Soy tu Dueña... E se fosse diferente? escrita por Jeny Spanic


Capítulo 20
Então foi tudo um sonho?




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Uma semana depois...

 

Chegou o dia do casamento de Valentina e Jaime, todos os convidados já estavam no altar e Jaime estava nervoso sendo acalmado por José Miguel dizendo que a qualquer momento a noiva chegaria.

Não demorou para que uma charrete toda enfeitada com flores trouxesse Valentina que veio acompanhada de Ivana, que era a madrinha, Ivana desceu e andou até o altar para posicionar-se ao lado de José Miguel e começou a tocar a marcha nupcial enquanto Valentina fazia sua entrada, o casamento acontecia no jardim de Los Cascabeles, que estava decorando com muitas flores e o caminho até o altar era um tapete de pétalas de rosas. O vestido de Valentina, era um modelo simples e elegante, era branco, com caimento ajustado ao corpo.

Jaime sorriu ao vê-la caminhando em sua direção, ele também estava muito elegante, estava usando um terno também branco, assim que a noiva estava chegando ao altar, ele aproximou-se dela e não pôde evitar dar-lhe um beijo terno arrancando suspiros dos convidados.

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A cerimônia começa, o Padre faz todo o ritual, até que chega a hora de trocar as alianças, quem as leva até o altar, são Chuy e Maria os filhos de Juan que trabalha na fazenda Montesinos, eles as entregam para Jaime, e o padre segue...

— É de livre e espontânea que estão aqui?

— Sim. — Responderam juntos e Jaime deu início aos votos repetindo o que padre dizia...

— Eu Jaime Montesinos, te recebo Valentina Villalba como minha esposa, prometo ser fiel, amá-la e respeitá-la, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias de nossas vidas, até que a morte nos separe.

Ele coloca a aliança e beija a mão da amada e Valentina segue com os votos...

— Eu Valentina Villalba, te recebo Jaime Montesinos como meu esposo, prometo ser fiel, amá-lo e respeitá-lo, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias de nossas vidas, até que a morte nos separe.

E agora ela coloca a aliança, e repete o gesto de beijar a mão.

 – Se alguém aqui tem alguma coisa contra esse casamento, fale agora, ou cale-se para sempre... — Disse o padre e os noivos viraram-se para olhar os convidados.

 Após uns segundos de silêncio, ouviram um barulho e todos olharam para trás e viram Rosendo aproximando-se do altar montado em seu cavalo.

— Eu sou totalmente contra esse casamento, mas sei que isso não vai mudar nada, a Dona sabe que eu sempre fui apaixonado por ela e já que nunca será minha não será de mais ninguém, muito menos desse outro mauricinho perfumado. — Rosendo sacou a arma e apontou para Valentina assustando a ela e todos os presentes.— Nós poderíamos ter sido felizes juntos, mas já que você nunca me deu chance, eu também não vou te dar a chance de ser feliz com outro. — Nisso, ele puxa o atilho e Jaime se joga na frente de Valentina e ouve-se o barulho do tiro.

Rosendo vê que acabou acertando de raspão o braço de Jaime e fugiu com muita raiva assim que viu o delegado indo pegar o cavalo para ir atrás dele.

O doutor Felipe correu até Jaime para examiná-lo, como o tiro pegou de raspão, a bala havia entrado superficialmente em sua pele.

— Você consegue mover o braço? Está sentindo muito dor? — Questionou Felipe.

— Consigo, só está ardendo um pouco. — Respondeu Jaime.

— Meu amor, que loucura você fez?! Já pensou se o tiro não fosse de raspão? Você poderia ter morrido. — Exclamou Valentina chorando abraçada com Jaime no chão.

— Eu estou bem meu amor, jamais deixaria que atingissem você e se eu tivesse morrido teria valido a pena porque eu estaria salvando o grande amor da minha vida.

— Só você primo para fazer graça num momento assim. — Brincou José Miguel que estava com Ivana próximo a eles.

José Miguel me ajuda a leva-lo para dentro para retirarmos a bala antes que infeccione, eu já pedi para pegarem no meu carro a minha maleta. Como a bala está na superfície da pele consigo tirar com a pinça. — Falou Felipe.

— Claro vamos lá. — Respondeu José Miguel.

— Eu consigo andar sozinho gente. — Resmungou Jaime enquanto era levado até a casa de Valentina apoiado por José Miguel e Felipe.

Enquanto Felipe fazia o procedimento, Valentina, Ivana, José Miguel, Dona Leonor e Dona Isabel estavam com eles e lá fora os convidados estavam bebendo e comentando sobre o acontecido.

— Tomara que o delegado tenha consigo prender esse infeliz do Rosendo. — Comentou dona Isabel.

— Esperamos que sim tia, e com esse desgraçado preso, eu vou me encarregar pessoalmente de fazer da vida dele um verdadeiro inferno. — Exclamou Valentina irritada.

— Não consigo acreditar que esse monstro seja meu pai. — Desabafou José Miguel baixinho para Ivana.

— Meu amor, o seu pai é Frederico Montesinos, o melhor que você tem a fazer é esquecer o Rosendo e seguir sua vida como se ele não existisse. – Disse Ivana.

— Tem razão meu amor, ainda bem que eu tenho você e o nosso filho para me darem forças para eu conseguir deixar isso para trás. — Ele falou acariciando a barriga dela.

— Valentina você vai querer dar sequencia ao casamento? — Perguntou Leonor.

— Eu não sei Dona Leonor, acho que não tem mais clima. — Respondeu Valentina olhando Felipe finalizar o ponto no braço de Jaime.

— Vamos continuar sim meu amor, esse é o nosso dia e não vamos deixar aquele desgraçado estragar tudo, assim que o Felipe terminar nós vamos voltar e pedir ao padre para continuar de onde paramos, mas dessa vez sem a pergunta se alguém é contra, por favor. — Respondeu Jaime arrancando risadas dos presentes.

— É por isso e muito mais que eu te amo.— Declarou Valentina dando um selinho em Jaime.

Minutos depois, todos já estavam mais calmos, Jaime já estava com o curativo no braço e assim como os convidados eles se posicionaram novamente para darem sequência ao casamento.

— Graças a Deus tudo terminou bem e como ninguém mais é contra essa união, pelos poderes que me foram inferidos eu os declaro marido e mulher. — Disse o padre. — Pode beijar a noiva. — Finalizou olhando para Jaime.

  Jaime se aproximou de Valentina, acariciou a face dela enquanto olhava em seus olhos, ele a segurou pela cintura e deram inicio ao beijo enquanto eram aplaudidos pelos convidados, antes de finalizar ele a puxou para o lado e a inclinou como em um passo de dança aprofundando o beijo.

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Em seguida, saíram de mãos dadas e foram tirar fotos com os convidados.

A festa seguiu animada, ninguém mais comentou sobre o ocorrido com o Rosendo, mais tarde o delegado voltou avisando que conseguiram prendê-lo e todos ficaram aliviados.

Valentina resolveu fazer uma surpresa para Jaime e subiu ao palco onde a banda tocava.

— Eu gostaria da atenção de todos, por favor, pois, vou dedicar uma música ao meu marido que surgiu na minha vida de forma repentina e colocou o meu mundo de cabeça para baixo. — Ela e os convidados riram, Jaime estava em frente ao palco junto com Ivana e José Miguel e a olhava encantado.— Ele trouxe alegria para minha vida e me fez enxergar que mesmo depois de tantos sofrimentos e desilusões, todos temos uma alma gêmea e podemos encontrar a felicidade. — Nesse momento Ivana e José Miguel trocaram um olhar e ele a abraçou de lado. – Meu amor essa é para você. – Disse Valentina e em seguida a banda começou a tocar a música Mi Refugio Y Libertad da Lucero.

La conexion fue total 
nada accidental 
desde el primer dia 
hubo una perfecta sintonia 

El destino de los dos 
fue tejido por Dios 
tu eres mi otra mitad 
mi refugio y libertad 

Jaime não se conteve e subiu ao palco junto com Valentina e começou a cantar com ela...


Fui arriba de los suenos 
entre dormidos y despiertos 
nuestras almas se encontraron 
y se amaron 
Como el sol en cada el dia 
tu vida entro en la mia 
por una telepatia 
de amor 

O casal cantava e os casais convidados dançavam com seus parceiros...


Yo pierdo la cordura completa 
si me abrazas me llevas 

me bajas la luna llena 
me haces sentir una diosa 

Es un querer tan tierno y profundo 
un trance absoluto 
nuestro amor transparente 
atados de cuerpo y mente 

José Miguel e Ivana dançavam coladinhos enquanto curtiam a música...


Fui arriba de los suenos 
entre dormidos y despiertos 
nuestras almas se encontraron 
y se amaron 
Como el sol en cada el dia 
tu vida entro en la mia 
por una telepatia 
de amor... ohhhhh ohhhhh de amoooor.

Os recém-casados finalizam a música com um beijo e foram aplaudidos pelos convidados.

A festa seguiu animada e 1 hora depois, Valentina e Jaime despediram-se de todos e seguiram para Cancun, onde passariam sua lua de mel.

 

2 meses depois...

 

Valentina e Jaime passaram 1 mês de lua de mel em Cancun e voltaram para a Los Cascabelles e estavam mais felizes e apaixonados que nunca, Jaime tinha trazido todas suas coisas da capital e estava comandando seus negócios a distância e quando necessário, fazia pequenas viagens.

Na Fazenda Montesinos, estavam todos ansiosos pela chegada do bebê de Ivana, que estava para nascer dentro de algumas semanas. José Miguel estava a algum tempo preparando o quarto para fazer uma surpresa para Ivana, que sabia do quarto, mas ele não a deixava entrar para ver como estava ficando, assim que concluiu todos os detalhes, ele a levou até lá e Ivana ficou encantada.

— Ficou perfeito meu amor. — Disse Ivana emocionada enquanto olhava admirada cada detalhe. — Como conseguiu fazer isso tudo sozinho?

— Eu tenho meus talentos. — Brincou José Miguel.

Ivana se aproximou dele e o beijou ternamente.

— Eu te amo tanto, muito obrigada por tudo meu amor, tenho certeza que o Frederico irá amar esse quarto tanto quanto eu. — Falou ainda com os braços entrelaçados no pescoço dele.

— Espero que sim, pois eu fiz como todo meu amor. — Ele abaixou-se e beijou a barriga dela.

Leonor, que também não tinha visto o quarto, ficou encantada assim como Ivana, ela estava emocionada com a chegada do neto e não via a hora de ter um bebê alegrando a casa.

Após o almoço, José Miguel foi chamado na fazenda vizinha para ajudar com um gado que ficou preso, enquanto isso, Ivana estava ajeitando algumas roupinhas no quarto do bebê, quando sentiu uma forte dor. Leonor escutou o grito dela e quando chegou ao quarto viu que a bolsa de Ivana tinha estourado e que ela estava com uma cara de apavorada olhando para o líquido no chão.

— Ivana, você já está sentindo alguma contração? — Perguntou tentando manter a calma.

— Sim eu senti uma dor muito forte e logo em seguida a bolsa estourou. – Eu não sei o que eu faço, cadê o José Miguel? — Ivana ainda estava paralisada.

— Eu sei que é difícil, mas você precisa ficar calma, senta aqui.— Leonor a ajudou a sentar na poltrona que havia no quarto.— O José Miguel foi à fazenda vizinha e ainda não voltou, eu vou ligar para ele, respira fundo que eu vou pegar meu celular e já volto. — Disse Leonor e Ivana apenas assentiu.

Leonor foi rapidamente até a sala pegar seu celular para ligar para José Miguel, que não atendia.

— Atende meu filho. — Falava para si mesma, mas a ligação ia direto para a caixa.— Ele deve ter ficado sem bateria.

Antes de voltar para o quarto, ela ligou para Jaime e pediu para que ele corresse para a fazenda para levar Ivana ao hospital o mais rápido possível e em seguida foi chamar Juan para que ele fosse atrás de José Miguel para avisá-lo sobre o nascimento do filho.

Ivana estava em pânico, ela tentava respirar fundo, mas as contrações estavam cada vez mais fortes e ela precisava de José Miguel ao seu lado para tranquiliza-la.

— Ele já está vindo? — Perguntou assim que Leonor entrou novamente no quarto.

— Eu não consegui falar com ele Ivana, o celular deve ter ficado sem bateria. Eu mandei o Juan ir atrás dele e o Jaime já está vindo para cá para te levar para o hospital

— Eu não vou conseguir sem ele. — Ivana começou a chorar desesperadamente.— Eu preciso dele aqui comigo, eu não posso ter o nosso filho sem ele, eu vou ficar aqui até ele chegar.

Leonor se aproximou a abraçou tentando tranquiliza-la.— Você não vai ter o bebê sem ele, calma que ele vai chegar a tempo, o parto às vezes demora horas, mas você precisa ir para o hospital para que eles possam controlar as suas contrações, se esperar muito tempo pode ser perigoso para você e para o bebê.

— É que nós sonhamos tanto com esse momento e agora parece que está dando tudo errado. — Disse Ivana enquanto tentava acalmar o choro.

— Se Deus quiser vai dar tudo certo minha filha, eu pedi para o Jaime avisar a sua mãe e ela vai vir com ele ok?

Antes de responder Ivana sentiu outra contração. – Dona Leonor eu não sei se vou aguentar.

— Vai sim, respira fundo eles já devem estar chegando e nós vamos estar ao seu lado até o José Miguel chegar, o Juan foi buscar ele e também não deve demorar.

Enquanto isso, José Miguel teve um pressentimento e foi olhar o celular para ver se tinha alguma ligação de Ivana e logo viu que estava sem bateria.

— Droga! Pior que aqui ninguém mais tem telefone.— Exclamou e logo se aproximou dos homens que estava ajudando e avisou que precisa ir à fazenda e em seguida partiu para lá, ele resolveu ir por um atalho, mas no meio do caminho sua camioneta enguiçou.

— Isso não pode estar acontecendo.— Reclamou chutando o capô do carro.

Nisso, Jaime e Valentina chegaram à fazenda Montesinos e partiram com Ivana para o hospital da cidade vizinha, mesmo ela relutando em querer esperar José Miguel, no caminho, eles tentavam acalmá-la, pois, além de todas as sensações serem novidade para ela, também estava preocupada com a demora de José Miguel.

Quando Juan chegou até a fazenda vizinha, onde José Miguel estava ajudando, os trabalhadores informaram que ele tinha voltado para a fazenda, mas como Juan não sabia do atalho que o patrão havia pegado, ele retornou à fazenda Montesinos pelo caminho normal desencontrando-se com José Miguel.

No hospital, Ivana já estava em um quarto e sua mãe, sua prima e sua sogra estavam com ela, enquanto Jaime tentava contato com seu primo. A obstetra havia medicado Ivana e controlado as contrações no momento, mas ela alertou que não poderia demorar demais, ou o bebê sofreria sérios riscos.

 

Na estrada...

 

José Miguel tentava fazer a camioneta pegar e como não estava conseguindo, resolveu seguir a pé e ver se encontrava alguém pelo caminho, pois, ainda estava longe de sua casa e já estava anoitecendo. Juan, quando chegou à fazenda e não viu ninguém, ligou para dona Leonor que explicou que já estavam com Ivana no hospital e ela ficou ainda mais aflita, por ele não ter conseguido avisar José Miguel, ela pediu para que ele fosse aos arredores da fazenda, do povoado e continuasse procurando seu filho e Juan seguiu procurando pelo patrão.

1 hora depois, a médica insistiu com Ivana para que ela começasse a empurrar, pois, não poderia esperar mais, ou o bebê ficaria sem oxigênio.

— Eu não posso doutora, não consigo sem o José Miguel. — Ela estava em desespero.— Dona Leonor a senhora tem certeza que ele está vindo? – Perguntou esperançosa.

— Sim. — Mentiu Leonor. — Ele já deve estar quase chegando, você começa a empurrar e assim que o bebê nascer, ele estará ao seu lado.

— Está bem, eu vou tentar. — Respondeu Ivana respirando fundo e desejando com todas as suas forças para que José Miguel chegasse logo.

— Nós estaremos aqui com você o tempo todo minha filha. — Falou Dona Isabel segurando a mão da filha e Valentina se posicionou do outro lado da cama segurando a outra mão dela.

— Pronta? — Perguntou a médica e Ivana assentiu. – Então vamos lá eu preciso que você empurre com força, vamos, você consegue.

— AHHHHHHHHHHHHHH. — Gritou Ivana fazendo força.

Enquanto isso, José Miguel já exausto de caminhar, parou em um riacho para tomar um pouco de água e recuperar o fôlego, ele estava sentindo um aperto no coração, já imaginava que era provável que Ivana já estivesse em trabalho de parto e ele precisava chegaro quanto antes para apoiá-la.

Assim que instalaram Ivana no quarto, Jaime havia regressado para a fazenda, para levar José Miguel até o hospital assim que ele aparecesse, quando chegou lá, Juan que estava saindo para ir até o povoado procurar o patrão, e contou a Jaime que não o havia localizado e explicou onde ficava a fazenda vizinha onde José Miguel havia ido e Jaime lembrou-se do atalho, pois quando eram novos faziam corrida de cavalo por aquele caminho. Nisso, os dois embarcaram no carro e foram indo por esse caminho e cerca de uns 10 minutos depois, encontraram José Miguel.

— Primo finalmente o encontramos. — Disse Jaime assim que José Miguel embarcou no carro.

— Aconteceu alguma coisa com a Ivana não é? — Perguntou aflito.

— Sim, ela já está no hospital e está prestes a ganhar o bebê, precisamos correr.

— Caray, eu estava sentindo que algo tinha acontecido, eu não devia ter me afastado por tanto tempo, não vou me perdoar se não estiver lá com a Ivana no momento em que nosso filho nascer.

— Agora não adianta se culpar, eu vou o mais rápido que puder para que você não perca nada. — Afirmou Jaine e em seguida correu com o carro até o hospital.

Enquanto eles estavam a caminho, Ivana estava esgotada e não conseguia empurrar com força suficiente para que o bebê saísse. Vendo que Ivana não conseguiria empurrar e para não prejudicar nem a ela e ao bebê, a médica pediu para que a preparassem para uma cesariana.

Ivana estava tão esgotada que apenas concordou, pois, já tinha perdido as esperanças de que José Miguel fosse chegar a tempo. Assim que foi levada para a sala de cirurgia aplicaram nela a anestesia e assim que a médica fez o primeiro corte, José Miguel entrou na sala surpreendo a todos. Ivana estava tão fraca que não conseguiu falar nada apenas sorriu e ele beijou a testa dela.

— Desculpa ter te deixado sozinha nesse momento amor, agora eu estou aqui e vai dar tudo certo. — Ele falou olhando na íris verde dela, que apenas assentiu emocionada agradecendo mentalmente por ele estar com ela naquela momento.

Em seguida ele fez um sinal para a médica que seguiu com o procedimento e em poucos minutos o choro de Frederico ecoou na sala emocionando a todos. José Miguel cortou o cordão umbilical e levou o filho até Ivana que olhou emocionada.

— Ele tem seus olhos. — Comentou José Miguel emocionado.

— E tem o seu cabelo, ele é perfeito! — Disse Ivana acariciando o rostinho de seu filho antes de o levarem para os fazerem os procedimentos padrão.

Imagem do bebê

A médica terminou a sutura em Ivana e ela foi levada de volta para o quarto para descansar.

 

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Ivana acordou sentindo um peso em sua cabeça, ela abriu os olhos com dificuldade e conforme sua visão foi clareando ela foi percebendo que o quarto em que estava era diferente, então ela levantou-se lentamente e quando chegou até o corredor para procurar por José Miguel e pelo seu filho ela deparou-se com um mural de avisos onde falava dos benefícios da clínica para os pacientes e familiares, ela ficou confusa afinal estava em um hospital não em uma clínica, até que andou mais um pouco onde tinha uma mesa de atendimento com uma enfermeira e antes de perguntar qualquer coisa ela chocou-se ao ler a placa que estava sobre a mesa com o nome da enfermeira e embaixo ‘Clínica Psiquiátrica Bem Estar’, o coração de Ivana falhou uma batida e ela ficou branca na hora e a enfermeira a ajudou a se sentar e lhe trouxe um copo com água.

— A senhorita está melhor? — Perguntou a enfermeira.

— Sim, mas porque eu estou aqui? O que aconteceu cadê meu filho? — Questionou ainda confusa.

— Não consegue se lembrar? — Ivana negou com a cabeça. — A senhorita tentou se suicidar há um tempo atrás e como estava sendo acusada, o juiz determinou que a senhorita deveria ficar internada aqui na clinica devido ao seu estado de saúde mental. – Explicou a enfermeira.

— Eu não estou entendendo, quanto tempo eu estou aqui? E o tempo em que eu estava na fazenda? Eu quero ver o meu filho. — Ivana não estava conseguindo entender como tinha parado ali, tudo estava confuso, nada daquilo fazia sentido.

— A senhorita está aqui faz 1 ano. — Ivana arrepiou-se.— O seu filho está morando com pai, o... José Miguel não é? Ele vem trazer o seu filho toda semana para semana para lhe visitar, realmente não está se lembrando? E sobre esse tempo que a senhora diz que ficou na fazenda, eu não sei, deve estar se confundido ou sonhado, porque a senhorita só saiu da clinica para ganhar o seu bebê e já voltou direto para cá.

— Então foi tudo um sonho? — Agora Ivana já chorava.— Não pode ser, foi tudo muito real, tem que haver alguma confusão. — Em seguida ela correu em direção ao pátio da clínica, onde viu várias pessoas caminhando e falando sozinhas, outras sentadas olhando para o nada, ela ficou apavorada, correu até uma árvore distante e sentou no chão abraçando seus joelhos e chorando desesperadamente.— Eu não acredito que tudo o que eu vivi com o José Miguel tenha sido um sonho, toda a minha conquista, quando ele finalmente se declarou, depois o tempo em que ficamos separados, a nossa reconciliação, o casamento da Valentina, o nascimento do meu filho, meu Deus como é possível? — Perguntava-se desolada. — Foi tudo uma mentira. — Ela confirmou olhando ao redor. - Tudo foi só um sonho ou uma ilusão que eu criei na minha cabeça por estar internada nesse maldito lugar.


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Notas finais do capítulo

Postei e sai correndo hahaha. Espero uma chuva de comentários nem que seja para me xingar u.u lembrando que quem quiser ficar pordentro das curiosidades da fic, ver fotos das cenas, receber prévias dos capítulos e saber quando serão postados, mandem seu número para participarem do grupo no whats - (49) 991264832.