseguir. – Começa com “Apres” e termina “Entação”.

— Verdade! – Eu me sentei na cama e peguei meu celular em cima da mesinha ao lado da minha cama. – E eu ainda tinha comentado isso ontem com a Luka.

— Se não fosse eu, o que seria de você? – Hachune disse se gabando e eu apenas mostrei a língua para ela.

Mandei uma mensagem para a Seeu e para a Meg, pra avisar que precisamos ensaiar urgentemente. E tem que ser tudo hoje!

“Meninas, precisamos nos encontrar hoje, nossa apresentação é amanhã! Precisamos de uma coreografia e uma música urgentemente!
Miku”.

Coloquei meu celular em cima da mesinha de canto novamente. Deitei na minha cama, mas antes que eu pudesse iniciar o NeverGear, fui interrompida de novo! Dessa vez foi pelo meu celular.

“Hoje, às 14h00min, na minha casa. Estou mandando meu endereço para o IP de suas pixels. No caso só para a pixel da Miku, porque a Meg já sabe onde fica ♥!
Seeu”.

Nossa, ela responde rápido! Levando em conta que ela está em aula... Hum... Safadinha, usando celular durante a aula... ENFIM, QUERO JOGAR!

— Finalmente! – Deitei na minha cama e coloquei meu NeverGear. – CONECTAR!

*Link do Gif nas notas finais*

Fiquei jogando por algumas horas, na verdade, muitas horas! Só parei quando cheguei no Piso 80. Demorei, mas consegui! Eu estava precisando desse tempo jogando, sério! E o mais importante, jogando SOZINHA!

— Ai, ai... Isso foi muito legal, ganhei duas espadas lendárias. – Eu disse me gabando para a Hachune.

— São 13h30min. Você começou a jogar 08h30min. Você não se envergonha não? – Ela me disse com um olhar de reprovação.

— Vou me arrumar. – Eu disse e corri para o banheiro.

Tomei uma ducha rápida. Acho que demorei uns dez minutos.

— Estou pronta! – Disse para a Hachune e ergui meus braços.

Ela projetou em mim um vestido bem fofo, nem lembrava mais que eu tinha isso no meu guarda-roupa.

— Vamos, temos 15 minutos. Você recebeu o endereço da Seeu, certo? – Perguntei.

— Sim, faz tempo.

— Então vamos!

Eu e a Hachune saímos correndo em direção à garagem. Antes de sairmos, passamos em frente ao laboratório do meu pai.

— Tchau, pai! Vou pra casa da Seeu. Te amo! – Eu disse, mas antes que ele pudesse responder eu já tinha saído e ido para a garagem.

Eu e a Mikuzinha entramos no carro e fomos para a casa da Seeu. Demoraram uns 10 minutos até chegarmos lá.

— Que casa linda! – Exclamou Hachune.

— Não vi uma casa feia por aqui até agora. – Eu disse.

Fomos até a porta da casa que abriu automaticamente.

— Seeu? – Perguntei enquanto entrava lentamente.

— Vem aqui, Miku! Estamos do lado de fora.

— Estou indo.

Segui os risos e as vozes das meninas até que cheguei ao jardim da casa da Seeu, ele era lindo, sério.

— Vamos ensaiar aqui? – Perguntei.

— Sim! – Disse Meg. – Já adiantamos a coreografia e já escolhemos a música que vamos cantar, tem algum problema? Desculpa se te deixamos de fora.

— Relaxem, vocês me fizeram um imenso favor! – Nós rimos.

Depois de alguns minutos conversando sobre coisas aleatórias e tomando uns suquinhos, fomos ensaiar enquanto que as pixels ficaram juntas ali no canto brincando no meio das flores. Ficamos dançando e cantando durante muito tempo. Na verdade eu quase nem cantava, quem cantava mesmo era a Seeu, eu e a Meg só participávamos do refrão, a música ficou ótima assim! Depois de um bom tempo, nós paramos e conversamos um pouco antes de eu ir embora. Gostei muito da nossa performance, não vejo a hora de chegar amanhã!