7 de Setembro ou uma semana depois escrita por Mrs Bane


Capítulo 1
Capítulo 1




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— ... E foi assim que eu derrotei as forças do mal e conquistei a minha LIBERDADE!!!
— Eu tenho certeza que não foi assim seu git... — O Inglaterra já estava com o nariz sangrando, como acontecia quando o assunto era "independência" especialmente a do Alfred. — e você deveria deixar o Luciano contar a história dele. É o aniversário do Brasil!
— Na verdade... — a pessoa, ou nação, em questão interviu — Eu não acho que a independência é meu aniversário Arthur. E não tem realmente uma grande história que nem a do Alfred.
As três nações (e o Canadá, mas ninguém estava prestando atenção nele) estavam em Los Angeles, em um bar. Eles foram para lá depois que Alfred descobriu que o aniversario da independência do Brasil tinha sido uma semana antes, e decidiu comemorar, Afinal, Luciano era seu amigo (cof cof capacho cof cof ). E chamou Iggy para mostrar como independências eram importantes e nobres. E o Luciano, depois de agradecer a Deus por Alfred não ter ficado sabendo da festinha que os países latino-americanos fizeram pare ele, a acabou chamando o Canadá também.
— Como assim dude? Eu nem conto os anos em que eu estava sobre o domínio do Iggy aqui! A independência é o dia mais importante para um americano!!! USA! USA! USA!
E por algum motivo, metade do bar começou a gritar junto com o loiro mais novo.
— Al, por favor. — no meio dos gritos, Matthew tentou chamar atenção — É o dia do Luciano lembra?
De algum jeito, América conseguiu ouvir o irmão mesmo com os gritos nacionalistas.
— Tem razão bro. Ah c'mon Lu! Conta pra gente!
Luciano corou. Realmente, até mesmo os próprios brasileiros tinham "vergonha" da sua independência. Especialmente quando comparada com a do Alfred. Afinal, foi literalmente um menino mimado que decidiu fazer birra com os pais (E a inveja do Afonso ajudou um pouquinho) por que não queria voltar pra casa.
— Bem... — ele começou meio envergonhado com a mão na nuca e um sorriso amarelo — teve muita gente contra a independência. É que nós... Nós já tínhamos tentado antes sabe?
— E o que aconteceu? — perguntou Matthew.
— Digamos que quando você vê uma cabeça pendurada na praça como aviso, você evita ter ideias consideradas... Perigosas.
Um "ah" coletivo foi ouvido.
— Então quem lutou pela independência dude? What happened? Agora eu estou curioso!
— Ninguém lutou, lutou pela independência sabe. Foi mais... uma afirmação e ponto final. Teve até um quadro. E um grito legal. Eu acho que você ia gostar Alfred.
O Americano olhou para ele curioso. E com um suspiro Brasil disse o famoso "Independência ou morte!"
— That's so cool dude! Eu queria ter pensado nisso...
— Acho que você ia gostar da bandeira de um dos menus estados também. Está escrito "Liberdade ainda que tardia.".
— É impressão minha ou você está evitando o assunto Brasil?
Inglaterra, como um próprio cavalheiro nunca escorregaria para o inglês enquanto estava falando com Luciano. E como não sabia muito português preferia falar pouco. Em situações normais já teria interferido para xingar Alfred e perguntar quem the hell era aquele garoto com o urso polar. Os dois agradeciam mentalmente a presença de Luciano por isso.
— Não é isso. É que eu já contei tudo. Basicamente, o Pedro declarou a Independência e pronto. Na verdade Inglaterra até ajudou. Ele que me emprestou o dinheiro para pagar Portugal, já que eu praticamente comprei minha independência.
Outro "ah" coletivo foi ouvido. É novamente, foi Alfred quem interrompeu o silêncio.
— Espera. O Arthie ajudou? Um país a ficar independente? E como o mundo não acabou?
É como ninguém tinha como responder, eles caíram num silêncio meio desconfortável. Até que um celular começou a tocar.
Tenho vinte e cinco anos
De sonho e de sangue
E de América do Sul
Por força deste destino
Um tango argentino
Me vai bem melhor que um blues

— Que que você quer leite azedo?

"Nossa? Isso é jeito de atender o telefone? Como você sabia que era eu? Quizás... Tu tienes uma música só pra mim?"
— O quê? Não! – sim ele tinha.
"Tanto faz. Cadê você boludo? Já espanquei seu portão e ninguém quer abrir!!!"
Luciano revirou os olhos. Ele iria direto para o céu das nações por aturar Martín.
— Eu tô em Los Angeles.
"E eu tô no portão da tua casa. E tá chovendo! O que você está esperando pra trazer sua bunda gorda pra cá?"
— Martín. Arruma um hotel. Amanhã eu tô aí

"Claro. Você deve estar doido para pasar um tempo com o Alfred"

Dois dos três países na mesa simplesmente encaravam, enquanto Inglaterra pensava em como Brasil e Argentina pareciam com ele e o Francis. Claro que ele não conseguia ouvir o que o Argentino dizia... Mas tinha uma boa ideia.

— Gente — disse o brasileiro depois de desligar o celular — eu vou ter que dar no pé. Mas valeu Alfred.
O americano até tentou protestar, mas Luciano já estava saindo.
Algumas horas depois, Brasil estava caminhando para um casarão antigo em Porto Seguro. Na frente, um cara loiro que parecia ter uns dezenove ou vinte anos esperava com um pacote na mão.
— Você demorou boludo.
— Eu te disse para arrumar um hotel. O que é isso?
O loiro fez uma careta.
— Olha... Não é que eu me importe com você. Mas se você fica solitário, você fica aburrido y yo soy quien tem que te aguentar. — Martin disse enquanto passava o pacote para Luciano.
Ele percebeu que era uma caixa com furos. E que estava se mexendo.
Quando abriu, percebeu que era um filhote de cachorro.
— O nome é Fila Brasileiro.
— Hun?
O moreno, que já estava sendo lambido olhou para Martín com uma expressão confusa.
— A raça. O nome é Fila Brasileiro. Olha Luciano, sei o que aconteceu na sua independência. Mas foi a muito tempo ok?
Brasil suspirou. Argentina era uma das poucas pessoas que sabiam o quão... Confuso tinha sido. Gente querendo a independência, gente querendo voltar a ser colônia. Gente que tinha medo. Medo do que Portugal ia fazer. Mas tudo acabou bem no final.
Ele olhou para o filhote de cachorro que tinha no colo.
— Hey Martín? Vamos entrar antes que a chuva comece de novo. E... Obrigado. Por tudo.


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Notas finais do capítulo

So... O que acharam da minha primeira fic de hetalia? E primeira One Shot também... A musica, a proposito chama "A palo seco" e sim, eu escolhi só por causa do "tango argentino".



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