Nada Clichê escrita por Mandy Welch


Capítulo 1
Viagem


Notas iniciais do capítulo

O capítulo ficou bem curto, na minha opinião, mas é só para terem uma ideia de como vai ser. A cada capítulo, a história se voltará para alguém específico da turma. Espero que gostem ^-^



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Do Contra mexia nos cabelos castanhos de Mônica. Seus dedos pálidos brincavam conforme avançavam em sua cabeça. Ela respirava profundamente e de maneira regular, enquanto dormia no seu colo. DC poderia desenhá-la se quisesse, mas isso era esperado daqueles que se apaixonavam. E ele não podia ser só mais um.

Era por isso que doía nele ter de ir em uma viagem em família. Poucas coisas seriam mais clichês do que ir para a praia com seu irmão e seus pais. Sua mãe havia permitido que DC levasse Mônica com eles.

Porém, algumas coisas o impediam de fazer o convite à ela. Sempre tinha a história dos namorados que tinham a sua primeira vez quando faziam uma viagem. E não era porque ele era contrário que não desejava seguir esse padrão.

Ele queria que fosse especial, quando ambos estivessem preparados, o que, é claro, Mônica não estava. Desde que haviam completado seis meses de namoro, ela vinha agindo de maneira estranha com ele. Evitava de ficarem demasiado tempo se beijando, sentia-se incomodada quando os dois ficavam juntos em algum cômodo, e na menor insinuação, partindo sempre das pessoas de fora, ela ficava com raiva e explodia.

Mônica apenas dormia em seu colo naquele momento, pois estava cansada e os dois estavam no sofá da casa dela. Era essa Mônica tranquila que DC queria ver, e não a Mônica que o evitava.

E, mesmo se pedisse, os pais dela não iriam aprovar, o que tornaria uma situação ruim na casa dos Souza.

O celular de Do Contra tocou, assustando-o. Ele se apressou para atender e não acordar Mô. Fechou a cara quando viu que era seu irmão, Nimbus.

Ele se dava bem com Nimbus, mas a insistência do irmão para que ele a chamasse era demais. Com relutância, atendeu.

– Oi – Nimbus começou. – Ocupado?

– O que foi?

– Já chamou Mônica? – perguntou. Do Contra revirou os olhos.

– Já chamou a Maria Mello? – retrucou. Escutou seu irmão engasgar do outro lado da linha.

– Óbvio que não. – Nimbus respondeu, alarmado.

– Então foi aquela bruxinha! Como é mesmo o nome dela?

– Isso não importa. A mãe e o pai estão querendo que você venha para arrumar a mala. Você sabe que sairemos ainda hoje.

– Tá. – disse Do Contra, apenas para desligar mais cedo.

Mônica o olhava, curiosa e ainda sonolenta, quando DC guardava o celular. “Droga, Nimbus”, pensou.

A morena se ajeitou e sentou ereta. Ela apertou os olhos com a mão direita, para despertar melhor. Piscou algumas vezes e seu olhar encontrou o de Do Contra.

– O que aconteceu? Está tudo bem? – perguntou ela.

– É, eu já vou ter de ir. A viagem é daqui a algumas horas.

Do Contra fez menção de se levantar, mas Mônica segurou seu braço.

– Não vá ainda. – murmurou ela.

– Está se sentindo bem? – Mônica estava branca demais.

Ela largou o braço de DC e colocou os dois braços ao redor do rapaz. Ele retribuiu o abraço, e apertou forte o corpo dela contra o dele.

– Me desculpe estar assim, eu não estou pronta. – sussurrou ela em seu ouvido. – Eu estou te tratando mal sem querer.

– Está tudo bem. – murmurou DC. – Eu disse que te esperaria, não disse? Não se sinta pressionada. Eu quero sair com você, sem a turma, sem as nossas famílias.

Mônica afrouxou o abraço e sorriu. Inclinou o corpo pra frente e fechou os olhos. Com delicadeza, Do Contra segurou sua cintura e começou a beijá-la.

Cada vez que a beijava, a sensação era a do primeiro beijo. Extremo nervosismo, mas também uma segurança tremenda.

No entanto, Mônica o beijava com ainda mais desejo, e DC a retribuía com intensidade. A porta da casa foi aberta e os dois se soltaram, sorrindo como se compartilhassem um segredo.

– Olá, Do Contra. – dona Luíza disse ao entrar em casa.

– E aí? – A mãe de Mônica sorriu e se afastou apressada da sala.

Então eles puderam voltar onde estavam.


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