How I Met Your Father escrita por ericatron


Capítulo 12
Pedaços de um pergaminho enfeitiçado


Notas iniciais do capítulo

Gente, estou até com vergonha de aparecer pra postar depois de todo esse tempo haha será que ainda tem alguém aí?

Só posso pedir desculpas aos leitores, acho muito errado sumir assim sem deixar rastros! Foi por causa da universidade. Sério mesmo, estava me matando. O tempinho que eu tinha para escrever ia todo para originais, mas em nenhum momento esqueci dessa fanfic. Mas agora eu me formei (ebaaaaa) e tenho passado tipo O DIA INTEIRO escrevendo, acho que pra tirar o atraso kkkk então espero que alguém ainda queira ler esta e mais outras fanfics que pretendo postar.

E espero que gostem de ler HIMYF tanto quanto eu gosto de escrevê-la. ♥



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— Por que você está pedindo conselhos A MIM? – perguntou Pedro, exasperado, durante o café da manhã do dia seguinte. Era dia de treino de quadribol e também era lua cheia, então nem Remo nem Tiago estavam conosco.

— Porque você é a luz da minha vida, Rabicho – falei, irônico. – Meu sim e meu não, meu yin e meu yang, meu sol e estrelas.

Ele riu.

— Você não faz meu tipo, cara – disse.

Um ultraje. Eu faço o tipo de qualquer pessoa.

— A questão, Rabicho, é que Remo é amigo dela e Tiago é o namorado dela. Você é a única pessoa por aqui que não dá a mínima e eu preciso de alguém assim.

— Cara, eu sou péssimo nessas coisas, você sabe disso – ele falou, desanimado. – Lembra daquele dia em que o Remo me fez contar pra você sobre o probleminha peludo dele?

­- Foi bem ridículo - eu concordei. - Mas pelo menos quebra um pouquinho da tensão do momento.

A propósito, Lucy não tinha entrado para o time, o que deixou Rabicho muito zangado com Pontas e gerou uma grande discussão que mais tarde se transformou em um sermão do Aluado até a gente lembrar que era lua cheia e ter que ir para a Casa dos Gritos. Foi um dia cansativo demais e achei melhor contar outra hora sobre Lia Goldman e seu ódio contra trouxas.

— Mas talvez você tenha entendido errado – disse Rabicho. – E se você tiver entendido errado?

— Eu não entendo nada errado, meu caro Rabicho – falei e, como se fosse uma confirmação da minha frase, a lambisgoia passou pela mesa da grifinória, conversando com aquele mesmo rapaz da Sonserina que eu faço questão de esquecer o nome.

— É amanhã que a gente vai acabar com  aqueles trouxas! – disse ela, alto e claro, sem nem disfarçar. O garoto que estava com ela riu. Quando ela nos viu, acenou e deu um Oi animado, que foi respondido com um Oi desanimado da minha parte e um barulho de peido do Rabicho.

Quando Lia saiu, ele me olhou desanimado.

— Poxa, eu tinha gostado dela – falou.

Eu ainda olhava para as costas (juro que não era para a bunda) dela, estreitando os olhos. Aquela garota tinha que ser impedida a qualquer custo, ela iria machucar alguém!

— Rabicho – chamei. – Eu tenho um plano.

Tivemos que agir rápido, seja lá qual era a maldade que ela pretendia fazer com os trouxas ela ia fazer isso no dia seguinte. Corremos até o dormitório e pegamos o mapa do maroto. O único lugar do castelo que faltava ser preenchido era o dormitório da Sonserina, mas Pontas havia mapeado ele ali, o que nos permitiu ver Lia se despedindo do rapaz que conversava com ela (seu nome apareceu no mapa, era Bertram Aubrey, mas eu fiz questão de esquecer logo em seguida) e entrando no dormitório.

— O que vamos fazer, Sirius? – perguntou Rabicho, olhando para o mapa por cima do meu ombro.

— Uma armadilha.

Lia foi para a biblioteca, o que nos deu tempo para nos preparar.

— Ela estuda no domingo – comentou Rabicho.

— Todo mundo estuda no domingo, Rabicho – falei, impaciente.

Ela ficou estudando lá por mais ou menos uma hora, junto com aquele Bertram. Escrevemos uma carta para ela e pedimos para uma garotinha do segundo ano entregar a ela quando ela saísse, depois voltamos para o dormitório, pegamos o mapa e observamos.

— O que estão fazendo? – perguntou Remo, que estava lá deitado, descansando.

— Não se preocupe – falei. – Durma um pouco.

— Tá bom – disse ele, fechando os olhos e virando-se para o lado. Estava cansado demais para se preocupar com a gente.

A garotinha entregou para ela a carta, e a vimos parada na porta da biblioteca por alguns minutos. A carta tinha o seguinte conteúdo.

Você está em apuros. Sabemos o seu segredo. Siga as instruções dessa carta, a não ser que queira que os seus planos para amanhã sejam arruinados.

Vire-se para a esquerda e então siga em frente.

A carta acabava ali. Depois de alguns segundos de hesitação, o mapa mostrou ela seguindo as instruções. Quando ela chegou na esquina do corredor, outras palavras apareceram na carta.

Vire-se para a direita e siga em frente. Ela obedeceu, ainda hesitante. Vire-se novamente para a direita e suba a escada. Cuidado com o sétimo degrau, continuou o pergaminho.

Você deve estar se perguntando como a gente fazia isso. Não seja burro, a gente é bruxo. Você também vai ser capaz de fazer essas coisas, Harry. Enfeitiçamos o pergaminho e tudo o que era dito na varinha do Rabicho aparecia escrito ali.

Ela continuou seguindo as instruções.

Vire-se para a esquerda e vá até o final do corredor. Dê uma voltinha e vire à esquerda. A gente sabe que você não deu a voltinha. Volte lá e dê uma voltinha. Bom. Agora pode virar à esquerda e seguir em frente. Não fique zangada, saiba que apreciamos muito seus quadris. Rabicho! Desculpe, não resisti. Suba a escada e siga em frente. Mostre os peitos, RABICHO, PARA COM ISSO! O que vocês estão fazendo aí? Nada, volte a dormir. Não você, Lia, você fica acordada. Vire à direita e siga reto até o final do corredor. Você vai ver um quadro de uma mulher gorda. Quando ela pedir a senha diga Profecia Encantada e entre. Caramba, ela entrou mesmo. Eu não te disse? Acho que agora você já sabe aonde estamos te levando. Suba as escadas até o dormitório do quinto ano. Como faz pra desligar a gravação?

Desligamos o feitiço da varinha e esperamos ela subir.

— Rabicho, fique a postos.

Remo havia começado a roncar do nosso lado e cuidadosamente fechei a cortina de sua cama. Acho que ao perceber que era a gente Lia ficou menos desconfiada, porque rapidamente entrou no dormitório, mal dando tempo para que eu me sentasse em uma grande poltrona de costas para a porta.

— O que...

No momento em que ela abriu a porta várias cordas caíram do teto, amarrando-a e amordaçando-a, ela não teve tempo nem de gritar. Ela caiu sentada em uma cadeira e a varinha automaticamente voou de sua mão.

Lentamente, girei a poltrona como um vilão de filme faria, lançando meu olhar macabro, porém sedutor. Rabicho estava transformado em rato no braço da poltrona, e eu acariciava seu pelo como se ele fosse meu bichinho de estimação.

— Ora, ora, ora... – falei. – Olha o que temos aqui, uma odiadora de trouxas.

Ela balançava a cabeça negativamente, tentando falar.

— Eu ouvi o que você disse hoje para aquele garoto que eu faço questão de sempre esquecer o nome. Eu sei que amanhã você tem um evento muito polêmico na sua agenda, que consiste em acabar com a raça dos trouxas.

Lia se agitava, mas as cordas estavam muito bem atadas e ela não conseguia falar ou se mexer.

— Não adianta, você só vai poder falar amanhã, e vai ser pra confessar seus crimes!

Faltava ainda alguns minutos para Pontas voltar do treino, então aproveitei esse momento para fazer um discurso vilânico, mesmo eu sendo o mocinho. Eu fiz um aceno com a varinha e encostei a cadeira num canto da parede, levantando-me para andar pelo dormitório.

— Sabe, você me enganou, Lia – falei. – Por um momento pensei que fosse a garota mais legal com quem Pontas já saiu nessa escola. Ledo engano... tsk, tsk... esse seu bumbum bonitinho nunca mais irá enganar nenhum Maroto.

Ela desistiu de tentar se soltar e agora revirava os olhos.

Harry, o que é isso? Tira isso da boca agora!

Harry: baba bu bu bu

Voltando, seu pai apareceu no dormitório uns 10 minutos depois, ainda com o uniforme de quadribol, todo sujo de lama e parecendo exausto.

— Rabicho, ponto pra você – ia dizendo, distraído e mau humorado. – Acho que fiz uma péssima escolha na hora de selecionar o novo batedor...

Ele parou, reparando na cena só quando já estava no meio do quarto. Sua vassoura caiu com um estrondo no chão, assim como seu queixo.

— Eu tenho uma coisa muito importante pra te revelar, mas fique calmo – falei, sentado com o cotovelo sobre os braços da poltrona, as pontas dos dedos das duas mãos juntas na frente do meu rosto, o cabelo caindo dramaticamente sobre o olho.

Ele ficou mais um tempo completamente imóvel, a boca ainda aberta e apenas os olhos se mexendo, indo de Lia amarrada para mim e de novo para ela.

— Que revela... Que... – gaguejou. – Sirius... você... é... SADOMASOQUISTA?

— O quê? – exclamei. – NÃO! Bem, talvez. Mas não é isso o que está acontecendo aqui.

Ele fez menção de desamarrá-la, mas eu o impedi.

— Espera, deixa primeiro eu acordar o Aluado. Acho importante vocês receberem a notícia juntos.

Pontas não a desamarrou, mas sentou-se na cama, ao lado da cadeira onde ela estava, e começou a perguntar se ela estava bem, se estava machucada, dizendo que ia soltá-la e que eu era um bunda mole, coisas assim. Bufei de raiva. Ele sendo tão bonzinho com uma pessoa tão megera.

O Aluado não parecia querer acordar, pedia só mais cinco minutinhos e fechava a cara, até que ele viu a Lia amordaçada e se levantou de um pulo.

­- O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? O QUE VOCÊS FIZERAM COM ELA?

Ele se adiantou para tentar soltá-la, mas o impedi.

— Calma – falei. – juro que ela não está machucada.

Os dois olhavam para mim como se fosse me matar, mas eu sabia que em um minuto toda essa raiva eles estariam sentindo dela e eu seria o herói. Vi Rabicho saindo pela porta, devia estar com vontade de ir ao banheiro.

— Olha, ela fez uma coisa muito errada, ok? Vou contar, mas ela mesma vai confessar depois – falei, e expliquei o que tinha ouvido ela dizer enquanto eu estava em forma de cachorro e o que ela tinha dito naquela manhã sobre acabar com os trouxas no dia seguinte.

— SEU IDIOTA – disse Remo, correndo para desamarrá-la. Pontas correu para ajuda-lo e segundos depois ela estava massageando os próprios pulsos e me olhando com uma fúria assassina nos olhos.

— EU NÃO SOU UMA ODIADORA DE TROUXAS, SUA BESTA QUADRADA!

— É claro que é! – exclamei, indignado. Não era possível que mesmo depois de tudo aquilo ela ainda ia se fazer de sonsa.

— Você entendeu tudo errado, cara – disse Pontas, enquanto ajudava Lia a se levantar.

— EU TAVA FALANDO DA COMPETIÇÃO DE AMANHÃ – berrou ela, assustadoramente descabelada e furiosa.

Eu não estava entendendo mais nada. Rabicho entrou no quarto novamente, observando a cena.

— Que competição? – perguntei.

— AAAAAAAAAH AGORA VOCÊ PERGUNTA!!! DEPOIS DE ME FAZER ANDAR IGUAL UMA BARATA, ME AMARRAR E AINDA ME MANDAR MOSTRAR OS PEITOS, AGORA VOCÊ PERGUNTA!

— Você fez isso? – perguntou Pontas, me olhando furioso.

— Não foi bem nessa ordem... e não foi...

— Olha, sinceramente – falou Pontas, nervoso, mas estava mais preocupado em ajudar Lia a sair dali do que em brigar comigo. – A gente conversa depois – disse, saindo dali com a garota.

Dois minutos ele voltou correndo, com o punho a frente, e me deu um soco que até hoje ainda doi um pouco quando eu movo meu maxilar 45 graus para a direita.

— VOCÊ MANDOU MINHA NAMORADA MOSTRAR OS PEITOS, SEU DESGRAÇADO!

Desviei do segundo soco e Remo se meteu entre nós para evitar um terceiro. Tiago se debateu um pouco, mas depois ficou quieto. Entendi que ele fazia isso pelo Aluado, que estava abatido pela noite anterior e não estava em condições de apartar uma bri... Ah, não, ele não estava ligando para isso e voltou a tentar me bater.

— COMO VOCÊ... AMARRA UM SER... HUMANO... SEM SER COM FINALIDADES SEXUAIS!? – Cada palavra era pontuada por uma tentativa de soco.

— Você quer que eu a amarre com propósitos sexuais?

— Eu... não, claro que não, EU TO NERVOSO, TÁ BOM?

Remo cansou-se de apartar a briga fisicamente e lançou um feitiço de proteção que manteve cada um em um canto do quarto.

— Não havia necessidade alguma de amarrá-la, Sirius – disse Remo, sério.

— Eu achava que ela ia atacar um trouxa! A gente ia manter ela até amanhã, pra evitar o ataque.

— QUE ATAQUE, ANIMAL? – gritou Pontas.

— O ataque que ela supostamente faria a alguns trouxas.

— A gente? – Aluado observou. – Você e mais quem?

— O Rabicho me ajudou. Ué, cadê ele?

Aquele traidor fujão foi embora e me deixou sozinho lidando com as consequencias, Harry! Espero que ele nunca mais faça algo do tipo.

— Inclusive foi o Rabicho que pediu pra ela mostrar os peitos e eu fui contra desde o princípio – esclareci.

Bom, não lembro bem como foi que a briga acabou. Durou bastante tempo e depois concordamos que eu devia desculpas a Lia.

— Mas afinal de contas, que campeonato é esse que vai ter amanhã?

— De xadrez.

Dei um muxoxo. Xadrez, o esporte mais chato de todos. Mal sabia eu que o dia do campeonato seria muito LOKO.

Evidentemente, Harry, Lia não queria nem olhar para a minha cara, quanto mais falar comigo, o que dificultava o pedido de desculpas. Então lembrei que ela ainda tinha aquele pergaminho enfeitiçado e ditei algumas palavras, que ela só foi ler uma semana depois, mas foram sinceras e funcionaram. O conteúdo era mais ou menos assim.

Pode falar, Almofadinhas. Ok. Er... Ei, Lia, tudo bom? Acho que não, né. Olha, eu quero te pedir desculpas por hoje. Mesmo que você não queira mais olhar na minha cara, e eu entendo, eu queria dizer que estou realmente arrependido. Eu deveria ter te conversado com você antes ao invés de te tratar como um inimigo mesmo depois de a gente ter bebido junto e tudo mais. E também estamos passando por tempos em que somos colocados uns contra os outros quando deveríamos nos unir. Enfim, não estou tentando diminuir minha culpa. Você pode escolher não me perdoar nunca, mas espero que me perdoe um dia. Você é muito bacana e seria muito ruim não ter mais sua companhia aqui em Hogwarts. Bom, é isso. Ah, e xadrez de trouxa? Sério mesmo?

Bem maduro,  não?


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Notas finais do capítulo

Ufa! Se você leu até aqui, posso te pedir um favor? Deixe um comentário nessa fanfic para eu ter uma ideia do quanto ela está sendo lida depois de todo esse tempo? Se não souber o que comentar, digite "always" ou qualquer coisa assim. Beijos!



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