Perfectly Imperfect escrita por Ana Martins


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOOOLLLLLLAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
Gente, terminei as provas, e férias agora. (Espero pelo menos né, resultado na verdade sai amanhã) Então agora posso postar nos dias certos 0/ bom, vou tentar postar nos dias certos né. Bom, espero que vocês gostem do capítulo, só lembrando que não revisei.



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Tudo ainda estava meio confuso. Bem, depois de algumas semanas Yuri voltou para casa e minha mãe junto com Yan se trancaram em um quarto e ficaram lá dentro por horas, após isso, o clima estava tenso. Mexi na barra do meu vestido enquanto olhava para frente fixamente tentando decifrar o que tinha acontecido na festa.

Yan entrou no meu quarto e beijou o topo da minha cabeça.

– Vamos jantar fora, quer ir? – perguntou

– Sim – respondi sorrindo, tentando parecer que estava interessada no que ele dizia

– Vai ser legal, faz tempo que não saímos né?...

– Yan – chamei, o cortando no meio do discurso – No que diabos o Yuri está metido?

Então ele suspirou e passou as mãos pelo cabelo loiro. Yan me olhou, parecia cansado, era algo realmente sério, já que ele nunca ficava tão nervoso por um assunto.

– Ele não está metido em coisas boas, Liz, e aquele cara que atirou nele estava cobrando uma dívida – ele

– Que tipo de dívida? – pergunto

– Não quero você envolvida nisso – ele disse e me olhou antes de abrir a porta – Eu e a mamãe vamos cuidar disso.

Então ele saiu do quarto. Esperei ele sair do corredor e entrar no seu quarto, então entrei com tudo no quarto em frente ao de Yan. Yuri estava deitado na cama com uma bandeja com um sanduiche e sucos, sua Televisão ligada em um canal de Reality Show.

– Oi Liz – ele disse – Quer assistir comigo?

– Humm – eu fui na direção da Tevê e desliguei – Quero que me explique o que foi aquilo na festa.

Seu rosto de contorceu e seu olhar ficou culpado.

– Acho que mamãe iria ficar uma fera se eu te metesse nessa – respondeu

– Você não está me colocando em nenhuma situação, esta me explicando algo muito necessário – rebati sentando no seu lado na cama – To cansada de nunca saber das coisas aqui em casa.

– É uma merda – ele suspirou – Eu só faço merda.

Revirei meus olhos.

– Então pare de fazer merda, e comece a limpar a merda que fez – falei

– Na festa eu encontrei, Rob – falou, o olhei esperando por mais – Ele estava me cobrando pelo LSD.

Seu rosto estava corado. Lhe olhei espantada, então voltei meu olhar para frente. Não conseguia lhe encarar agora, estava com muita raiva dele, mas tentava me manter neura.

– Não vai dizer nada? – perguntou depois de um longo silêncio

– Você é muito idiota – as palavras saíram da minha boca – Muito idiota, tão idiota que quero lhe bater.

– Desculpa...

– E agora?

– Eu já paguei... quer dizer, mamãe pagou.

– Você vai continuar...

– Não, isso foi bom, me fez cair na real.

Me levantei e lhe beijei na bochecha ainda preocupada.

– Se cuida, maninho – eu disse

Sai do quarto e fui me arrumar. Coloquei uma calça jeans e uma blusa rosa, junto com uma jaqueta de couro, calcei meus coturnos e fui ao encontro do meu irmão na sala.

Passamos na casa de Elaine e ela veio linda com um vestido azul perfeito. Então fomos em direção de um restaurante italiano. Entramos e eu vi um garoto com uma camisa branca, no braço da cadeira tinha um casaco de couro, seus olhos eram um verde impressionante, junto com o choque do seu cabelo cacheado tão negro como petróleo enquanto sua pele era tão pálida.

Seus olhos se grudaram nos meus e um sorriso de lado surgiu no seu rosto. Me sentei em frente à Elaine e do lado de Thomas. Começamos a conversar, então Yan carregou Elaine para fora do restaurante. Em outras palavras, eles queriam se pegar sem ser julgados.

– E como você vai? – perguntou Thomas

– Eu vou bem – respondi mordendo meu lábio

– Eu estava com saudade – falou pegando minha mão

Um sorriso surgiu no meu rosto, só que ele era muito mais irônico do que romântico. Estava farda disso, ele sempre dizia que estava com saudades, e terminava do jeito de sempre, só que depois... Era apenas Elizabeth e Thomas, com mais nada em comum.

– Engraçado você dizer isso depois de semanas sem falar comigo – disse tirando minha mão de baixo da sua – Quando você tem meu número e eu continuo morando na mesma casa.

– Liz... – falou me olhando espantado

– Não sou passatempo de ninguém, Thomas – falei lhe encarando

– Você não é – ele disse pegando minha mão novamente – E eu quero ficar realmente com você.

– Eu... to cansada de apenas palavras – falei

Então ele me beijou na bochecha, seus lábios roçando minha pele como se estivesse com medo, mas aquele gesto foi o bastante para expulsar todo o oxigênio dos meus pulmões.

– Eu te assumo para o mundo inteiro se aceitar ficar comigo – disse no meu ouvido

– Achei que estávamos discutindo justamente porque você não queria – respondi encarando seus olhos verdes

– Mas eu quero demais – disse isso e me beijou

Coloquei minhas mãos no seu cabelo sentindo a macies. Ele juntou nossos corpos do jeito que dava sem parecer vulgar, seus lábios eram macios e logo sua língua batalhava com a minha em uma briga por espaço.

– Que porra está acontecendo aqui?! – perguntou uma voz grossa, me separei e fiquei encarando Yan – Vamos, estou esperando... Thomas... não acredito.

– Yan, eu ia te dizer, mas não sabia como – Thomas disse e por baixo da mesa pegou minha mão – Já tem aproximadamente um mês que estou junto com Elizabeth.

A boca do meu irmão se abriu em um O perfeito. Ele me olhou e depois para Thomas, parecia não acreditar no que havia escutado. Seus olhos acusadores estavam grudados em nós.

– Liz, tantos caras que presta e você escolhe o Thomas?! – pergunta

– Primeiro, abaixe o tom de voz, estamos em um restaurante – falei corando – Segundo, eu escolho quem eu quiser. Elaine te escolheu mesmo você sendo tão galinha quanto Thomas era.

Foi a vez dele corar. Ele balançou a cabeça negativamente e passou as mãos pelo cabelo louro, então pegou a mão da minha melhor amiga e me olhou com raiva. Não acreditava que ele estava com raiva de mim por estar namorando.

– Então volte para casa com ele, estou caindo fora daqui – disse e saiu puxando Elaine

Quando ele saiu de perto de nós, ouvi Thomas suspirar alto.

– Acho que perdi meu melhor amigo – disse com um sorriso triste

– Me desculpa – falei me sentindo culpada – Vou tentar explicar as coisas. Tentar...

– Tudo bem – ele disse apertando minha mão – Resolvo isso depois. Pelo menos agora posso te chamar de minha.

– Sou objeto por acaso? – pergunto brincando

– Ô mulherzinha difícil de se agradar – riu revirando os olhos

Lhe beijei, e depois me afastei contente em ver um sorriso formar no seu rosto perfeitamente esculpido. Pedimos nosso jantar e de repente tínhamos esquecido o momento com Yan e nos divertimos bastante.

– Quer ir para casa agora, ou podemos dar uma volta pela cidade? – falou girando as chaves nos dedos – Aproveite que está com o melhor motorista de Londres.

– Procurando mais espaço para mim, já que seu ego ocupa tudo né? – falei sarcástica e ele riu passando um braço por cima dos meus ombros

– Vamos, eu sei que você também pensa a mesma coisa – falou e eu revirei meus olhos

– Acho melhor voltar para casa – falei parando em frente à sua moto – Isso aí é seguro?

– Só se estiver comigo – disse e piscou um olho – Estou sem outro capacete, então eu vou sem, mas você coloca o meu.

Ele montou na moto e eu fiz o mesmo, mas quando ele acelerou, fui para frente e o abracei tentando não cair daquele instrumento demoníaco. Qual o problema dele com carros? Paramos em frente da minha casa e eu desci da moto com as pernas tremendo.

– Isso definitivamente não é seguro – eu disse lhe entregando as coisas

Ele desceu da moto e me abraçou, passando seus braços pela minha cintura e beijando meu pescoço. Nos beijamos de verdade e fomos dando passos para trás até chegar no portão.

– Passo aqui amanhã, pode ser? – pergunta

– Totalmente de acordo – respondi sorrindo

Ele me deu um selinho.

– Estou muito feliz – mais um selinho – Por finalmente estar te namorando – outro selinho

Eu ri e lhe beijei.

– Eu também – falei rindo – Mas tenho que entrar em casa agora.

– Tá bom – falou e me beijou me abraçando mais forte

Me separei e entrei em casa sorrindo. Minha mãe estava no sofá com um enorme pote de sorvete, Yan estava do seu lado emburrado e sem me olhar. Parei na sua frente com as mãos na cintura.

– Vai ficar realmente com raiva de mim por aquilo? – perguntei

– Porra Liz! Ele é meu melhor amigo – falou

– Você está namorando minha melhor amiga e mesmo sabendo que você não valia bosta decidi que você merecia uma chance! – falei

– O que está acontecendo aqui? – minha mãe perguntou

– Ela está namorando Thomas! – Yan disse revoltado

– Não acredito! – minha mãe tampou a boca com a mão – Isso é melhor que novela, continuem.

– Bom, ele não aceita que eu cresci e que eu realmente gosto do Thomas – eu disse

– Ele não presta, vai te magoar no final.

– Quem te garante?

– Falo isso porque já vi muitas chorarem por ele.

– Essa é a questão, irmão – falei levantando minhas mãos para o alto – Eu não sou igual as outras, e eu acredito que ele realmente goste de mim.

– Ui– minha mãe diz – Vamos, Yan, defenda seu ponto de vista.

– Quem te garante?

– Tá aí a diferença – eu disse irritada – Eu me garanto, seu idiota!

Sai da sala e corri para meu quarto. Me deitei na cama e com o rosto coberto por um travesseiro deixei-me libertar um grito. Então alguém abriu a porta, jurei ser Yan procurando mais briga, então notei que Yan não estava só de bermuda.

– O que diabos está acontecendo? – perguntou Yuri – Só ouvi as gritarias.

– Você também vai gritar comigo – falei baixo

– Não vou não – ele disse e lhe olhei desconfiada – Não confia em mim?! Claro, se estiver grávida talvez eu grite um pouquinho, nada demais.

Eu ri e balancei a cabeça negativamente. Yuri se deitou com dificuldade do meu lado e colocou a cabeça no meu colo, instantaneamente comecei a mexer em seus cabelos loiros. Seus olhos avelãs pediam por informação.

– Eu estou... namorando novamente – falei dando ombros

– Isso foi a razão dessa gritaria toda? – perguntou confuso – Eu não apoio muito você namorar com essa idade, os caras estão muito salientes e não gosto de pensar muito sobre isso... mas você é diferente, não deixaria um cara te levar tão facilmente para uma cama.

– Eu estou namorando com Thomas – esclareci e seus olhos ficaram do dobro do tamanho normal

Ele não disse nada, e foi bem pior que Yan, pois me encarava.

– O que você acha? – perguntei por fim

– Não sei, estou num sentimento de raiva pelo meu amigo estar namorando minha irmã e alivio – respondeu

– Alivio?

– Sim – ele disse – Pense, Thomas nuca namorou, mas não por querer, mas porque ele nunca achou uma garota que gostasse a ponto de levar a ter algo mais sério.

– Yan não concorda com você.

– Concorda – piscou um olho e se levantou devagar – Só tá nervoso.

Ele foi até a porta e se virou para mim.

– Espero estar certo sobre os caras não te levarem tão facilmente para a cama deles – falou

– Não disse que estava aliviado? – perguntei tentando esconder um sorriso

– E estou, só que Thomas é um homem e as vezes um homem...

– Vá para seu quarto Yuri! – cortei dando um pequena risada

No dia seguinte acordei meio tarde, talvez pela hora que fui ir dormir, e assim que acordei notei que o Sol decidiu iluminar um pouco Londres. Coloquei um short de cintura alta e uma blusa preta de manguinhas.

Amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo alto e desci as escadas. Minha mãe hoje estava em casa e usava um vestido florido. Yan estava do seu lado, com uma bermuda e uma blusa branca.

Dei um beijo na minha mãe e coloquei suco no meu copo. Yan nem levantou os olhos para mim e eu tentei o máximo que podia ignora-lo, mas eu recentemente descobri que isso não servia para mim.

– O que você quer que eu faça? – perguntei

– Que não namore meu melhor amigo – me respondeu

Eu o olhei e a campainha tocou.

– Me desculpe então – falei me levantando e indo atender a porta

Abri a porta e vi Thomas, ele estava com uma bermuda e uma blusa azul, seu cabelo preto como petróleo parecia brilhar na luz solar e seus olhos me analisaram enquanto um pequeno sorriso se formava em seu rosto.

– Bom dia – falou e me beijou rapidamente

– Bom dia – falei lhe abraçando

– Não tinha esquecido que eu vinha para cá almoçar né? – perguntou me olhando desconfiado

– Lógico que não – eu ri e o puxei para dentro de casa

Quando a gente se virou deu de cara com três pessoas, uma emburrada, outra sorrindo e outra o analisando. Bem eram Yan, minha mãe e Yuri, na ordem. Senti Thomas ficar um pouco tenso do meu lado e o abracei com mais força.

– Se lembre que ela é minha irmã – Yuri disse – Não faz burrada.

– Não vou – Thom disse e me olhou

– Quer comer alguma coisa, Thomas? – minha mãe perguntou – Assim, podemos conversar também.

Thomas deu um pequeno sorriso e apertando seus dedos na minha cintura, ele foi na direção da cozinha. Abracei Yuri e agradeci por ser educado comigo, então parei em frente a Yan e o abracei também. Ele nem fez esforço para retribuir.

– Não quero ficar brigada com você – eu disse – Eu sei me cuidar e dê uma chance a Thomas.

E assim também fui na direção da cozinha, mas antes algo me fez parar. Foi uma mensagem com o texto:” Espero que possamos nos ver logo, que tal quinta-feira? Com carinho, Papai”.


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Notas finais do capítulo

Então, pessoal, se eu merecer recomendem a fic. Não estou cobrando algo, mas recomendações são ótimas, e isso mostra que estão realmente gostando da história. Bjjjsss e até o próximo.



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